Boa parte da imprensa se tornou torcedora e luta para derrubar o governo
O Brasil tem a terceira maior população carcerária do mundo. Sempre que vejo uma manchete como essa, pergunto: qual o real interesse por trás? Afinal, para o sétimo país mais populoso do planeta, não chega a ser um choque ter uma das maiores populações atrás das grades. E se o intuito é afirmar que o país prende demais, resta combinar isso com a taxa de criminalidade explosiva e com o fato de que apenas um em cada 10 homicídios tem solução. O país da impunidade prende muito?
Na melhor das hipóteses, este será um novo governo TemerNa melhor das hipóteses, este será um novo governo Temer
O desejo de destruir o inimigo é maior do que a vontade de construir pontesO desejo de destruir o inimigo é maior do que a vontade de construir pontes
Os liberais e conservadores sempre compreenderam esse tipo de estratégia usada pela mídia como viés esquerdista. Curiosamente, a mesma tática vem sendo usada no caso da pandemia, sob o silêncio conivente de uma "direita" que passou a odiar o governo Bolsonaro mais do que amar a verdade. As manchetes colocam o Brasil em destaque nos casos de morte por covid-19, sempre destacando números absolutos!
Esta semana vimos: Brasil já passa Alemanha e França em quantidade de óbitos. Mas a Alemanha tem 83 milhões de habitantes e a França tem 67 milhões, enquanto o Brasil tem 210 milhões. Qual o sentido de usar dados absolutos, portanto? Países mais populosos do mundo: China, Índia, Estados Unidos, Indonésia, Paquistão, Nigéria e Brasil. Alguma surpresa de sermos o sexto em mortes de covid-19? E vale notar que os dados oficiais da China, sob uma ditadura, não são nada confiáveis.
O que muitos já perceberam é que boa parte da imprensa se tornou torcedora e luta para derrubar o governo. Enxerga na pandemia uma oportunidade para pintar o presidente como alguém insano e precisa, então, destacar o pior da crise. Há muitos motivos legítimos para criticar Bolsonaro, mas esse tipo de artimanha chama a atenção e acaba criando resistência: mesmo críticos do presidente ficam na defensiva por considerarem injusto o tratamento da mídia.
Um site conhecido chega ao ápice de dedicar várias manchetes sensacionalistas por dia contra o governo. Tudo é "bomba", a "pá de cal", o "fim próximo" do presidente. O tiro sai pela culatra. A cada disparo fora do alvo, o presidente se fortalece. E parte da imprensa perde credibilidade.
Transcrição da reunião ministerial prova que Bolsonaro falou a verdade e que Moro viajou
O jornal Estadão de hoje vazou parte dos diálogos da reunião ministerial na qual Bolsonaro teria ameaçado demitir Moro. Leia:
A primeira intervenção do presidente reproduzida pela AGU foi aproximadamente aos 30 minutos da reunião. A segunda, mais adiante, cerca de 50 minutos depois da primeira fala.
Leia abaixo as falas:
PRIMEIRO TRECHO:
“Eu não posso ser surpreendido com notícias. Pô, eu tenho a PF que não me dá informações; eu tenho a inteligência das Forças Armadas que não tem informações; a Abin tem os seus problemas, tem algumas informações, só não tem mais porque tá faltando realmente... temos problemas... aparelhamento etc. A gente não pode viver sem informação. Quem é que nunca ficou atrás da... da... porta ouvindo o que o seu filho ou a sua filha tá comentando? Tem que ver pra depois... depois que ela engravida não adianta falar com ela mais. Tem que ver antes. Depois que o moleque encheu os cornos de droga, não adianta mais falar com ele. Já era. É informação assim. (referência a nações amigas) Então essa é a preocupação que temos que ter: a questão estratégia. E não estamos tendo. E me desculpe o serviço de informação nosso ... todos... é uma vergonha, que eu não sou informado, e não dá para trabalhar assim, fica difícil. Por isso, vou interferir. Ponto final Não é ameaça, não é extrapolação da minha parte. É uma verdade (...)”
Em depoimento à PF, Moro disse que Bolsonaro cobrou, na reunião ministerial, a substituição do diretor-geral da PF e do superintendente da corporação no Rio, além de ter reivindicado acesso a relatórios de inteligência e informação do órgão. Na terça-feira (12), o presidente declarou que, no encontro, não falou as palavras Polícia Federal e que sua cobrança não se devia à falta de acesso a dados de inteligência ou de investigações, mas a uma insatisfação que tinha em relação à sua segurança pessoal e à de sua família.
O documento entregue pela AGU mostrou que ele citou “PF” (sigla de Polícia Federal) num contexto de insatisfação com a falta de informações de inteligência. “PF” foi relacionada entre os órgãos que, segundo a fala, seriam objeto de sua interferência.
Nesta sexta-feira, Bolsonaro reiterou que sua preocupação era com a segurança e afirmou que, ao falar em interferência, mirava o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), ministério comandado pelo general Augusto Heleno e que é responsável por sua proteção.
SEGUNDO TRECHO:
"Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro oficialmente e não consegui. Isso acabou. Eu não vou esperar f. minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança da ponta de linha que pertence à estrutura. Vai trocar; se não puder trocar, troca o chefe dele; não pode trocar o chefe, troca o ministro. E ponto final. Não estamos aqui para brincadeira".
O inquérito no Supremo apura se, ao tentar trocar o superintendente da PF no Rio em ao menos duas ocasiões (no ano passado e neste ano), Bolsonaro buscava blindagem em investigações que podem afetá-lo ou sua família.
Neste trecho, ao falar genericamente sobre trocas, o presidente não cita o superintendente no Rio ou algum outro cargo em específico.
A versão do ex-chefe da Justiça, dada em depoimento à PF, é a de que Bolsonaro avisou no encontro que iria interferir em todos os ministérios e, quanto ao "MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública)", “se não pudesse trocar o superintendente da PF no Rio de Janeiro”, trocaria o diretor-geral e o próprio ministro da Justiça.
A primeira intervenção do presidente reproduzida pela AGU foi aproximadamente aos 30 minutos da reunião. A segunda, mais adiante, cerca de 50 minutos depois da primeira fala.
Leia abaixo as falas:
PRIMEIRO TRECHO:
“Eu não posso ser surpreendido com notícias. Pô, eu tenho a PF que não me dá informações; eu tenho a inteligência das Forças Armadas que não tem informações; a Abin tem os seus problemas, tem algumas informações, só não tem mais porque tá faltando realmente... temos problemas... aparelhamento etc. A gente não pode viver sem informação. Quem é que nunca ficou atrás da... da... porta ouvindo o que o seu filho ou a sua filha tá comentando? Tem que ver pra depois... depois que ela engravida não adianta falar com ela mais. Tem que ver antes. Depois que o moleque encheu os cornos de droga, não adianta mais falar com ele. Já era. É informação assim. (referência a nações amigas) Então essa é a preocupação que temos que ter: a questão estratégia. E não estamos tendo. E me desculpe o serviço de informação nosso ... todos... é uma vergonha, que eu não sou informado, e não dá para trabalhar assim, fica difícil. Por isso, vou interferir. Ponto final Não é ameaça, não é extrapolação da minha parte. É uma verdade (...)”
Em depoimento à PF, Moro disse que Bolsonaro cobrou, na reunião ministerial, a substituição do diretor-geral da PF e do superintendente da corporação no Rio, além de ter reivindicado acesso a relatórios de inteligência e informação do órgão. Na terça-feira (12), o presidente declarou que, no encontro, não falou as palavras Polícia Federal e que sua cobrança não se devia à falta de acesso a dados de inteligência ou de investigações, mas a uma insatisfação que tinha em relação à sua segurança pessoal e à de sua família.
O documento entregue pela AGU mostrou que ele citou “PF” (sigla de Polícia Federal) num contexto de insatisfação com a falta de informações de inteligência. “PF” foi relacionada entre os órgãos que, segundo a fala, seriam objeto de sua interferência.
Nesta sexta-feira, Bolsonaro reiterou que sua preocupação era com a segurança e afirmou que, ao falar em interferência, mirava o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), ministério comandado pelo general Augusto Heleno e que é responsável por sua proteção.
SEGUNDO TRECHO:
"Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro oficialmente e não consegui. Isso acabou. Eu não vou esperar f. minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança da ponta de linha que pertence à estrutura. Vai trocar; se não puder trocar, troca o chefe dele; não pode trocar o chefe, troca o ministro. E ponto final. Não estamos aqui para brincadeira".
O inquérito no Supremo apura se, ao tentar trocar o superintendente da PF no Rio em ao menos duas ocasiões (no ano passado e neste ano), Bolsonaro buscava blindagem em investigações que podem afetá-lo ou sua família.
Neste trecho, ao falar genericamente sobre trocas, o presidente não cita o superintendente no Rio ou algum outro cargo em específico.
A versão do ex-chefe da Justiça, dada em depoimento à PF, é a de que Bolsonaro avisou no encontro que iria interferir em todos os ministérios e, quanto ao "MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública)", “se não pudesse trocar o superintendente da PF no Rio de Janeiro”, trocaria o diretor-geral e o próprio ministro da Justiça.