Vendas do varejo poderão ser 18% menores no Dia dos País do RS

CDL-RS aponta que as restrições à atividade comercial na maior parte do estado, o que gera aumento do desemprego e diminuição do poder de consumo, é um fator preponderante para que isso ocorra

A perspectiva de vendas para o Dia dos Pais de 2020 depende exclusivamente da decisão dos governadores estaduais e dos prefeitos municipais sobre o quanto o comércio pode funcionar e as pessoas podem trabalhar e obter renda.

No Rio Grande do Sul, lamentavelmente, as expectativas não são positivas, uma vez que ao contrário da maior parte do Brasil, onde os gestores públicos estão abandonando as medidas de isolamento social, no território gaúcho a bandeira vermelha estabelecida pelo governo estadual impõe a paralisação da economia em oito regiões, exatamente as de maior geração de renda e de concentração populacional.

- Desta forma, aproximadamente 70% do poder de consumo gaúcho está praticamente limitado a supermercados, farmácias e postos de combustíveis, onde as opções de presentes para o Dia dos Pais se resumem a poucos itens, como bebidas, perfumaria e alguns outros – ressalta o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul - FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.

Além disso, destaca o presidente da FCDL-RS, o crescimento do desemprego e falta de faturamento por conta da impossibilidade de trabalhar e empreender, faz com que as pessoas assumam posições de consumo mais conservadoras, reduzindo ao mínimo, ou até cancelando suas decisões de presentear os pais.

- Dentro deste contexto, sem precedentes históricos, a FCDL-RS entende que as vendas do varejo ampliado, que inclui materiais de construção e veículos, nesta data comemorativa sejam pelo menos 18% inferiores ao registrado no mesmo período do ano passado. Este percentual segue a lógica do contexto predominante em maio, quando a performance varejista do Rio Grande do Sul registrou queda de 24,2% diante de igual mês de 2019. Comparativamente, o resultado do Dias dos Pais é um pouco amenizado em função de ainda existirem centros de consumo com o comércio funcionando em patamares mínimos de razoabilidade na região central e oeste do Estado – lembra Vitor Augusto Koch.

Para o dirigente, esta situação não precisaria estar acontecendo, pois enquanto nos principais centros econômicos do Brasil a maior parte das atividades empresariais está voltado rapidamente à normalidade e a economia busca sua recuperação, o Rio Grande do Sul está indo na direção contrária.

A FCDL-RS entende que esse descompasso agrava ainda mais a situação econômica gaúcha, indo além do varejo. No setor industrial, por exemplo, é praticamente certo que as empresas do RS percam contratos de fornecimento para concorrentes de outros estados, os quais evidentemente tentarão fidelizar a clientela até então cativa dos gaúchos. 

Mais uma vez a FCDL-RS alerta ao governo estadual e aos prefeitos mais radicalmente partidários do isolamento social que “ficar em casa” no inverno é sinônimo de aumento de contaminação pela Covid-19, além de agravamento do flagelo econômico e social estadual.


Financiamentos imobiliários

Segundo levantamento da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) , os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiram R$ 538,52 milhões em junho de 2020, com crescimento de 29,40% em relação ao mês anterior e alta de 38,04% comparativamente a igual mês do ano passado. O volume financiado em junho indicou o melhor resultado dos últimos três anos.
Para o coordenador da Comissão da Indústria Imobiliária do  Sinduscon-RS, Gustavo Kosnitzer , as taxas de juros baixa no Brasil e o cenário imprevisível diante da pandemia provocam a busca de investimentos em produtos de renda como o imóvel, o que justifica o aumento nos financiamentos imobiliários. “A perspectiva de juro baixo para o mercado imobiliário é excelente. Brinco que um dos nossos principais insumos, além de aço e concreto, é dinheiro, porque o setor é extremamente dependente de capital.  Assim, a construção civil pode ser a grande alavanca da retomada econômica do Brasil pós-pandemia”, ressalta Kosnitzer.
Os dados da ABECIP registram que, entre os primeiros semestres de 2019 e de 2020, os empréstimos destinados à aquisição e construção de imóveis avançaram 19,40%, atingindo R$ 2,56 bilhões.
No acumulado de 12 meses (julho de 2019 a junho de 2020), os empréstimos habitacionais no SBPE somaram R$ 5,30 bilhões, alta de 24,09% em relação ao apurado nos 12 meses anteriores.
Foram financiados, em junho de 2020, nas modalidades de aquisição e construção, 2,2 mil imóveis, resultado 30,35% superior  ao de maio e 61,35% maior do que o apurado em junho de 2019.
Na primeira metade de 2020, foram financiadas aquisições e construções de 11 mil unidades, resultado 18,63% superior ao de igual período de 2019.
Nos últimos 12 meses (julho de 2019 a junho de 2020), os financiamentos viabilizaram a aquisição e a construção de 23,1 mil imóveis, alta de 19,03% em relação aos 12 meses anteriores, quando 19,4 mil unidades foram beneficiadas pelo crédito imobiliário no âmbito do SBPE.
O presidente do Sinduscon-RS, Aquiles Dal Molin Junior, prevê prejuízos com a paralisação total da atividade em Porto Alegre. “No sentido de minimizar os efeitos da COVID-19 no setor, as empresários estão conseguindo acelerar os processos de migração de procedimentos físicos para o meio digital na comercialização dos imóveis, mas o ritmo de produção de novas unidades está afetado na Capital com uma segunda paralisação desde 26 de junho, apesar de todo o cenário favorável no mercado de crédito com vantagens aos adquirentes e incentivos à construção”, concluiu.

Artigo, Renato Sant'Ana - O empresariado brasileiro e a píton da Tanzânia

          Nos EUA, uma família adotou como bichinho de estimação um filhote de píton proveniente da Tanzânia, uma cobrinha medindo um metro e meio.
          Descrita como tendo um apetite incomensurável, a píton era o xodó da casa. E quatro anos após a adoção já media seis metros.
          Um dia, desejosa de fazer um lanchinho, a serpente resolveu devorar uma menina de nove anos, que foi atacada enquanto dormia.
          Ora, no corpo a corpo, o atleta mais marombado não é páreo para uma píton. Mas o pai da criança, acudindo sem demora, usou um facão afiado e fez o único que poderia salvar-lhe a filha: decepou a cabeça do monstro.
          Aquela família, com tão bons sentimentos, acreditou que bastava dar carinho à píton para ela se transformar em um bichinho afetuoso, mansinho e apegado ao ser humano, como costumam ser gatos e cachorros.
          Essa história passou num canal da TV fechada.
          Fez lembrar a ingenuidade de alguns empresários que, embora defensores da liberdade, patrocinam rádios, jornais e TVs que colaboram com ideologias de corte revolucionário.
          Com o ar apalermado de quem afaga uma serpente, muitos acreditam que os adoradores de revoluções atuantes na mídia são inofensivos.
          Pois faço um desafio que sintetiza a gravidade da coisa: mostrem uma só reportagem sobre o Foro de S. Paulo (FSP) publicada por algum veículo de grupos como Globo, Bandeirantes ou RBS, por jornais como Folha de S. Paulo e Estadão, ou por alguma das grandes revistas.
          E a que vem esse desafio? Ora, criado em 1990 por Fidel Castro, Hugo Chaves e Lula para o fim de espalhar ditaduras bolivarianas pelas Américas, o FSP é o comitê central das esquerdas latino-americanas.
          Reúne não só partidos legalizados, mas até as FARC, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, mescla de marxismo e narcotráfico.
          Presença oculta nos governos de Lula e Dilma, o FSP é indissociável da grossa corrupção desvendada na Lava Jato.
          Mas seu projeto mais bem-acabado é a Venezuela, que passou de país mais rico da região a território de mendigos: ditadura extremista, imprensa amordaçada, tortura, presos políticos, setor produtivo destruído, inflação de sete (sete!) dígitos, desemprego, desabastecimento e fome.
          Vendo agonizar o país que amam, há empresários venezuelanos que hoje se desesperam, só agora conscientes de que pecavam por falta de visão ampla, de que tinham uma calculadora no lugar do cérebro e de que estavam fazendo pacto com o diabo ao transacionar com um governo de esquerda.
          No Brasil, por décadas, com o culposo silêncio da mídia, articuladinhos diziam que o FSP era "teoria da conspiração".  Foi o "ingênuo" Cabo Daciollo, falando como candidato num dos debates eleitorais de 2018, quem mais ajudou a tornar conhecido esse conciliábulo de parasitas.
          A atitude da imprensa frente ao FSP apenas revela a natureza nada democrática dos moços que dominam as redações, quase todos amestrados por ativistas de esquerda, os seus professores na universidade.
          E pode piorar. Os grupos Globo e Bandeirantes já assinaram "termo de cooperação" com o China Media Group, maior grupo de comunicação do mundo e braço do Partido Comunista Chinês. Píton substituída por dragão...
          E uma luz de alerta se acende agora: a Argentina está afundando no mesmo abismo, devolvida que foi ao FSP nas eleições de 2019.
          Parafraseando James Carville, o marqueteiro de Bill Clinton em 1992, "é a natureza do animal, estúpido!". Assim como uma píton não se transforma num gatinho fofo, militantes de esquerda não viram defensores da democracia - ao menos não enquanto sua militância é remunerada.
          E quem remunera essa turma? Patrocinadores! Entra, aí, dinheirinho do contribuinte por mãos de governantes, sabe-se. Mas o monstro não se criaria sem as verbas de publicidade da iniciativa privada.
          Claro, quem produz, precisa anunciar para vender, assim como mídias necessitam de anunciantes. Mas, quem dá o diapasão nesse concerto?
          Em suma, ao alimentar a corrupta serpente do socialismo, parte de nosso empresariado está fomentando um projeto que nega a propriedade privada e o livre mercado e que acaba com as liberdades individuais.
          Será que empreendedores, reais responsáveis pela vitalidade da economia, vão patrocinar a "argentinização" do Brasil e permitir que o Foro de S. Paulo retome o governo e, por fim, nos transforme numa Venezuela?

Renato Sant'Ana é Advogado e Psicólogo.
E-mail: sentinela.rs@uol.com.br

Hospital Moinhos utiliza metodologia da Johns Hopkins em laudos de exame para diagnóstico do câncer de próstata

Possibilidade de pesquisas em conjunto entre as duas instituições e maior confiabilidade nos resultados são os principais benefícios da cooperação científica

Uma nova oportunidade de cooperação científica entre médicos do Hospital Moinhos de Vento e da Johns Hopkins Medicine está em andamento há cerca de um mês. Equipes dos serviços de Radiologia e da Medicina Nuclear do Moinhos de Vento estão utilizando critérios da instituição americana para estruturar e normatizar o laudo de PET/CT Gálio 68-PSMA. Trata-se de um exame não-invasivo para avaliação e estadiamento da neoplasia de próstata – e que fusiona imagens metabólicas (PET) com imagens tomográficas (CT) para diagnosticar o câncer de próstata. Com extrema precisão, ele é indicado para investigar recidiva bioquímica (elevação do PSA) após tratamento, para diagnosticar metástases e para o estadiamento inicial de neoplasia de alto risco.
Conforme Gabriel B. Grossman, chefe do Serviço de Medicina Nuclear, os médicos do Hospital Moinhos de Vento revisaram a literatura e se reuniram com médicos da Johns Hopkins por meio de teleconferência para discutir os critérios baseados em casos apresentados. Cinco médicos do Moinhos fazem parte da equipe que realiza o PET/CT com PSMA. “Será possível realizar pesquisas em conjunto aplicando os critérios desenvolvidos na instituição americana nos pacientes atendidos aqui. Esses dados serão utilizados em publicações científicas com participação das duas instituições”, explica Dr. Grossman.
De acordo com a médica Alice Schuch, coordenadora do Núcleo de Radiologia Abdominal do Hospital Moinhos de Vento, o PSMA é um radiofármaco específico para detectar as áreas que têm neoplasia de próstata. “A Johns Hopkins fez uma proposta de padronização dos relatórios do PET/CT com PSMA, chamada de PSMA-RADS, para que se classifique o grau de probabilidade das lesões serem neoplásicas”, observa Dra. Alice.
O oncologista Pedro Isaacsson Velho, que compõe a equipe pesquisadora, destaca que o Moinhos passa a utilizar da metodologia PSMA RADS criada pela Johns Hopkins, a mesma instituição que desenvolveu o PET/CT com PSMA. “Os avanços são imensos. Os laudos ganham ainda mais confiabilidade e reprodutibilidade. Além disso, agora estamos prontos para colaborações em pesquisa entre as duas instituições”, conclui Dr. Pedro.

Confira o texto da carta na íntegra:

“Vimos por meio desta reiterar nosso pedido de reabertura gradual, responsável e segura dos bares e restaurantes da cidade de Porto Alegre. O setor da gastronomia na Capital Gaúcha e Região Metropolitana chegou a uma situação insustentável. Desde o início do enfrentamento da pandemia, buscamos dialogar, propor e construir saídas possíveis para o atual momento, mas a falta de previsibilidade e a incerteza de decisões com a qual tivemos que conviver nos gerou um índice enorme de desemprego e falência das empresas.

Nosso setor, que é sempre lembrado pelo caráter de empregabilidade e reinvenção, já acumula números assombrosos. Chegamos, de fato, ao nosso limite. A situação é difícil, crítica e assustadora. Não há mais como manter nossos negócios com a realidade em que nos encontramos. Precisamos de decisões imediatas e perspectivas de futuro que nos possibilitem operar e que esse retorno aconteça de forma responsável e sustentável, premissas que sempre priorizamos em cada fase deste período e que seguimos prontos para priorizá-las. O que nos faz ressaltar, inclusive, que este efeito “abre e fecha” nos causou prejuízos que custarão meses a fio para serem tratados. É um quadro extremamente lamentável.

Com a mesma firmeza e necessidade de urgência que solicitamos a decisão de abertura para que possamos salvar o que ainda resta da nossa economia, também mantemos nossa posição proativa em propor ações globais que visam manter o distanciamento social adequado. Entendemos que o enfrentamento deve ser coletivo e que este passa por diversos setores para que possamos vislumbrar essas saídas sustentáveis. Não há mais como sacrificar um setor em nome de medidas que não responsabilizam todas as esferas da nossa sociedade.

Ainda no campo específico da gastronomia, solicitamos que cobranças sejam reavaliadas para que a realidade financeira seja um pouco menos dura aos empresários do setor. Por isso, pedimos que avalie a possibilidade de suspensão da cobrança do IPTU comercial, além de plano de parcelamento em 12 meses, a partir de Outubro de 2020. Ainda, considerar que a mesma Lei possa prever um desconto extra de 5% aos que continuarem efetuando seus pagamentos em dia.

Certos de que o senhor prefeito entende a grave situação em que o setor se encontra, chegando, de fato, ao seu limite econômico e prático, e considerando as ações sugeridas como exemplo de nossa postura consciente - ao passo que pedimos para manter operações abertas e vislumbramos cenários realistas, aplicados e supervisionados -, contamos com a sua apreciação e consideração aos termos aqui apresentados, aguardando uma ação imediata por parte do Executivo Municipal. Este é o nosso último manifesto e ele pede socorro.”


Artigo, Marcus Gravina - Na dúvida pro sociedade

- O autor é Marcus Vinicius Gravina, advogado no RS.

Quem não sabia que o juiz Moro assumiu no Brasil a mesma missão de um colega que combateu, frontalmente, a corrupção e outros crimes na Itália. Sem a atuação do MP teria as mãos amarradas, não haveria sequer condições para assinar sentenças. Muito se deve à comprometedora ausência dos Tribunais de Contas e o menoscabo do Poder Legislativo, descumpridor da sua competência constitucional de fiscal da Administração pública.
Foi preciso suprir, de alguma forma, estas nefastas inoperâncias, sem perda da cautela de resguardar o amplo direito de defesa e a coleta de provas de ambos os lados, para apreciação em todas as instâncias. Havendo alguma dúvida ou inconformidade com os supostos procedimentos do juiz Moro, é preciso distinguir a particularidade que se reveste o caso denunciado na imprensa e adotar o princípio aceito em certas circunstâncias, embora não decorra de lei: "in dubio pro societate".
Os juristas estão divididos sobre a ocorrência de alguma violação processual, decorrente de contatos havidos com o MP. O cidadão comum encara o assunto de maneira própria. Eu sou um deles. Aconteceu que erário foi saqueado, o dinheiro era público. Nada o juiz e os procuradores fizeram em causa própria ou em favor de interesses privados. Ao revés, buscaram o dinheiro surrupiado. E, tratou-se de punir criminosos acumpliciados com figuras influentes do mundo político e jurídico, inclusive de outras nações.
Havia, até então, um sistema armado e protegido para não punir corruptos, a ser vencido. A situação é excepcional e a corrupção é epidêmica. Diante da fragilidade e de certa mordaça que vinha neutralizando a eficácia do MP, precisou acontecer um lúcido e patriótico apoio ao esclarecimento das ações criminosas para poder julgar com convicção as provas obtidas. Concedeu-se aos réus, como ocorreu, os recursos cabíveis as outras instâncias, por vezes exageradamente articulados. Daí a insistência: "in dubio pro societate". Na dúvida o que for melhor ao povo, que além de roubado, morre vilipendiado nas portas de hospitais.

Artigo, Astor Wartchow - Pandemia politizada

Advogado
  A politização da pandemia tem atingido níveis surpreendentes e agravado a discórdia social. Não é exclusividade nacional. Em todos os lugares estão exacerbados os ânimos e a precocidade de avaliações e responsabilizações.
Na Europa, especialmente, desde os primeiros dias da crise sanitária, antes mesmo do reconhecimento como uma pandemia, já havia expressivos debates acerca das atitudes das autoridades.
Especialmente, tocante à extensão e à intensidade de inúmeras restrições sociais, ainda que a título de prevenção, todavia acusadas (as autoridades) de práticas de exceção e abuso de poder.
Ainda em março, o filósofo italiano Giorgio Agamben afirmou que "os homens, acostumados a viver em permanente crise, não percebem que a vida foi reduzida à condição biológica, perdendo suas dimensões social, política e emocional. Uma sociedade em permanente estado de emergência, diz, não pode ser livre."
Concentrado nas mobilizações e festejos de carnaval (esquecemos dos antecedentes?), no Brasil a ação e reação foi tardia quanto à compreensão da emergência sanitária, pasmem, tornada pública já em novembro de 2019.
Consequentemente, postergamos todos os possíveis e necessários debates. Fossem filosóficos e políticos, clínicos e farmacológicos, sobre prevenções e restrições. Pior: tudo restou agravado.
Com a recente insinuação do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a narrativa subiu ousadamente o tom e propõe a hipótese da ocorrência de um genocídio.
Alinhados e agrupados  os debates, nacionais e internacionais, e mantida e sustentada a hipótese acima, quantos governantes, mundo afora, se enquadrariam igualmente no respectivo  argumento e julgamento?
Por tabela, exageradamente, deveríamos incluir prefeitos e governadores, e seu complexo aglomera-desaglomera e abre-fecha comercial, na lista dos réus?
Mais: quantos de nós, cidadãos, seríamos corresponsáveis?  Afinal, não exercitamos habitual e historicamente conduta individual e coletiva de imprudência e negligência? Não fizemos  sempre, sempre, pouco caso acerca de recomendações gerais de autoridades?
Todavia, se não há certezas, seja em torno da "curva, da projeção do pico, do pior já passou, do abre e fecha, medicamentos e a segunda onda, agora a grande onda, etc..", como definir e estimar responsabilidades objetivas sobre ocorrências e óbitos? E se mesmo a Organização Mundial da Saúde (OMS),  a cada dia que passa, apresenta menos convicções e mais e mais dúvidas?
Seja no Brasil ou não, há uma única resposta para os fatos, hipóteses e perguntas. E que exige moderação e desideologização: é uma inédita pandemia, sem controle assegurado, e não há medicamento específico para combater o vírus!


Coletivo (uni)verso será um dos participantes do Crie o Impossível, dia 30 de julho

Nossa vida é de poeta e o nosso jogo é bruto, hoje a linha é certa pra não ficar de luto.” A poesia do Coletivo (uni)verso servirá de cenário para que os cinco integrantes compartilhem suas histórias de superação com os estudantes do Ensino Médio de escolas públicas de todo o País que participarão do Crie o Impossível, evento 100% online que será realizado dia 30 de julho a partir das 16h. As inscrições são gratuitas no site www.crieoimpossivel.com.br. O lema desta edição é “A palavra convence, mas o exemplo arrasta”. Uma poesia do grupo criada especialmente para o Crie será apresentada por eles durante o evento.

Bianca Machado, conhecida nas rodas de poesia como Bia, conta que o coletivo formado por poetas negros da periferia de Porto Alegre e Região Metropolitana completa dois anos em 2020 e surgiu nas batalhas de poesia de rua, as slam poetry. O nome é dado por se tratar de uma cultura urbana emergente que transforma essas batalhas em manifestações dos anseios, sonhos e desafios dos jovens da periferia.

“Ficamos amigos e tivemos a ideia do coletivo”, diz Bia, referindo-se a Tiatã, Deaquino, Barth Vieira e Belch, os outros integrantes do grupo. Eles já participaram de eventos culturais como a Feira do Livro, mas será a primeira vez que irão apresentar seu trabalho e suas histórias em nível nacional. “Vamos mostrar nossa trajetória como negros que vieram da periferia e conseguiram conquistar seu espaço enquanto todos falavam que não era possível”, afirma Bia.

Ela é um dos exemplos de jovem que transformou a sua realidade. Cresceu no bairro Lomba do Pinheiro, zona leste de Porto Alegre, e foi a primeira da família, e até agora a única, a conquistar uma graduação superior. Com uma bolsa do Prouni formou-se em produção multimídia pela Fadergs, realizando o sonho da mãe de ter um filho com diploma. Bia tem 25 anos e escreve poesia desde os 13. Há cinco anos, estuda teatro. É da sua arte que ela vive e através dela expõe suas vivências como mulher, homossexual e negra.

Protagonismo
Na terceira edição do Crie o Impossível, entre os que vão contar um pouco de suas histórias de vida e deixar suas mensagens aos jovens estão também o ator Babu Santana; o triatleta Thiago Vinhal; o rapper Emicida; o empreendedor e fundador da JR Diesel, Geraldo Rufino; a filósofa e feminista Djamila Ribeiro, a empreendedora social Polyane Costa, o produtor KondZilla; o ator Lázaro Ramos; a executiva do Google, Lisiane Lemos; a médica e vencedora do BBB 20, Thelma Assis e o ativista Rene Silva. O ‘Crie o Impossível’ é uma iniciativa da organização sem fins lucrativos Embaixadores da Educação, com correalização do Sebrae e apoio de diversos parceiros. Nos últimos dois anos, o evento aconteceu no Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, e já impactou mais de 15 mil jovens.

O Sebrae RS está lançando a plataforma NEXO

O Sebrae RS está lançando a plataforma NEXO, dados e informações para transformar os pequenos negócios, uma ferramenta para que os empreendedores possam realizar o acompanhamento detalhado de indicadores de suas empresas.

A iniciativa é voltada para quem precisa melhorar a gestão do negócio a partir do levantamento de dados e informações. Através dela, os empresários podem comparar os resultados da própria empresa com outras similares, conectar-se a empreendedores para trocar experiências ou ainda acessar informações atualizadas e conteúdos exclusivos do seu setor.

“A plataforma mostra que o Sebrae RS está próximo dos empresários, pois assim eles podem tomar suas decisões de forma mais assertiva. Através dessa ferramenta, baseada em dados e informações, é possível ter uma noção melhor do seu setor, traçar metas e buscar soluções para evoluir com o seu negócio”, destaca o diretor Técnico do Sebrae RS, Ayrton Pinto Ramos.

A plataforma é colaborativa, receberá atualização mensal, além dos indicadores também serem validados pelos próprios empresários. Uma pesquisa realizada pelo Sebrae RS com 300 empresários mostra que 52% se sentem sozinhos na gestão dos negócios. Além disso, 71% discute os desafios da empresa com outros empreendedores, 53% com familiares e amigos, 41% com colaboradores da própria empresa e 4% não conversa com ninguém sobre o assunto.

O Sebrae RS também disponibilizará conteúdos para os clientes com orientações para melhor aproveitar esta oportunidade, desde questões ligadas à divulgação e oferta de seus produtos, até ajuste de processos do negócio para este novo modelo de atuação. Cadastre-se no endereço www.nexosebrae.com.br e confira!

Gabriel Fuscaldo é o novo CEO da Moove

A Moove comemorou 18 anos na última sexta-feira (24) com uma confraternização online na qual reuniu seus colaboradores para tratar sobre perspectivas de expansão e alterações no comando da agência.

Na ocasião, foi anunciada mudança na condução da empresa: Gabriel Fuscaldo passa a ser o CEO, responsável por determinar a direção estratégica e executiva da Moove. Ele responderá a um conselho formado pelos quatro sócios da agência: José Luiz Fuscaldo, Luana Rodrigues, Aira Franciosi e Denise Milão.

Conforme Fuscaldo, que segue como presidente da Moove, “chegou a hora de um novo ciclo, e buscamos no Gabriel a capacidade de se relacionar com uma visão de negócio que nos fortaleça em meio à revolução digital, que já provocou mudanças significativas no meio da comunicação e da propaganda. Gabriel está muito bem preparado e conectado com esse novo mind set, com o novo jeito de fazer, porém, sem desprezar o que tem de essencial no nosso negócio. A missão dele é fazer a Moove aprofundar essa caminhada, a inserção em uma era de grandes mudanças, e expandir para novos mercados, especialmente pela fluidez que o mundo digital proporciona. Estamos muito confiantes na capacidade e na visão dele para nos inserir definitivamente em oportunidades que essa nova era apresenta”.

O novo CEO da Moove projetou o foco inicial do seu trabalho: “Vou me dedicar à interconexão com o mercado e, principalmente, com os nossos clientes, buscando novos espaços para a inovação, visando à construção de um ecossistema melhor a todos”.

“Me preparei bastante para este momento, e esta decisão se deve ao trabalho com entregas inovadoras que desenvolvemos com toda a equipe. Agradeço o voto de confiança da empresa, que foi possível em função de termos um grupo forte na agência”, afirmou Gabriel, se dirigindo ao time de “moovers”.

O desafio assumido, conforme o novo CEO, é garantir o crescimento e a expansão da Moove hoje e nos próximos 18 anos. “A agência ampliará sua participação em processos licitatórios na plataforma de comunicação institucional, enquanto fortalece a presença da marca Moove na plataforma privada, apostando forte na estratégia de inbound, que já gera resultados com a atração de marcas nacionais. Já fechamos dois contratos dessa forma neste ano atípico”, explicou.

“Buscarei ainda desenvolver cada vez mais as expertises dos colaboradores. Nossa cultura é a do aprendizado contínuo. As pessoas são um dos grandes diferenciais estratégicos da Moove, são um dos pilares que fazem com que a agência tenha uma proposição de valor única nas suas entregas”, concluiu.

Gabriel Fuscaldo é publicitário, formado pela PUCRS, possui especialização em Business Analytics pela ESPM e está cursando MBA em Gestão de Projetos pela Unisinos. Trabalhou na agência By, de Portugal. Na Argentina, além de passagem pela agência Latin3, foi coordenador de programação dos canais TCM e TruTV para toda América Latina na Turner International. É diretor da Moove desde 2015, tendo capitaneado, entre outros projetos, a implantação do Núcleo de Dados e Performance, forma proprietária de avaliação e aprimoramento de sistemas de marketing através de Big Data, e da CRMoove, serviço recém-lançado pela agência, que visa a levar a comunicação de diversas marcas a construir relacionamentos mais assertivos, personalizados e relevantes junto aos seus clientes. Tem como propósito pessoal tornar a análise de dados acessível a todos.

Confinamento mata mais por infartos no Brasil, diz Hospital Moinhos de Vento, Porto Alegre

Desde que foram registrados os primeiros casos de COVID-19 no Brasil, os hospitais têm registrado queda no número de atendimentos de pacientes com problemas cardiológicos. Porém, no período de março a maio deste ano, as mortes por doenças cardiovasculares em casa aumentaram 32%, de acordo com levantamento da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Foram 15.870 pessoas que perderam a vida sem buscar socorro – número superior a todos os óbitos desse tipo, em casa e nos hospitais, registrados no mesmo período do ano passado.
A situação no Brasil repete o que ocorreu em outros países que já foram epicentro da pandemia, como Estados Unidos e Itália. O medo de se contaminar ao procurar ajuda médica é uma das causas que podem contribuir para a incidência desses óbitos. Segundo a chefe do Serviço de Cardiologia do Hospital Moinhos de Vento, Carisi Polanczyk, de março a junho deste ano, a Emergência da instituição registrou 838 atendimentos por problemas cardiológicos. O número é 34% menor do que o do ano passado, quando 1.261 pacientes cardíacos deram entrada no setor.
Nos meses de abril e maio, o total de atendimentos caiu pela metade. A cardiologista alerta que os casos com a situação agravada também aumentaram. “A proporção de pacientes com doenças cardíacas que entraram pela emergência e necessitaram de internação também foi maior, o que sugere que suas condições já eram mais graves. É importante lembrar que a doença existe e precisa ser tratada. Ao sentir um sintoma e não procurar ajuda médica, o intervalo de tempo pode ser fatal”, explica Carisi.

O medo é o maior risco
Segundo a médica, além de um maior risco de morte, a demora em procurar uma emergência pode piorar a situação clínica e aumentar o tempo de internação. Também pode gerar mais danos ao músculo do coração – levando, por exemplo, a uma insuficiência cardíaca. O principal sintoma do infarto é a dor ou desconforto na região do peito, que pode irradiar para as costas, rosto, braço esquerdo e, mais raramente, o braço direito. A sensação costuma ser intensa e prolongada, acompanhada de peso ou aperto sobre tórax, com suor frio, palpitações, palidez e vômitos.
“O hospital é um ambiente seguro, preparado para receber quem precisa. Seguimos todos os protocolos para prestar um atendimento adequado”, completa Carisi. A médica ressalta que os fluxos e equipes que atendem pacientes com suspeita de COVID-19 são separados.
Carisi lembra ainda que pessoas com problemas cardiológicos devem seguir os tratamentos, comparecer às consultas e usar os medicamentos prescritos. Ao sentir desconforto, falta de ar e palpitações, o paciente não deve se automedicar, mas procurar o serviço de emergência ou contatar seu médico.

Três dias infartando em casa
Paciente da Dra. Carisi, a professora de Educação Infantil aposentada Ana Cristina Menezes de Azevedo, de 58 anos, passou pela experiência de ter uma “leve dor no peito” em 13 de maio. Nos dias seguintes, as dores ficaram mais fortes. Mas o medo de contrair o coronavírus fez ela protelar a ida à Emergência até o dia 16. Ao passar por exames, o diagnóstico apontou que ela havia sofrido um infarto no ventrículo esquerdo e teve de fazer um cateterismo.
“Senti na pele o receio de procurar ajuda médica nesse momento de pandemia. Mas as pessoas não podem fazer isso. É a nossa vida que está em jogo”, pondera. Hoje, de volta às suas atividades, Ana passou a dedicar uma hora por dia para caminhar e reforçou os cuidados com a alimentação.

Artigo, Fábio Jacques - O ovo ou a galinha?

O famoso dilema sobre o que veio antes, se o ovo ou a galinha, volta à baila.
O que veio antes: a pandemia ou o lockdown?
Há no mundo dois tipos de países: os autossuficientes e os economicamente dependentes.
No primeiro grupo estão os países do primeiro e do segundo mundo também conhecidos como países em desenvolvimento, e no segundo os de terceiro mundo.
Diversos países deste segundo grupo tomaram dinheiro emprestado da China, empregaram este dinheiro em obras viárias, aeroportos, construção civil, não esquecendo a parcela desviada pela corrupçãolocal, e, não podendo honrar seus compromissos ou pagar suas dívidas, tornaram-se dependentes tanto econômica como administrativamente de seu credor.
Mas quem é a China para ter todo este poderio de dominação?
É um país essencialmente formado por mais de um bilhão de pessoas miseráveis, dominadas por um grupo extremamente despótico que constitui o Partido Comunista Chinês. Não é a China que está querendo dominar o mundo e sim o PCC ou simplesmente o comunismo internacional que domina a própria China.
O propósito maior do comunismo internacional sempre foi, e continua sendo, a dominação do mundo através da criação de um único governo central externado pelo globalismo ou a Nova Ordem Mundial.
Ocorre que, para dominar o mundo, todos os países deveriam se tornar seus dependentes, o que não acontece com os países do primeiro mundo e até mesmo com grande parte daqueles em desenvolvimento ainda que todos eles abriguem em seus seios hordas gigantescas de globalistas como, por exemplo, os Democratas nos Estados Unidos e todos os partidos de esquerda do Brasil.
A solução para este impasse seria tornar estes países hoje independentes, dependentes do comunismo, o que só seria possível através da derrocada de suas economias.
E como provocar a derrocada de suas economias? Impedindo o funcionamento das indústrias, do comercio e acabando com o emprego das pessoas. Isto só seria possível obrigando a fechar tudo e a manter as pessoas presas dentro de suas casas até que não haja mais chance de sobrevivência pessoal e econômica obrigando os países a irem com o pires na mão pedir migalhas ao comunismo internacional, hoje majoritariamente representado pelo Partido Comunista Chinês.
Mas, uma última pergunta, como obrigar os países a estancarem suas economias e as pessoas a se refugiarem apavoradas em suas casas? Só através de um cataclismo global ou de uma pandemia. Como não é possível criar um cataclismo global pelo risco de destruição total de própria humanidade, a saída foi criar uma pandemia.
A pandemia foi criada na China e de lá espalhada pelo mundo com a conivência dos globalistas quinta coluna como, por exemplo, João Dória no Brasil. O vírus não contaminaria ninguém durante o carnaval, mas se tornaria extremamente ativo poucos dias depois.
Aí aparecem estudos sobre o coquetel de Hidroxicloroquina que se mostrou extremamente eficaz na primeira fase da contaminação e que poderia ter reduzido a números insignificantes os mortos pelo Covid-19. Imediatamente foi recriado o termo “ciência” que, contra todos os estudos feitos pelos maiores especialistas em infectologia do mundo como, por exemplo o francês Didier Raoult, proclamou que este remédio com mais de 70 anos, vendido sem receita médica, praticamente sem efeitos colaterais, comprovadamente excelente contra inúmeras doenças como malária, lúpus ou Zika Vírus, descobriu que este fármaco é extremamente perigoso e sem qualquer comprovação científica de sua eficácia.
A única solução é ficar em casa. Não tomar o remédio e esperar que seja desenvolvida uma vacina a toque de caixa sendo a preferida, aquela proposta pelo próprio PCC.
Não sei se o que veio antes foi o ovo ou a galinha ainda que tenha quase certeza de que foi o ovo posto por um ancestral galináceo que gerou o primeiro pintinho moderno, mas, tenho quase certeza de que antes da pandemia foi definido o lockdown. A pandemia foi o instrumento utilizado para obrigar o fechamento de tudo e a quebra das economias dos países desenvolvidos.
Má notícia: não conseguiram e vão perder esta guerra muito antes do que imaginam.

Fabio Freitas Jacques. Engenheiro e consultor empresarial, Diretor da FJacques – Gestão através de Ideias Atratoras e autor do livro “Quando a empresa se torna azul – o poder das grandes ideias”.

Saiba como testar de graça em Porto Alegre

Este material foi copidescado do site zerohora.com.br

Quem pode testar
Pessoa que mora na mesma residência de paciente que testou positivo e tem sintomas
Colega de trabalho que teve contato por quatro horas ou mais com paciente que testou positivo e tem sintomas
Quem não precisa testar
Pessoa que mora na mesma residência de paciente que testou positivo e não tem sintomas
Colega de trabalho que teve contato por quatro horas ou mais com paciente que testou positivo e não tem sintomas
Contato rápido, em reuniões, por exemplo, com paciente que testou positivo e tem sintomas
Onde testar
Unidade de Saúde Diretor Pestana – Rua Dona Teodora, 1016 – Humaitá (das 8h às 20h)
Unidade de Saúde São Carlos – Av. Bento Gonçalves, 6670 – Agronomia (das 8h às 20h)
Unidade de Saúde 1º de Maio – Av. Professor Oscar Pereira, 6199 – Cascata (das 8h às 20h)
Unidade de Saúde Cristal – Rua Cruzeiro do Sul, 2702 (das 7h às 19h)
Unidade de Saúde Paulo Viaro – Estrada do Lami, 4488 (das 8h às 17h)
Unidade de Saúde Moradas da Hípica – Rua Geraldo Link, 235 (das 7h às 19h)
O que é necessário informar
Nome do contaminado
É recomendável ter o CPF do contaminado

Artigo, Luciano Zuffo, médico do RS - Salvar vidas .... o que é isto, hoje ?

Anos e anos:  faculdade, residência médica, enfim,  muito tempo de estudo  para adquirir o que mais é nobre em qualquer profissão: conhecimento, ciência, carinho, prudência , humanização, .... Ficaria horas buscando adjetivos para tentar salvar vidas!

        Salvar vidas .........o que é isto. hoje?

        Para alguns é esperar que em uma página fabricada da celulose que pertenceu a  um ser , a arvore,   que perdeu a sua  vida para estar na minha mão,  traga a certeza científica que nunca virá? 

Ops! estou muito pessimista!

Quem sabe virá amanhã! 

Não!  É Hoje saiu agora, evidência robusta!!!! Foi realizado pelo maior colegiado que temos, não dá para contestar! 

Quem contestar é um “herege” um “curandeiro”!

Quem é você humilde servo da vida, para contestar os “Deuses Papirais da Evidencia”?

Boa Pergunta:

Quem sou eu? O que eu busco? Para que lutar?
       
 O ser humano desde os primórdios da existência sempre teve o instinto de sobrevivência. Ao caçar para se alimentar observava o seu alimento,  e após a observação,  em tentativa e erro ia aprimorando sua técnica,  e com isso garantia o alimento e o principal de tudo,   a sua sobrevivência.

          Hoje, desde o início da pandemia, somos  constantemente bombardeados com medo, insegurança e morte. Com isso nossa técnica não se aprimora, somos aprisionados com as  programações de vários canais de TV e de rádio, que  diariamente despejam  medicamentos muitos mais tóxicos, dos que os quais eles criticam e desaconselham.  Destruindo o que mais de nobre existe no ser humano que é a esperança.

        Nem nos meus mais distantes pensamentos e divagações,  que aconteciam  nos plantões noturnos,  aos quais as vezes escrorriam por entre meus  dedos  a vida de pacientes graves,  pensei que me depararia com tamanho “frenesi” entre colegas que se debruçaram em papéis e esqueceram o ser humano.

        Vale lembrar que não somos modelos matemáticos, tabelas estatísticas com
media ponderadas, somo humanos, iguais,  mas eternamente diferentes entre nós mesmos.

        Esse ser diferente de cada humano está esquecido, ou está acobertado, quando vejo colegas, sociedades de especialidades, mídia pautando assuntos que até para o maior pesquisador ainda traz dúvidas, mas no padrão atual do politicamente correto vira certeza, vira comemoração, vira a “batalha das evidências”.

        Esquecem-se os diretores e editores dos meios de comunicação,  que atrás da tela,  atrás do rádio, atrás do jornal  está um ser ser humano lendo,  absorvendo, tentando entender:  “que diabos é um estudo randomizado, duplo cego controle”. 
 
Essa p... de  evidência é  a responsável pela minha sobrevivência? 

Onde que é que eu compro a evidencia para manter a minha vida a minha dignidade? 

Se para quem convive com isso diariamente está difícil entender. Imagina para
os “pobres mortais”!         

Quem sabe uma discussão muito mais ampla tenha que ser feita. Fica a dica! 

O “Estado” , neste caso uso “estado”  como forma de exemplificar o poder público, apequenha-se e se esconde dentro de suas entranhas,  não tendo  uma posição firme, contundente e apaziguadora. Com isso traz das trevas a imagem de um gigante assustado que não consegue se decidir para qual lado irá.

        Os “Deuses Papirais da evidencia” por outro lado, , comemoram como uma partida de futebol cada parágrafo, cada vírgula, cada trabalho que aparece e desconcretiza a esperança. Muitos desses deuses perderam a principal ferramenta que é permitida a eles,  a interpretação textual. Isso é grave, Na opnião deste que vos escreve é mais do que grave é maquiavélico!

        “Fique em casa” “ Fique em casa” fique em casa.....fique......em.......!!!!!!! é o eco que ouvimos a meses.

        Mas, Pera ai!  Não tenho mais casa!  Não tenho mais emprego! Não tenho mais família!  Não sou mais ninguém!
Onde está a minha vida? Minha Dignidade? 

          Vida....... ! Tão presente e Tão distante!
Qual o valor da vida ? 

   
         A vida pode representar tudo ou nada, pode ser o começo ou o fim, mas,é única naquele ser humano e é  o que move a todos a procurar a sobrevivência.

        Enquanto muitos continuarão sentados esperando a “pílula papiral da evidencia”, com seu conflito de interesses gritando que o caos vai gerar riqueza e destruindo a vida, vou estar no grupo de beduínos que observam o movimento dos ventos e fogem da possível tempestade de areia,  que pode dizimar a vida de todo o grupo ao qual pertencemos.

        Prefiro voltar no tempo e ser o ingênuo estudante que quer salvar vidas, aprender e interpretar de maneira imparcial os “papiros da enidencia”,  e acima de tudo, ser realmente médico para aquele ser humano único, vivo e extraordinariamente “nú de evidência científica” que está na minha  frente.

  Para que neste momento único eu  possa dar o que existe de melhor para ele,  e salvar a sua vída. E  que ele não se torne mais uma evidência da arrogância, do caos e mais uma vida na  estatística de uma pandemia que alterou todo o contexto “humano” de nossa sociedade.

Dr. Luciano Zuffo Medico Urologista Diretor São Pietro Saúde

Artigo, Fernando Schuller, Gazeta do Povo - A democracia e o direito às ideias erradas

Artigo, Fernando Schuller, Gazeta do Povo - A democracia e o direito às ideias erradas

""Instituições não são a democracia", diz o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança, em um tuíte, semanas atrás. O deputado segue fazendo considerações sobre o sentido da democracia ("é a vontade popular") e termina com uma afirmação: "Quem tem atacado tanto o Estado de Direito quanto a vontade popular é o STF".

A frase acima consta no despacho do ministro Alexandre de Moraes como exemplo de mensagens ilícitas ou fraudulentas (as expressões poderiam variar aqui: falsas, odiosas, agressivas) que justificam a operação policial realizada na quarta, no inquérito das fake news.

Outra mensagem diz simplesmente: "Doria e STF trabalhando em conjunto para matar o povo de fome". Essa não sei de quem é, o que é irrelevante. Há milhares de frases como essa, todos os dias, na internet. Aliás, há pouco mais de 30 anos, quando comecei a prestar atenção à política, escuto gente atribuindo a fome ou a miséria a esta ou àquela autoridade.

Outra mensagem parece mais globalizada: "Fui treinada na Ucrânia e digo: chegou a hora de ucranizar!". Sabe-se lá o que a frasista queria dizer com isso. Imagino que tenha a ver com a defesa de algum tipo de iliberalismo. Mas é só um palpite.

Há frases bem sem gracinha, do tipo "a maioria dos juízes nunca foi juiz", e, pasmem, "não querem se reformar". Há frases mais pesadas. Palavrões, que me permito não citar aqui, e bobagens, em regra mal escritas e de gosto duvidoso.

Discordo de todas aquelas frases e, ao contrário daquelas pessoas, tenho a Suprema Corte brasileira em alta conta. Dias atrás elogiei o ministro Celso de Mello pela sua recusa em proibir uma passeata exprimindo precisamente o tipo de ideias que as tais mensagens expressam.

Celso de Mello o fez com afirmação simples e precisa: não cabe ao Supremo ou à Justiça a "proibição estatal do dissenso".

Pois é o que nossa Suprema Corte faz agora. Já havia feito quando interditou uma publicação da revista Crusoé, por ser caluniosa ou falsa. À época, muita gente protestou, com razão. Houve editoriais de jornais respeitáveis. Agora os ventos mudaram.

O despacho do ministro diz suspeitar que as mensagens compõem uma complexa rede de pessoas que expõe "a perigo de lesão, com suas notícias ofensivas e fraudulentas, a independência dos poderes e o Estado de Direito".

Trata-se, sem tirar nem por, de punir o delito de opinião. Opinião individual ou organizada, não importa. Opiniões "perigosas" para a República. Opiniões, repito, que inundam as redes sociais, no Brasil e mundo afora, todos os dias.

O Estado brasileiro, pela mão de nossa Suprema Corte, se prepara para assumir a função de reguladora do grau de risco que uma frase ou grupo de frases podem trazer à República, às instituições ou à ideia mais geral da democracia.

É um caminho. Conhecendo o histórico do STF em defesa da liberdade de expressão, intuo que muitos de seus membros se sentirão incomodados ao passar os olhos por aquelas mensagens toscas e imaginar que alguém possa considerar que sua expressão não esteja garantida pela Constituição brasileira.

Ela está. Isso foi perfeitamente consagrado na histórica decisão tomada pelo próprio Supremo, quando da revogação da Lei de Imprensa.

O ministro Ayres Britto foi direto: "Não cabe ao Estado, por qualquer dos seus órgãos, definir previamente o que pode ou o que não pode ser dito por indivíduos e jornalistas".

Isso não exclui, por óbvio, o direito de resposta ou à reparação, sempre a posteriori. O que é estranho ao nosso ordenamento institucional, ao menos até agora, é a ideia de um Estado praticando um controle prévio e genérico de opinião, arbitrando o falso e o verdadeiro.

Isso pode mudar. O país pode migrar para um modelo de tutela do Estado sobre a opinião pública. Nesse caso, será preciso definir claramente quais são as ideias erradas, e quem faria esse controle na imprensa e nas redes sociais.

O problema aí é sempre o mesmo: as ideias erradas costumam sempre habitar o outro lado do mundo político, e um acordo sobre essas coisas nunca foi uma tarefa simples nas sociedades abertas.


Fernando Schüler
Fernando Schüler é doutor em Filosofia e Mestre em Ciências Políticas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com Pós-Doutorado pela Columbia University, em NY. É Professor no INSPER, em São Paulo, e curador do Projeto Fronteiras do Pensamento. **Os textos do colunista não expressam, necessariamente, a opinião da Gazeta do Povo."

Porto Alegre quer ser a cidade da Internet e ser um exemplo para o Brasil


Capital gaúcha simplificou a legislação para a implantação de infraestrutura de telecomunicações e, hoje, colhe os frutos da medida. "Na pandemia tivemos uma cobertura muito acima do que tínhamos antes de mudarmos as nossas leis e sermos mais receptivos à conectividade", afirmou o prefeito Nelson Marchezan Junior

Porto Alegre quer ser uma referência para o Brasil e se tornar a cidade da Internet e a do futuro a partir da simplificação da legislação para a implantação de infraestrutura de telecomunicações, afirmou o secretário municipal de meio ambiente e sustentabilidade da capital gaúcha, Germano Bremm, ao participar do webinar "O futuro da cidade na era 5G", com a participação de executivos do setor de Telecomunicações e do superintendente da Anatel, Vinicius Caram, e do gerente de infraestrutura do SindiTelebrasil, Ricardo Dieckmann.

Ao abrir o webinar, o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Junior, comemorou o fato de a capital gaúcha ter simplificado a legislação e motivado os investimentos em infraestrutura. "Colhemos os frutos na pandemia. Tivemos uma cobertura muito acima do que teríamos. Antes da nova regra, as ligações caiam, muitos bairros tinham sinal ruim de Internet. Conseguimos, agora, quando a Internet se tornou a referência, cumprir o isolamento social. Nossa legislação ficou receptiva para proporcionar a conectividade ao cidadão de Porto Alegre", ressaltou.

O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Porto Alegre, Germano Bremm, lembra que a pandemia, em três meses, provocou uma digitalização que levaria uma década para acontecer. "Com a nossa legislação, que hoje, com as autorizações necessárias, libera a instalação de infraestrutura em um dia, tivemos mais investimentos e temos uma série de gestores municipais do Brasil, em especial, de Minas Gerais e São Paulo, nos procurando para replicar o nosso modelo. Eles sabem que precisam de telecomunicações para aumentar as possibilidades de novos negócios", afirmou.

Porto Alegre assumiu um papel importante na burocracia das telecomunicações ao construir uma legislação pioneira e inovadora para facilitar a expansão das telecomunicações, enfatizou o superintendente da Anatel, Vinícius Caram. Ele lembra que a capital gaúcha pulou do 99º lugar para o 4º lugar no ranking das cidades amigas da Internet ao adotar medidas de simplificação.

O executivo da Anatel espera que o exemplo de Porto Alegre seja replicado para outros municípios do País. "É o momento de abrir novos sites inteligentes, como os pontos de ônibus e as placas e os próprios postes, para a transmissão das operadoras. É um movimento de reestruturação econômica, social e de novas aplicações", adiciona Caram.

O gerente do SindiTelebrasil, Ricardo Dieckmann, endossa a afirmação do superintendente da Anatel e espera que outras cidades, em especial, Belo Horizonte e São Paulo, onde há grandes dificuldades para a implantação de antenas, repliquem as ações de Porto Alegre e tirem a burocracia das suas legislações.

"Há pedidos em municípios parados há dois anos. Só tem uma forma de prover cobertura e qualidade que é instalando antena e fibra ótica", salientou. Dieckmann lembra que a legislação de Porto Alegre é auto declaratória, onde a responsabilidade é de quem faz o pedido. "A prefeitura está apta a rever qualquer irregularidade, mas há o princípio da confiança", completa Dieckmann.

O diretor de relações governamentais da Ericsson, Tiago Machado, lembrou que o Brasil, recentemente, chegou a 100 mil antenas ativas, o que significa cinco antenas por cada 10.000 habitantes, enquanto na Espanha, são 32 antenas por 10.000 habitantes. "Mas se quiserem a comparação com um país continental como o nosso, na Austrália são 8,6 antenas para cada 10.000 habitantes. Precisamos de mais antenas. O 5G vai demandar até 10 vezes mais antenas. Serão equipamentos menores, em postes, paredes, mas serão necessárias", enfatiza.

A VP de Telecomunicações das Deloitte do Brasil, Marcia Ogawa, ressaltou o papel do 5G no desenvolvimento econômico e social do Brasil. "O impacto do 5G será enorme na economia do estado. O 5G é impulsionador da indústria 4.0", ressaltou. O diretor da Huawei, Carlos Lauria, disse que boa parte das pessoas ainda acreditam que as antenas são àquelas enormes. "Precisamos delas ainda, mas a maior parte das novas antenas é pequena e se adequa à política urbanística de uma cidade".

O diretor da Nokia, Wilson Cardoso, para a América Latina, lembrou que o impacto econômico previsto para o 5G no Brasil entre 2021 até 2035 será de R$ 1,32 trilhão, o que significa um aumento de 1% ao ano no Produto Interno Bruto do Brasil. "A automação e a digitalização da economia vão ter um impacto bem maior do que a reforma da previdência terá", relata. O diretor da Qualcomm do Brasil, Francisco Soares, aproveitou o evento para refutar qualquer relação da telefonia móvel com a saúde do brasileiro. “Isso é um mito. Todos os estudos mostram que não há risco. E o 5G também não tem risco algum”, completa.

Pesquisa do Sebrae RS mostra que 21% das empresas gaúchas estão fechadas

Um dos motivos são os decretos governamentais que ampliaram as restrições de funcionamento em várias regiões do Estado.

A mais recente edição da Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios na Crise, realizada pelo Sebrae RS entre os dias 03 e 12 de julho, mostra que 21% das empresas gaúchas estão impossibilitadas de funcionar. O resultado é cinco pontos percentuais mais alto do que a edição anterior do levantamento. Para 28% dos respondentes isso acontece por conta dos decretos governamentais que ampliaram as restrições de funcionamento em várias regiões do Estado. Já para outros 25% a natureza da atividade, predominantemente presencial, é causa direta da impossibilidade de abrirem seus estabelecimentos, situação que pode explicar a razão de 10% dos entrevistados estarem pretendendo remodelar seus negócios.

De acordo com o diretor-superintendente do Sebrae RS, André Vanoni de Godoy, os números refletem as dificuldades que os empresários vêm enfrentando por conta da pandemia. “Entendemos que para amenizar essa situação os protocolos para funcionamento dos estabelecimentos devem ser mais criteriosos, levando em consideração a situação específica dos pequenos negócios, os quais têm sido gravemente prejudicados por esta falta de diferenciação em relação às grandes empresas”, afirma.

Já em relação ao posicionamento das empresas, segundo Godoy, há que procurar orientação para explorar novos canais de venda e de relacionamento com os clientes, de forma a enfrentar com mais chances de sobrevivência o vai e vem das autorizações de abertura. “Reposicionar-se com rapidez é fundamental para permitir a travessia da crise, pois a demora na tomada das decisões difíceis pode ser fatal, já que pode levar ao exaurimento dos recursos da empresa, avalia o dirigente. 

Das empresas que seguem funcionando, 40% precisaram adaptar a estrutura física, 17% estão trabalhando com ferramentas digitais e 12% com delivery e take away, revelando uma nova realidade do mercado. E mesmo com as adaptações, 76% dos ePesquisa do Sebrae RS mostra que 21% das empresas gaúchas estão fechadasmpreendedores gaúchos ainda sofrem com a queda no faturamento, sendo que para praticamente a metade deles (48%), a queda é superior a 50%.

Falta de recursos
A dificuldade para obter empréstimo, que tem sido uma das principais dores de cabeça dos empresários desde que a pandemia do novo coronavírus chegou ao Rio Grande do Sul, segue entre os destaques. O levantamento mostra que 42% dos empresários buscaram financiamento para manter o negócio funcionando, ante os 39% do mês anterior. Dos que tentaram algum tipo de financiamento, 59% afirmaram não ter conseguido obter crédito. Entre as principais causas listadas estão a restrição cadastral da empresa ou dos sócios (23%) e a falta de garantias ou avalistas (22%).

A necessidade de empréstimo está relacionada com a escassez de capital de giro, apontada pela pesquisa como a principal carência dos pequenos negócios, chegando a 65% dos entrevistados - com aumento de sete pontos percentuais em relação ao mês de junho. Outras necessidades apontadas pelos respondentes são a análise sobre tendências e perspectivas do mercado (27%) e alternativas para diversificar produtos e serviços (24%). A Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios ouviu 631 empresários em todo o Rio Grande do Sul, no período de 03 a 12 de julho.

Confira mais dados da pesquisa realizada pelo Sebrae RS:
Funcionamento
79% sim
21% não

Faturamento
76% diminuiu
16% inalterado
8% aumentou

Expectativa para os próximos 30 dias
44% manter
16% expandir
13% retomar
12% reposicionar
9% reduzir
6% encerrar

Destaque em programa do Sebrae do RS, Warren recebe aporte financeiro R$120 milhões

Mesmo no meio de uma crise econômica ocasionada pelo novo coronavírus, uma boa notícia vem de uma das principais empresas de tecnologia do Estado. A startup Warren, corretora digital localizada em Porto Alegre, receberá um aporte financeiro de R$ 120 milhões do fundo QED Investors, uma das maiores investidoras em cartões de crédito dos Estados Unidos.

De acordo com o CEO da Warren, Tito Gusmão, esse valor será destinado à expansão da empresa, ampliação dos negócios e melhorias tecnológicas. E isso inclui a contratação para atuação presencial ou remota. As oportunidades são na área de tecnologia com cargos como gerente de negócios, desenvolvedor, analista e gerente de contabilidade, engenharia de dados e gestão de mídias sociais. Interessados podem se inscrever no site de recrutamento da empresa. “O objetivo é recrutar mais uma centena até o fim do ano. Se tiverem 100 pessoas interessadas amanhã, contratamos todas”, destaca Gusmão. Para se ter uma ideia, cerca de cem profissionais já foram incorporados ao quadro de funcionários este ano, além disso a empresa dobrou o patrimônio que gerencia, desde o início da quarentena.

A Warren tem uma longa história junto ao Sebrae RS. Gusmão chegou a ser um dos palestrantes do Insight 2018, evento criado pelo Sebrae RS para conectar o mundo do empreendedorismo. No segundo semestre de 2016, participou da quarta turma do StartupRS Digital e foram destaques no demoday, realizado em dezembro do mesmo ano. “O programa ajudou na validação do modelo de negócio, nas estratégias de marketing para o lançamento da empresa para que eles tivessem um resultado ainda melhor. Os fundadores são empreendedores bastante experientes, mas conseguimos ajudar nessa preparação”, destaca o gestor de projetos para Economia Digital do Sebrae RS, João Antônio Pinheiro Neto.

Sobre a Warren
Trata-se de uma plataforma de investimentos que descobre o perfil do cliente e o molda como “conservador” ou “arrojado”. A partir disso, a empresa cria um objetivo e projeta um modelo de investimento específico para cada usuário. No Brasil desde o início de 2017, possui pretensão de ser uma nova forma de investir, fácil, simples e sem grandes taxas como as dos bancos. Com 130 mil clientes e pouco mais de três anos em operação, a startup tem hoje R$ 2 bilhões de ativos sob gestão e projeta multiplicar esse patrimônio por cinco até o fim de 2021. A plataforma oferece 400 produtos, incluindo sete fundos próprios.

Moove vai comemorar virtualmente seus 18 anos. Será amanhã.

A Moove vai reunir virtualmente os seus colaboradores no final da tarde desta sexta-feira (24) para comemorar os 18 anos da agência. No evento online, algumas novidades na governança da agência serão anunciadas aos colaboradores.

A Moove é presidida por José Luiz Fuscaldo, e conta ainda com as sócias Aira Franciosi, Denise Milão e Luana Rodrigues no seu quadro diretivo.

Para marcar as comemorações, nesta semana, a agência colocou na rua a campanha Tem um pouco de Moove em tudo que pulsa, com diversos outdoors e displays espalhados por Porto Alegre.

A ideia da campanha é mostrar como a Moove pulsou as transformações da sociedade e das comunicações em seus 18 anos de existência e como ela busca antecipar o futuro para seus clientes.

A Moove pulsa inovação com o Núcleo de Dados e Performance – a primeira plataforma de Big Data Analytics totalmente voltada para comunicação e marketing do Brasil – e com a CRMoove – uma plataforma e metodologia de Customer Relationship Management própria para prospecção de leads para os clientes da agência.

Agência de Comunicação do Ano pela da Associação Riograndense de Propaganda (ARP) por dois anos consecutivos, a Moove pulsa o reconhecimento do mercado, dos clientes, dos veículos e da sociedade gaúcha.

E a Moove está pronta para pulsar as marcas pelos próximos 18 anos.

Ficha Técnica

Campanha: Tem um pouco de Moove em tudo que pulsa
Head de Relacionamento e Negócios: Luana Rodrigues
Atendimento: Caroline Fuscaldo 
Head de Criação: Laura de Azevedo
Redação: Julia Fontanive e Ricardo Soletti
Direção de Arte: Moisés Bettim
Motion Designer: Valéria Dalla Corte
Produtor de Conteúdo: Carlos Daleno
Planejamento: Marlene Martinez   
Arte-Final: Christian Vieira
Head de Performance: Gabriel Fuscaldo
Produção: Carla Bildhauer e Robson Albuquerque
Mídia: Irenita Boff 
Produtora de Áudio: Radioativa

Carta ao governador

Porto Alegre (RS), 20 de julho de 2020.

Exmo. Sr.
EDUARDO LEITE
Governador do Estado do Rio Grande do Sul

Senhor Governador Eduardo Leite,

As entidades empresariais do Rio Grande do Sul e uma parcela importante da sua representação política
no Congresso Nacional e Assembleia Estadual, vêm à sua presença para expor a enorme preocupação
com o agravamento da situação de saúde, econômica e social que ocorre hoje, no Estado do Rio Grande
do Sul.
Entendemos muito bem que vivemos a contingência de uma grande pandemia e, compreendemos o
esforço e a preocupação de todos com a preservação da vida no enfrentamento a este terrível evento,
que assola o mundo, o nosso país e o nosso Estado. Estamos convictos das suas intenções, de evitar que
a epidemia cause um dano maior ao Rio Grande e nessa direção queremos construir, junto com o
Governo, um caminho que proporcione respostas cada vez mais eficazes.
E é, na busca dessa eficácia que gostaríamos de ponderar. Estamos, por mais de 4 meses, suportando
todas as agruras sociais e econômicas na esperança de superarmos juntos a pandemia. Agora, com o
inverno, aumentou o contágio de vários tipos de vírus, como sempre ocorre em todos os invernos gaúchos,
e junto, aumentou também, o contágio da Covid-19. É um surto que nada tem a ver com a reabertura
gradual da economia. Reabertura essa que vem sendo feita sob rigorosos protocolos de prevenção do
contágio e com seus custos cobertos pelo que ainda resta de recursos no setor privado. Portanto
entendemos ser hora de darmos um passo adiante, de avançarmos juntos, aperfeiçoando as formas de
ação no enfrentamento, garantindo a vida e a sobrevivência dos gaúchos.
Por isso propomos:
1) que a política de avaliação de risco, simbolizada pelas cores de bandeiras, tenha um caráter mais
indicativo e menos impositivo, ficando sua execução a critério das Associações Regionais de Municípios;
2) que os signatários deste documento colaborem de forma mais intensa, para que haja uma parceria
ainda maior com o Governo Federal, no sentido de executar uma estratégia de testagem maciça e
frequente da população de risco, visando promover o rastreamento, localização e isolamento temporário
dos possíveis portadores do vírus numa escala muito maior do que na realidade atual. É importante
rapidamente aumentar, muitas vezes, a capacidade de processamento de testes no RS. Propomos, então,
substituir o fechamento de empresas por uma política ampla e robusta de testagem da população,
iniciando pelas regiões também de maior risco;
3) entendemos ainda que o Governo deve disponibilizar o tratamento precoce, nos casos onde houver
decisão do médico e desejo do paciente em utilizá-lo.

Conte sempre com nosso respaldo no seu desejo de fazer a vida voltar ao normal, o mais cedo possível,
no RS, tanto na saúde pública quanto na atividade econômica. Nós assumimos com o Governo Estadual,
o compromisso de fazer essa construção e intermediação, inclusive na área dos recursos que forem
necessários, junto ao Governo Federal, para transformar o nosso Rio Grande em um case de sucesso na
superação dessa Pandemia.

Atenciosamente,

Gedeão Silveira Pereira, Farsul.
Simone Leite, Federasul
Luiz Carlos Bohn, Fecomércio
Gilberto Petry, Fiergs

Giovani Cherini, Coordenador da Bancada Federal

Deputados:


Insuficiência de finalidade

Por Renato Sant'Ana

          O deputado Otoni de Paula (PSC-RJ), em vídeos, desancou o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). E disse, em Os Pingos nos Is, da Rádio Jovem Pan, que o fez movido pela "indignação dos justos", depois da arbitrária prisão do jornalista Oswaldo Eustáquio.
          "Alexandre de Moraes é um tirano, alguém que passa por cima das leis para seu bel-prazer. Um déspota que, a cada dia, está com menos respeito da população brasileira", falou. Poderia parar aí. Mas prosseguiu com expressões grosseiras e bravatas provocativas.
          Ainda assim, como deputado, ele está no seu papel, denunciando Alexandre de Moraes, que é só o ponta de lança do STF na condução do famigerado "inquérito das fake news", que pisoteia a Constituição sem pudor - com a indecorosa cumplicidade de 10 dos 11 membros daquela corte.
          O único ministro que ousou divergir foi Marco Aurélio Mello: "Inquérito das Fake News fere a Constituição. O Supremo não é absoluto", disse.
          E criticou Dias Toffoli, presidente do STF, pela instauração sigilosa do procedimento (sim, na surdina!), sem conhecimento do colegiado, "em afronta à constituição e ao sistema acusatório", segundo Mello.
          Ele ainda refutou a designação de Moraes como inquisidor-mor, a seu entender "escolhido a dedo e desrespeitando o sistema de distribuição automático, regra do Supremo."
          O cenário é da maior gravidade. E o que faz e como faz Otoni de Paula?
          Ele tem muito a aprender com o xadrez (o fidalgo esporte do tabuleiro, claro). Ora, assim no xadrez como na política, é indispensável ter estratégia, decidindo e agindo com a razão - jamais por impulso.
          O enxadrista não move uma peça sem um "para que". Cada lance tem um objetivo e é parte de uma estratégia, seja de ganhar posições no tabuleiro, seja de provocar uma reação do adversário.
          Aquele que, sem refletir, obedece à emoção, age "porque", não "para que": seu ato têm causa sem ter finalidade; tem justificativa, não tem meta. Ele desleixa a estratégia: mau para o xadrez e para a política.
          Por mover as peças sem critério, de Paula produziu dois efeitos que não gostaria. Um foi ser denunciado ao STF pela PGR (Procuradoria Geral da República) por difamação, injúria e coação contra Alexandre de Moraes.
          Outro efeito, além de ficar ele mesmo enfraquecido, foi tirar força de seus pares que se insurgiram contra o ministro Gilmar Mendes, do STF, que, nestes dias, acusou as Forças Armadas de se associarem a práticas genocidas, ofensa muito mais grave que as bravatas dos vídeos.
          Aliás, a PGR não vai denunciar Gilmar Mendes. E de Paula, porque ficou sem cacife, não vai denunciar a seletividade da PGR.
          Coragem sem CRITÉRIO pode redundar em destrambelho. É de se questionar: que utilidade pode ter gritar palavras de ordem contra membros do STF? Acaso suas excelências se incomodam com a opinião pública?
          Hoje, os ministros sequer frequentam aeroportos: voam nos jatinhos da FAB, blindados contra críticas da população que clama por justiça.
          Só o Senado pode enquadrar o STF. Não o faz por estar nas mãos de Davi Alcolumbre, intelectualmente medíocre e, para mais, com vários processos contra si. Acham que ele vai querer desagradar o autoritarismo togado?
          Só que de Paula não usou sua valentia para desafiar Alcolumbre. Nem para fustigar Rodrigo Maia, que é presidente da Câmara e que não teve peito para insurgir-se quando Moraes, rasgando a lei, quebrou sigilo de parlamentares. Por que não cobrar a omissão desses dois?
          Em suma, o STF abusa porque Senado não fiscaliza, Câmara não cobra e ambos são redutos de conchavos. O que poderia fazer de Paula para desmontar esse mecanismo? Fazer bravatas em redes sociais?
          Vale para todos! Está muito bem ter coragem e denunciar abusos. Mas, sob pena de se pôr tudo a perder, é indispensável ter equilíbrio e inteligência, conceber uma boa estratégia e agir com coragem e critério.


Renato Sant'Ana é Advogado e Psicólogo.
E-mail: sentinela.rs@uol.com.br

Mais detalhes acerca dos impactos sobre o mercado de trabalho

o Os indicadores mais recentes vêm sugerindo uma recuperação rápida da atividade econômica. O ritmo de retomada, ao menos neste primeiro momento, vem surpreendendo positivamente, mas a sustentabilidade do movimento dependerá também das sequelas deixadas pelo choque. E a dinâmica do mercado de trabalho segue no centro desse debate.

o As faixas mais baixas de renda foram as mais afetadas até agora. A comparação do volume de pessoas ocupadas por faixa de renda habitualmente recebida confirma que o maior volume de perda de ocupação ocorreu na faixa de renda de até 1 salário mínimo.

o Como contraponto, o auxílio emergencial tem tido alcance maior que o previsto. Inicialmente estimado em cerca de R$ 30 bilhões por mês, o benefício vem atingindo cerca de 40% dos domicílios do país e é responsável pela injeção de cerca de R$ 50 bilhões por mês. Quando considerado em conjunto com outras fontes de rendimentos (como aposentadorias e benefícios de proteção social, cujos indicativos também são de expansão no período), o impacto final é limitado, ou mesmo positivo, na vigência do auxílio emergencial.

o Do ponto de vista regional, o choque sobre ocupação foi maior no Norte e Nordeste.  E, como esperado, o setor informal foi mais duramente afetado pela pandemia, em especial dentre os serviços que dependem do componente presencial.

o Os dados até meados de julho ainda não apontam para recuperação, mesmo que gradual, da ocupação. Com o retorno da busca por emprego entre aqueles que estavam fora da força de trabalho, a taxa de desemprego deve seguir registrando altas concomitante aos sinais de retomada de atividade econômica. A boa notícia tem sido a redução no ritmo de destruição de empregos formais registrado em maio e que deve continuar em junho, conforme sugerido pela redução do volume de requerimentos de seguro desemprego.

o Em última instância, o desempenho da atividade econômica no segundo semestre dependerá das condições do rendimento final das famílias. Até agora, os estímulos têm se mostrado fundamentais para compensar o choque agregado sobre o mercado de trabalho e alguma acumulação de poupança também pode ser importante na recuperação. Mas assim como no resto do mundo, há dúvidas sobre uma possível perda de dinamismo da retomada conforme os estímulos forem sendo retirados. Há incertezas em relação à evolução da própria pandemia, mas será o efeito líquido da remoção de estímulos (e algum incremento no volume de poupança), em comparação aos dados correntes do mercado de trabalho, que determinará o impacto sobre consumo.

Sebrae RS lança plataforma de marketplace para pequenos negócios

A iniciativa é aberta a todos os segmentos interessados em vendas online.

Crie a sua loja e comece a vender os seus produtos pela internet. Esse é o propósito do plataforma de marketplace voltada aos pequenos negócios, criada pelo Sebrae RS. A iniciativa é voltada para empreendedores que não dispõem de vendas online, mas querem entrar no mundo digital para seguir com suas vendas neste período de pandemia. No endereço www.sualojasebrae.com.br, os empresários podem criar a sua loja virtual e colocar os produtos que desejam comercializar.

A plataforma é aberta a todos os segmentos e não tem limite de oferta de produtos. O processo é simples: o empresário se cadastra, coloca as informações sobre seus produtos com o preço, forma de entrega e pagamento. O consumidor acessa as lojas, navega e escolhe os produtos e realiza a compra. As entregas também podem ser feitas na casa do cliente, pelo correio ou para retirada em loja física. Os pagamentos podem ser efetuados com cartão de crédito ou então pode haver uma negociação direta entre vendedor e comprador, fora da plataforma, para pagamentos em dinheiro, por exemplo.

Para tornar a venda online ainda mais atrativa, na plataforma, o empresário tem a opção de colocar o nome do seu negócio – www.sualojasebrae.com.br/nomedaloja - e, assim, comunicar a nova forma de comercialização em suas redes sociais. Além de produtos, podem ser vendidos serviços como aulas a distância de idiomas, pilates, entre outros. O Sebrae RS também disponibilizará conteúdos para os clientes com orientações para melhor aproveitar esta oportunidade, desde questões ligadas à divulgação e oferta de seus produtos, até ajuste de processos do negócio para este novo modelo de atuação. Acesse e confira!

*A máscara, o desembargador, o engenheiro e nós.*

*Adão Paiani


É apenas uma máscara! Não problematize; as coisas já estão difíceis o suficiente.

Usar uma máscara não tem nada a ver com suas posições partidárias ou ideológicas. Se você acha que tem, talvez não esteja muito seguro delas.

Também não tem nada a ver se você é desembargador ou engenheiro, e se considera no topo da cadeia alimentar.

Ao invés de ficar fazendo discursos, públicos ou pelas redes sociais, contra as medidas sanitárias; use suas energias fazendo algo de útil: solidarizar-se com as vítimas da Covid-19; defender o direito à vida, saúde e  trabalho; mexer-se em favor dos trabalhadores impedidos de trabalhar, empresários obrigados a fechar suas empresas, e estudantes fora das escolas.

Não é demais pedir para usar uma máscara, lavar as mãos com água e sabão, usar álcool gel e evitar aglomerações desnecessárias.

Isso não vai ser para a vida toda, mas agora é necessário.

Se você acha que sua vida não vale nada, tenha ao menos a dignidade de respeitar a dos outros.

Enquanto você, como criança birrenta, fica dando uma de professor de Deus, sabe-tudo e senhor da razão; deixando de fazer o mínimo para ajudar a conter uma epidemia, pessoas estão morrendo, perdendo seus empregos ou fechando suas empresas. Eles sim, tem um problema. Você, ao usar uma simples máscara, não.

Então, crie vergonha na cara, deixe de olhar apenas para o próprio umbigo; cresça,  deixe de frescura, pare de agir como moleque.

A Covid-19 precisa acabar logo, para que as pessoas possam retomar suas vidas; e você, permanecendo em seu egoísmo e ignorância, não está ajudando em nada.

*Deixe de ser idiota, e use o cazzo da máscara!*

*Advogado em Brasília/DF.

Artigo, Gilberto Jasper - Mocinhos e bandidos

Jornalista gilbertojasper@mail.com

            Ser povo é a coisa mais difícil neste país. Desde março estamos sob o signo do pânico. Máscaras, restrições, confinamento, curva que não achata, estatísticas macabras, imagens de covas abertas, o massacre de depoimento pungentes de parentes e amigos de vítimas da pandemia. Há 120 dias isso se repete à exaustão na mídia. Pensamento único que se impõe: continuamos enfurnados dentro de casa porque somos rebeldes, indisciplinados e não seguimos as determinações de “autoridades”.
            Há pouco ouvi o prefeito de Porto Alegre dizer, com todas as letras, que se todas as determinações fossem cumpridas não se falaria em lockdown, inclusive com toque de recolher. É fácil ser “engenheiro de obra feita”. Como pode o temperamental político que administra a Capital, prever com bola de cristal o futuro? Como ele pode acusar a todos com base em hipóteses? Ele sequer é médico, mas prefere a postura arrogante de condenar os porto-alegrenses. Talvez estejamos sendo punidos pela escolha que fizemos há quatro anos nas urnas.
            Ouço recorrentes condenações de gente que vislumbra outras pessoas caminhando ao sol depois de dias de chuva torrencial, umidade e tempo cinza. Muitos esquecem que a sanidade mental das pessoas está abalada. Nem todos têm salário fixo, geladeira cheia e residem em um imóvel espaçoso junto com poucas pessoas. Conheço muitas pessoas com boa situação financeira que está indócil dentro de casa.
            A situação é inédita, mas desde março ouvimos a cantilena do “fecha tudo e fica em casa” para enfrentar a pandemia com tranquilidade no inverno. Meses depois, a pergunta se impõe, inclusive entre profissionais da grande imprensa que cassaram o direito a opiniões contrárias, mas começa a ceder: por que acreditar em nossos “administradores”?
            É fácil, neste momento em que o cidadão começa a questionar bandeiras, lockdown e restrições, acusar a população. Mas é preciso um mea culpa geral, incluindo os governantes. Não li nada a respeito de intercâmbio de informações com cientistas de outros países para compreender a situação. São condições diversas de um país para outro, mas por que, quando convém, nossos administradores citam exemplos da China, Espanha, Itália, França e outros lugares?
            Nossa sobrevivência se transformou em um desafio diário, doloroso. É difícil manter o emprego, pagar as contas, manter a família unida e abastecer a geladeira. Não merecemos ser acusados por todos os males que assolam o Estado e o país. Não elegemos representantes para sermos transformados em vilões de um filme que não tem mocinhos.

ResponderEncaminhar


Federação das CDLs denunciam que restrições ao comércio destroem a base econômica do RS

FCDL-RS reforça sua posição de que os setores produtivos não são responsáveis pela disseminação da Covid-19

Há várias semanas a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul – FCDL-RS têm apontado os equívocos do governo estadual e de vários municípios gaúchos na determinação de impedir o funcionamento do comércio como forma de conter a expansão do Coronavírus.

No entanto, a restrição às atividades comerciais não foram seguidas por outras medidas como o fechamento de praças e parques e a redução da lotação nos transportes coletivos. Além disso, nos grandes centros urbanos a maioria das pessoas vive em locais pequenos e lotados, ampliando as chances de contaminação.

Desta forma, o fechamento do comércio, onde se mantém o distanciamento, se impõe o uso de máscaras e se oferece álcool em gel para uso, somado ao confinamento de milhares de pessoas em diminutos espaços residenciais, criam duas condições: destroem a base econômica do Rio Grande do Sul e impulsionam a contaminação.

– O desemprego causado pelo fechamento das atividades econômicas já deixou o campo da teoria e se materializa na multiplicação de cidadãos pedindo comida nas ruas. Somente entre março e maio deste ano já foram extintos 122 mil empregos no Rio Grande do Sul, sendo 33 mil no comércio. E as projeções para junho e julho são de mais postos de trabalho eliminados. Quem aguardava pelo pior, não precisa mais esperar. O pior já chegou. E só vai piorar ainda mais, se estas medidas equivocadas não forem imediatamente revertidas – avalia o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.

Para o presidente da FCDL-RS, os lojistas gaúchos estão à beira do abismo financeiro. É preciso que o governador e os prefeitos tenham o bom senso de parar de creditar aos setores produtivos a disseminação da Covid-19 e priorizem suas ações na ampliação da estrutura de saúde e ao controle de aglomerações em espaços públicos.

Novo governo rejeita lockdown na França

A mudança no primeiro escalão do governo francês no último dia 8 trouxe à tona não apenas a ascensão meteórica de um político até pouco tempo atrás desconhecido do grande público como também lançou luzes sobre uma visão alternativa à necessidade do confinamento da população para conter o coronavírus.

Jean Castex, o novo primeiro-ministro de Emmanuel Macron, surpreendeu o mundo ao afirmar, na primeira entrevista que concedeu após assumir, que, diante de uma segunda onda da pandemia, a França não adotaria novo lockdown.

O país sofreu um dos maiores traumas de sua história, com mais de 30 mil mortes por covid-19. Acredita-se que nas oito semanas de confinamento, o lockdown pode ter salvo milhares de vidas. Mas Castex, que agora ocupa o cargo mais importante da 5ª República depois de Macron, o custo econômico, social e até psicológico na vida dos cidadãos foi altíssimo.

- Meu objetivo é preparar a Franca para uma possível segunda onda, preservando nossa vida cotidiana, nossa vida econômica e social - disse, em entrevista à RTL  - Mas não vamos impor um bloqueio como o fizemos em março passado, porque aprendemos que as consequências econômicas e humanas de um bloqueio total são desastrosas. Por isso, a partir de agora, qualquer fechamento de negócios ou pedidos de confinamento em casa serão cirúrgicos para áreas específicas.

Castex não é um negacionista da gravidade do coronavírus e está ainda mais longe de figuras como Kim Jong-un, da Coreia do Norte, ou Daniel Ortega, da Nicarágua, para os quais a vida seguiu quase normal no país, apesar da tragédia da covid-19. Ele tem origem na tradição humanista das melhores escolas da França. Também não limita seus argumentos à dicotomia proteger a saúde x salvar a economia. Até por estar apenas há alguns dias no novo cargo, Castex evita publicamente questionar a estratégia do chefe, Macron, mas um olhar apurado sobre documentos que ele assinou, entre os quais os dois planos para o desconfinamento da França que foi chamado a construir, um de 68 páginas, outro de 28, permite observar uma postura crítica ao lockdown, que pode ter impacto importante nas convicções globais sobre  quarentenas como estratégia de contenção do vírus.

Em um dos relatórios, ele argumentou que a Franca deveria considerar a possibilidade de repensar a situação de emergência no caso de um aumento dos casos. Castex, com experiência na gestão de hospitais, entende que o longo bloqueio tem efeitos negativos, como o fato de impedir que crianças frequentem as escolas. Além disso, ele questiona os danos psicológicos que podem advir da falta de visitas entre familiares e amigos. No primeiro texto, no qual estabelece os fundamentos para a reabertura da economia, ele afirma: "A eficácia do confinamento não foi correspondida". E passa a listar uma série de impactos que as oito semanas tiveram na vida privada e social dos franceses. Do ponto de vista de saúde, o documento concluiu que o lockdown levou muitos cidadãos a adiarem o tratamento de outras doenças - uma queda significativa nas consultas com clínicos gerais (-40%) e especialistas (-50%) -, além da redução na venda de vacinas e o aumento do sofrimento psicológico, como sintomas de ansiedade e sentimento de isolamento. Outro efeito colateral foi o aumento da violência doméstica:"confinamento não pode ser sustentado a longo prazo", vaticina.

O agora ministro afirma que a medida drástica revelou desigualdades sociais, gerando problemas para populações carentes, que tiveram de conviver em "moradias pequenas e, às vezes, insalubres". O texto também salienta a evasão escolar como subproduto do lockdown: "Estima-se que entre 5% e 8% dos alunos que, apesar dos esforços de professores para garantir a continuidade pedagógica, perderam todo o contato com a educação", diz.

No aspecto econômico, o relatório é ainda mais contundente. Segundo ele, "o confinamento derrubou toda a economia". Estima-se em 35% a perda da atividade econômica na França, com fechamentos de comércio, construção civil, indústria e aumento do desemprego. O documento afirma ainda que, apesar das medidas do governo para combater a crise econômica, o confinamento provavelmente terá como efeito "acelerar o número de falências de pequenas empresas e enfraquecerá a longo prazo o aparato produtivo". E acrescenta: "Se essa situação continuar, estaríamos nos privando dos meios para financiar nossos serviços públicos em condições normais, incluindo serviços de saúde e, em especial, serviços hospitalares, o que seria particularmente prejudicial".

- O período de confinamento, se salvou muitas vidas, também resultou em uma restrição importante e pesada da vida social, cultural ou espiritual dos franceses.

Chamado a reconstruir o país
Castex, apelidado de "Monsieur Déconfinement" ("Senhor Desconfinamento"), foi chamado a construir a arquitetura da reabertura do país em abril. Aos poucos, ganhou a confiança de Macron. Depois da derrota do partido do presidente, En Marche! (Em Marcha!) nas eleições municipais - boa parte em razão da gestão da pandemia, que muitos franceses acreditam que foi "catastrófica" -, o presidente o elevou ao cargo de primeiro-ministro, em substituição a Edouard Philippe. Castex é considerado um homem de diálogo, tanto que chefiava a interlocução entre ministérios para a organização dos Jogos Olímpicos de 2024, em Paris. Mas nunca atuou na linha de frente de um governo - até assumir, era prefeito de Prades, aos pés dos Pirineus. Nos bastidores, foi homem de confiança dos ex-presidentes conservadores Jacques Chirac e Nicolás Sarkozy.

O chamado ao cargo é uma mudança drástica de posição do governo Macron, que sempre se caracterizou como um político de "centro centro". Castex, do Partido Les Républicans (Os Republicanos, o mesmo de Sarkozy), está à direita do presidente. Nos bastidores, entende-se que ele é o homem a reconstruir a economia do país. Há muito a fazer: a recuperação econômica será difícil e o presidente perdeu terreno em todas as frentes que estavam razoavelmente controladas: taxa de desemprego em declínio, mais investimento e crescimento econômico foram abocanhados pela pandemia. Macron precisa recomeçar o governo a menos de dois anos da eleição (ele ainda não confirmou se será candidato). A mudança de rumo ocorre em momento conturbado: o país já enfrentava, antes do coronavírus, crise social, com protestos gigantescos dos giles jaunes (coletes amarelos) e greves contra a reforma da previdência.

Atividade segue em recuperação, no Brasil e no mundo

o A atividade doméstica segue ganhando tração. O IBC-Br registrou crescimento de 1,3% em maio. O resultado, abaixo das expectativas, reforça a expectativa de retração do PIB no segundo trimestre, influenciado principalmente pela forte queda em abril. Os primeiros indicadores deste trimestre, por sua vez, mostram continuidade da retomada dos meses anteriores. Os índices de confiança da FGV seguiram avançando na primeira quinzena de julho em todos os setores, assim como os emplacamentos de veículos.

o Aceleração da inflação no atacado não tem se traduzido em altas ao consumidor. O IGP-10 subiu 1,91% em julho, refletindo as pressões de minério de ferro, petróleo e proteína animal. Os próximos IGPs seguirão pressionados, com aceleração de preços agrícolas e de derivados de petróleo. Entretanto, o repasse de preços no atacado ao consumidor final deve seguir contido em ambiente de baixo crescimento.

o A atividade global continuou surpreendendo de forma positiva. O PIB da China cresceu 3,2% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. A expansão na margem, de 11,5%, compensou a retração de 9,8% registrada nos primeiros três meses do ano. Os resultados de diversos indicadores como produção industrial, exportações, importações e investimentos fixos referentes a junho indicam continuidade da melhora. Nos EUA, a produção industrial e as vendas no varejo de junho reforçaram a trajetória de retomada com expressivas surpresas positivas no varejo. O mercado de trabalho norte-americano também mostrou melhora, com redução de 1,3 milhão de novos pedidos de auxílio desemprego.

o Cenário para segundo semestre ainda reserva incertezas, relacionadas à evolução da pandemia e às tensões entre China e EUA, que continuam anunciando sanções. Por ora, os riscos de uma segunda onda de contágio estão concentrados em algumas regiões dos EUA, sendo que algumas já voltaram a intensificar as restrições de circulação de pessoas. Não acreditamos em fechamentos amplos como observado na primeira onda, mas o aumento de restrições mesmo de forma localizada pode reduzir o ritmo de retomada nos meses à frente, na ausência de vacina e/ou medicação eficaz.

Perspectivas para a próxima semana

o Resultado de IPCA-15 de julho será foco da agenda doméstica. Esperamos alta de 0,49%, acelerando frente ao fechado de junho, com reajustes de combustíveis, energia elétrica e medicamentos. Por sua vez, os núcleos devem se manter bem comportados, com variação em torno de 2,15% nos últimos 12 meses e mais próximas de 1,2% em 3 e 6 meses. A agenda também contará com a divulgação das sondagens da indústria (prévia) e do consumidor.

o No exterior, destaque para dados de atividade da Área do Euro e dos EUA. As prévias dos índices PMI de julho da Área do Euro e dos EUA devem manter a trajetória positiva no início do terceiro trimestre. Nos EUA, o indicador será importante para avaliarmos se os fechamentos em algumas regiões acabaram se traduzindo em perda de ritmo de expansão.