Construção Civil.

O presidente do Sinduscon-RS, Aquiles Dal Molin Junior, disse hoje ter a expectativa de que o prefeito Nelson Marchezan considere a argumentação do setor e flexibilize o quanto antes possível as medidas de contenção contra o coronavírus, autorizando a volta ao trabalho na construção civil.

Ele foi um dos participantes da webinar LIDE Talks Rio Grande do Sul que reuniu empresários, na manhã desta sexta-feira, para debater os desafios atuais do setor da construção civil e mercado imobiliário.

Dal Molin acredita que, quanto mais o tempo passa, maiores serão as dificuldades do setor, podendo haver uma situação irreversível nos próximos meses, se for mantida a paralisação. “A construção civil trabalha em ambientes abertos, sem aglomerações e são claras as ações preventivas que poderemos adotar, como mudanças de horários de trabalho, por exemplo”, com mínimo risco de contágio”, pondera. 

Com o isolamento social, a queda nos negócios das incorporadoras será de 70% este ano, avalia o empresário fundador e CEO da One Imóveis de Luxo, Cristiano Cruz.

Ele considera que as pessoas estão adiando sua intenção de compra ou desfazendo contratos, por não terem a dimensão da crise que assola o País. No entanto, para enfrentar as restrições e o isolamento, a empresa tem equipes de venda em home office, utilizando em larga escala o uso de ferramentas tecnológicas, com as quais oferece, por exemplo, a possibilidade de o interessado fazer visitas virtuais aos  imóveis.

Já o diretor das empresas Wolens Incorporadora e Goldsztein Patrimonial, Ricardo Sessegolo, avalia que, mesmo diante das dificuldades atuais, o pacto de não demitir funcionários vem sendo respeitado. “Estamos dando auxílio aos pequenos empreiteiros para que eles não deixem de pagar ninguém, mas temos ainda uma outra preocupação, que é a de manter os clientes com contratos fechados de compra. A solução para isto é renegociar! Renegociar para não perder”, reitera

Os empresários criticaram também a falta de diálogo com os bancos comerciais e as elevadas taxas de juros dos empréstimos ao setor produtivo. Para Dal Molin, o setor bancário não está colaborando no enfrentamento da crise. “Não há complacência dos bancos, em relação a este setor que depende tanto de crédito. Apenas a Caixa Econômica Federal está dando atenção às nossas necessidades de recursos e nos possibilita um diálogo mais aberto”, diz ele.

Atuando como mediador no evento, o presidente do LIDE RS, Eduardo Fernandez, considerou a importância de debater com setores dos mais relevantes para a economia. “Queremos informar à sociedade e lembrar as reivindicações dos líderes do mercado aos gestores públicos. Este é o nosso papel, afirmou Fernandez.

A transmissão do LIDE Talks Rio Grande do Sul reuniu 100 pessoas, ou seja, lotação máxima na sala de bate-papo.

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