Discurso de Bolsonaro


Muito obrigado, professor Schwab!
Agradeço, antes de mais nada, o convite para participar deste fórum e a oportunidade de falar a um público tão distinto.
Agradeço também a honra de me dirigir aos senhores já na abertura desta sessão plenária.
Esta é a primeira viagem internacional que realizo após minha eleição, prova da importância que atribuo às pautas que este fórum tem promovido e priorizado.
Esta viagem também é para mim uma grande oportunidade de mostrar para o mundo o momento único em que vivemos em meu país e para apresentar a todos o novo Brasil que estamos construindo.
Nas eleições, gastando menos de 1 milhão de dólares e com 8 segundos de tempo de televisão, sendo injustamente atacado a todo tempo, conseguimos a vitória.
Assumi o Brasil em uma profunda crise ética, moral e econômica.
Temos o compromisso de mudar nossa história.
Pela primeira vez no Brasil um presidente montou uma equipe de ministros qualificados. Honrando o compromisso de campanha, não aceitando ingerências político-partidárias que, no passado, apenas geraram ineficiência do Estado e corrupção.
Gozamos de credibilidade para fazer as reformas de que precisamos e que o mundo espera de nós.
Aqui entre nós, meu ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, o homem certo para o combate à corrupção e o combate à lavagem de dinheiro.
Vamos investir pesado na segurança para que vocês nos visitem com suas famílias, pois somos um dos primeiros países em belezas naturais, mas não estamos entre os 40 destinos turísticos mais visitados do mundo. Conheçam a nossa Amazônia, nossas praias, nossas cidades e nosso Pantanal. O Brasil é um paraíso, mas ainda é pouco conhecido!
Somos o país que mais preserva o meio ambiente. Nenhum outro país do mundo tem tantas florestas como nós. A agricultura se faz presente em apenas 9% do nosso território e cresce graças a sua tecnologia e à competência do produtor rural. Menos de 20% do nosso solo é dedicado à pecuária. Essas commodities, em grande parte, garantem superávit em nossa balança comercial e alimentam boa parte do mundo.
Nossa missão agora é avançar na compatibilização entre a preservação do meio ambiente e da biodiversidade com o necessário desenvolvimento econômico, lembrando que são interdependentes e indissociáveis.
Os setores que nos criticam têm, na verdade, muito o que aprender conosco.
Queremos governar pelo exemplo e que o mundo restabeleça a confiança que sempre teve em nós.
Vamos diminuir a carga tributária, simplificar as normas, facilitando a vida de quem deseja produzir, empreender, investir e gerar empregos.
Trabalharemos pela estabilidade macroeconômica, respeitando os contratos, privatizando e equilibrando as contas públicas.
O Brasil ainda é uma economia relativamente fechada ao comércio internacional, e mudar essa condição é um dos maiores compromissos deste Governo.
Tenham certeza de que, até o final do meu mandato, nossa equipe econômica, liderada pelo ministro Paulo Guedes, nos colocará no ranking dos 50 melhores países para se fazer negócios.
Nossas relações internacionais serão dinamizadas pelo ministro Ernesto Araújo, implementando uma política na qual o viés ideológico deixará de existir.
Para isso, buscaremos integrar o Brasil ao mundo, por meio da incorporação das melhores práticas internacionais, como aquelas que são adotadas e promovidas pela OCDE.
Buscaremos integrar o Brasil ao mundo também por meio de uma defesa ativa da reforma da OMC, com a finalidade de eliminar práticas desleais de comércio e garantir segurança jurídica das trocas comerciais internacionais.
Vamos resgatar nossos valores e abrir nossa economia.
Vamos defender a família e os verdadeiros direitos humanos; proteger o direito à vida e à propriedade privada e promover uma educação que prepare nossa juventude para os desafios da quarta revolução industrial, buscando, pelo conhecimento, reduzir a pobreza e a miséria.
Estamos aqui porque queremos, além de aprofundar nossos laços de amizade, aprofundar nossas relações comerciais.
Temos a maior biodiversidade do mundo e nossas riquezas minerais são abundantes. Queremos parceiros com tecnologia para que esse casamento se traduza em progresso e desenvolvimento para todos.
Nossas ações, tenham certeza, os atrairão para grandes negócios, não só para o bem do Brasil, mas também para o de todo o mundo.
Estamos de braços abertos. Quero mais que um Brasil grande, quero um mundo de paz, liberdade e democracia.
Tendo como lema ‘Deus acima de tudo’, acredito que nossas relações trarão infindáveis progressos para todos.
Muito obriga

Artigo, Túlio Milman, Zero Hora - Por que Lula vem perdendo importância

O ex-presidente se tornou menos relevante, mas não pela idade nem por estar preso

Ex-presidente Lula está preso em Curitiba.

O PT erra todos os dias. Um tipo de erro estranho, porque não diz respeito a algo que o partido faça, mas sim ao silêncio. Apesar de todas as condenações, delações, provas e evidências, a sigla insiste em não fazer qualquer autocrítica séria em relação aos erros que cometeu no exercício do poder.
Em vez disso, se protege em uma bolha com paredes finas e impermeáveis, formadas por um discurso esquizofrênico. Ainda é predominante a tese de que tudo não passa de injustiça e golpe. Há sim componentes ideológicos e muita má vontade em relação ao PT, mas a prisão de Lula e a crise da esquerda são muito, muito mais do que isso.
Assim, imerso na sua própria fantasia, o partido que já representou a esperança da esquerda no mundo perde força e poder, muito além do que seria natural nessa cíclica oscilação do pêndulo da História. Ao agir assim, o PT contamina inclusive seus acertos nos 13 anos em que ficou no poder.
A tal ponto que Lula, ex-presidente encarcerado desde o ano passado, vem se afastando gradualmente do centro do debate nacional.  Há líderes que, presos, ganham força. Lula perde, porque ele e o seu partido investem no discurso errado. Jair Bolsonaro corre sozinho. Não há quem aponte em outra direção com o mínimo de credibilidade e coerência.
Enquanto isso, Lula assiste, da cadeia, ao seu próprio ocaso, que não tem relação com a sua idade ou com o fato de estar preso. São as decisões erradas, as de antes e as de agora, que vão reduzindo a intensidade de uma luz que, de tão forte, acabou cegando.

O discurso de Davos, na visão da FSB Inteligência


As mensagens e o tom adotados hoje em Davos pelo presidente Jair Bolsonaro vão apontar mais do que caminhos e tendências.

Independentemente da duração e do quanto pretende detalhar o que pensa, a defesa do chamado ‘novo Brasil’ dará pistas do nível de comprometimento do governo com ações práticas.

Logo na chegada, Bolsonaro calibrou a maior parte das expectativas e especulações. Já alertado de que ambas estão estacionadas em níveis elevadíssimos tanto na Suíça como no Brasil. 

Essa estratégia será adotada também por seu staff, que terá agendas paralelas no Fórum Econômico. Os ministros que viajaram vão reforçar recados complementares aos do presidente.

Ao se dirigir ao mundo, Bolsonaro quer refinar e, ao mesmo tempo, testar em tempo real parte da estratégia de convencimento e de mobilização que será colocada em prática na volta a Brasília.

Ministério Público do Rio faz o jogo da Globo, diz que não quebrou sigilo de Flávio Bolsonaro, mas quebrou, sim, de verdade

O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, negou nesta segunda-feira que o MP-RJ (Ministério Público do Rio) tenha quebrado o sigilo financeiro e bancário do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) durante as investigações das movimentações atípicas de seu ex-assessor Fabrício Queiroz.

Mas quebrou, sim, como fica evidente na sua própria entrevista. 

E ainda vaza tudo para a Rede Globo.

E sem qualquer autorização judicial.

Ele disse, ontem: "Se alguém cometeu alguma quebra de sigilo não foi o Ministério Público e sim o Conselho de Controle de Atividades Financeiras, que encaminhou essa documentação ao MP espontaneamente, de ofício, um relatório produzido no âmbito da Operação Furna da Onça”.

O procurador disse que o MP-RJ não recorrerá ao STF (Supremo Tribunal Federal) para destravar a investigação sobre Flávio Bolsonaro, suspensa pelo ministro Luiz Fux na 5ª feira (17.jan).

Segundo ele, 27 deputados da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) são investigados por causa do relatório produzido pelo Coaf.

No entanto, não disse se algum deles é investigado na área criminal.

“O Coaf encaminhou espontaneamente, tem 422 páginas, centenas de pessoas citadas e cabe a nós analisar cada elemento contido aqui dentro”, afirmou.

Foram abertos 22 procedimentos e 4 deputados estaduais já estiveram no MP-RJ para explicar as movimentações financeiras consideradas suspeitas.