O vereador Valter Nagelstein, MDB, ex-presidente da Câmara e ex-secretário municipal da Indústria e Comércio, foi o principal protagonista dos eventos dramáticos que resultaram na aprovação, esta madrugada, do novo IPTU de Porto Alegre.
Ele abriu o dia com pedido de licença, obedecendo ordens médicas de se submeter a severo check up, tudo relacionado com problemas de saúde decorrentes da severa cirurgia de diverticulite a que se submeteu há um ano. O pedido foi fustigado por adversários do vereador, que é candidato a candidato a prefeito de Porto Alegre. "Ele fugiu para não votar o novo IPTU", denunciaram vereadores e deputados do Novo e do PT. Nagelstein era considerado voto certo contra o aumento.
Acontece que surpreendentemente, o vereador reapareceu no plenário, incomodado com as cobranças, que não partiram apenas do Novo e do PT.
Ele estava disposto a manter seu voto contrário, mas foi atropelado por uma tensa reunião da bancada do MDB, o seu Partido, que fechou questão pelo voto a favor. Nagelstein chegou a trocar empurrões com seu colega André Carus. No plenário, o estado de saúde do vereador foi piorando e o vereador dr. Goulart resolveu intervir. A pressão de Nagelstein chegou ao pico de 18 x 12 e os batimentos cardíacos oscilaram entre 100 e 120 batimentos por minuto. Ele foi levado às pressas para o ambulatório, atendido e medicado pela médica de plantão.
O vereador foi dispensado por ordem médica. A vereadora e secretária municipal Comandante Nádia, que já tinha entrado no lugar de Nagelstein na parte da tarde, voltou a fazer isto na madrugada e votou a favor do prefeito.
Nesta terça-feira ele buscou ajuda do seu médico pessoal, mas se recupera.
Brasil incentiva apoio a Guaidó contra Maduro
O governo brasileiro está incentivando todos os países a se colocarem ao lado do autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, e pela saída do presidente Nicolás Maduro do poder.
Em nota divulgada nesta terça-feira, o porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, disse que “o Brasil acompanha com grande atenção a situação na Venezuela e reafirma o irrestrito apoio ao seu povo que luta bravamente por democracia”.
“Exortamos todos os países, identificados com os ideais de liberdade, para que se coloquem ao lado do Presidente Encarregado Juan Guaidó na busca de uma solução que ponha fim na ditadura de Maduro, bem como restabeleça a normalidade institucional na Venezuela”, diz a nota da Presidência.
Há relatos de confrontos entre manifestantes e forças de segurança nas ruas da capital do país, Caracas, após Guaidó afirmar que tem o apoio dos militares para, segundo ele, conseguir "o fim definitivo da usurpação" do governo de Nicolás Maduro. A partir da divulgação do anúncio de Guaidó pelas redes sociais, venezuelanos contrários e favoráveis a Maduro tomaram as ruas da capital venezuelana.
O presidente Jair Bolsonaro se reúne, no início desta tarde, com ministros de Estado e o vice-presidente Hamilton Mourão, no Palácio do Planalto, para tratar da situação da Venezuela.
Combates nas ruas de caracas
As ruas de Caracas foram tomadas por confrontos nesta terça-feira horas após o presidente autoproclamado da Venezuela, Juan Guaidó, ter convocado a população a se manifestar contra o regime de Nicolás Maduro. Guiadó anunciou o apoio de militares para derrubar o governo e deu início à fase final da chamada Operação Liberdade.
Maduro acusa os oposicionistas de tentativa de golpe. Ele postou que militares demonstraram "total lealdade ao povo, à Constituição e à Pátria". Também convocou às ruas a população que o apoia. "Venceremos", escreveu o chavista em rede social.
Ainda pela manhã, grupos de manifestantes tentaram entrar na principal base aérea do país, a Generalísimo Francisco de Miranda, conhecida como La Carlota. O local foi escolhido como ponto de apoio a Guaidó.
A base La Carlota fica na região leste de Caracas, a cerca de 13 quilômetros do Palácio Miraflores, sede do governo. Em 2002, o local foi declarado zona de segurança militar. Os voos para lá estão proibidos desde 2014, de acordo com o jornal colombiano "El Mundo".
O presidente autoproclamado surpreendeu ao aparecer nas imediações de La Carlota em companhia de Leopoldo López, o líder da oposição que estava em prisão domiciliar, foi libertado e reapareceu em público pela primeira vez justamente nesta terça.
Saiba como votaram os vereadores
A favor
O MDB deu todos os 5 votos, o DEM colaborou com dois votos, PP somente um.Os outros votos: PSDB, 2; PTB, 3; PRB, 2; Pros, PSB e PSC, um cada um.
CLAUDIO CONCEICAO (DEM) SIM
NELCIR TESSARO (DEM) SIM
REGINALDO PUJOL (DEM) SIM
ANDRÉ CARUS (MDB) SIM
COMANDANTE NÁDIA (MDB) SIM
IDENIR CECHIN (MDB) SIM
LOURDES SPRENGER (MDB) SIM
MENDES RIBEIRO (MDB) SIM
JOÃO CARLOS NEDEL (PP) SIM
ALVONI MEDINA (PRB) SIM
JOSÉ FREITAS (PRB) SIM
PROFESSOR WAMBERT (PROS) SIM
AIRTO FERRONATO (PSB) SIM
HAMILTON SOSSMEIER (PSC) SIM
MOISÉS BARBOZA (PSDB) SIM
RAMIRO ROSÁRIO (PSDB) SIM
CASSIO TROGILDO (PTB) SIM
DR. GOULART (PTB) SIM
GIOVANE BYL (PTB) SIM
LUCIANO MARCANTÔNIO (PTB) SIM
PAULO BRUM (PTB) SIM
MAURO PINHEIRO (REDE) SIM
Contra
Foram quatro votos do PT, três do PDT, três do Psol, dois do PP, um do PSB e um do Novo
FELIPE CAMOZZATO (NOVO) NÃO
JOÃO BOSCO VAZ (PDT) NÃO
MAURO ZACHER (PDT) NÃO
MARCIO BINS ELY (PDT) NÃO
CASSIÁ CARPES (PP) NÃO
RICARDO GOMES (PP) NÃO
PAULINHO MOTORISTA (PSB) NÃO
KAREN SANTOS (PSOL) NÃO
PROF. ALEX FRAGA (PSOL) NÃO
ROBERTO ROBAINA (PSOL) NÃO
ADELI SELL (PT) NÃO
ALDACIR OLIBONI (PT) NÃO
ENGo COMASSETTO (PT) NÃO
MARCELO SGARBOSSA (PT) NÃO
"Argentina é um filme que se vê de novo", diz embaixador Marcos Azambuja
O embaixador Marcos Azambuja falou para o jornalista Caio Cigana, Zero Hora, dizendo que se mostra decepcionado com o governo de Maurício Macri, que se elegeu com discurso liberal e, há poucos dias, recorreu até a congelamento de preços.
Leia tudo:
Ex-secretário-geral do Itamaraty conselheiro emérito do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), também avalia a nova política externa brasileira sob o governo de Jair Bolsonaro.
Diplomata que serviu na Argentina e na França se mostra decepcionado com o presidente Mauricio Macri.
O governo Macri, que seria de viés liberal, é uma decepção?
É. Prometeu mais do que poderia entregar. Criou expectativas e não cumpriu. A oposição a ele é grande e tem muita influência da ex-presidente Cristina Kirchner e de outros líderes peronistas. A inflação está em níveis intoleráveis. A desvalorização do peso é inaceitável. A intervenção do FMI reacende os sentimentos do passado em que o fundo determinava, com insensibilidade, as políticas que o país deveria seguir. Falta pouco tempo para as eleições. Cristina pode se apresentar. Macri está esvaziado do que tinha de mais importante, a esperança de que, com ele, a Argentina voltasse a crescer.
Onde ele errou?
A Argentina continua a ter grande dificuldade de ser governada por qualquer grupo político que não seja associado ao peronismo. Em suas vertentes, o peronismo ainda é o caminho que leva à governabilidade. Não ao sucesso, ao crescimento. Ele também subestimou os problemas que iria encontrar. A economia está fragilizada e ele não conseguiu criar uma corrente liberal com capacidade de convencer os argentinos de que era o melhor caminho. Vive mais uma vez a mesma situação. FMI, inflação alta, baixo crescimento, desconfiança da sociedade com o rumo da política econômica e desgaste da presidência. A Argentina é um filme que se vê de novo.
Vê possibilidade de Cristina Kirchner voltar ao poder?
O que mais sustenta o Macri é o medo da volta da Cristina. Parece um paradoxo. Há temor de que volte o populismo, a corrupção, o nacionalismo exaltado do ciclo do kirchnerismo na segunda fase. Ela tem chances reais. Se continuar assim, vai crescendo. De novo a Argentina na mão do FMI, aquele ressentimento contra as forças de fora, a população sindicalizada achando que é tratada com insensibilidade, aumento da pobreza e do desemprego.
O quanto é ruim para o Brasil?
O Brasil tem na Argentina um mercado importante, sobretudo para o que produzimos de industrializados. É o nosso melhor mercado. Não há cenário de infelicidade deles que não seja a diminuição de nossas exportações.
Como o senhor vê a nova política externa brasileira?
Prometi a mim mesmo dar um tempo. É razoável esperar que o governo da hora experimente, tente, acerte, erre. Mas estou preocupado. A política externa brasileira sempre teve duas características que admiro: previsibilidade e racionalidade. Não quer dizer que sempre esteja certa. Mas era algo que se podia ver como se desdobraria. Defesa da nossa integridade territorial, boa relação com vizinhos, aproximação com países de todas as naturezas, com EUA, China, Rússia. O Brasil tinha uma política que era razoável. Com pecados de um pouco de excesso de protagonismo e indulgência excessiva com governos como de Chávez e Maduro. Mas tenho medo de uma aproximação excessiva com Israel e EUA. Agora, há a visita do presidente à Polônia e à Hungria. Não são destinos naturais da diplomacia brasileira. Na democracia, há alternância no poder. Um governo como o da Dilma Rousseff, de centro esquerda, pode ser sucedido por um de centro direita. Não quero é que pendulo vá tão dramaticamente para um lado que pareça os mesmos erros, com o sinal trocado.
Considera que o Itamaraty está ideologizado demais?
Perdeu a tradição de comportamento racional e previsível. Estamos erráticos.
E a figura pessoal do chanceler Ernesto Araújo?
Ele tem um problema que não sei como superar. Se move por impulsos ideológicos, por inspiração de autores, forças, religiões ou filosofias que não são as que costumam nos conduzir. A nossa política externa é conduzida mais pelo bom senso. Menos ideologia e mais comportamento racional e previsível. Cada vez mais acredito em moderação e racionalidade. Mas as minhas convicções não estão na moda. Claro que temos de nos aproximar dos EUA e de Israel. É bom para eles e para nós. Mas não tanto.
Artigo, Fábio Jacques - Que País é este ?
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal,
cassou, nesta quarta-feira (24/4), uma liminar da Justiça Federal de Brasília
que autorizava psicólogos de todo o país a realizar "terapia de reversão
sexual" em homossexuais, a chamada "cura gay". (site Consultor
Jurídico)
Leio este tipo de notícia e fico pensando: em que mundo
estamos? Ou como dizia Renato Russo: “Que país é este?”
Os psicólogos e psiquiatras estão proibidos de atender a
brasileiros que tenham tendências homossexuais e, sentindo-se confusos ou
traumatizados por este seu sentimento queiram buscar aconselhamento. É isto que
diz a lei.
E se, pelo contrário, alguém que sempre se considerou
heterossexual sentir uma atração por alguém do mesmo sexo, pode buscar
conselhos junto aos especialistas ou isto também é crime?
Há na internet o vídeo de um programa da Globo News no
qual é “demonstrado” que “pedofilia é uma doença crônica que não tem cura, mas
tem tratamento. É semelhante à diabetes”.
O estupro se enquadraria dentro desta classificação
médica?
O pedófilo, como doente crônico, merece a condescendência
da sociedade e pode ser tratado, o homossexual, por seu lado, é proibido de
buscar auxílio profissional ou tratamento se assim o desejar. Neste caso é
crime.
Me faço mais algumas perguntas:
Se, além de manter reações sexuais com crianças sentir um
forte impulso de matá-las, ainda continua sendo um doente crônico?
E se sentir vontade de transar com seu próprio filho
ainda criança?
E se sentir vontade de bater em mulheres, estuprá-las ou
até mesmo matá-las?
E se for tomado por uma irresistível vontade de se
apossar dos bens alheios?
E se sentir impulso para explodir uma igreja ou metralhar
alunos em uma escola?
Estou fazendo um raciocínio pelo absurdo porque me parece
que todas estas situações retratam tendências que independem ou podem
independer da vontade da pessoa.
Quase todos estes instintos, quando postos em prática,
são considerados crimes hediondos enquanto alguns são considerados apenas
doença. Algumas pessoas levadas por suas tendências serão consideradas
criminosas merecedoras de severas punições ao mesmo tempo que outras apenas
pacientes merecedoras de tratamento e compreensão.
Quem pode definir o que é crime e o que é doença? Quem
pode definir que a pessoa pode buscar auxílio e quem pode proibi-la?
A ideologia está transformando, ou pelo menos, tentou
transformar o cidadão em um bebê que não pode decidir nem mesmo sobre seu
próprio destino. Precisa ser tutelado pelo papai governo que é quem define o
que é crime e o que é doença, do que pode se tratar e do que está proibido.
Gostaria de lembrar o livro póstumo de Karl Marx publicado
por Engels “A origem da família, da propriedade privada e do estado”, pai da
ideologia de gênero, no qual o capital é considerado consequência da criação da
família e que é preciso destruir a família para poder destruir o capital. É
dele que decorre a lei que proíbe o ser humano inconformado com sua tendência
sexual de procurar ajuda, ou que considera a pedofilia como doença crônica e o
incesto como atitude aprovável. O que importa é destruir a família tradicional.
Estou otimista de que novos ares tomarão conta do país e
que as pessoas possam passar a decidir por si mesmas sobre seu destino, que
crime volte a ser crime e não doença e que atitudes reprováveis sejam punidas
dentro da lei. Não sou homofóbico, mas não serei eu que proibirei uma pessoa de
buscar o auxílio que achar necessário e nem passarei a mão na cabeça de
criminosos.
E, para mim, pedofilia é crime e não doença crônica.
O autor é diretor da FJacques - Gestão através de Ideias
Atratoras, Porto Alegre, e autor do livro “Quando a empresa se torna Azul – O
poder das grandes Ideias”.
www.fjacques.com.br -
fabio@fjacques.com.br
Artigo, J.R. Guzzo, Exame - O raio do papel
Deu um nó. Está sempre dando, na política brasileira, porque
é mesmo da natureza da política produzir complicação, aqui e no resto do mundo.
Mas desta vez parece que se formou entre governo, Congresso, partidos e o resto
da nebulosa que compõe a vida pública brasileira um nó de escota duplo, ou um
lais de guia holandês, ou algum outro dos muitos enigmas criados pela ciência
dos marinheiros — desses que você olha, mexe, olha de novo, e não tem a menor
ideia de como desfazer. É fácil para os marinheiros — mas só para eles. Como,
no presente momento, não há ninguém com experiência prévia a respeito da
desmontagem dos nós que apareceram desde que Jair Bolsonaro formou o seu
governo, o mundo político está com um problema sério. Como se sabe, é a
primeira vez na história recente do Brasil que o time inteiro de cima foi
montado sem ninguém pedir licença aos políticos, ou sequer perguntar a sua
opinião — e menos ainda comprar seu apoio com a entrega de cargos na administração.
Há muito técnico, muito general etc. Mas não há, como a ciência política
considera indispensável, nada de "engenharia política". Isso quer
dizer, na prática, que ficou difícil fazer a turma da situação votar a favor do
governo — pois a maior parte dela passa mal se tiver de votar alguma coisa por
princípio, ou seja, de graça. É esse o nó que não desata. Por causa dele, dizem
que o governo está "paralisado há 100 dias".
Vejam, para citar o exemplo mais indecente do momento, a
reforma da Previdência. Nada mais natural que o PT, seus auxiliares e o resto
da esquerda fiquem contra. Têm mesmo de ficar: a única escolha que faz sentido
para a oposição, hoje, é ser 100% contra qualquer ideia que tenha a mínima
chance de melhorar o Brasil em alguma coisa. Isso seria, em seu raciocínio,
ajudar o governo Bolsonaro a ser bem-sucedido — e um governo Bolsonaro
medianamente bem-sucedido é um desastre mortal para o consórcio Lula-PT. Que
futuro vai ter essa gente na vida, a não ser que o governo acabe em naufrágio?
Nenhum. É compreensível, assim, que a oposição não aprove nada que possa dar
certo. Mas PT, PSOL e PCdoB, somados, não chegam a 15% da Câmara dos Deputados.
E o resto: por que eles demoram tanto para votar a reforma? Mesmo descontando
outras facções antigoverno, daria para aprovar. Resposta: demoram porque querem
cargos na máquina e não estão levando.
É isso: o sujeito quer uma diretoria, uma
superintendência, uma vice-presidência — uma boquinha gorda qualquer, Santo
Deus — e não tem a quem pedir. Falam em "agilização" das nomeações.
Mas nomeação, que é bom, não sai. Chegou-se a falar num "Banco de
Talentos", para onde a politicalha mandaria os nomes que quer empregar — e
onde as escolhas seriam feitas segundo "critérios técnicos". Também
não rolou. Um deputado especialmente desesperado com a demora, Felipe
Francischini, chutou o balde e pediu um emprego na estatal Itaipu para a
própria madrasta. Outro, um Elmar Nascimento, do liberalíssimo DEM, disse que
não quer saber de "talentos"; quer emprego mesmo, e dos bons.
"Não vamos nos contentar só com marmita", ameaçou ele. Histórias como
essa encheriam a revista inteira; não vale a pena ficar repetindo a mesma
ladainha. O certo é que a manada quer os empregos, não está conseguindo e, pior
que tudo, não sabe com quem falar para descolar a nomeação. Não adianta falar
"no governo", ou "no palácio". Tem de ser com o sujeito de
carne e osso que manda assinar o raio do papel que vai para o Diário Oficial. E
quem é que chega até ele?
A Caixa Econômica Federal, para dar um exemplo só, trocou
todos os vice-presidentes, 38 dos quarenta diretores e 75% dos 84 diretores
regionais — tudo propriedade privada dos políticos. Mais: quer cortar em dois
anos 3,5 bilhões de reais em despesas como aluguéis ou "prestação de serviços".
Só na Avenida Paulista, a CEF ocupa hoje sete prédios — nenhum outro banco do
mundo chegou perto disso, mesmo na época em que bancos tinham milhares de
agências. Em Brasília é pior: são quinze prédios, um deles só para tratar da
admissão de funcionários, como se a Caixa tivesse de admitir funcionários todos
os dias. Até uma criança de 10 anos sabe que mexer nisso é mexer diretamente no
interesse material dos políticos. Eles perderam esses cargos; querem todos de
volta, desesperadamente. Na CEF, no serviço contra as secas, nos portos, nos
aeroportos, nos armazéns de atacado, no Oiapoque e no Chuí.
Uma coisa é pedir um negócio desses ao ministro Onyx
Lorenzoni. Outra é pedir ao general Santos Cruz. Dá para entender o nó, não é
mesmo?
Entrevista de Lula só causou impacto entre lulopetistas
Análise da empresa de consultoria digital Bites divulgada nesta segunda-feira indica que a entrevista de Lula aos veículos Folha de S.Paulo e El País na última sexta-feira teve grande impacto apenas entre seguidores do PT. Esta foi a 1ª vez que Lula conversou com a imprensa desde que foi preso.
“A conversa com os jornalistas está longe de ser uma explosão de apoio a Lula e, por enquanto, não ultrapassou as fronteiras daqueles que já seguem as teses do petista”, informa o relatório.
A análise do Sistema Analítico Bites utiliza informações dos perfis oficiais do ex-presidente Lula no Facebook, Twitter, Instagram e YouTube. De acordo com o relatório, desde sexta até a manhã de domingo, a equipe de assessoria de imprensa de Lula produziu 60 posts que registaram 158 mil interações.
Nesse período, as contas de Lula conseguiram mais 10.825 novos seguidores. Nas citações abertas no Twitter sobre a entrevista, Lula apareceu em 581 mil posts contra os 298 mil tweets produzidos nas 48 horas seguintes ao posicionamento do STJ (Superior Tribunal de Justiça)
Nesse mesmo período, o presidente Jair Bolsonaro, ganhou 27.945 seguidores, fez 39 posts em seus perfis e obteve 2.741.353 interações no Twitter, Facebook e Instagram. O resultado das interações de Bolsonaro equivale a 17 vezes o número de interações do ex-presidente.
COMPARTILHAMENTO: EL PAÍS RENDEU MAIS
A entrevista rendeu 1.380 artigos que geraram 5,2 milhões de interações nos 300 textos mais compartilhados no Facebook e Twitter. A reportagem do jornal El Paísrespondeu por 13% desse volume e a Folha de S.Paulo ficou com 4%.
Na última semana, entre os 248 mil artigos publicados nos sites nacionais Bolsonaro e Lula, respectivamente, ficaram em 1º e 2º lugar em compartilhamentos. A reportagem da revista Fórum sobre a decisão de Bolsonaro de reduair recursos de Sociologia e Filosofia rendeu 818 mil interações. enquanto Lula teve 706 mil interações na entrevista ao El País.
CONGRESSO NACIONAL
No Congresso Nacional, o apoio a Lula também ficou restrito a congressistas do PT. Os deputados federais produziram 653 posts sobre o ex-presidente. Destes, 547 foram feitos pela bancada petista. Com isso, os aliados do ex-presidente conseguiram 782 mil interações nessas publicações.
Lula não foi o assunto dominante da Câmara dos Deputados nas últimas 72 horas: juntos, os deputados fizeram 4.816 publicações que registaram 5,1 milhões de interações. O post de maior propagação foi da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) com uma entrevista da atriz Maitê Proença defendendo o pacote anticrime do ministro Sérgio Moro. Ela conseguiu 116 mil interações.
Esse padrão se manteve no Senado. Lula apareceu em 71 dos 746 posts. O PT também dominou as publicações do ex-presidente.
Fenômeno interessante tanto na Câmara e no Senado foi a ausência da defesa de Lula de antigos aliados que estavam com Lula nos seus 2 governos e na administração de Dilma Rousseff.
HASHTAGS
Nas 10 hashtags mais utilizadas, 4 foram positivas –#lulalivreja, #falalula, #lulainspira e #lulalivre– foram associadas a 224 mil tweets. Nas negativas, as 2 mais difundidas –#lulanacadeia e #moroteprendeubabaca– foram citadas em 140 mil posts.
PESQUISAS SOBRE LULA NO GOOGLE
Em uma escala que vai de zero a 100, o interesse pelo ex-presidente ficou na média de 34. Nas 48 horas após, essa taxa média foi de 29. A entrevista de Lula despertou um interesse 17 pontos superior aos eventos da redução da sua pena.
Cirurgia Robótica aplicada na oncologia torácica é tema de simpósio no Hospital Moinhos de Vento
Evento realizado neste final de semana reuniu médicos das
diversas especialidades envolvidas no tratamento do câncer de pulmão
O cenário atual, as inovações técnicas e as perspectivas
futuras na utilização da cirurgia robótica para o tratamento do câncer de
pulmão foram debatidas entre profissionais da saúde de todo o país, que se
reuniram no Hospital Moinhos de Vento neste final de semana.
A programação do Simpósio de Cirurgia Robótica aplicada à
Oncologia Torácica, organizado pelo Serviço de Pneumologia e Cirurgia Torácica
da instituição gaúcha, em parceria com a Sociedade Brasileira de Cirurgia
Torácica, proporcionou apresentações de palestrantes nacionais e internacionais
em Porto Alegre.
Na abertura do encontro, que ocorreu na manhã de sábado
(28), o chefe do Serviço de Pneumologia e Cirurgia Torácica do Moinhos, Dr.
Marcelo Basso Gazzana, destacou que a iniciativa foi a primeira realizada na
região Sul, com foco na divulgação das novas tecnologias que podem ser
disponibilizadas aos pacientes. “O robô permite cirurgias mais complexas e
precisas. E especialmente no câncer de
pulmão, que é uma doença respiratória potencialmente fatal, é sempre oportuno
tornar cada vez mais conhecidos os novos avanços no tratamento”, frisou.
Para o Superintendente Médico do Moinhos de Vento, Luiz
Antonio Nasi, o evento marcou a importância da instituição gaúcha no contexto
nacional da cirurgia robótica. “É uma tendência mundial da cirurgia oncológica
a busca da precisão e da técnica minimamente invasiva. A robótica não só traz
essa possibilidade de maior precisão diagnóstica e terapêutica, como também
consolida o Hospital Moinhos como um centro de referência no uso dessa
tecnologia. E quanto mais um hospital se capacita, mais pacientes se
beneficiarão. Os melhores resultados cirúrgicos sempre ocorrem em hospitais com
maior volume de cirurgias de alta complexidade e com cirurgiões mais
experientes”.
Professor da USP e secretário da Sociedade Brasileira de
Cirurgia Torácica, Dr. Ricardo Terra integrou a comissão organizadora do evento
e também ressaltou que o promissor programa de cirurgia robótica do Hospital
Moinhos de Vento facilitou a parceria. “Nossa Sociedade quer disseminar o
conhecimento sobre novas tecnologias como a Robótica e decidimos fazê-lo
através de eventos regionais. A escolha de Porto Alegre para sediar o primeiro
evento foi devido a relevância nacional da cirurgia torácica gaúcha e por ser
grande centro formador”.
Temas em debate
No sábado, as palestras foram divididas em cinco grandes
temáticas: Avanços em oncologia Torácica, Princípios da Cirurgia Torácica
Robótica, Ressecções Pulmonares, Ressecção Mediastinal e Complicações da
Cirurgia Robótica Torácica. Os profissionais se atualizaram sobre os atuais
pilares do tratamento, os desafios do diagnóstico e os benefícios da utilização
do robô. Também foram discutidos casos
clínicos reais e complexos pela equipe multiprofissional, que incluiu
cirurgiões torácicos, pneumologistas, oncologistas, radioterapeutas, radiologistas
e patologistas.
Direto dos Estados Unidos, por videoconferência, o Dr.
Stephen Yang, professor da Faculdade de Medicina da Johns Hopkins, ministrou
uma aula com o tema “Future of robotic thoracic surgery: technology evolution
and perspectives”. Yang fez um resgate histórico da tecnologia, falou sobre sua
experiência e lembrou a constante necessidade de treinamento e atualização dos
profissionais diante da agilidade na evolução das plataformas tecnológicas e
descobertas cientificas.
Uma atividade prática – chamada de Hands On - foi a programação
do domingo (28), que teve trabalhos em grupo no centro cirúrgico, discussão de
casos, utilização do simulador, visitação do equipamento de robótica do
Hospital Moinhos de Vento e acompanhamento de uma cirurgia em tempo real.
Artigo, Alon Feuerwerker - Quando o debate econômico vira culto religioso a favor, o maior risco é do próprio governo
A satisfação com produtos ou serviços pode ser medida
pela equação S = En - Ex. Satisfação é entrega menos expectativa. Uma entrega
bacana produz frustração se a expectativa veio hipertrofiada. Vendas brilhantes
saem pela culatra se o entregue fica abaixo do prometido.
O governo Bolsonaro nasceu da urna produzindo alta
expectativa em dois campos: economia e segurança pública. Duas variáveis que
vão definir o tanto de satisfação ou insatisfação do eleitorado quando o
presidente se apresentar à reeleição, ou o bloco de poder dele aparecer em 2022
com outro nome.
São variáveis importantes também ao longo do mandato,
especialmente numa política como a brasileira, cada vez mais habituada a
surpresas.
Melhora econômica não produz automaticamente avanços na
segurança. Uma prova foram os governos do PT. As regiões mais dinâmicas do
período, no Nordeste, experimentaram piora expressiva na segurança. As
exceções, como Pernambuco, só confirmavam a regra.
Mas melhora econômica, principalmente quando traz muito
emprego, tem efeito indireto positivo sobre outras variáveis. Dinheiro no bolso
ajuda a resolver, ou relativizar, desafios não estritamente econômicos. O
contrário também é verdade: na casa em que falta pão todos brigam e ninguém tem
razão.
Na segurança, até agora, o governo parece colocar as
fichas em mudanças legais de endurecimento penal. Uma aposta arriscada, mas tem
sua vantagem: ainda que os índices não melhorem, a violência legal -ou nem
tanto- contra o crime é um anestésico coletivo poderoso. Mesmo que só até certo
ponto.
E sempre será possível culpar os governadores. Ainda que
a escolha do ministro da Justiça tenha trazido o tema para mais perto do
presidente da República.
Vital mesmo é a economia. Nesta, a velocidade de criação
de empregos. E a qualidade deles. Qual é a aposta do governo? Que a reforma da
previdência melhore decisivamente a expectativa fiscal, e portanto reduza
juros, e portanto desperte o otimismo do investidor e do consumidor.
Onde está a dúvida? Se vai funcionar do jeito prometido.
Supondo que haja mesmo uma reforma da previdência, o dinheiro poupado vai ser
usado para abater dívida? Ou o governo e o Congresso vão preferir engordar o
caixa para investir, e assim melhorar o humor das bases eleitorais rumo a 2022?
Ajuda a austeridade o fato de que o resultado previsto no
curto prazo pelo projeto de reforma é relativamente menor. A poupança será
crescente com o tempo.
Mas um governo sem sustentação congressual própria fica
mais vulnerável às demandas para gastar. E haverá pressão social por mais investimento
e gasto público, para compensar menos dinheiro no bolso dos afetados pela
reforma. Porque déficit público é sinônimo de superavit privado. Não custa
lembrar.
Outro detalhe: a redução drástica do déficit depende
também de o BNDES devolver uma dinheirama ao Tesouro. Mas isso implica menos
dinheiro para o banco emprestar. Aí também a ideia é o capital privado interno
e principalmente externo ocupar o espaço. No bottom line, tudo afinal depende
disso.
Uma característica do debate econômico no Brasil é operar
com dois motores estáveis: o efeito-manada e a interdição. A palavra de ordem
do Plano Cruzado nos anos 80 volta de tempos em tempos. “Tem que dar certo (não
deveria ser ‘tem de’?)”. E as (más) experiências pregressas nunca servem de
lição.
As ideias econômicas oficiais entre nós nunca admitirem
crítica, apenas autocrítica a posteriori. Os flancos fiscais abertos do Cruzado
eram só nota de rodapé, até a coisa afundar. O mesmo problema foi subestimado
no Plano Collor. O “populismo” cambial do Real era #mimimi, até o desabamento
de 1999.
Esses exemplos tratam de tempos algo antigos, mas vale a
pena lembrar.
A interdição do debate e o efeito-manada vêm em doses
ainda mais cavalares quando a base do governo é gelatinosa, e é o caso agora. O
ministro da Economia tem o apoio unânime da opinião pública(da), então só se
discute o custo de aprovar a coisa no Congresso. É o único ponto da pauta.
Tudo facilitado pela demonização do papel do Estado.
Ainda que nunca tenha havido ciclo econômico benigno no Brasil sem participação
decisiva estatal. E dos presidentes eleitos após a redemocratização o único que
acabou bem foi Lula. Os demais? Ou não acabaram ou acabaram mal.
Quando o debate econômico vira culto religioso,
a favor, o próprio governo se torna o mais vulnerável ao
risco.
Ainda que no começo ele não perceba isso.
________________________________________
Alon Feuerwerker (+55 61 9 8161-9394)
alon.feuerwerker@fsb.com.br
Artigo, Percival Puggina - STF, da crítica à autocrítica
O fato é que me
antecipei, em vários dias, ao diagnóstico pronunciado pelo ministro Luís
Roberto Barroso sobre as causas do desprestígio do STF junto à opinião pública.
Em artigo do dia 19 deste mês, com o título “As redes sociais e o poder do
indivíduo”, escrevi:
“Não é a crítica
que gera o descrédito, mas o descrédito que a motiva.”
Em outras
palavras, na minha crítica, ministros efetivamente preocupados com preservar a
imagem do Poder deveriam estar mais atentos a si mesmos do que às reações da
sociedade.
Uma semana mais tarde, coube ao ministro Barroso, falando
em evento na Universidade de Columbia, fazer a autocrítica e dizer que o
“descrédito da sociedade” é fruto de decisões da própria Corte. Não bastasse
isso, conforme matéria do Estadão (25/04), Barroso proferiu uma série de
vigorosas afirmações, segundo as quais:
• na percepção da sociedade, os ministros, por vezes, protegem
uma “elite corrupta”;
• há um problema se a Corte, de modo repetido e
prolongado toma decisões com as quais a sociedade não concorda e não entende
(referia-se, presumo, ao tal papel contramajoritário que o STF vem atribuindo a
si mesmo);
• uma grande parte da sociedade e da imprensa percebem a
Suprema Corte como um obstáculo à luta contra corrupção no Brasil;
• a sociedade tem a percepção de que “alguns ministros
demonstram mais raiva dos promotores e juízes que estão fazendo um bom trabalho
do que dos criminosos que saquearam o país”;
• somente no Rio de Janeiro, “mais de 40 pessoas presas
por acusações de corrupção foram soltas por habeas corpus concedidos na 2ª
Turma”.
E arrematou: “Tudo o que a Corte (STF) poderia remover da
Justiça Criminal de Curitiba, cuja persecução de corrupção estava indo bem, foi
feito (sic)”.
São palavras de um membro do “pretório excelso”. Não é
opinião de um simples cidadão que, acompanhando a vida do tribunal, se
escandaliza com as mensagens que alguns de seus membros, de modo reiterado,
passam à sociedade. Note-se que tais recados, captados pelo ministro Barroso,
são transmitidos numa época em que as luzes da ribalta se acendem sobre aquele
plenário, seja pelo exagerado protagonismo de alguns, seja por ações que partidos
minoritários levam à Corte atraídos pela tal vocação “contra majoritária”.
A propósito destes últimos acenderei minha lanterna sobre
o que vejo acontecer. De uns anos para cá, partidos minúsculos, sem voto nas
urnas e, por consequência, nos plenários, sobem no banquinho de seu pequeno
significado para se autoproclamarem os únicos representantes das aspirações
populares. Há um ditado segundo o qual “quanto menor a tribo, mais emplumado o
cacique”. Assim, impressionados consigo mesmos, derrotados nas deliberações de
plenário, a toda hora esses pequenos partidos correm e recorrem ao STF em busca
da simpatia de seis ministros para sua causa. Claro! É mais fácil conseguir
meia dúzia de votos entre 11 do que maioria entre 513. Apelar ao STF virou uma
gambiarra para partidos nanicos, que passam a contar com isso até mesmo para
suas manobras de obstrução.
P.S. – Especialmente minoritários, mais do que isso
elitistas e refinados, são os serviços de fornecimento de refeições
institucionais licitados pelo STF e divulgados pelo Estadão no dia 26 de abril.
Lagostas e vinhos premiados integram um cardápio digno dos deuses do Olimpo,
que vai ao pregão eletrônico pelo custo módico de R$ 1,1 milhão.
* Percival Puggina (74), membro da Academia Rio-Grandense
de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site
www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de
Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões;
A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
Artigo, Montserrat Martins, Jornal do Comércio - Lutando contra a depressão
Campeã
mundial de Muai Thay, a gaúcha Simoni dos Santos, tem uma história inusitada:
há apenas dois anos, era uma dona de casa de 30 anos de idade, criando quatro
filhos e uma sobrinha, pesando 100 quilos e com depressão, que "só queria
chorar e ficar na cama". Um amigo lhe emprestou um saco de areia para dar
socos como uma forma de extravasar frustrações e, vendo que estava lhe fazendo
bem tal "terapia", em seguida lhe convidou para treinar Muai Thay. A
prática da arte marcial lhe ajudou a emagrecer e quando estava com 95 quilos
disputou seu primeiro torneio da categoria. Desde que começou, há dois anos,
não parou mais de praticar o esporte, até chegar ao título mundial, conquistado
na Tailândia, categoria até 60 quilos. Sua história é um exemplo do poder do
esporte como reação à depressão, que é hoje o mais frequente transtorno
psiquiátrico - e os antidepressivos o segundo mais vendidos dentre os remédios
dessa área no País (atrás apenas dos analgésicos). Os fatores biológicos,
psicológicos e sociais são relevantes na depressão. Há pessoas com tendências
familiares, há outras com evidentes conflitos emocionais desencadeantes e
também há fatores sociais (como o bullying) que podem precipitar quadros
depressivos. Quando desencadeada por causas psicológicas, o organismo passa a
ser afetado. Os antidepressivos são importantes, principalmente no início, para
ajudar a pessoa a reagir, pois a maioria das pessoas nesse estado não
conseguiria reação como a de Simoni só com o esporte. O esporte leva o corpo a
produzir endorfinas, que têm um efeito antidepressivo, conhecido como o
"hormônio do bem-estar", que eleva o ânimo e a autoestima. O aforisma
que "esporte é vida" é verdadeiro. Não existem panaceias, coisas que
por si só resolvam tudo, mas o esporte é importante para a saúde física e
mental. Psiquiatra, autor de Em busca da alma do Brasil
Liminar fulmina cobrança complementar da substituição tributária do ICMS no RS
A liminar vale apenas para os associados da ACI (Associação Comercial e Industrial de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha, mas abre caminho para que todos façam o mesmo pedido.
A cobrança complementar representa um aumento disfarçado de impostos e é ilegal.
A cobrança complementar representa um aumento disfarçado de impostos e é ilegal.
Foi deferida liminar pelo Tribunal de Justiça do Estado
do Rio Grande do Sul, na data de 24 de abril de 2019, para que os associados da
ACI-NH/CB/EV não recolham, com base no Decreto nº 54.308/2018, a complementação
da substituição tributária do ICMS, decorrente da diferença entre o preço
praticado na operação a consumidor final, e a base de cálculo utilizada para o
cálculo do débito de responsabilidade por substituição tributária nas operações
com mercadorias recebidas para revenda, suspendendo-se a exigibilidade do
referido imposto.
O Tribunal fundamentou o deferimento da liminar na ofensa
ao princípio da legalidade, na medida que a cobrança realizada pelo Estado do
Rio Grande do Sul está embasada em Decreto emitido
pelo Governador do Estado, que criou nova modalidade de
substituição tributária, não prevista em lei.
A partir da decisão emitida, o Estado do Rio Grande do
Sul não pode autuar as empresas
associadas à ACI, acaso não tenham recolhido os valores
relativos à substituição tributária, nos termos do Decreto nº 54.308/2018, além
do que não seria necessário realizar a informação dos referidos valores em Guia
de Informação - GIA.
Os efeitos da liminar ficam mantidos até a prolação da
sentença.
Artigo, Renato Sant'Ana - Uma pauta de mudança
Entrevistado por Renato Onofre, do Estadão, o presidente do Senado, Sen.
Davi Alcolumbre, deixou claro que vai usar a presidência para barrar CPI da
Lava Toga e qualquer processo de impeachment de ministro do STF.
Pode
alguém formular uma opinião "a priori"? Ou, à parte dos pedidos já
feitos e descartados, poderia Alcolumbre (DEM-AP) rejeitar desde logo futuros
requerimentos de CPI, que estarão baseados em motivos que ele não pode
adivinhar? Não! Ele age como um juiz que dá uma sentença antes de conhecer as
razões das partes.
Intelectualmente raso e com o hábito da autorreferência, ele é o tipo de
político que quase só sabe falar em primeira pessoa: "Quem me conhece
desde vereador, conhece um Davi pacificador." "Se houve um momento de
divergência entre o presidente da Câmara e o presidente da República, o
bombeiro Davi entrou em campo." "Não vou ser mais um para criar uma
discórdia no Brasil." eis algumas frases da entrevista.
Com
mandato eletivo desde 2001 (de vereador a senador da República, candidato óbvio
em 2022), ele ainda não se moldou à condição de homem de Estado. E parece estar
sempre em campanha por voto: o autoelogio é um padrão em suas falas, no que ele
é igual a 500 outros congressistas.
Reportagem
da CBN (03/02/2019) mostra que, entre 2015 e 2018, ele gastou mais de R$ 1,7
milhão com a cota de gabinete, a maior parte para divulgação da atividade
parlamentar.
Em abril
de 2018, o vice-procurador-geral eleitoral, Humberto Jacques de Medeiros, pediu
a cassação do mandato de Davi Alcolumbre e seus dois suplentes de senador (um
deles é Josiel Alcolumbre, seu irmão), alegando ilicitudes na prestação de
contas da campanha de 2014.
No
Supremo Tribunal Federal (STF), ele é investigado em dois inquéritos por crimes
eleitorais, contra a fé pública e uso de documento falso. Um deles (n. 4677)
traz detalhes da denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal do Amapá
(sua base eleitoral), apontando irregularidades em sua campanha de 2014. E o
outro corre em segredo de Justiça.
Apesar
disso, na disputa pela presidência do Senado, sempre em primeira pessoa, ele
usou o discurso da renovação na política, antagonizando com o multiprocessado
senador Renan Calheiros (MDB-AL).
E agora,
a seu juízo, não pode haver uma CPI da Lava Toga: "A divergência, a briga,
o conflito não leva a gente a lugar nenhum", disse ele ao Estadão sobre
eventual confronto com o Judiciário, ignorando a serventia do Senado. Por
sinal, foi com igual nobreza de espírito que ele votou a favor do
"reajuste" dos ministros do STF...
Note-se
que a entrevista ao Estadão e sua proclamação de propósito ocorreu entre dois
atos de uma ópera cujo "finale" ainda vai ser escrito. No primeiro, a
revista eletrônica Crusoé informou que Marcelo Odebrecht identificou o codinome
de Dias Toffoli (presidente do STF) entre envolvidos em negociatas de sua
empreiteira em 2007, quando Toffoli era chefe da Advocacia Geral da União
(AGU).
No
segundo ato, Alexandre de Morais, ministro do STF, entrou em cena para censurar
a Crusoé, mandando apagar a reportagem que "inquinava" a reputação do
seu Colega Dias Toffoli. Mas, depois, concluindo que não era fake news,
suspendeu a censura.
Tudo isso
compõe o cenário da velha política. Mas não é o caso de se especular um final
para a ópera nem de se analisar a ousadia da Crusoé ou a conveniência ou não de
uma CPI para higienizar o Judiciário. O que interessa, por ora, é interpretar
os sinais trazidos pela performance de Alcolumbre e extrair uma ideia de
mudança.
O fato
gritante é o "vício institucional", qual seja, o excesso de poder do
presidente do Senado. Pela regra atual, ele tem a prerrogativa de decidir
sozinho, segundo entenda ou lhe convenha, aceitando ou rejeitando, no presente
exemplo, pedidos de CPI e, igualmente, de impeachment de ministro das cortes
superiores. Ou seja, ficam todos à mercê da inteligência ou estultice, da
honestidade ou má-fé de quem quer que ocupe o cargo.
Tem que
mudar. Mas como? A estratégia é focar na instituição, não no indivíduo. Se, por
um lado, não há meio apto para garantir que o presidente do Senado reúna todas
as qualidades desejáveis, por outro é perfeitamente factível aprimorar a instituição
ao mudar as regras e reduzir a discricionariedade do presidente.
Com
efeito, já tramita no Senado o PRS 11/2019, projeto de resolução para alterar o
regimento da Casa, mudando a regra para o recebimento de denúncia contra
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Procurador-Geral da República
por crimes de responsabilidade. Da autoria do Sen. Lasier Martins (Pode-RS), o
PRS propõe que a abertura ou não de processo nessas hipóteses seja partilhada
por todos os senadores, o que tornará mais democrático o exercício da
presidência.
O PRS
11/2019 presta-se a exemplificar um caminho de mudanças, contrariando o que, de
hábito, pensam os simples, para quem o Brasil só vai mudar quando forem eleitos
políticos íntegros e dedicados ao interesse geral, ideia que tem certa lógica
mas é enganosa.
Seria
mesmo maravilhoso que só existisse bondade. Mas a realidade humana é outra. E
se não há meio apto a garantir que, individualmente, todas as pessoas sejam
boas, justas e fraternas, então o que resta é trabalhar pelo aprimoramento das
instituições que, por sua vez, podem balizar o comportamento das pessoas -
estejam elas no Congresso, no Judiciário, na universidade, etc. -, ajudando-as
a viver com retidão.
Artigo, Mário Rosa, Poder360 - Os caminhoneiros estão fora da realidade
Recorro aqui ao arsenal de tiradas do genial narrador
esportivo Geraldo José para dar um choque de realidade nas nossas queridas e
queridos caminhoneiros. Ao invés de parar o país e dar um mata leão no governo,
vocês fizeram muito bem em segurar a mão no volante! Afinal, ele fez tudo por
vocês e só merecia isso mesmo de volta: compreensão.
Aliás, por que vocês não dão uma paradinha e assistem a
uma live do Mito? Vocês que se comunicam tão bem pelas plataformas digitais:
por que não gastam algumas horas em algum acostamento deste nosso imenso Brasil
e dão uma lida numa coletânea de postagens do nosso presidente no Twitter?
Ou quem sabe por que não buscam um pouco de iluminação
nas palavras radiantes do nosso querido 02? Sem nenhum preconceito, só não
recomendo o Olavo porque é incompreensível muitas vezes até mesmo para os mais
elevados setores da academia.
Caminhoneiros e caminhoneiras do Brasil, por que vocês
iam fazer isso com o nosso presidente? Ele não foi lá e enquadrou o presidente
da Petrobras? Depois, a empresa não caiu R$ 32 bilhões de valor de mercado?
Tudo bem que, depois do depois, veio o posto Ipiranga (também conhecido como
ministro Paulo Guedes) e fez o presidente desfazer tudo que não tinha desfeito.
Mas… é briga de concorrente… o posto Ipiranga odeia mesmo
o posto BR…coitado do presidente… ele fez o que podia fazer: criou um fato que
durou 24 horas. Resolveu o problema? Não. Mas bombou nas redes. Vocês têm que
dar um desconto. Durante um dia todo, era como se vocês tivessem ganhado a
parada. Agora, vocês iam fazer isso com o presidente? Que que isso, minha
gente!
Caminhoneiros e caminhoneiras do Brasil, vocês têm que
entender que o transporte de carga continua o mesmo, as estradas estão
piorando, os fretes estão pouco animadores, a segurança no Brasil profundo dá
medo, mas o mundo mudou e o Brasil agora é outro. O governo não é para resolver
problemas e tomar posições, como antigamente.
O governo é para bombar nas redes sociais. E sejamos
justos: o presidente compartilhou com vocês o espaço mais nobre do governo
dele: as próprias redes sociais! E agora vocês iam querer vir com essa
paralisação? Ia ser muuuuiiittaaaaa ingratidão!!!!
Vocês me perguntam: oh, puxa saco, e o preço do diesel?
Geeeenteeee… o mundo mudou, o Brasil também! Qual foi outro presidente que
prestigiou tanto vocês nas redes sociais? Qual foi outro que –durante vin-te
qua-tro ho-ras in-tei-ras !!!!– deu a impressão de que vocês tinham ganhado a
parada?
Vocês têm que ver as coisas como elas são hoje: se vocês
forem ao Google, e clicarem “caminhoneiros venceram”, vai ter uma porção de
reportagens dizendo isso, daqueles dias. Não é suficiente? Um dia inteiro de
exposição positiva na mídia?
Poxa, minha gente, vocês vão continuar exigindo uma
solução definitiva do governo sobre qualquer assunto a essa altura do
campeonato? Vamos esperar pelo menos a aprovação da reforma –intacta– da Nova
Previdência nas duas casas do parlamento, em 2 turnos. Daí, a gente começa a
tratar de outros temas como esse, como a criação de empregos, como a retomada
de obras paralisadas, como a economia e a vida real.
Por enquanto, vamos viver no virtual! E, lá, vocês
ganharam. Lá, o combustível é barato e a Petrobras não precisa fazer nenhuma
concessão para vender a preços baixos. Lá, as estradas são maravilhosas, lá
elas são seguras, lá os fretes compensam. Gente, vamos pro Twitter, vamos para
as lives. Que que é isso, minha gente?
Brasileiros são os maiores compradores estrangeiros de casas em Orlando
Casas para locação perto dos parques temáticos como o
Walt Disney World podem render até 30 mil dólares de saldo positivo no final do
ano
Vinte por cento das casas adquiridas por estrangeiros na
Flórida, Estados Unidos, foram adquiridas por brasileiros no último ano. A
pesquisa foi realizada pela Associação Nacional dos Corretores
REALTORS® 2018 da International Residential Real Estate Activity, e
divulgada na última semana. Em segundo lugar está os canadenses, seguidos dos
venezuelanos e dos chineses. (https://www.orlandorealtors.org/news/445109/International-Matters.htm).
A pesquisa revela também que aproximadamente 9,4% de
todos os compradores internacionais da Flórida optaram por adquirir uma
propriedade em Orlando. A atividade internacional representa uma porcentagem
significativa das transações imobiliárias residenciais de Orlando e, por
extensão, a economia local. Os resultados do perfil mostram que compradores
estrangeiros envolveram aproximadamente 11% das 44 mil vendas de casas da área
estatística metropolitana de Orlando-Sanford-Kissimmee durante o período do
estudo (entre agosto de 2017 e julho de 2018).
O perfil dos compradores de imóveis em Orlando é
diferente. Enquanto os canadenses e ingleses tendem a comprar um imóvel privado
para uso exclusivo em férias, os brasileiros tem perfil investidor. “Comprar
uma casa nos Estados Unidos se tornou atrativo para os brasileiros,
principalmente pela oportunidade de obter um imóvel com rentabilidade, com
aluguel fixo ou temporada”, explica Alexandre Fraga, sócio-diretor da Nord
Holidays, que atua no ramo desde 2015.
Imóveis como investimento
Diversificar investimentos é uma recomendação que a
maioria dos especialistas fazem. Uma modalidade ainda pouco conhecida do
investidor brasileiro é o imóvel em Orlando, na Flórida, que pode render até
14% ao ano de ROI (sigla em inglês para Retorno Sobre Investimento), segundo a
Nord Holidays, empresa especializada em venda e locação de imóveis na região.
“Muitos investidores compram uma segunda casa em menos de
um ano após a aquisição da primeira”, afirma Alexandre Fraga, sócio-diretor da
Nord Holidays ao comentar que o investimento inicial é de 30% do valor do
imóvel, que custa a partir de 300 mil dólares. “Atualmente, existem cerca de 50
casas à venda em Orlando e é interessante ressaltar que há um rígido controle
de lançamentos de novos empreendimentos para evitar a desvalorização dos
imóveis”, explica.
Segundo Fraga, os imóveis em Orlando valorizam, em média,
7% ao ano, e há também a possibilidade de locação temporária, o que torna o
negócio ainda mais rentável, uma vez que, com os aluguéis, é possível pagar
todos os custos de financiamento e despesas como energia e condomínio. “Há
casos em que a casa ainda deixa um saldo positivo no final do ano, em torno de
US$ 30.000, depois de pagar todas as despesas fixas”, afirma.
Quem pode investir
Adquirir um imóvel em Orlando é simples e seguro. Emily
Porto, sócia-diretora da Nord Holidays explica que há pouca burocracia para se
obter financiamento, não é preciso morar nem ter endereço na cidade, o negócio
é super seguro, e é excelente para quem busca diversificação de portfólio.
“Além de investir na maior economia do mundo, em dólar, nossos clientes contam
com total assessoria em português”, diz Emily.
A Nord Holidays cuida de todos os trâmites para a
aquisição do imóvel e também para a locação, mensal ou por temporada. “No final
das contas, a casa se paga”, afirma Alexandre Fraga ao comentar que todas as
casas são localizadas em condomínios fechados e próximos aos parques temáticos
de Orlando, como Walt Disney World, Busch Gardens, Legoland, Universal Studios,
entre outros.
Sobre a Nord Holidays
Fundada em 2015, a Nord Holidays é uma start-up de
investimentos imobiliários e administração de imoveis, que tem como objetivo
assessorar investidores interessados na aquisição de imóveis na cidade de
Orlando, na Flórida. Além disso, a Nord Holidays administra e gerencia os
imóveis dos investidores para que obtenham o máximo rendimento, por meio de
locações temporárias e mensais.
Projeto de Lasier que dificulta progressão de pena vai para plenário
Proposta de Lasier Martins vai a Plenário em regime de urgência. Atualmente, sentenciados, mesmo em crimes extremamente graves, podem progredir para os regimes semiaberto e aberto após o cumprimento de apenas um sexto da pena, como é o caso do corrupto ex-presidente Lula da Silva. Assim, um indivíduo condenado a 18 anos de prisão, se apresentar bom comportamento carcerário, poderá sair em apenas três anos.
A matéria segue agora para o Plenário do Senado, em regime de urgência.
Mais rigor para o cumprimento da pena de prisão. É o que garante projeto do senador Lasier Martins (Pode-RS), aprovado nesta quinta-feira, na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado. O PLS 499/2015 restabelece a exigência do exame criminológico e aumenta os prazos para a progressão de regime: mínimo de três quintos para réu primário de crimes hediondos, subindo para quatro quintos quando reincidente e, no mínimo, cumprimento de metade da pena em condenações por atos criminais comuns.
“Essa é uma medida há muito esperada pela população, que quer mais segurança diante do avanço da criminalidade. É um combate ao sentimento geral de impunidade”, comentou Lasier.
A matéria segue agora para o Plenário do Senado, em regime de urgência.
Avança projeto que dificulta progressão de regime
Proposta de Lasier Martins vai a Plenário em regime de
urgência
Mais rigor para o cumprimento da pena de prisão. É o que
garante projeto do senador Lasier Martins (Pode-RS), aprovado nesta
quinta-feira (25), na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado. O PLS
499/2015 restabelece a exigência do exame criminológico e aumenta os prazos
para a progressão de regime: mínimo de três quintos para réu primário de crimes
hediondos, subindo para quatro quintos quando reincidente e, no mínimo,
cumprimento de metade da pena em condenações por atos criminais comuns.
“Essa é uma medida há muito esperada pela população, que
quer mais segurança diante do avanço da criminalidade. É um combate ao
sentimento geral de impunidade”, comentou Lasier. A relatora, senadora Selma
Arruda (PSL-MT), acrescentou ao texto da matéria um dispositivo para
clarear a diferenciação entre réu primário e reincidente.
Atualmente, sentenciados, mesmo em crimes extremamente
graves, podem progredir para os regimes semiaberto e aberto após o cumprimento
de apenas um sexto da pena. Assim, um indivíduo condenado a 18 anos de prisão,
se apresentar bom comportamento carcerário, poderá sair em apenas três
anos.
A matéria segue agora para o Plenário do Senado, em
regime de urgência.
Artigo, Ricardo Hingel, Zero Hora - Conselhos plurais
Há alguns dias, escrevi aqui sobre a evolução das
empresas e, para tanto, a necessidade de qualificarem seus modelos diretivos.
Estruturas administrativas que deram certo no início e viabilizaram o
crescimento das empresas demandarão estruturas mais complexas, na medida em que
os negócios se ampliam.
No mercado financeiro costuma-se dizer que o desempenho
passado não é garantia de performance futura.
Nas empresas, o mesmo ocorre, pois sucessos passados não são garantia de
êxitos futuros. Para que uma empresa continue prosperando e crescendo, precisa
qualificar seu modelo de gestão, pois a concorrência o fará e a sua empresa
poderá ficar para trás.
Aquelas que atingem um determinado porte, que passam por
mudanças geracionais ou de seus executivos, podem demandar estruturas
administrativas mais completas, com a criação de seus conselhos de
administração ou mesmo consultivos. A diferença entre estes dois está na
responsabilização de seus membros; no de administração há responsabilidades
definidas na condução dos negócios, sendo o órgão máximo da estrutura diretiva.
Os consultivos não possuem esta responsabilidade e podem atuar, principalmente,
como uma consultoria especializada aos gestores e acionistas.
Sua composição deve contar com ex-executivos de renomada
experiência que, além de seus cabelos brancos, oferecem uma excelente
colaboração para os negócios das empresas, acrescentando atalhos para decisões
estratégicas, somatório de circunstâncias ou crises vividas.
Para melhor eficácia devem contar com um caráter de
pluralidade. Trazendo o futebol como uma metáfora eficiente, não se faz um time
com 11 goleiros ou 11 centroavantes. Não vai ganhar de ninguém.
O mesmo deve ser cuidado nos conselhos e é uma
oportunidade. Buscar uma composição com especialidades complementares e
atendendo a especificidades de cada empresa é fundamental. Especializações como
finanças, economia, mercado, comercial, jurídica, mercado de capitais,
tecnologia da informação e de pessoas que já tenham trabalhado em operações
similares às da empresa, em conjunto, podem enriquecer seus rumos.
Reforçando, empresas de sucesso preocupam-se com sua
perpetuidade. Como a própria palavra infere, a perpetuidade demanda uma visão
de longo prazo, em que todos os meios necessários para atingir as metas devem
ser contemplados. Bem escalados e plurais, os conselhos podem se constituir em
consultorias de alto nível e auxiliar especialmente na fixação das diretrizes
estratégicas das empresas, chave para a perpetuidade almejada.
Análise - Mercado teme desaceleração econômica global
As preocupações acerca de uma desaceleração da atividade
global continuam no radar, diz a equipe de economistas do Bradesco, hoje, no seu boletim diário para assinante. Leia a análise:
Em meio à divulgação de dados de atividade mais
fracos ao longo desta semana e com a sinalização do governo da China de redução
de estímulos à economia local, os mercados acionários operam predominantemente
no campo negativo.
Os principais pregões asiáticos fecharam em queda, com
exceção da bolsa japonesa, que reagiu com tom otimismo à decisão do BoJ de
manter as taxas de juros longas em patamar baixo, por mais tempo do que o
esperado. Na Europa, com as frustrações
com possíveis fusões e com resultados corporativos aquém do esperado, os
mercados operam em queda. No mesmo sentido, os índices futuros norte-americanos
são cotados em baixa.
No mercado de câmbio, seguindo o menor apetite ao risco,
a maioria das moedas de países desenvolvidos e emergentes deprecia em relação
ao dólar. Destaque para a desvalorização do won, que ocorre após uma inesperada
contração do PIB da Coreia do Sul. Por outro lado, o iene aprecia, refletindo a
postura do banco central japonês, conforme citado acima.
Com relação às commodities, os futuros do petróleo são
cotados em alta. A renovação das máximas do óleo tipo Brent veio em meio às
expectativas, por parte dos investidores, de que os EUA serão mais duros com as
sanções impostas ao Irã. Já as metálicas e agrícolas, não seguem tendência
única.
No Brasil, os mercados devem reagir ao quadro global mais
volátil, enquanto aguarda a nota de setor externo, que será divulgada ainda
nesta manhã pelo Banco Central.
Artigo, Gustavo Grisa - As reformas serão caminho sem fim até 2030
"É bom que mais brasileiros desenvolvam o espírito
crítico construtivo e se acostumem a construir e debater"
Incrível como é desperdiçada energia no Brasil com uma
postura, reação e resistência a reformas de modernização do país. Há muito jogo
para torcida, de curtíssimo prazo, e a crença em um mundo que não existe mais,
já era inviável há 30 anos.
O caminho das reformas é incontornável, e deverá seguir
até 2030, juntando os esforços de três mandatos presidenciais, sejam quais
forem os Presidentes.
Incontornável por que a alternativa é a simples
insolvência dos serviços públicos, previdência e da credibilidade do país, e de
governar na contenção do caos. A reforma do Estado mais completa já vem com um
atraso de pelo menos duas décadas, buscando encerrar privilégios anacrônicos, e
enfrentando obstáculos com argumentos poucos senão o corporativismo. Nos
estados, municípios, no Legislativo e Judiciário há um desafio ainda mais
profundo, de substituir uma estrutura barroca de privilégios e antifuncional a
partir de regras um pouco mais arejadas, saudáveis.
Mais de Gustavo Grisa
Reforma do setor público: Temos uma nova esperança?
A agenda global represada
Teremos até lá uma inevitável discussão sobre a questão
social, sobre o desmonte do estado populista genérico e uma substituição por
políticas mais ativas e de resultado; a desburocratização, simplificação e
digitalização de um dos maiores entes governamentais do Ocidente, que é
complexa, mas inevitável; e a necessária extinção de privilégios
previdenciários e funcionais, mais próxima à lógica de governo mundial e ao
mercado da vida real do país. A modernização da economia, o destravamento do
empreendedorismo em um dos países de grande porte com pior ambiente de negócios
do mundo. O caminho será duro, árduo, exigirá resiliência,debate, construção de
maioria.
A reforma da Previdência deverá ser a primeira de várias
reformas da Previdência até 2030, com pelo menos dois estágios subsequentes de
ajustes, possivelmente a cada novo presidente eleito. O modelo atual é
impagável, importante iniciar o ajuste o quanto antes com a aprovação do melhor
pacote politicamente possível nos dias de hoje. Haverão outros até 2030.Isso é
bom avisar, e entender.
+ A cultura do intervencionismo
Mas o comportamento de simples resistência a reformas é
uma negação geracional, uma incompreensão das mudanças do mundo, a crença em
uma ficção de uma equação que não fecha. Difícil acreditar em pessoas das
gerações Y e Z defendendo “zero” reformas e direitos “adquiridos”, alguns
seculares ou por manobras burocráticas. Até que ponto se está buscando adesão a
agendas que são apenas muito próprias e corporativistas, e contrárias ao
interesse macro do País?
É bom que mais brasileiros desenvolvam o espírito crítico
construtivo e se acostumem e saibam construir, debater, propor, inovar nesse
longo ciclo reformista.
Como votou cada deputado
Adolfo Brito (PP) - A favor da PEC
Airton Lima (PR) - A favor da PEC
Aloísio Classmann (PTB) - A favor da PEC
Any Ortiz (PPS) - Não votou (está de licença maternidade)
Capitão Macedo (PSL) - A favor da PEC
Carlos Búrigo (MDB) - A favor da PEC
Dalciso Oliveira (PSB) - A favor da PEC
Dirceu Franciscon (PTB) - A favor da PEC
Dr. Thiago Duarte (DEM) - A favor da PEC
Edegar Pretto (PT) - Contra a PEC
Edson Brum (MDB) - A favor da PEC
Eduardo Loureiro (PDT) - Contra a PEC
Elizandro Sabino (PTB) - A favor da PEC
Elton Weber (PSB) - A favor da PEC
Eric Lins (DEM) - A favor da PEC
Ernani Polo (PP) - A favor da PEC
Fábio Branco (MDB) - A favor da PEC
Fábio Ostermann (NOVO) - A favor da PEC
Fernando Marroni (PT) - Contra a PEC
Fran Somensi (PRB) - A favor da PEC
Franciane Bayer (PSB) - A favor da PEC
Frederico Antunes (PP) - A favor da PEC
Gabriel Souza (MDB) - A favor da PEC
Gaúcho da Geral (PSD) - A favor da PEC
Gerson Burmann (PDT) - Contra a PEC
Gilberto Capoani (MDB) - A favor da PEC
Giuseppe Riesgo (NOVO) - A favor da PEC
Issur Koch (PP) - A favor da PEC
Jeferson Fernandes (PT) - Contra a PEC
Juliana Brizola (PDT) - Contra a PEC
Kelly Moraes (PTB) - A favor da PEC
Luciana Genro (PSOL) - Contra a PEC
Luís Augusto Lara (PTB) - Não votou (presidente da AL só
vota em caso de empate)
Luiz Fernando Mainardi (PT) - Contra a PEC
Luiz Henrique Viana (PSDB) - A favor da PEC
Luiz Marenco (PDT) - Contra a PEC
Mateus Wesp (PSDB) - A favor da PEC
Neri o Carteiro (Solidariedade) - A favor da PEC
Paparico Bacchi (PR) - A favor da PEC
Pedro Pereira (PSDB) - A favor da PEC
Pepe Vargas (PT) - Contra a PEC
Rodrigo Lorenzoni (DEM) - A favor da PEC
Rodrigo Maroni (Podemos) - A favor da PEC
Sebastião Melo (MDB) - A favor da PEC
Sergio Peres (PRB) - A favor da PEC
Sérgio Turra (PP) - A favor da PEC
Silvana Covatti (PP) - A favor da PEC
Sofia Cavedon (PT) - Contra a PEC
Tenente Coronel Zucco (PSL) - A favor da PEC
Tiago Simon (MDB) - A favor da PEC
Valdeci Oliveira (PT) - Contra a PEC
Vilmar Lourenço (PSL) - A favor da PEC
Vilmar Zanchin (MDB) - A favor da PEC
Zé Nunes (PT) - Contra a PEC
Zilá Breitenbach (PSDB) - A favor da PEC
Odebrecht tinha ‘bunker da propina’
Sala comercial em prédio da Avenida Faria Lima, em São
Paulo, armazenava notas de dinheiro para pagar políticos e seus operadores
Uma sala comercial no terceiro andar de um prédio
na Avenida Faria Lima, principal corredor financeiro de São Paulo, serviu
como “bunker” para armazenar notas de dinheiro obtidas por doleiros com
lojistas chineses da região da 25 de Março para a Odebrecht pagar
propina e caixa 2 a políticos e agentes públicos na capital paulista.
Planilha da transportadora de valores Transnacional,
usada pela empreiteira no esquema, mostra que R$ 15,5 milhões foram coletados
no endereço e levados até a sede da empresa, na Vila Jaguara, em 37 viagens
feitas entre setembro de 2014 e maio de 2015. Nos dias seguintes às retiradas
de dinheiro, os valores eram entregues por policiais militares à paisana
aos intermediários dos políticos em residências, escritórios e quartos de
hotéis.
Neste domingo, 21, o Estado revelou que a mesma
planilha indica que ao menos 187 entregas de dinheiro programadas pela
Odebrecht foram efetivadas pela Transnacional. Os pagamentos, cujas datas,
valores e senhas coincidem com as que aparecem nas planilhas do doleiro Álvaro
José Novis e da própria empreiteira, estão relacionados a
57 codinomes criados pelos ex-executivos da empresa para ocultar a
identidade do beneficiário final da propina. O documento obtido pela reportagem
está sob sigilo por decisão do Supremo Tribunal Federal.
Na planilha, as retiradas de dinheiro no “bunker” da
Faria Lima, cujos valores variavam de R$ 120 mil a R$ 1,2 milhão, eram feitas
com uma pessoa chamada Walter. Investigações feitas pelo Ministério Público
Federal do Rio descobriram que a sala comercial havia sido alugada pelos
doleiros Cláudio Fernando Barboza, conhecido como “Tony”, e Vinícius
Claret, o “Juca Bala”, presos em 2017 pela Lava Jato acusados de
atuarem no esquema de lavagem de dinheiro do ex-governador Sérgio
Cabral (MDB).
Após firmar acordo de delação premiada, a dupla relatou
que alugou o espaço para armazenar o dinheiro que o doleiro chinês Wu Yu
Sheng arrecadava com comerciantes da região da 25 de Março, maior centro
de compras de São Paulo, para alimentar o esquema da Odebrecht ou para
repatriação ilícita de dólares acumulados no exterior por outros clientes.
O chinês, que se mudou para Miami (EUA) após a
deflagração da Lava Jato e ainda está foragido, foi apresentado pelos
próprios executivos da Odebrecht à dupla de doleiros em 2010, em Montevidéu, no
Uruguai, pela facilidade em conseguir dinheiro em espécie. Na prática, Sheng
vendia para a empreiteira os reais arrecadados em espécie na 25 de Março e
recebia o pagamento em dólares em contas bancárias em Hong Kong, por meio de
transações feitas por offshores. Nas planilhas da Odebrecht ele era
identificado com o codinome “Dragão”.
Tony e Juca Bala, por sua vez, tinham
reconhecida estrutura logística de armazenamento e distribuição de dinheiro no
Brasil. Segundo eles, a parceria com o chinês teve início em agosto de 2010 e
movimentou cerca de US$ 210 milhões até 2016. As entregas do dinheiro
arrecadado com os lojistas eram feitas por três funcionários de Sheng no
“bunker” da Faria Lima e chegavam a R$ 1 milhão por dia no auge dos pagamentos
de propina. Os valores eram recebidos por um funcionário dos doleiros
chamado Walter Mesquita, o mesmo que depois entregava o dinheiro para
a Transnacional.
Hotéis. Em depoimento ao Ministério Público,
Mesquita disse que no início Sheng pedia que os recursos fossem recolhidos
diretamente pela transportadora em um “bunker” mantido por ele na Rua
Barata Ribeiro, região central, mas que, após sofrer um assalto, o chinês parou
de ter endereço fixo e passou a fazer entregas em hotéis ou salas alugadas
pelos doleiros.
Na planilha da Transnacional, o nome Walter aparece ainda
ao lado de outros seis endereços de hotéis e flats nos
bairros Itaim-Bibi e Jardins onde a transportadora recolheu
mais R$ 8,9 milhões do esquema operado pelos doleiros Tony, Juca
Bala eSheng para a Odebrecht. Já as entregas do dinheiro eram
programadas por Álvaro José Novis, segundo a investigação.
O documento da transportadora mostra ainda outros
endereços de coleta de dinheiro com nomes diferentes de entregadores. Na lista
há três sedes de empresas do setor têxtil nas regiões do Brás e
da Barra Funda, uma empresa de cartões no Jardim Jaraguá e até
uma casa na Vila Madalena.
Sine de Porto Alegre abre a semana com 154 vagas
O Sine Municipal tem 154 vagas de emprego a partir desta
segunda-feira, 22, até que sejam preenchidas. As vagas possuem limite de cartas
de encaminhamento. Os interessados devem comparecer na unidade da esquina da
avenida Sepúlveda com Mauá, das 8h às 17h, com Carteira do Trabalho e
comprovante de residência.
Confira as vagas:
Açougueiro - 1
Administrador - 1
Ajudante de serralheiro - 2
Almoxarife - 1
Analista financeiro (economista) - 1
Aplicador de decalque em cerâmica - 1
Armador de ferros - 1
Arquiteto de edificações - 1
Auxiliar administrativo - 1
Auxiliar de confeiteiro - 2
Auxiliar de conservação de obras civis - 1
Auxiliar de desenvolvimento
infantil - 2
Auxiliar de jardinagem na conservação de vias
permanentes - 2
Auxiliar de limpeza - 2
Auxiliar de linha de produção - 1
Auxiliar de manutenção predial - 4
Auxiliar em saúde bucal - 1
Azulejista - 1
Carreteiro (motorista de caminhão-carreta) - 3
Cilindrista de borracha - 2
Colocador de piso vinílico - 1
Confeiteiro - 2
Coordenador de compras - 1
Costureira de máquina overloque - 5
Costureira em geral - 14
Cozinheiro de restaurante - 1
Cozinheiro geral - 3
Educador infantil de nível médio - 1
Engenheiro civil - 2
Estoquista - 2
Farmacêutico - 1
Fiscal de loja - 1
Gerente comercial - 1
Gerente de loja e supermercado - 1
Gerente industrial - 1
Gesseiro - 2
Instalador de alarme - 3
Instalador de sistemas eletroeletrônicos de
segurança - 1
Lubrificador de veículos automotores (exceto
embarcações) - 2
Mecânico de manutenção de automóveis, motocicletas e
veículos similares - 1
Mecânico de manutenção de caminhão a diesel - 1
Mecânico de manutenção de máquinas de fundição (usinagem
de metais) - 1
Mecânico de manutenção de ônibus - 1
Mecânico eletricista de diesel (veículos
automotores) - 1
Montador de móveis de madeira - 3
Motorista carreteiro- 6
Motorista entregador - 2
Operador de máquinas de usinar madeira (cnc) - 2
Operador de retro-escavadeira - 3
Operador de telemarketing ativo - 10
Operador gráfico de corte e vinco na
impressão - 2
Pedreiro - 2
Pedreiro de acabamento - 5
Pintor de automóveis - 1
Pintor industrial - 1
Porteiro - 5
Preparador de tintas - 1
Professor de jardim da infância - 2
Programador de computador - 1
Recepcionista de consultório médico ou dentário - 1
Relações públicas - 1
Representante comercial autônomo - 5
Serralheiro - 1
Soldador - 1
Subgerente de loja (operações comerciais) - 2
Sushiman - 1
Técnico de edificações - 2
Técnico de suporte à inteligência (grupo apoio) - 1
Tratador de animais (jardim zoológico) - 1
Vendedor interno - 2
Vendedor pracista - 3
Vidraceiro - 1
Vigia - 4
Zelador - 1
Artigo, Adão Paiani - Páscoa de sangue
A Páscoa Cristã de 2019 está marcada pelo sangue dos
mártires.
No Sri Lanka, no sábado, pelo menos 207 pessoas foram
mortas, e mais de 450 ficaram feridas, durante a celebração da Missa Pascal em
três igrejas católicas, e também em hotéis. No domingo, em Munique, na
Alemanha, um terrorista bradando o indefectível “Allah U Akbar”, utilizando
fogos, feriu 24 pessoas também em uma igreja católica, durante a missa de
Páscoa. Ao mesmo tempo, em Nova York, o NYPD prendeu outro terrorista que
ameaçava incendiar igrejas cristãs.
Tudo isso numa Semana Santa que iniciou com o incêndio da
milenar Catedral de Notre-Dame de Paris; e que, também no sábado, viu consumida
pelas chamas a centenária igreja de Monte Santo, cidade a 350 quilômetros de
Salvador, na Bahia. Nos dois casos, separados por um oceano de distância entre
si, as chamas iniciaram-se pelo telhado dos templos.
Coincidências? Obra de “extremistas” ou “lobos
solitários”? Não creio.
Todos esses episódios, somados as centenas de atentados a
sinagogas, cemitérios e instituições judaicas que tem ocorrido, principalmente,
em países da Europa, demonstram uma realidade que não é mais possível ocultar:
nossa civilização judaico-cristã, a partir de suas bases mais profundas, está
sob o mais violento, decidido, consciente e organizado ataque da história
recente.
Ao mesmo tempo, a icônica foto da imagem de Jesus,
respingada pelo sangue de fiéis, em uma das igrejas atacadas no Sri Lanka, está
para nos mostrar que uma nova e cruel era de particular perseguição ao
cristianismo está em marcha; e que somente a consciência da gravidade do
momento histórico que vivemos, poderá preparar-nos para a necessária
resistência que será exigida, se quisermos preservar a herança de pelo menos
cinco mil anos de história, e o mundo tal como conhecemos.
Quase mil anos depois da Primeira Cruzada, não é
improvável que a cristandade tenha, novamente, que se levantar contra os
inimigos da humanidade. Tais inimigos são bem conhecidos, sendo, portanto,
desnecessário nominá-los. Junto aos seus modernos aliados, seguidores de um
credo laico e sanguinário, responsável pela morte de mais de 100 milhões de
pessoas durante o Século XX, esses bárbaros agem por todo o mundo semeando
terror, morte e destruição.
O objetivo primordial desta aliança sinistra é,
reconhecidamente, a destruição da nossa civilização para, a partir da imposição
de suas ideologias malignas, mergulhar a humanidade em um período de trevas sem
precedentes.
A civilização judaico-cristã ocidental não é perfeita. Se
fosse, não seria deste mundo. Mas é o melhor que o engenho humano pode conceber
até aqui. Suas alternativas não resistem a um exame de lógica e racionalidade
minimamente aceitáveis, e constituem um risco à própria existência humana sobre
a Terra.
Vivemos ante a covardia de governos globalistas ao redor
do mundo, sustentados por uma mídia ideologicamente cooptada, covarde e
corrompida. Ambos utilizam-se de todos os meios para impor uma narrativa
inteiramente desconectada da realidade; onde vítimas são colocadas como
agressores, uma ideologia política sanguinária é apresentada como libertadora,
e uma crença que mergulha seus fiéis na miséria, no terror e na ignorância é
classificada como “religião da paz”.
Estes são tempos de luta e resistência; que possivelmente
consumirão nossas vidas, e as de nossos filhos e netos; nos quais a omissão
certamente nos cobrará um tributo de escravidão, morte e horror. Cabe-nos,
portanto, resistir, lutar e defender a herança civilizacional que nos foi
legada.
A guiar-nos, temos a coragem, a providência divina, e a
esperança de que nossa civilização não perecerá, e que contra ela, e nós
mesmos, as portas do inferno não prevalecerão.
Uma venturosa, santa e abençoada Páscoa a todos, que a
cada dia possa renascer em nossos corações, dando-nos a força necessária para
resistir aos tempos sombrios nos quais já estamos vivendo.
* Advogado em Brasília/DF
Artigo, Rodrigo Constantino, Gazeta do Povo - Recuo do STF não inocenta Toffoli: ele deve sofrer impeachment
Falta engavetar o próprio inquérito, causa de desunião no
STF, e de incômodo generalizado, porque a decisão de instaurá-lo, a partir da
divulgação de notícia pelos veículos sobre citação de Toffoli na Lava-Jato,
ficou contaminada pela interpretação de que se tratava de um ato do presidente
da Corte em sua própria defesa.
A saída encontrada por Moraes, para justificar a
suspensão da censura, foi que, ao contrário do que ele supunha, existia mesmo
nos autos da Lava-Jato, na delação de Marcelo Odebrecht, a informação de que o
empreiteiro, em e-mails internos, chamava o ainda Advogado-Geral da União de “o
amigo do amigo do meu pai” (Lula era muito próximo a Emílio Odebrecht).
Mas, mesmo que houvesse dúvida sobre a existência de
documento com a menção a Toffoli, a censura era incabível, pelas razões
expostas pelos outros ministros.
O recuo do STF, portanto, é bem-vindo e evita uma crise
institucional ainda maior, mas não é suficiente. Não só é preciso enterrar o
inquérito abusivo, que transforma o Supremo em investigador e juiz, como é
preciso punir Toffoli por seu ato inaceitável, inconstitucional e, segundo
juristas renomados, criminoso. O ministro, que sequer possui notório saber
jurídico para ocupar tal cargo, tem uma visão totalmente equivocada do seu
papel.
Toffoli resolveu se manifestar sobre o caos que produziu:
“A liberdade de expressão não pode servir à alimentação do ódio, da
intolerância, da desinformação. Essas situações representam a utilização
abusiva desse direito. Se permitimos que isso aconteça, estaremos colocando em
risco as próprias conquistas obtidas em 1988”, afirmou o presidente do STF.
É uma visão simplesmente absurda do que seja liberdade de
expressão e também o papel do STF. Com base nessa desculpa esfarrapada, o
ministro acha que pode atropelar as leis e adotar a censura prévia, ignorando o
devido processo legal. Conceitos vagos, interpretados por ele mesmo, serviriam
para se impor um regime opressor no país.
“É ofensa à instituição à medida que isso tudo foi algo
orquestrado para sair às vésperas do julgamento em segunda instância. De tal
sorte que isso tem um nome: obstrução de administração da Justiça”, disse ainda
o ex-advogado do PT. Reparem no grau de sua interpretação subjetiva: Toffoli
acha que sabe o que os responsáveis pela reportagem querem pelo timing de sua
publicação, ou seja, ele pune, como um tirano, a suposta intenção dos autores
da reportagem! Ele é clarividente, por acaso?
O editorial da Gazeta do Povo esta quinta foi direto ao
ponto: “A persistir a situação absurda que os dois ministros criaram, o
impeachment de Toffoli e Moraes estaria justificado e seria a solução
institucional adequada a ser conduzida de forma responsável pelas lideranças
políticas. A qualidade da democracia brasileira e a estabilidade do país não
dependem de o STF tornar-se intocável e seus ministros converterem-se deuses
inimputáveis”.
“Quem quer que pretenda derrubar a liberdade de uma nação
deve começar subjugando a liberdade de expressão”, alertou Benjamin Franklin,
um dos pais fundadores da América. “Onde quer que o despotismo abunde, as
fontes de informação pública são as primeiras a serem colocadas sob seu
controle. Onde quer que a causa da liberdade esteja caminhando, uma de suas
maiores realizações é a garantia da liberdade de imprensa”, explicou Calvin
Coolidge, um dos presidentes mais liberais da América.
Toffoli ainda declarou que, ao final do seu inquérito
ilegal, as pessoas reconhecerão que ele estava certo em abri-lo. Como ele pode
saber isso? Como ele sabe o que a investigação encontrará? É uma investigação
dirigida? Mais: seus “nobres” fins justificam quaisquer meios, ainda que ilegais?
Isso não fere o Estado de Direito? Ele, que é presidente da Corte Suprema,
deveria saber disso!
Ao lançar mão de conceitos vagos para suprimir a
liberdade de imprensa e adotar a censura, Toffoli ultrapassou qualquer limite
aceitável e precisa sofrer impeachment já. O Senado é responsável pela
aprovação da indicação de cada ministro do STF, e claramente cochilou no caso
de Toffoli. Mas se eles se comportam de forma inadequada, cabe ao Senado o
dever de proceder ao devido processo legal de processar e julgar os ministros
(Art.52-II da CF), bem como de proceder ao seu impeachment (Lei 1.079/50-Art.
2º), se for necessário. E, ao que tudo indica, nunca foi tão necessário!