Neste
artigo abordo o comportamento bastante curioso de duas personalidades: uma
gaúcha, deputada conhecida mais pelo seu temperamento histérico e
contraditório; e um carioca, compositor, bastante famoso por canções que
compunha outrora, de temperamento tranquilo, mas com comportamento igualmente
contraditório.
O
que os liga, além do fanatismo cego pela ideologia comunista e fanatismo pelo
PT?
Como
a educação inglesa nos ensinou (“ladies first”), cavalheirescamente começarei
falando sobre a deputada.
Criada
nos pampas, onde não engana mais ninguém, a senhora Maria do Rosário foi
guindada na última eleição nacional ao cargo de deputada federal representando
o PT. Com uma fidelidade canina (ou seria mais apropriado dizer “cadelina”,
para seguir o esdrúxulo dicionário utilizado pela presidente Dilma) ao partido
dos trabalhadores, logo lhe arranjaram uma secretaria com status de ministério:
Afinal, segundo disse o próprio chefe da quadrilha petista – de viva voz – ela
tem GRELO DURO!
Daí
que se comprovou – novamente – a absoluta falta de coerência da deputada,
reconhecida defensora das mulheres agredidas: quando a suposta agressão parte
dos opositores, ela vira fera, entra em estado de histeria, e faz um papel de
“barraqueira” que dá inveja a muitas mulheres sem qualquer compostura.
Porém,
se a grosseria vem de um “dos seus”, ela assume uma docilidade espantosa e
corre para justificar o ato do preconceito praticado, seja contra ela ou
qualquer outra mulher. Se transforma, então, na Maria do Rosário tolerante,
cheia de “paz e amor”.
Como
exemplo, é só comparar as reações dela com relação às falas do Deputado
Bolsonaro e do ex-presidente Lula. Enquanto um é adjetivado de “fascista e
homofóbico”, o outro – o seu líder – nunca está errado... Mesmo quando diz que
Pelotas, no RS, é a capital nacional dos “veados”!
O
mais incrível é a falta de seriedade com que esta senhora trata dos abusos
contra a mulher. Geralmente, sem que a intervenção barulhenta dela necessite de
qualquer tipo de provocação, a deputada parte para a briga na defesa das
minorias agredidas. Mas, no caso da grosseria (mais uma entre tantas) dita pelo
Lula – de que ela teria GRELO DURO – a deputada Maria do Rosário saiu-se com
uma “pérola”, em entrevista ao vivo para o jornalista Antonio Carlos Macedo, da
Rádio Gaúcha de Porto Alegre: além de justificar a ofensa recebida com um
argumento risível e totalmente sem fundamento (legal e/ou moral), a deputada
teve a desfaçatez de declarar que, como não houve um “pedido formal”, ela não
tomaria nenhuma providência. Desde quando ela precisa de queixa para agir?
Ora,
MEU DEUS DO CÉU, quanta hipocrisia, quanta contradição...
Logo
ela, que não pede licença para se intrometer, mesmo – e principalmente – onde
jamais foi chamada.
Já o
poeta Chico Buarque, é outro caso a parte.
Depois
de sentar na janela para ver A BANDA PASSAR, ele, o extrato mais do que
perfeito da “esquerda caviar”, canta em prosa e verso o sonho de alcançar uma
democracia livre, via o governo do PT.
Mas,
isto não o impediu – ele, ao contrário, se escudou na tão combatida (por ele
mesmo!) CENSURA – de proibir um artista a utilizar as músicas que compôs, num
show, apenas por emitir opinião contra o governo dos canalhas ladrões que ele
tanto defende.
Tudo
bem. É um direito seu ceder os direitos autorais a quem quiser.
Porém,
a razão alegada sepultou o sagrado direito à livre opinião!
É
que na “democracia” do Chico (e dos petistas) a liberdade de opinião só existe
se for favorável à ideologia por eles defendida.
Entretanto,
há razõe$$ e motivo$$ bem relevante$$ para explicar sua fidelidade ao governo e
ao partido. Ele, a mãe de seus filhos, e um grupelho de artistas e intelectuais
brasileiros – todos pertencentes a uma elite, conhecida como a “esquerda
caviar” – que louvam o ideário do PT, são beneficiários de fartas verbas
públicas, oriundas de condescendentes e seletivas aprovações de projetos
culturais, por meio de leis de incentivo fiscal.
Assim
fica até fácil sentar na janela para ver a banda passar. Enquanto ela passa, o
Chico divide seu tempo entre uma janela na zona sul carioca e outra em Paris.
Comendo caviar e bebendo champagne francês.
Dono
de um discurso pronto, o Chico não age como prega.
Afinal,
o que importa mesmo é levar vantagem.
E
dane-se o Brasil e seu povo!
Estes
são somente dois singelos exemplos das contradições ambulantes que cercam a
quadrilha bolivariana, Aquela mesma que é capaz de fazer qualquer coisa pelo
seu projeto de poder.
Pois,
para a quadrilha e seus simpatizantes (remunerados ou não) mentir, roubar, e
difamar, tem sempre uma justificativa...
Rota,
esfarrapada e pífia. Mas, uma justificativa. Sempre dita com muita hipocrisia!
Marcelo
Aiquel – advogado (22/03/2016)