Berto Prado - Vem aí a 4a. Via ?

 Depois de acusados de quarta via, conservadores levantam "campanha" para médico carioca


Dias depois de embates ocorridos com Sérgio Camargo, diretor da Fundação Palmares, e com Carlos Bolsonaro, que chegou a chamar as críticas de Olavo de Carvalho de uma "tentativa de uma quarta via", contas que criticam a inércia do PR após o 7 de setembro levantaram as hashtags #ItaloPresidente e #MarsiliPresidente, numa brincadeira em que o médico influencer seria então o candidato ideal para uma provável quarta via.


Italo Marsili é um médico psiquiatra bem sucedido, pai de sete filhos, com fé católica fervorosa e a mais inegável erudição intelectual. Criou o maior programa de desenvolvimento humano da América Latina (Guerrilha Way) e chegou a passar um período como hóspede de Olavo de Carvalho na Virgínia.


A brincadeira foi levada com descontração pelo médico, que levou tudo com ótimo bom humor. Porém, uma parcela considerável de apoiadores do PR e geradores de tráfego orgânico indignados com as acusações de Carlos Bolsonaro deram um recado forte ao PR ao colocar a brincadeira nos trending topics do Twitter.


Será a hora de rever o discurso de amenidades após o 7 de setembro e garantir o retorno de Allan dos Santos e Abraham Weintraub ao Brasil, e o de Ricardo Salles e Ernesto Araujo ao seus ministérios?

RBS e vacinação infantil

 A longa manus da RBS, no caso a jornalista Rosane Oliveira, editora de Política, da mesma forma que seus patrões, continua defendendo todas as formas de repressão às atividades humanas e econômicas que são propostas pelos executores da gestão do combate à pandemia, no caso o STF e seus delegados, no caso governadores e prefeitos.

Isto vale também para a defesa incondicional da obrigatoriedade da vacinação, inclusive o uso de vacinas experimentais da Pfizer em crianças por cujos efeitos adversos nem a Pfizer e nem governador ou prefeito algum se responsabilizam, sequer a RBS. São crianças que nos dois últimos anos nunca foram motivos deste tipo de preocupação e que não registram dados alarmantes (Porto Alegre, há meses, nãpo tem uma só criança infectada nas suas 7 UTIs Pediátricas). As big pharma usam o poder máximo dos seus lobistas para desovar estoques, já que a vacinação de adultos praticamente terminou.

Na sua coluna de hoje, Rosane Oliveira diz que o ministério da Saúde ouviu a voz do bom senso e da ciência, expressos na aparelhada audiência pública de terça-feira (CLIQUE AQUI para saber quem falou e perceber que 15 dos 18 oradores já tinham posições públicas a favor da vacinação). Aliás, a jornalista sequer refere-se ao que pensa o povo brasileiro, que na consulta pública encerrada na segunda-feira, opôs-se vigorosamente à obrigatoriedade da vacinação infantil. 99.309 ´pessoas votaram e a maioria foi contra a obrigatoriedade, só não contrariando a própria vacinação porque o ministério da Saúde esquivou-se de fazer esta pergunta, já que sabia que perderia. Por isto, preferiu fazer uma pergunta sobre fato já decidido: "Você concorda com a vacinação em crianças de 5 a 11 anos de forma não compulsória conforme propõe o Ministério da Saúde"? Até agora, o ministério sequer divulgou os resultados completos.

Audiência pública aparelhada

 Presencialmente, participaram: os representantes da Pfizer, Marjori Dulcine e Rodrigo Sini, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, o representante da Sociedade Brasileira de Pediatria, Marco Aurélio Sáfadi, a representante da Sociedade Brasileira de Imunizações, Izabella Ballalai, o representante da Sociedade Brasileira de Infectologia, José Davi Urbaez Brito, o representante da CCJC da Câmara dos Deputados, Augusto Nasser, o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Donizette Dimer Filho, o representante do Conselho Nacional do Ministério Público, Daniel Carnio, o representante do Gabinete Integrado de Acompanhamento da Covid-19 do Ministério Público Federal, Rafael Meira Luz, o representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Nésio Fernandes de Medeiros, a representante do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Kandice Falcão e o representante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Richard Pae Kim.