Por 18 x 0, Câmara cassa mandato do prefeito Daniel Guerra, Caxias do Sul


A Câmara de Vereadores de Caxias do Sul em sessão extraordinária iniciada na sexta-feira e encerrada neste domingo cassou o mandato do prefeito Daniel Guerra (Republicanos). Foram 18 votos pela cassação, quatro contra e uma abstenção.


Vai assumir Fábio Cassina, PTB.

O prefeito irá buscar amparo na Justiça para se manter no cargo.

Coalizão social está preservada, mas a dos políticos sofre corrosão lenta

Analistas e comentaristas podem dar-se ao luxo de levar a sério platitudes como “buscar a união nacional”, “fazer oposição construtiva”, “dizer não aos radicalismos”. A política real é mais crua. São apenas lutas tribais, em que o objetivo é ocupar o território da outra tribo e se possível eliminá-la, ou expulsá-la, ou escravizá-la. O verniz civilizatório oferece alguns disfarces para fazer isso de um jeito social e moralmente aceitável. E só. Assim é a vida real.

Há também as guerras dentro da tribo, disputas cujo grau de violência nada fica a dever. Veja-se por exemplo a atual conflagração no PSL. Partidos são tribos reunidas para disputa do poder, e não fraternidades voltadas para a promoção do bem comum. E a luta interna espelha a externa. E nunca se deve esquecer a lei número zero dos ecossistemas políticos: não seja tão amigo de alguém que você não possa romper com ele, nem tão inimigo que não possa se aliar.

Para saber como foi o primeiro ano do governo Jair Bolsonaro, e como ele termina, leve em conta os dois parágrafos acima. E outra providência é importante. Procure isolar por um momento o ruído, o que foi dito, especialmente pelo presidente mas também por quem a ele se opõe. Separe num canto as palavras e procure concentrar-se na consequência delas e nas ações. E tente também entender as motivações das palavras, em vez de simplesmente acreditar no que é dito.

Bolsonaro foi eleito por uma coalizão social complexa. O núcleo duro? Uma direita liberal-conservadora-nacionalista. A este grupo juntaram-se na hora “h” franjas de uma direita liberal-moderna-globalista e uma social-democracia antes de tudo hoje antipetista. Contingentes que, por ação ou omissão, foram e permanecem stakeholders da ascensão bolsonarista. E tudo amalgamado por burocracias sócias e executoras do monopólio estatal da violência legítima.

É natural que haja disputas intrabloco. Mas qual das facções aceitaria hoje, por causa do antibolsonarismo, devolver o poder aos derrotados de 2016-18? Nenhuma. Talvez a social-democracia “de centro” gostasse de receber o apoio da esquerda para, aí sim, tornar-se alternativa. Mas falta-lhe por enquanto o mínimo da musculatura indispensável para subjugar o petismo. Quantos iriam à Paulista ou a Copacabana num domingo “contra os extremismos”?

Levou duas décadas para que o “centro” alijado do poder no pós-64 conseguisse estabelecer uma hegemonia sobre as forças políticas dominantes sob Getúlio-Jango. Fica a dica. Hoje tudo é mais rápido, mas ainda estamos longe de um cenário em que o “centro” consiga subjugar pacificamente a esquerda para estabelecer uma nova polarização, disfarçada de rompimento da polarização. Inclusive porque, diferente de então, ninguém está formalmente fora do jogo.

Seguidas pesquisas mostram a estabilidade do cenário. Apesar das tentativas de extrair lides de oscilações na margem de erro ou de pontos fora da curva. A explicação é simples. A coalizão social que elegeu Bolsonaro está essencialmente íntegra, e confundir o ruído das disputas internas com sinais de desmoronamento é, como se diz desde a Grécia, tomar a nuvem por Juno. Aquela ilusão produziu os centauros. Esta por enquanto não deu em nada.

Mas atenção.

O maior risco de curto prazo para Bolsonaro não está nas ameaças à integridade da base social. Isso está razoavelmente controlado, inclusive por causa dos respiros na economia. O problema está nas ambições que o ruído das disputas internas estimula na grande coalizão de políticos que entronizou o bolsonarismo no segundo turno de 2018. O risco é ver crescer os apetites por um bolsonarismo sem Bolsonaro. As atribulações do filho senador são um estímulo a jogos político-policiais já tradicionais no Brasil desde a volta das eleições diretas para presidente.

Mas tudo depende de quanto e como o presidente mantém ou perde base social, que em certo grau é também política. 2020 girará em torno dessa variável.
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Alon Feuerwerker (+55 61 9 8161-9394)
mailto:alon.feuerwerker@fsb.com.br

Artigo, Dennis Prager, Daily Signal - Três razões por que a esquerda não gosta do Natal


Muitos na esquerda (em oposição aos liberais) estiveram em guerra contra o Natal por mais de uma geração. Esquerdistas sempre negam que há uma guerra contra o Natal e zombam daqueles que afirmam que ela existe.

É preciso um chutzpah [audácia, em iídiche] alucinante ou falta de autoconsciência quando as pessoas fazem algo e, no entanto, negam que estejam fazendo realmente isso. Mas a evidência é esmagadora.

A esquerda impediu as escolas de chamar as férias de Natal com esse nome
- o nome que as escolas chamavam ao longo de toda a história americana até as últimas duas décadas. Quase todas as escolas não-cristãs nos Estados Unidos agora chama as férias de Natal de "férias de inverno".

Menos e menos americanos, lojas, empresas ou meios de comunicação desejam às pessoas um "Feliz Natal", preferindo um estéril "Boas festas" (apesar do fato de a grande maioria dos americanos celebrar o Natal).

E em apenas uma geração, praticamente todas as empresas americanas passaram de ter uma "festa de Natal" para uma "festa de fim de ano".

Já tendo escrito no passado sobre a falsidade da não inclusividade de "Feliz Natal", "férias de Natal" e "festa de Natal", não reiterarei o ponto aqui. Basta dizer que é preciso um nível de narcisismo de tirar o fôlego para um não-cristão se ofender com as menções de Natal e um nível igual de mesquinharia para tentar privar a grande maioria dos colegas americanos da menção pública de seu feriado.

Em vez disso, quero tentar explicar por que isso aconteceu.

O argumento "inclusivo" é tão absurdo - eu sou um judeu praticante e não consigo nem mesmo me sentir ofendido ou me sentir "não incluído" por um convite para uma festa de Natal - que deve haver outras razões, ou pelo menos adicionais, para a esquerda esterilizar o Natal.

E há.

Uma é que a esquerda vê no cristianismo seu principal inimigo ideológico e político. E está certa nisso. A única oposição organizada e de larga escala contra a esquerda vem da comunidade cristã tradicional - protestantes evangélicos, católicos tradicionais e mórmons fiéis - e de judeus ortodoxos.

 Artigo, Dennis Prager, Daily Signal - Três razões por que a esquerda não gosta do Natal

O esquerdismo é uma religião secular e considera todas as outras religiões imorais e falsas.

De Karl Marx a Vladimir Lenin, de Lenin a George Soros, a esquerda considerou a religião em geral e o cristianismo em particular como o "ópio das massas" - uma droga que leva as massas a aceitar sua condição de oprimida e, assim, impede que elas se engajem na revolução.

A esquerda entende que quanto mais as pessoas acreditam no cristianismo (e no judaísmo), menor a chance de a esquerda ganhar o poder. A esquerda não se preocupa com o Islã, porque o percebe como um aliado em sua guerra contra a civilização ocidental e porque os esquerdistas não têm coragem de enfrentá-lo. Eles sabem que o confronto com os religiosos muçulmanos pode ser fatal, enquanto o confronto com cristão não implica riscos.

Segunda, a esquerda considera o cristianismo nos Estados Unidos como parte intrínseca da identidade nacional americana - uma identidade que ela deseja erodir em favor de uma identidade de "cidadão mundial". A esquerda não apenas lutou contra o Natal; procurou minar outros feriados de identidade nacional.

Por inúmeras razões, não apenas de esquerda, os americanos não comemoram mais o aniversário de George Washington (de fato foi substituído pelo totalmente sem sentido "Dia dos Presidentes") ou o aniversário de Abraham Lincoln, como fizeram quando eu era criança, meu pai era criança, e seu pai era criança.

O único americano celebrado em um feriado nacional é Martin Luther King Jr., que é aceitável para a esquerda porque não é branco. Uma prova do desejo da esquerda de minar os feriados nacionais especificamente americanos é a guerra aos dois feriados restantes especificamente
americanos: o Dia da Independência e o Dia de Ação de Graças.

A esquerda considera o Dia de Ação de Graças uma fraude histórica e uma celebração imoral do "genocídio" dos índios americanos - que é o que se ensina agora às crianças em muitas escolas públicas americanas. E o "Feliz Dia de Ação de Graças" foi substituído por "Boas Festas".

Quanto ao 4 de Julho, o New York Times está liderando a destruição da celebração do aniversário dos Estados Unidos, declarando que a verdadeira fundação da América foi em 1619, ano em que, segundo afirma o jornal, os escravos africanos chegaram ao continente americano pela primeira vez.

É claro, ainda há o Dia dos Veteranos e o Memorial Day, mas eles não feriados nacionais especificamente americanos; praticamente todos os países têm feriados parecidos.

Mas o Natal é um problema para a esquerda. Ele celebra a religião e o faz de maneiras essencialmente americanas (como a música de Natal americana, por exemplo).

A terceira e última razão é que a esquerda é triste. Qualquer coisa e quem quer que a esquerda influencie tem menos alegria na vida. Conheci liberais felizes e infelizes e conservadores felizes e infelizes, mas nunca encontrei um esquerdista feliz.

E quanto mais à esquerda você for, mais irritadas e infelizes serão as pessoas que encontrará. Mulheres e negros felizes, por exemplo, têm uma probabilidade muito maior de serem conservadores do que esquerdistas.

O Natal é feliz demais para a esquerda. "Noite Feliz" não é uma canção para ela.


*Dennis Prager é colunista do Daily Signal, radialista e criador da PragerU.