Pesquisa XP

 Pesquisa realizada pela XP Investimentos com deputados federais mostra que 42% dos integrantes de bancadas que não fazem oposição ao presidente Jair Bolsonaro defendem que o auxílio emergencial seja mantido em 2021 caso o governo não consiga aprovar um novo programa de transferência de renda até lá . Na oposição, esse índice sobre a 53%, o que leva a média ponderada a 45%.


A pesquisa ouviu 174 dos 513 deputados, entre 14 e 30 de setembro. Deputados que participaram não receberam qualquer incentivo e terão suas identidades preservadas. Todos os resultados são apresentados de maneira agregada.


Ainda sobre o programa de transferência de renda, apenas 15% dos deputados consultados que não fazem oposição ao presidente avaliam que a melhor alternativa é excluir essas despesas do teto de gastos essa, no entanto, é a solução preferida pela oposição (mencionada por 50%), o que eleva a média ponderada a 24%.


Entre as propostas que tramitam na Câmara, a reforma tributária é a que os deputados que não são oposição veem mais chance de aprovação 37% deles atribuem probabilidade alta de que a matéria esteja aprovada nas duas casas até o fim do ano. Com a média ponderada incluindo também a oposição, o novo programa de transferência de renda é o que se atribui chance mais alta de aprovação, com 32%.


Para 47%, o ritmo de votações da Câmara já foi afetado por conta das eleições municipais. No bloco de perguntas fixas, a pesquisa mostra que melhorou a percepção entre os deputados que não são de oposição da relação com o governo . Agora são 65% os que dizem ter uma relação boa ou ótima com o governo, contra 61% no levantamento de julho.


Melhorou também a percepção de que as demandas dos deputados , excluídos os de oposição, têm sido bem ou muito bem atendidas pelo governo. Os parlamentares satisfeitos passaram de 52% para 58%.

Artigo, Gilberto Jasper - Nesta eleição, observe as redes sociais

Jornalista / gilbertojasper@gmail.com

      Começa nesta sexta-feira (9/10) - e vai até 12 de novembro - a propaganda eleitoral de rádio e televisão. O nível tem sido muito baixo nos últimos pleitos, o mesmo ocorrendo fora da campanha eleitoral, principalmente nas redes sociais.


         A inédita pandemia poderia (e deveria) ser motivo para sensibilizar os envolvidos na disputa de 15 de novembro. No pico da crise sanitária proliferaram mensagens de paz, harmonia e de empatia. Mas os indícios eleitorais indicam a direção oposta da gentileza, da boa educação.


         Enquanto os candidatos estão em estúdios para gravar participações nos meios de comunicação eletrônicos muitos colabores disparam ofensas e baixarias via redes sociais. Elas não aumentaram o número de idiotas, mas deram a eles vez, voz e espaço para ecoar calúnias e difamações em doses cavalares.


         O eleitor deve ficar atento à desculpa de que o candidato não pode controlar todos os simpatizantes que atacam os adversários. E muitas vezes até parceiros, através do consagrado "fogo amigo". É preciso impor controles para evitar a massificação de ataques de cunho pessoal que envergonham o processo eleitoral.


         O pretendente a cargo eletivo incapaz de controlar sua tropa de choque não merece o voto, procuração do eleitor concedida na urna eletrônica. Há muitos anos digo que o cidadão, além de votar, deve acompanhar a trajetória do candidato eleito. A tecnologia permite esta fiscalização que deve ser exercida. Muita gente sequer recorda o voto dado no último pleito, o que é lamentável. Mas é compreensível em um país onde o voto é obrigatório e em que os políticos muitas vezes dão razão à parte da mídia que só critica a atividade pública.


         Observar os conteúdos que circulam nas redes sociais é apenas uma das armas que possuímos para conhecer os candidatos. Há outras que devem ser empregadas para não sermos enganados. Mas isso exige que tenhamos interesse em aperfeiçoar o processo democrático.