Pela terceira vez no ano o nível de empregos supera o número de desempregos

Pelo segundo mês consecutivo, e pela terceira vez este ano, o Brasil teve saldo positivo na geração de empregos. 

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira pelo Ministério do Trabalho, 34.253 novos postos de trabalho formal foram abertos em maio, um aumento de 0,09% em relação a abril. O resultado também foi positivo se considerados os números de janeiro a maio. No acumulado do ano, houve um crescimento de 48.543 postos de trabalho, representando uma expansão de 0,13% em relação ao estoque de empregos que havia em dezembro de 2016.

Setores
Dos oito principais setores da economia, quatro tiveram desempenho positivo. O principal foi a Agropecuária, que gerou 46.049 novos postos de trabalho, um crescimento de 2,95%. As culturas responsáveis por esse resultado foram o café, sobretudo em Minas Gerais; a laranja, em São Paulo; e a cana-de-açúcar, em São Paulo e no Rio de Janeiro.  Os outros setores com performance positiva foram os Serviços, que tiveram acréscimo de 1.989 postos (+0,01%); a Indústria de Transformação, com 1.433 vagas a mais (+0,02%); e a Administração Pública, que gerou 955 vagas formais (+0,11%). Tiveram saldo negativo os setores do Comércio, que fechou 11.254 postos (-0,13%); da Construção Civil, com 4.021 vagas a menos (-0,18%); da Indústria Extrativa Mineral, com resultado negativo de 510 postos (-0,26%); e dos Serviços Industriais de Utilidade Pública, que fecharam 387 vagas (-0,09%).

Desempenho regional

A região que mais gerou empregos em maio foi o Sudeste, com a criação de 38.691 postos de trabalho formal. Os estados que se destacaram foram Minas Gerais, que teve saldo positivo de 22.931 postos, e São Paulo, que gerou 17.226 novas vagas. Esses resultados  se devem principalmente ao aumento na oferta de vagas formais na Agropecuária, Serviços e Indústria.  A segunda região com maior crescimento no nível de emprego foi o Centro-Oeste, com acréscimo de 6.809 postos, seguida do Nordeste, com saldo positivo de 372 vagas. Em contrapartida, houve retração nas regiões Norte (-1.024 postos) e Sul (-10.595).

Superávit da balança comercial tem se sustentado em elevado patamar neste mês

Superávit da balança comercial tem se sustentado em elevado patamar neste mês

Mantendo a tendência de elevados superávits registrados ao longo deste ano, o saldo da balança comercial brasileira foi positivo em US$ 1,4 bilhão na terceira semana deste mês, de acordo com os dados divulgados ontem pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Esse resultado é equivalente a um superávit de US$ 66,0 bilhões em termos anualizados, levando em conta os ajustes sazonais, respondendo à melhora das nossas vendas externas e aos resultados ainda moderados das importações. Em especial, entre os dias 12 e 16 de junho, as exportações somaram US$ 3,9 bilhões, superando as importações, que alcançaram US$ 2,5 bilhões. Ao comparar tais resultados com as médias diárias do mesmo período do ano passado, verificou-se aumento de 22,8% dos embarques e de 4,8% das compras externas. A expansão das exportações foi explicada pelo aumento das vendas das três categorias de produtos: semimanufaturados (28,3%), básicos (24,6%) e manufaturados (18,3%). Em relação às importações, houve crescimento dos gastos, principalmente com bebidas e álcool e com combustíveis e lubrificantes, de 170,6% e 75,1%, nessa ordem. Comparando com maio deste ano, excluindo a conta de petróleo, tanto os embarques quanto as compras externas cresceram 1,0%. Assim, o saldo da balança comercial acumulou superávit de US$ 3,6 bilhões em junho e, para o fechado deste mês, projetamos saldo positivo de US$ 6,5 bilhões. No ano, a balança comercial está superavitária em US$ 32,6 bilhões, compatível com a expectativa do mercado de que o saldo positivo chegará a US$ 62 bilhões ao final deste ano.