O trocadilho
é autoexplicativo. As redes sociais, Facebook especialmente, viraram um
território selvagem e incontrolável. Não importa o assunto, o nível de
discussão e postagem (e dos internautas), proliferam as mentiras, montagens,
difamações, calúnias e injúrias.
Não à toa
muitas redes sociais ja adotam, ou pensam em adotar, filtros seletivos e
impugnações de postagens. Importa não esquecer que muitos destes atos são
crimes contra a honra alheia. Com certeza, não vai demorar, tais irresponsabilidades
podem vir a se transformar num dilúvio de ações judiciais.
No âmbito do
jornalismo profissional as empresas de comunicação tem recorrido a agencias de
verificação e criado equipes internas de auditagem das informações e notícias.
Nas atuais circunstâncias negativas já não basta produzir notícias, senão que também
é um dever desfazer boatos e esclarecer informações, notadamente aquelas
oriundas da internet.
Importa
acrescentar que a postagem de evidentes mentiras ou fotomontagens atraem
facilmente os incautos e desinformados, assim como os internautas de má-fé ou
motivados por opções ideológicas.
Mais:
postagens e compartilhamentos de textos e fotos sensacionalistas e demagógicas
geram “cliques” remuneratórios (via publicidade) a seus autores originais. Ou
seja, a desinformação e a estupidez estão enriquecendo alguem.
E aqui entre
nós brasileiros, face o nível melancólico e despolitizante a que chegamos, tudo
indica que durante o processo eleitoral vindouro haveremos de atingir o ápice
da degração na internet.
Serão
tantas as notícias falsas, mentirosas, as difamações, calúnias e injúrias
relativamente aos candidatos, que não haverá advogados suficientes para
atender a clientela e a demanda, assim como os próprios tribunais eleitorais
irão se enredar num círculo vicioso sem solução objetiva e imediata. O que
poderá significar no postergamento de decisões judiciais, resultados eleitorais
e consequentes diplomações. Quem viver, verá!
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