A taxa de desocupação recuou de 12,8% na média dos três meses encerrados em julho do ano passado para 12,3% nos três meses finalizados em julho de 2018.
A seguir, vai análise dos economistas do Bradesco, conforme material enviado est amanhã ao editor. Leia tudo:
Esse resultado veio em linha com o esperado pelo mercado e por nós (12,3%) e refletiu os avanços interanuais de 1,1% da ocupação e de 0,5% da população economicamente ativa (PEA). No entanto, apesar do resultado positivo, a ocupação privada sem carteira assinada segue crescendo, enquanto o nível de ocupados com carteira tem recuado, mantendo a tendência de piora qualitativa na composição de empregos, conforme apurado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do IBGE. Na série dessazonalizada, segundo nossas estimativas, a desocupação trimestral recuou de 12,3% para 12,2%, entre junho e julho. No que tange à renda habitual real, foi registrada contração de 0,1% na margem, ante a alta de 0,4% verificada na leitura anterior, e expansão de 1,5% na comparação interanual, reforçando o cenário de ausência de pressões salariais. Assim, os dados reportados sugerem uma tendência de retomada do mercado de trabalho, ainda que de forma bastante gradual e não necessariamente linear.