Lulopetista ameaça: "Mora Sérgio Moro"

"Convém que, por ora, as gravações apontadas como ilegais permaneçam sob sigilo e isoladas dos demais elementos de prova já colhidos nos demais processos em curso na instância de piso (13.ª Vara Federal Criminal de Curitiba), até o exame definitivo da presente reclamação pelo ministro Teori Zavascki
Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo.

Desde a trabalhada com a posse e a desposse da Casa Civil Lula treme de medo. É um trapo. O blogueiro Josias de Souza chama este estado mental de “morofobia”(*). 

A rigor Lula só estava sob a guarda do STF pelos excessos de zelo de Zavascki. Havia ainda aquele vínculo com Delcídio até o líder de Dilma ser preso e cassado. Delcídio apontou Lula e Dilma como mandantes da conspiração para calar Cerveró. 

Até  investigação, já com pedido de prisão pelo MP/SP, fora enviado à 13ª Vara 
Federal de Curitiba. Tanto o sítio de Atibaia como o triplex do Guarujá poderiam ser contidos numa investigação  do golpe da Bancoop. Mas quando aparecem as empreiteiras-amigas instalando cozinhas Kitchen, elevadores e outros mimos para o Apedeuta conferencista, o foco é a Lava Jato. É Petrolão. E Petrolão é com Moro e seus valentes rapazes da PF e MPF. 

As gravações, pelo menos nos cinco por do que ouvimos são, digamos, ilustrativas, embora já deem uma pista da fúria do Chefe e sua determinação de acabar com a Lava Jato. “Eles precisam sentir medo da gente”, diz Lula a um dos seus interlocutores. 

Ter sido levado sob vara para o Aeroporto de Congonhas pela PF abriu na mente totalitária, vingativa e ressentida de Lula uma fissura irreparável.

Num instante em que Dilma Rousseff começa a levar seus pertences do Alvorada para o apartamento de Porto Alegre, Lula já não fala em “correr o país” para denunciar o “golpe”. Hoje, a mais aguda preocupação do líder do PT, seu mais exasperante problema, é Sérgio Moro. Lula vive esperando que o juiz da Lava Jato o lace e o recolha à “República de Curitiba”.

A morofobia de Lula levou sua defesa a encenar uma esperteza. Atravessou no caminho do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, uma liminar tóxica. Pedia-se na peça que o Supremo retirasse novamente das mãos de Moro os grampos telefônicos que desnudaram conversas vadias de Lula com políticos e autoridades de Brasília. A Corte está em férias. Cabe a Lewandowski responder aos pedidos de Liminar durante o plantão. Nesta segunda-feira, ele decidiu não decidir.”

As entranhas do aparato policial do Estado Sob os governos do PT

Ao instrumentalizar a Polícia Federal, o governo Lula e seus ministros da Justiça - Márcio Thomaz Bastos, Tarso Genro e Barreto - agregaram nela o "poder de informação”, área de inteligência deslocada da Abin, após a constatação de que ela não conseguiria resultados, simplesmente por falta do poder de polícia.
     
Sob Lula, a Polícia Federal passou a fazer os informes sob o título de "Relatório de Inteligência" ou de "Relatórios Circunstanciados de Inteligência", que são depois juntados a inquéritos e a processos, portanto peças de polícia judiciária, um substrato material para indiciamento, acusações e condenações.

Tudo isto é o que conta o delegado Romeu Tuma Júnior no seu livro "Assassinato de Reputações", página 73.
     
Nem a ditadura tinha pensado em algo semelhante.
     
A Polícia Federal foi aparelhada para propósitos partidários.
     
Primeiro era estipulado o alvo e depois eram usados grampos e dossiês. Leia o que explica Tuminha na página 74:
    
- Aí, antes de qualquer coisa, você vaza tudo na imprensa e condena o acusado no Supremo Tribunal do Google. A PF é o braço armado e indispensável do projeto de poder. Ela opera com fachada de legalidade.
    
No livro, Tuma Júnior denuncia que a PF altera números de inquéritos para disfarçar prescrições, mandados de busca são usados para fazer provas e não para buscar provas, transcrições de grampos são feitas sem método científico cronológico dedutivo, não ocorrem diligências durante as interceptações, descontextualizam-se diálogos de grampos, criando enredos e mandando gente para a prisão por achismo e dedução.
     
Pior: números de linhas telefônicas são listados para o juiz sem que a polícia prove que efetivamente ela é de uso ou titularidade do investigado. Não basta dizer que é. É preciso provar. Isto não é feito e os juízes admitem o deslize.
     
Superintendentes da PF nos Estados foram estimulados a assumir Secretarias Estaduais de Segurança Pública. Os governadores sabiam ou deviam saber que eles deviam mais lealdade à PF do que ao governo estadual.
     
No RS, a governadora Yeda Crusius caiu na armadilha. Quando reclamou por não ter sido informada sobre a Operação Rodin, o seu Secretário da Segurança, ex-Superintendente da PF, avisou com franqueza:
   
 - Devo lealdade à senhora, mas devo mais lealdade à Polícia Federal.
    
Quando se trata de grampo, o alvo é o aparelho e não o interlocutor, escolhendo muitas vezes "alvos laranjas" para pegar pessoas com resguardo de foro. Quando se trata de adversário e este for inocente, o inquérito fica aberto, tramitando ad aeternum para se dizer: "Ele está sendo investigado".
       
O projeto de poder do PT sempre foi apropriar-se do Estado ou criar um Estado paralelo que se torne maior, mais importante e poderoso que o de direito, substituindo aos poucos o regular.
       
Eis os adjetivos mais apropriados ao projeto:
     
 - Arrojado, arrogante e totalitário.
      
Na página 131, no capítulo em que descreve o Organograma do Poder do Governo do PT, Romeu Tuma Júnior descreve numa estrutura em que a mídia seria finalmente controlada pelo Governo, tal como acontece em Cuba no âmbito da ditadura dos Castro. A Lei de Meios viabilizaria o controle.
      
A estrutura inicial do Poder teve a seguinte configuração no Governo Lula, à exceção de Celso Daniel, assassinado antes de assumir:
     
      - Justiça e Segurança Pública: Márcio Thomaz Bastos.
      - Inteligência: José Dirceu
      - Financeira: Celso Daniel (mais tarde, Palocci)
      - ONGs e Igrejas: Gilberto Carvalho
      - Comunicação: Luiz Gushiken e depois Franklin Martins, com ajuda de Tereza Cruvinel. 
      
O Poder Legislativo desde o início foi patrolado pelo dinheiro da corrupção (Mensalão e Petrolão) e também por cargos e emendas, enquanto que o controle do Judiciário foi articulado para se completar pela nomeação dos ministros do STF.
        
E o povo?

Leia o que escreve Tuma Júnior sobre a participação do povo na estrutura de Poder dos governos lulopetistas, página 134:

      
- Eles (os petistas no Governo) agem como os traficantes em favelas nas décadas de 80 e 90, agradando o povo com migalhas para conquistar simpatia e autoproteção popular.

O PT teve chance de salvar o País e não quis

Por Luan Sperandio Teixeira, publicado pelo Instituto Liberal

Desde o início da crise brasileira, economistas vêm endossando a necessidade de se fazer um ajuste fiscal. E, de todas as propostas do governo interino para impedir o abismo, a mais interessante até aqui, apesar da demora em reverter o déficit, é a de limitação do crescimento do gasto público. Nas palavras de Marcos Lisboa e Samuel Pessoa, isso permitiria o melhor enfrentamento aos graves desafios do país e a preservação das políticas sociais que protegem os grupos mais vulneráveis. Ocorre que, há 10 anos, o Governo Lula teve a oportunidade de fazê-lo, mas não quis.

O problema das contas públicas brasileiras é estrutural e decorre de normas que regulam as políticas públicas as quais resultam em alto crescimento dos gastos. Ao longo dos últimos 25 anos, a despesa pública tem crescido a uma taxa maior que a renda nacional, fazendo com que o governo aumente a carga tributária para que o aumento de receita possa custear isso, ocasionando uma das maiores cargas tributárias do mundo.

O caso é que o problema do gasto público foi diagnosticado em 2004, sendo que, à época, o Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e da Fazenda, Antonio Palocci, propuseram a realização de ajuste fiscal de longo prazo, mirando um horizonte de 10 anos. Mas Dilma Rousseff, ao assumir a Casa Civil, rejeitou veementemente qualquer proposta para o controle de seu crescimento, definindo-a como “rudimentar” e concluindo: “Gasto público é vida”. Dessa forma, vetou qualquer debate que pudesse vir a acontecer e impedir a escalada de gastos maiores. Em 2005, o Brasil vivia um período de tranquilidade econômica, um momento mais propício para analisar e propor uma medida como essa.
  
A oportunidade foi desperdiçada, e agora o inevitável ajuste precisa ser feito, mas sem que haja tempo adequado para que esse debate ocorra: desde 2014, quando o Governo Federal passou a não cumprir os superávits primários, a dívida pública cresceu de 50% para quase 70% do PIB.

Mais: se nada for feito, estima-se que a dívida pública chegue a 90% em 2018. Alguns acadêmicos, como Bruno Salama, e Mansueto Almeida, já sinalizam que é muito difícil não recorrermos a um calote implícito, e  levando o país a reviver a inflação crônica dos anos 1980. É isso que está em jogo agora.


Portanto, pode-se até argumentar que o PT não foi o único responsável pela maior recessão que o país já teve, mas é inegável que o partido, quando à frente do Governo Federal, desperdiçou a oportunidade de salvar o país.