Nota da Federasul

 A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (FEDERASUL), que representa mais de 90 mil empresas gaúchas sediadas nos 497 municípios do Estado, vê como POSITIVA a ação de desistir e retirar o Projeto de Reforma Tributária da pauta da Assembleia Legislativa.

Ao dar esse importante passo, o Piratini avança na expectativa do diálogo e da formatação de um projeto de Estado, alicerçado em modernização, desburocratização e ampliação da parceria com o setor privado.

Essa não é uma conquista isolada da FEDERASUL, que se manteve unida e firme na posição contrária ao Projeto, mobilizando seus filiados e lideranças políticas e empresariais, mas de 11 milhões de gaúchos que, há quase cinco anos, pagam o maior ICMS do País em energia, combustíveis e telecomunicações. O Projeto visava o aumento de impostos.

A FEDERASUL reafirma seu papel de contrariedade a qualquer alternativa que vise o aumento de impostos. O Estado teve tempo suficiente para organizar seu fluxo de caixa e adequar suas despesas ao que arrecada com impostos.

É momento de diminuir a máquina pública por meio de extinção de empresas, tal como a CESA (Companhia Estadual de Silos e Armazéns) e METROPLAN, que tiveram suas liquidações aprovadas pelo Parlamento, assim como a EGR. Privatizar estatais ou concedê-las à iniciativa privada e reduzir  o número de CCs e despesa com pessoal. Tempo propício também para extinguir Secretarias, Fundações, Autarquias, aplicar matrizes modernas e ampliar a base da arrecadação. 

O Rio Grande do Sul precisa se modernizar e voltar a atrair investimentos, reter talentos, inovar em modelos de negócio que só se estabelecerão no Estado se o ambiente for amigável e competitivo para então, gerar emprego e renda pagando impostos. Isso envolve empresas de todos os setores – indústria, comércio, serviços, agronegócios e, com um peso especial, em novas tecnologias.

Pensando num Estado mais eficiente, a FEDERASUL encaminhou nesta terça (22) Carta ao Parlamento sustentando a necessidade de avanço e aprovação de quatro projetos: extinção do duodécimo; reforma dos militares; retirada da exigência de plebiscito para a privatização de empresas públicas e teto de gastos.


É preciso deixar a classe produtiva trabalhar.

Só assim o RS voltará a crescer e, de fato, SERVIR DE MODELO A TODA TERRA.


Quem é o novo presidente do BB

  Três semanas após a saída repentina (para o mercado) de Rubem Novaes da presidência do Banco do Brasil (BBAS3), a instituição financeira oficializou o nome de André Guilherme Brandão como novo CEO da estatal. O seu nome já era dado como certo havia cerca de duas semanas e sua nomeação foi considerada uma vitória para a ala “pragmática” do governo pelo seu perfil considerado bastante técnico.


Cabe destacar que Novaes pediu demissão em meio a um desgaste e também por causa da pressão durante o seu período dirigindo o banco. Apesar de ser um nome com o aval de Guedes, o executivo era também ligado ao “guru” Olavo de Carvalho, que tem criado polêmicas e atrapalhado a pauta do governo no Congresso. Além disso, o desempenho do BB na área de crédito também foi considerada insatisfatória e, com isso, no último dia 24 de julho, Novaes anunciou a sua saída do banco.


Já André Brandão veio do HSBC, onde estava desde 2003; o novo CEO atuava como chefe global da instituição para as Américas. Desde que vendeu o banco de varejo para o Bradesco, em 2016, o HSBC atua no Brasil apenas como banco de investimento. Antes de chegar ao HSBC, ele permaneceu mais de dez anos no Citibank (outra instituição que, recentemente, saiu do segmento de varejo no País, ao ser adquirida pelo Itaú Unibanco).


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Vale destacar que, em 2015, o executivo depôs na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigava supostos crimes de evasão de divisas de brasileiros que tinham contas na agência de Genebra, na Suíça, do banco. Na época, ele negou que a instituição brasileira tivesse acesso a dados dos correntistas fora do País.


Brandão enfrentava, no HSBC, um movimento de redução de cargos executivos. De acordo com reportagem da Reuters publicada no mês de abril, ele permaneceria no cargo de dirigente para as Américas até o fim do ano, quando “novos anúncios seriam feitos”. Outros diretores regionais do banco foram demitidos desde o início de 2020.


Os desafios do novo CEO

Antes mesmo do seu nome ser oficializado como de novo presidente do BB, a notícia de sua indicação já havia repercutido bastante no mercado no início do mês, com os analistas que cobrem a ação do banco destacando os “velhos desafios” que o novo CEO deverá enfrentar, como o aumento da concorrência, a inovação e a regulamentação do setor, mas vendo com bons olhos o novo nome.


O Itaú BBA apontou ver como positiva a ida de Brandão ao comando do BB, reforçando que ele possui experiência na área de atacado. Atualmente, o executivo é o chefe de mercados globais das Américas no HSBC.


Conforme destacam os analistas do banco i) a decisão é técnica, não como resultado de qualquer intervenção política; e ii) o perfil e a experiência do novo CEO podem ajudar o BB a superar seus desafios.


“Em nossa opinião, Brandão pode ajudar a: i) acelerar as vendas dos ativos não-essenciais do banco; ii) reforçar a transformação no banco, dada sua experiência recente no HSBC e iii) trazer boas práticas em ESG [questões relacionadas a investimentos ambientais, sociais e de governança], uma vez que Brandão chefiou o Conselho de Negócios Climáticos do HSBC”, aponta o BBA.


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Para eles, Brandão deve buscar uma agenda positiva através da redução de ativos não-essenciais, destacando o potencial de venda de participações no BV (joint venture de 50% com a família Ermírio de Moraes), BB Americas, Banco Patagonia (na Argentina) e Cateno (de propriedade do BB e da Cielo). “Também seria possível encontrar uma solução para a Cielo”, avaliam; não é de hoje, por sinal, que especula-se a venda da participação do BB na companhia de maquininhas. O tema foi abordado, inclusive, na última teleconferência de resultados de Novaes como presidente do BB, no último dia 6 de agosto (veja mais clicando aqui).


“Além de reorientar o BB para o negócio principal, Brandão provavelmente buscará uma agenda de eficiência, colocando o banco estatal em sintonia com seus pares: o Bradesco, por exemplo, acaba de anunciar suas metas de redução dos custos nominais nos exercícios de 2020 e 2021. Destacamos que esses esforços de corte de custos serão essenciais para sustentar a lucratividade também do BB, dados os desafios que o setor bancário está enfrentando atualmente”, avaliam.


O BBA ainda aponta que, conforme destacado por Novaes, ex-CEO, o banco precisa de uma reforma para enfrentar os crescentes desafios no setor bancário. São eles: i) intensificação da concorrência de fintechs e players de outras indústrias, como varejistas; ii) a necessidade de melhorar constantemente

a qualidade dos produtos e serviços oferecidos, principalmente por meio de inovação e parcerias; e iii) a pressão regulatória para abrir o sistema bancário, o que facilita o surgimento de novos fornecedores de serviços.


“O Banco do Brasil possui vantagens competitivas decorrentes de sua exposição histórica no setor de agronegócio e de sua base de clientes relativamente rígida de servidores públicos. O BB precisa garantir um ambiente favorável para eficiência e transformação, a fim de evitar perder essas vantagens – e, portanto, valor – ao longo do tempo. Na nossa visão , a liderança e as fortes habilidades de pessoas de Brandão podem ajudar o banco a enfrentar esses desafios futuros”, apontam os analistas, que possuem recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para os ativos BBAS3.


O Bradesco BBI também destaca que, como profissional do mercado, o nome de André Brandão é bem visto, reduzindo as preocupações com possíveis interferências políticas no Banco do Brasil. “Observamos que seu histórico no banco de atacado deve fornecer suporte para aqueles que esperam que o banco se envolva em determinadas vendas de ativos”, avaliam.


A reportagem é da InfoMoney:

Porém, eles fazem uma ponderação: “qualquer mudança na administração exige tempo e, nesse caso, não deve ser diferente”, afirmam, destacando esperar que alguns ajustes sejam implementados por ele nos próximos três a seis meses. “Enquanto isso, o setor deve continuar passando por desenvolvimentos importantes, como discussões sobre pagamentos instantâneos, bancos abertos e reforma tributária”, complementam.


Entre os pontos a serem monitorados, a XP Investimentos também aponta que, como um executivo de tesouraria/atacado, Brandão possui experiência limitada no varejo, cujo entendimento é vital para o futuro do Banco do Brasil. Além disso, ele possui, aparentemente, pouca ligação com operações de tecnologia/fintechs, cuja maior agressividade pode se tornar o obstáculo para bancos incumbentes no longo prazo. Por fim, ele nunca gerenciou tantas pessoas, uma vez que trabalhou em posições específicas dentro de bancos estrangeiros com menor número de funcionários, contra os quase 100 mil funcionários do Banco do Brasil.


Por outro lado, a grande experiência no mercado financeiro, não ter posições ou vínculos políticos aparentes, as indicações de não parecer ser uma pessoa que cede fácil a pressão e possuir elevado nível ético (considerações importantes para quem vai assumir o maior banco controlado pelo governo) são fatos positivos, avalia Marcel Campos, analista da XP. Além disso, ele possui perfil de mercado, que pode otimizar corte de custos e utilizar força externa e sua experiência em bancos de investimentos pode agregar ao atacado do banco.


Desta forma, o nome de Brandão foi bastante bem recebido pelo mercado – contudo, os investidores seguem atentos aos grandes desafios que o novo executivo terá que enfrentar.

ERS-118

 Durante 20 anos, vários governadores tentaram e não conseguiram concluir a obra. Eduardo Leite entregará tudo no final deste ano.

O governador Eduardo Leite inaugurou, o viaduto sobre a avenida coronel Theodomiro Porto da Fonseca e a liberação de mais 3,5 quilômetros de pistas novas, tudo na ERS-118, em Sapucaia do Sul. É rota de saída em direção às BRs 116 e 290. Por isso, mesmo com a pandemia, o governo do Estado manteve os trabalhos como estratégia para a mobilidade e o desenvolvimento econômico. O viaduto exigiu investimento de R$ 10,5 milhões.

A ERS-118 é uma das mais importantes rodovias estaduais e a duplicação, uma obra sonhada há duas décadas, principalmente pelos moradores da região e está com 94% da execução concluída.

São 21,5 quilômetros entre Sapucaia do Sul e Gravataí.

A previsão de entrega total foi reafirmada pelo governador para o fim deste ano.

Atualmente, a obra está com 94% de execução concluída. Dividida em três lotes, esta última fase conta com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de R$ 131 milhões, dos quais já foram investidos R$ 105 milhões.

A vantagem é que esta etapa está sendo executada com um material inédito nas obras gaúchas: uma mistura descontínua formada por asfalto-borracha e pedra britada. Conhecido internacionalmente por gap grade, esse produto especial é capaz de proporcionar maior vida útil à rodovia e dar mais aderência ao pavimento, o que facilita a frenagem de veículos, principalmente em dias de chuva, e reduz o risco de acidentes.

Reprodução assistida

 


Reprodução assistida

 A procura por serviços de reprodução assistida vem aumentando no Brasil nos últimos anos. O último relatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, divulgado em 2019, apontou uma alta de mais de 18% na realização de ciclos de fertilização em 2018 em relação ao ano anterior. No caso da importação de gametas (óvulos e espermatozoides) os números dispararam, chegando a um aumento de 97%.

O chefe do Serviço de Fertilidade e Reprodução Assistida do Hospital Moinhos de Vento, Eduardo Pandolfi Passos, ressalta que uma série de fatores contribuem com esse crescimento. Antes procuradas prioritariamente por casais com dificuldades para engravidar, hoje, as clínicas atendem desde pessoas que optaram por adiar os planos de ter filhos e casais homoafetivos até pacientes oncológicos ou com outras condições nas quais um tratamento de saúde possa prejudicar a fertilidade no futuro.

“A postergação da maternidade é uma realidade cada vez mais frequente, e a qualidade dos óvulos diminui com a idade, acarretando numa dificuldade muito grande para as mulheres terem uma gestação com mais idade reprodutiva. Aquelas que não tiveram óvulos congelados quando mais jovens, provavelmente, vão recorrer aos bancos. Isso também acontece após tratamentos quimioterápicos sem a preservação prévia”, explica o médico. 

Porém, para os futuros pais, alguns dilemas pesam na tomada da decisão. Para esclarecer questões como indicações, implicações emocionais e aspectos legais — preocupações frequentes na escolha pela reprodução assistida com banco de gametas — o Hospital Moinhos de Vento promove um evento científico online sobre o tema, na próxima quinta-feira (24). Passos vai conduzir o debate que terá a presença da coordenadora do Centro de Fertilidade da instituição, Isabel de Almeida, da psicóloga do serviço, Marcela Aldigueri Goulart, e da advogada convida, Marianna Gazal Passos. Para participar é preciso fazer a inscrição, gratuita, no site da instituição. 

Obesidade infantil

 O Hospital da Criança Santo Antônio, unidade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre especializada em serviços médicos pediátricos de alta complexidade, é o primeiro hospital do RS a oferecer tratamentos cirúrgicos da obesidade para crianças a partir de 15 anos de idade. Vinculado ao Centro de Tratamento da Obesidade da Santa Casa, que existe desde 2004 e já realizou mais de 4000 cirurgias em adultos obesos, o novo serviço tem como principal objetivo ampliar a gama de tratamentos da obesidade para pacientes pediátricos, já que estes procedimentos passaram a ser legalmente admitidos apenas em 2018. 

Um dos aspectos fundamentais do tratamento cirúrgico do paciente pediátrico obeso no Hospital da Criança Santo Antônio, instituição que tem como diretor médico o cardiologista Fernando Lucchese, é o acompanhamento integral por uma equipe multidisciplinar, composta por cirurgiões pediátricos e médicos de várias especialidades, nutricionistas, psiquiatras e psicólogos, que garantem todo o suporte aos pacientes no pré e no pós-operatório, permitindo um processo gradual de readaptação à vida cotidiana. 

“Há importantes estudos que comprovam em torno de 85% de eficácia nos tratamentos cirúrgicos da obesidade em crianças, o que significa que a grande maioria não voltará a ter problemas de sobrepeso ao longo da vida”, afirma Rafael Deyl, um dos médicos responsáveis pelo novo procedimento. “Entretanto, vale salientar que os pacientes pediátricos passam por uma rígida avaliação para definir a elegibilidade dos procedimentos, o que é fundamental para um pós-operatório de sucesso”, finaliza. 

A equipe médica responsável é composta pelos cirurgiões pediátricos Rafael Deyl, Fabrício Barcelos e Iuri Kist, pela endocrinologista Carolina Petry e pela gastroenterologista Vanessa Scheffer. O novo serviço está disponível inicialmente apenas para pacientes particulares e de convênios.