Notícia do Jornal da Band de hoje, 25 de setembro. Furto de duas garrafas de vinho francês, dos mais caros, da “adega do Itamaraty” – Ministério das Relações Exteriores, prisão do autor.
Alguém sabia da existência deste despropósito? Refiro-me a adega. Será que o STF, também possui adega? O que sabemos é que tem aberto licitações para compras de vinhos estrangeiros, com especificações de suas safras de uvas, além de iguarias, lagostas, camarões, caviar e outros quitutes. Isto, sem falar dos chás e cafés, com bolos, tortas e outros bombocados, nos divertidos intervalos das sessões da Suprema Côrte, servidos por garçons de luvas.
Temos que lembrara esta gente, cheia de empáfia, que a fome de muitos irmãos brasileiros, deve ser lembrada por eles diante da fartura do que dispõem, pagas pelo povo.
Lembrei-me do tempo em que levávamos a tiracolo para a escola uma lancheira, pequena maleta para transportar sanduiches caseiros, frutas e bebidas. Os operários, suas marmitas até hoje.
Em período de crise e necessidade de economia pública é isso que devemos recomendar aos que vestem togas, camisas de seda e calças apertadas em seus palácios de governo. Levem suas merendeiras.
Respeito aos famintos. Ministérios não são locais para entreposto ou armazém de abastecimento alimentar a quem quer que seja.
Quem irá dar um basta a isto? Talvez, o fantasma do Guilherme Boulos, mais uma vez a frente dos “Movimentos Sociais Contra a Fome”, tal como a invasão à Bolsa de Valores de São Paulo, quando souber do armazenamento de alimentos e bebidas,para paladares refinados de uns poucos brasileiros na Praça do Três Poderes da República, em Brasília.