Um dia, /quando morei por
praticamente um ano na Alemanha, li uma frase escrita no vidro traseiro de um
lindo carro italiano Alfa Giulia: “A melhor democracia é uma boa ditadura”.
Na república romana, em momentos
de grande convulsão social ou iminente perigo de guerra, o senado nomeava um
“Dictator”, também chamado que “Praetor Maximus” ou “Magister Populi”,
normalmente por um período de seis meses, para que, com poderes absolutistas,
reconduzisse o país à normalidade, ou, no linguajar popular, pusesse ordem na
bagunça. Como exemplos podemos citar um xará meu Fábio Máximo durante as
guerras Púnicas, Júlio Cesar nos anos que antecederam a formação do Império
Romano e Augusto, que nunca aceitou ser ditador e nem imperador, mas que foi
realmente, o primeiro imperador do nascente império.
Voltando à vida real, hoje
vivemos tempos tenebrosos no Brasil ou, como bem disse o General Mourão,
“Vivemos uma era de mares revoltos”.
Ainda que a palavra da vez seja a
derrubada do veto parcial do artigo 52 do orçamento impositivo através do qual
o parlamento quer tungar o executivo em 30 bilhões de Reais, na verdade o que
querem mesmo é derrubar o “Voto 57/2018”, ou seja, os 57 milhões de votos que
elegeram Jair Bolsonaro.
O descalabro e a falta de pudor
de grande parte dos congressistas a começar pelos presidentes tanto da Câmara
como do Senado, que abertamente pregam o fim da democracia, o fim do voto
popular através da mudança do regime de governo, de presidencialista para
parlamentarista tirando todo o poder do Bolsonaro e criando uma quarentena de
seis anos para impedir Sérgio Moro de concorrer às eleições presidenciais já
chegam às raias dos crimes de lesa
pátria.
Como não têm qualquer chance de
derrotar o atual governo pelo voto popular, querem porque querem inventar um
motivo qualquer para impichar Bolsonaro e impedir Moro. Até disparo de mensagem
via Whatsapp em grupo privado é motivo suficiente para que elementos
completamente desclassificados como o pornô deputado Frota entrem com pedido de
impeachment.
A coisa está se transformando em
uma verdadeira loucura com Rodrigo Maia perambulando pelo mundo posando de
primeiro ministro, reunindo-se com mandatários e empresários de outros países e
discutindo os destinos do país ao mesmo tempo que Alcolumbre desvia recursos
para seu estado natal visando à eleição de seu irmão para a prefeitura de
Macapá.
O conluio entre grande mídia,
congresso e grande parte do STF contra o governo eleito por 57 milhões de
brasileiros procurando de todas as formas bloquear qualquer tentativa de avanço
das iniciativas propostas pelo executivo federal me levam ao saudosismo dos
bons tempos da República Romana. Está na hora de botar ordem na bagunça que, se
estivéssemos na Roma antiga, um “Dictator” já teria sido nomeado e assumido as
rédeas do país.
Não fosse este congresso
fisiológico, a reforma da previdência teria gerado os 1,2 trilhões de economia,
as reformas Administrativa e Tributária já estariam em pleno vigor, não haveria
mais o achaque do seguro Dpvat e os estudantes poderiam continuar a gozar do
benefício da gratuidade da carteira estudantil. O COAF estaria com Sérgio Moro,
Lula, Dirceu juntos com toda a malta de corruptos condenados em segunda
instância estariam atrás das grades vendo o sol nascer em formato de jogo da
velha.
Como o senado brasileiro não é
nem mesmo um espectro do que foi o Senado Romano, jamais tomará a iniciativa de
propor um “Dictator” por pelo menos seis meses. Esta tarefa caberá ao povo que
apoia o governo de direita, abomina a corrupção e não quer, em hipótese alguma,
que seus 57 milhões de votos sejam jogados na lata do lixo.
Dia 15, todos contra a derrubada
do Voto 57.
Fabio Jacques.