Artigo, Luís Milman - A corrupção, a Lava Jato e o PT


Os membros das elites revolucionárias = as nomenklaturas comunistas-- que conduziram seus povos ao desastre social e econômico sempre encheram as burras com a corrupção desenfreada, e viveram (alguns ainda vivem) como nababos atolados na degradação. Essa descrição também vale para o Brasil. Depois de 13 anos de hegemonia política petista no país, com Lula e Dilma à frente da presidência, o país afundou na maior crise de corrupção de sua história, desvelada pela Operação Lava-Jato. O petismo é uma versão dos movimentos salvacionistas que têm a corrupção sistêmica na seu DNA. O crime praticado em escala de massa está em sua carteira de identidade. Não se trata, como querem acreditar alguns, de um componente marginal do comportamento de uma oligarquia, mas de um modus operandi essencial de um grupo político que se julga condutor de transformações radicais na sociedade e que lança mão de expedientes criminosos sistêmicos (propina, caixa-dois) para manter-se no poder por meio da manipulação deliberada da máquina estatal. A esse tipo novo de  oligarquia associaram-se gangues veteranas do PMDB e do PP que, em troca de apoio para a governabilidade, aliaram-se ao petismo para saquear estatais e controlar a burocracia oficial. 
Discutir a corrupção no Brasil nos termos que a intelligentzia do PT propõe é uma agressão à capacidade analítica das pessoas razoavelmente informadas, não contaminadas por qualquer forma de esquerdismo. Os petistas não podem ser vistos como isoladamente corruptos ou criminosos, como quaisquer outros podem ser. Eles não são apenas ladrões. Eles são doutrinariamente, coletivamente expropriadores e não possuem nenhum senso de vergonha acerca dos desvios que cometem. A relação de um petista com a delinquência é, em termos analíticos,  a de um sociopata e o maior exemplo desta relação é o comportamento de Lula, que de pelego sindical alçou-se à condição de presidente da República na liderança de quadrilhas formadas por esquerdistas revolucionários e sindicalistas habituados a práticas corruptas. Basta, prestar atenção nas suas declarações vitimistas e estabanadas, que expõem uma degeneração moral incomum para os padrões éticos habituais ou nas sandices de uma Gleisy Hoffman, a atual presidente do PT, ela também implicadas em roubalheira desenfreada. Ou, ainda, a de um Tarso Genro que, só para lembrar, quado era ministro da Justiça de Lula, fez de tudo para abrigar no país o terrorista assassino italiano Battisti. Gleysi e Genro, mesmo em meio ao dilúvio de acusações e condenações da Lava-Jato, permanecem hígidos na defesa da companheirada e articulam sempre a mesma ladainha de que foram alvos de um golpe parlamentar, de uma conspiração da direita. Este infantilismo doentio é ao mesmo tempo revelador e eficaz. Revelador da mentalidade revolucionária e eficaz para manter a militância mobilizada. 
No plano de quem os apoia, os caciques petistas são ainda vistos, em que pese a proporção oceânica da delinquência de suas ações e contrariamente aos fatos, como exemplos de lutadores pela causa da justiça social e vítimas de uma perseguição política orquestrada pelo Judiciário, pelo Ministério Público, pela grande mídia e, nos termos que eles usam, por uma direita onipresente. Isto porque a adesão ao PT é ou a adesão a uma forma de vida no crime ou ao consentimento a ele e manifesta ou a idiotia agressiva de boa parte a militância ou a cumplicidade sem-vergonha da claque de celebridades e intelectuais orgânicos que sempre se lambuzou no patrocínio de estatais e no financiamento manipulado da Lei Rouanet . Mesmo os mais puritanos dentre os petistas, sejam eles os mais ingênuos ou os mais fanáticos, na medida em que adotam o credo segundo o qual partido deve permanecer no poder para sempre e a qualquer custo e que, na vida política, se trava sempre uma guerra de qual "eles" -os inimigos- devem ser eliminados, aderem à doutrina tácita de que vale o fim último a ser atingido por qualquer meio; ou seja, a superação da economia capitalista, com seus valores e hábitos burgueses. O petista médio imediatamente se solidariza com a práxis subversiva da ordem econômica e política burguesa e sua expressão, o estado democrático-constitucional. Para a mente revolucionária, importa apenas, ao sujeito psicótico em seu estado de alucinação permanente – e que pensa como integrando um movimento coletivo de transformação historicamente determinada- derrubar as instituições e a cultura dominantes, por meio de um vale-tudo em que convivem desde as mais diversas formas de relativismo ético, nihilismo e rebeldia no plano moral, a articulação de padrões de financiamento pervertidos junto a grandes conglomerados empresarias como as megaempreiteiras, a gatunagem em nome da causa, até a luta armada, se for o caso. Tudo isto  passando pela eliminação necessária das oposições, por qualquer meio, não somente no plano político-institucional, mas nas esferas moral e cultural. Se não fosse o processo de impeachment que defenestrou Dilma Roussef e o PT do poder, é bem possível que estivéssemos, hoje,vivendo um caos econômico e uma insegurança institucional aguda.  
A Lava-Jato estancou a sangria dos cofres públicos e demonstrou ao país que era possível desbaratar, ainda em tempo, a organização criminosa petista. Lula, hoje, está condenado por corrupção em um dos seis processos que responde na Justiça Federal. As últimas notícias dão conta de que Dilma Roussef também sentará no banco dos reús. Eles se somam aos demais membros da cúpula petista processada por roubalheira. Nada disso era concebível há quatro anos, mesmo que analistas tenham, há mais tempo, diagnosticado a natureza totalitária do petismo e as consequências perniciosas para o país de sua permanência no poder. A Lava-Jato, sem dúvida, está escrevendo um capítulo decisivo da história da República.

TRF4 confirma penas de Ronan Maria Pinto e Delúbio

Nos autos não há a investigação sobre a motivação do PT para entregar os valores a Ronan, tendo o Ministério Público Federal levantado a hipótese de uma suposta extorsão praticada por Ronan contra o PT, mas o fato não foi esclarecido nem constitui objeto da denúncia, tendo esta se detido no crime de lavagem de dinheiro.

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) julgou, ontem, a apelação criminal dos empresários Ronan Maria Pinto, Natalino Bertin e Enivaldo Quadrado, do ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Delúbio Soares, e do economista Luiz Carlos Casante. 

Eles tiveram as condenações por lavagem de dinheiro confirmadas pela 8ª Turma. Apenas Ronan teve a condenação em 5 anos mantida pela corte, os demais tiveram a pena aumentada.
A turma manteve a absolvição do jornalista Breno Altman.

Os fatos
Esse processo seria um desdobramento dos atos delituosos praticados pelo ruralista José Carlos Bumlai e o Grupo Schahin, pois o empréstimo de R$ 12 milhões concedido pelo Banco Schahin a Bumlai foi repassado metade para a empresa Betin e outra metade para a Remar Agenciamento e Assessoria, tendo esta última repassado o valor quase totalmente à empresa Expresso Nova Santo André, com o destinatário final sendo Ronan.

Conforme a sentença, todas essas transações posteriores ao empréstimo, nas quais estão envolvidos os réus deste processo, seriam fraudulentas e teriam por objetivo disfarçar o destino do dinheiro. 
Como ficaram as penas:
Luiz Carlos Casante: lavagem de dinheiro. A pena passou de 4 anos e 6 meses para 5 anos de reclusão, em regime inicial fechado;
Ronan Maria Pinto: lavagem de dinheiro. A pena foi mantida em 5 anos de reclusão em regime inicial fechado;
Enivaldo Quadrado: lavagem de dinheiro. A pena passou de 5 anos para 6 anos de reclusão em regime inicial fechado;
Delúbio Soares de Castro: corrupção ativa. A pena passou de 5 anos para 6 anos de reclusão, em regime inicial fechado;
Natalino Bertin: lavagem de dinheiro. A pena passou de 4 anos para 4 anos e dois meses de reclusão, em regime inicial semi-aberto.

Artigo, Tito Guarniere -Gabeira


O jornalista Fernando Gabeira é um dos mais lúcidos observadores da vida nacional. Tem bagagem e inteligência, fala e escreve do alto de uma densa experiência de vida. Guerrilheiro, acabou preso e trocado pelo embaixador americano Charles Elbrick, em 1969. Esteve exilado em vários países durante quase 10 anos. De volta, se tornou uma das vozes mais influentes a introduzir no Brasil o debate ambiental e a questão dos direitos das minorias. Deputado federal por três legislaturas, teve conduta operosa e exemplar.
É um dos raros nomes do jornalismo brasileiro capaz de dar um pouco de ordem na balbúrdia geral e trazer luz aos fatos, traduzindo-os para a melhor compreensão do grande público. Ler os seus textos é um bálsamo, neste país convulsionado pelas certezas absolutas de tantos "especialistas" que parecem dar preferência a falar de assuntos que não entendem.
O ex-guerrilheiro, que sofreu nas mãos do Exército quando foi preso, deveria ser contrário à intervenção militar no Rio de Janeiro. Para decepção das esquerdas, Gabeira defende a operação. Depois da redemocratização, ele foi olhar de perto a ação das forças armadas no Haiti, na Amazônia (fronteira com Colômbia e Venezuela) e na distribuição de água e alimentos no Nordeste.
Convenceu-se de que o Exército agora é outro, pouco tem a ver com o passado sombrio do regime militar. Não irá botar em risco, nos morros e favelas do Rio, a credibilidade que adquiriu a duras penas junto à sociedade brasileira.
Violações dos direitos humanos, de ações truculentas contra o povo pobre? O jornalista responde: esse é o cotidiano dos moradores das comunidades do Rio. As milícias, os traficantes, matam quando querem, estupram quando querem, e as suas vítimas preferenciais e diárias são, exatamente, as populações pobres. Assim, estar contra a intervenção militar, é fazer o jogo da bandidagem, significa perpetuar o inferno que é a vida dos oprimidos no Rio.
Ah, mas a intervenção foi uma manobra política do governo Temer. Pode ser, diz Gabeira. E se for, então deve-se parar a operação e deixar tudo como está?
Bandidos - Gabeira chama-os pelo nome - não são mensageiros de nenhuma luta de libertação, como reza a esquizofrenia de certa esquerda.
O jornalista faz uma crítica severa aos partidos políticos brasileiros. São agremiações vazias, não acompanham a realidade, não discutem, não avançam: "vivem em um planeta próprio".
Onda de conservadorismo no Brasil? Foi a esquerda que propiciou, com os seus erros clamorosos. A esquerda assaltou as estatais, arruinou o Brasil. E apesar das condenações da Justiça, dos milhões devolvidos, confissões e relatos, (a esquerda) teima na versão pueril de que não houve nada, que tudo não passa de perseguição.
Em que posição está o nosso personagem no espectro político? Centro-direita? Ele mesmo explica: quer discutir caso a caso, sem o viés ideológico. Mudou, porque mudou o mundo. Não deu nenhum salto. Evoluiu, da mesma medida em que evoluiu sua consciência.
O Brasil tem futuro? "Não creio em grandes amanhãs. A mediocridade política brasileira não vai ser redimida de um momento para outro".
titoguarniere@terra.com.br

Artigo, Marcelo Aiquel -Depois dos ovos


        Com a crescente demonstração pública contra o “verdadeiro deboche” do condenado Lula da Silva, que tenta posar de vestal – repetindo, em total desrespeito às decisões condenatórias que já sofreu, o surrado mantra “eu sou inocente e estão me perseguindo” – é chegada a hora do Brasil decente (que é enorme!) imitar os sulistas que saíram da sua “zona de conforto”.
         Neste próximo sábado 31 de março, faça sol ou chuva, todo o brasileiro que “não dança a música do PT” tem a obrigação de sair às ruas e juntar-se à multidão que defende o fim da roubalheira e da corrupção desenfreada.
             Porque, de nada adianta ficar fuxicando atrás de um teclado, e covardemente, não mostrar a cara na rua.
         Ah, tem receio de violência? Então fique em casa até que a “violência” bata na porta. Ou invada pela janela!
         Os gaúchos de Bagé e outros municípios, assim como os catarinenses e paranaenses, já nos ensinaram qual o modo de enfrentar estes esquerdopatas fantasiados de civilizados e democratas.
         “Eles” ameaçam pegar em armas; usar o “exército do Stédile”; tudo para continuarem no poder, com a chave do cofre.
         Só que terão que enfrentar um povo decente. Povo que só quer estar ao lado da razão e da moralidade.
         E aí, nem fraudando urnas eletrônicas irão vencer.
         Vamos todos demonstrar a nossa indignação. Juntos,  somos muito fortes.
         E a nossa bandeira? Jamais será vermelha!