Estudo realizado pela USP (Universidade de São Paulo) mostra que 8 a cada 10 dos trabalhadores brasileiros podem perder o emprego ou a renda por causa da pandemia de covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. A informação foi divulgada na manhã deste domingo (19.abr.2020) pelo jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com os pesquisadores, mesmo as pessoas que têm vínculo formal e atuam em atividades consideradas essenciais –que podem trabalhar no período de isolamento social– tornaram-se vulneráveis. As restrições de trabalho e as medidas protetivas para evitar o aumento de infecções pelo vírus causam recessão na economia.
A pesquisa “A vulnerabilidade dos trabalhadores brasileiros na pandemia da covid-19” mostra que o grupo mais frágil é o dos trabalhadores informais de atividades não essenciais. São 24 milhões e correspondem a 1/4 da força de trabalho.
Outro grupo afetado, com 52 milhões de pessoas, é o de trabalhadores formais e de áreas essenciais. Juntos, eles representam 81% da força de trabalho brasileira.
Segundo o sociólogo Rogério Barbosa, 1 dos coordenadores da pesquisa, até mesmo pessoas que teriam melhores condições de enfrentar crises econômicas estão fragilizadas diante à pandemia.
METODOLOGIA
O estudo cruzou dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) antes da covid-19 chegar ao Brasil com informações sobre mobilidade nas grandes cidades, dados de transações de cartões de crédito e pesquisas do Sebrae para avaliar os efeitos da epidemia nos setores da atividade econômica.
VULNERABILIDADE
Nos setores considerados não essenciais, os mais atingidos são serviços domésticos (6,2 milhões de pessoas), beleza (2 milhões) e comércio de roupas, calçados e viagens (1,5 milhão de trabalhadores).
Já nos setores essenciais, os mais vulneráveis são construção de edifícios (3,7 milhões), bares e restaurantes (2,5 milhões) e comércios de alimentos, bebidas e fumo (2,4 milhões).
Confira o comunicado na íntegra:
_A empresa Transporte Nossa Senhora das Graças (TNSG) ingressou com pedido de recuperação judicial, nesta quinta-feira (16), no Foro da Comarca de Cachoeira do Sul. Com essa iniciativa, visa sua reestruturação administrativa, operacional e financeira, buscando manter a continuidade e preservação dos serviços de transporte público urbano, essenciais à comunidade cachoeirense._
_A crise mundial, deflagrada em razão da pandemia do novo Coronavírus, e as medidas de isolamento social acentuaram as dificuldades, que remontam há mais de 12 anos. O cenário atual causou prejuízos incalculáveis à empresa, especialmente pela política tarifária defasada e pelas isenções concedidas pelos governos, sem quaisquer contrapartidas financeiras", explica a companhia._
_O transporte público urbano – com a drástica redução de passageiros, iniciada na recessão de 2014, e perpetuada com a chegada de novas tecnologias e a economia de compartilhamento – enfrenta, neste momento, um verdadeiro colapso. O desafio de reestruturar a operação não é exclusivo da TNSG. Em todo o território nacional, seja nas capitais ou no interior, o setor vem sendo deteriorado diante da ausência de políticas de reajustes tarifários e desonerações fiscais e tributárias._
_Na segunda quinzena de março, foi decretada uma série de medidas restritivas para combater a pandemia. As ações agravaram ainda mais o quadro das empresas do setor, impactando diretamente suas atividades: para a TNSG, a redução de receita atingiu quase 85%. Para qualquer companhia, um baque financeiro com essa magnitude é avassalador._
_Diante deste cenário, a TNSG contratou o Medeiros, Santos & Caprara Advogados. Trata-se de um dos escritórios mais conceituados na área de reestruturação empresarial do Rio Grande do Sul, com diversos cases bem-sucedidos. Através desse instituto, a empresa implementará mecanismos legais de superação da crise, com o propósito de manter os empregos necessários e preservar sua atividade empresarial, considerando sua relevante função social._
_Reafirmando seu compromisso de mais de 60 anos com a sociedade cachoeirense, a Transporte Nossa Senhora das Graças tranquiliza a comunidade e seus usuários. A organização está readequando sua estrutura ao tamanho necessário para operar o sistema de transporte público urbano, com a certeza que sairá renovada e mais forte desta crise que afeta o nosso município, o estado, o país e o mundo. _
_A crise mundial, deflagrada em razão da pandemia do novo Coronavírus, e as medidas de isolamento social acentuaram as dificuldades, que remontam há mais de 12 anos. O cenário atual causou prejuízos incalculáveis à empresa, especialmente pela política tarifária defasada e pelas isenções concedidas pelos governos, sem quaisquer contrapartidas financeiras", explica a companhia._
_O transporte público urbano – com a drástica redução de passageiros, iniciada na recessão de 2014, e perpetuada com a chegada de novas tecnologias e a economia de compartilhamento – enfrenta, neste momento, um verdadeiro colapso. O desafio de reestruturar a operação não é exclusivo da TNSG. Em todo o território nacional, seja nas capitais ou no interior, o setor vem sendo deteriorado diante da ausência de políticas de reajustes tarifários e desonerações fiscais e tributárias._
_Na segunda quinzena de março, foi decretada uma série de medidas restritivas para combater a pandemia. As ações agravaram ainda mais o quadro das empresas do setor, impactando diretamente suas atividades: para a TNSG, a redução de receita atingiu quase 85%. Para qualquer companhia, um baque financeiro com essa magnitude é avassalador._
_Diante deste cenário, a TNSG contratou o Medeiros, Santos & Caprara Advogados. Trata-se de um dos escritórios mais conceituados na área de reestruturação empresarial do Rio Grande do Sul, com diversos cases bem-sucedidos. Através desse instituto, a empresa implementará mecanismos legais de superação da crise, com o propósito de manter os empregos necessários e preservar sua atividade empresarial, considerando sua relevante função social._
_Reafirmando seu compromisso de mais de 60 anos com a sociedade cachoeirense, a Transporte Nossa Senhora das Graças tranquiliza a comunidade e seus usuários. A organização está readequando sua estrutura ao tamanho necessário para operar o sistema de transporte público urbano, com a certeza que sairá renovada e mais forte desta crise que afeta o nosso município, o estado, o país e o mundo. _
Artigo, Osmar TErra - O oportunismo do jornalista
Há muito tempo que não lia da nossa imprensa um artigo tão raivoso e tão cheio de adjetivos ofensivos quanto o escrito pelo colunista Ascânio Seleme na edição do dia 16 de abril de O GLOBO. A imprensa que reage quando tratada de “sórdida”, é a mesma, que de maneira execrável se dá o direito de atacar, sem dó, simplesmente quem tem opinião divergente.
Contrário o meu posicionamento sobre epidemia do COVID-19, ele nada argumenta com fatos ou evidências, simplesmente parte para me desqualificar como pesso,a como médico e como agente político. Não é papel da mídia impedir o debate, nem cercear opiniões contrárias.
O jornalista Seleme inventa um enredo que pouco condiz com a minha história profissional e de participação política. Para dar cores a sua maledicência, me acusou de “oportunista perigoso” e de ter sido de uma “irresponsabilidade absurda e criminosa” só porque não concordo com suas crendices sobre a epidemia. E por aí foi vomitando inacreditável lista de ofensas para concluir que faço tudo pela ânsia de poder. Afirmou ainda que sou um “ex-médico que fez carreira como sindicalista e político profissional e que sabe quase nada sobre medicina”. Sua agressão despropositada chega ao ponto mais alto quando diz que eu sou “um dos principais conselheiros do presidente”, a quem ofende como de costume.
Na medida em que progride o embate sobre caminhos para enfrentar o coronavírus, tenho recebido muitos apoios e colecionado opositores raivosos, mas nada se compara até agora como essa agressão, que encontrou respaldo nas páginas de O Globo.
Quero dizer ao “ilustre” jornalista Seleme que tenho muito orgulho da minha história pessoal, de 35 anos de vida pública, sem qualquer mancha ética ou moral! Deixei minha atividade como clínico bem sucedido para me dedicar à vida pública, onde entendi poder fazer muito mais para salvar mais vidas. Fui o gestor que implantou a base do Sistema Único de Saúde no Rio Grande do Sul entre 1986 e 1988. Fui o primeiro prefeito do Brasil a criar as Equipes de Saúde da Família, no início da década de 1990. Implantei programas sociais de proteção aos mais pobres, tanto no Rio Grande do Sul quanto a nível nacional, trabalhando com o secretário nacional do programa Comunidade Solidária. Fui oito anos secretário de Saúde do Rio Grande do Sul, quando eu implantei os primeiros programas de promoção da Primeira Infância do país. Nesse período, enfrentei várias epidemias que assolaram o Estado: dengue, febre amarela e a devastadora H1N1, o Rio Grande do Sul foi o seu epicentro no Brasil. Como presidente do CONASS (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) tive oportunidade de participar na criação da Força Nacional do SUS e ajudar na grande epidemia de dengue do Rio de Janeiro, em 2007. Portanto, se tem alguma área que conheço e tenho experiência intensa foi na do combate a epidemias. Quantos dos que me atacam tiveram vivência semelhante?
Também fui ministro, duas vezes, e com muito orgulho zerei pela primeira vez na HISTÓRIA a fila do Bolsa Família e criei o programa “Criança Feliz”, que atende cerca de 1 milhão de crianças das famílias mais pobres, a domicílio, toda semana, em todo o país, iniciativa que foi reconhecida com o Prêmio Wise Awards de inovação em educação. Estou no sexto mandato de deputado federal pelo Rio Grande do Sul, sem nunca ter comprado um voto. Aos 70 anos, tenho muito orgulho da minha história e do legado que deixarei aos meus filhos. Não preciso de cargos para ajudar o Governo a construir caminhos para salvar mais vidas e melhorar a saúde dos brasileiros. Mesmo vitimado pela agressão desqualificada que sofri, estarei sempre disposto ao debate dos fatos e evidências para convencer ou ser convencido do que é melhor pra nossa gente. Nunca irei desqualificar o adversário, por pior que ele seja, para tentar impor a minha vontade ou opinião.
Quanto à acusação de apoiar o presidente Jair Bolsonaro por que estou atrás de cargos, devo dizer que ela parte sempre de opositores preconceituosos e arrogantes, que julgam os outros por si mesmos. Talvez, nunca entendam que se possa ajudar e torcer para um governo dar certo, sem ter a necessidade de um cargo. Até porque, para mim e para a maioria dos brasileiros, esse governo é a única chance que teremos, na próxima década, de mudarmos o Brasil para muito melhor, mantendo-o distante da pequenez política e da corrupção. Liberdade de opinião não é prerrogativa de jornalista. Numa democracia de verdade, ela tem que valer para todos.
*É médico, deputado federal (MDB-RS), ex-ministro da Cidadania.
Contrário o meu posicionamento sobre epidemia do COVID-19, ele nada argumenta com fatos ou evidências, simplesmente parte para me desqualificar como pesso,a como médico e como agente político. Não é papel da mídia impedir o debate, nem cercear opiniões contrárias.
O jornalista Seleme inventa um enredo que pouco condiz com a minha história profissional e de participação política. Para dar cores a sua maledicência, me acusou de “oportunista perigoso” e de ter sido de uma “irresponsabilidade absurda e criminosa” só porque não concordo com suas crendices sobre a epidemia. E por aí foi vomitando inacreditável lista de ofensas para concluir que faço tudo pela ânsia de poder. Afirmou ainda que sou um “ex-médico que fez carreira como sindicalista e político profissional e que sabe quase nada sobre medicina”. Sua agressão despropositada chega ao ponto mais alto quando diz que eu sou “um dos principais conselheiros do presidente”, a quem ofende como de costume.
Na medida em que progride o embate sobre caminhos para enfrentar o coronavírus, tenho recebido muitos apoios e colecionado opositores raivosos, mas nada se compara até agora como essa agressão, que encontrou respaldo nas páginas de O Globo.
Quero dizer ao “ilustre” jornalista Seleme que tenho muito orgulho da minha história pessoal, de 35 anos de vida pública, sem qualquer mancha ética ou moral! Deixei minha atividade como clínico bem sucedido para me dedicar à vida pública, onde entendi poder fazer muito mais para salvar mais vidas. Fui o gestor que implantou a base do Sistema Único de Saúde no Rio Grande do Sul entre 1986 e 1988. Fui o primeiro prefeito do Brasil a criar as Equipes de Saúde da Família, no início da década de 1990. Implantei programas sociais de proteção aos mais pobres, tanto no Rio Grande do Sul quanto a nível nacional, trabalhando com o secretário nacional do programa Comunidade Solidária. Fui oito anos secretário de Saúde do Rio Grande do Sul, quando eu implantei os primeiros programas de promoção da Primeira Infância do país. Nesse período, enfrentei várias epidemias que assolaram o Estado: dengue, febre amarela e a devastadora H1N1, o Rio Grande do Sul foi o seu epicentro no Brasil. Como presidente do CONASS (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) tive oportunidade de participar na criação da Força Nacional do SUS e ajudar na grande epidemia de dengue do Rio de Janeiro, em 2007. Portanto, se tem alguma área que conheço e tenho experiência intensa foi na do combate a epidemias. Quantos dos que me atacam tiveram vivência semelhante?
Também fui ministro, duas vezes, e com muito orgulho zerei pela primeira vez na HISTÓRIA a fila do Bolsa Família e criei o programa “Criança Feliz”, que atende cerca de 1 milhão de crianças das famílias mais pobres, a domicílio, toda semana, em todo o país, iniciativa que foi reconhecida com o Prêmio Wise Awards de inovação em educação. Estou no sexto mandato de deputado federal pelo Rio Grande do Sul, sem nunca ter comprado um voto. Aos 70 anos, tenho muito orgulho da minha história e do legado que deixarei aos meus filhos. Não preciso de cargos para ajudar o Governo a construir caminhos para salvar mais vidas e melhorar a saúde dos brasileiros. Mesmo vitimado pela agressão desqualificada que sofri, estarei sempre disposto ao debate dos fatos e evidências para convencer ou ser convencido do que é melhor pra nossa gente. Nunca irei desqualificar o adversário, por pior que ele seja, para tentar impor a minha vontade ou opinião.
Quanto à acusação de apoiar o presidente Jair Bolsonaro por que estou atrás de cargos, devo dizer que ela parte sempre de opositores preconceituosos e arrogantes, que julgam os outros por si mesmos. Talvez, nunca entendam que se possa ajudar e torcer para um governo dar certo, sem ter a necessidade de um cargo. Até porque, para mim e para a maioria dos brasileiros, esse governo é a única chance que teremos, na próxima década, de mudarmos o Brasil para muito melhor, mantendo-o distante da pequenez política e da corrupção. Liberdade de opinião não é prerrogativa de jornalista. Numa democracia de verdade, ela tem que valer para todos.
*É médico, deputado federal (MDB-RS), ex-ministro da Cidadania.