Delação premiada de Delcídio Amaral

 Lula tentou proteger Cerveró, disse Delcídio. 

O próprio Cerveró denunciou Lula como chefe da organização criminosa da corrupção.

O chefe da Força-Tarefa da Lava Jato, procurador federal Deltan Dallagnol, disse hoje que o STF e outras instâncias do Judiciário esquartejam e matam ação por ação tudo o que já foi julgado ou nem foi julgado na Operação Lava Jato, visando beneficiar os bandidos políticos e criminalizar os policiais federais, procuradores e magistrados que trabalharam para livrar o Brasil dos corruptos do Mensalão e do Petrolão.

O caso mais recentes é da 2ª Vara Cível de São Bernardo do Campo (SP), que condenou na quarta-feira (27/4) o ex-senador Delcídio do Amaral a pagar reparação por danos morais de R$ 10 mil ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por acusá-lo do crime de obstrução à Justiça.

A delação obtida pela PGR foi homologada em todas as instâncias, inclusive no STF. CLIQUE AQUI para ler a íntegra da delação.

O ex-senador pelo PT de Mato Grosso do Sul, acusou Lula de "segurar" a delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

CLIQUE AQUI para ler a estapafúrdia decisão do magistrado paulista.


Artigo, Renato Sant'Ana - As escolhas erradas de Geraldo Alckmin e suas más companhias

Se o título desta coluna fosse "Alckmin associa-se ao crime", como ficaria?  Já se verá que, juridicamente, não teria sustentação, ao menos por ora. Mas, nem por isso estaria desprovido de sentido. Por quê? Por uma esdrúxula e, até há pouco, inimaginável combinação de fatos.

Em 2017, quando ainda era tucano, Alckmin assim falou a respeito do PT e de Lula: "Mas vejam a audácia dessa turma! Depois de ter quebrado o Brasil, Lula diz que quer voltar ao poder. Ou seja, meus amigos, ele quer voltar à cena do crime."

E agora Alckmin faz uma aliança eleitoreira com Lula, que ele classifica como criminoso em razão de ilícitos. O que ele quer que pensemos?

Será que Alckmin esqueceu que Lula segue sendo réu em vários processos? Será que ele espera que o eleitor acredite na mentira propagada em redes sociais, isto é, a falsa inocência de Lula?

Saliente-se, Lula não foi inocentado no STF, que apenas mandou os processos em que ele já estava condenado em três instâncias voltarem à estaca zero para ele poder candidatar-se.

Já se falou aqui sobre os 50 anos de carreira política de Alckmin. Não há por que repeti-lo. Basta dizer que é uma carreira brilhante.

É isto que deixa muitas pulgas atrás da orelha: o que terá convencido Alckmin a jogar no lixo a reputação e o currículo, e a desconsiderar a estima de eleitores históricos? O que é que o fez trair a própria consciência e esquecer o que, em 2017, ele próprio havia denunciado?

Na ocasião, com dados objetivos, ele lembrou a roubalheira do PT na PETROBRAS, destacando a herança maldita de Dilma Rousseff: a maior recessão da história do país e mais de 15 milhões de desempregados (nem a pandemia desempregou tanta gente!).

Haja sido coragem ou mero senso de oportunidade, fato é que ele muitas vezes acusou o lulopetismo de praticar a corrupção para enriquecimento patrimonial e, o que é pior, a corrupção dos valores morais e espirituais que sustentam a nossa sociedade.

Que cálculos terá ele feito agora para julgar que vale a pena incinerar a própria biografia e se aliar a alguém que, "Depois de ter quebrado o Brasil, quer voltar ao poder (...), voltar à cena do crime"?

Ele jamais saberá quantos milhões de brasileiros estarão a perguntar: Alckmin perdeu a vergonha? Ou nunca a teve e sempre enganou o eleitor? Por que é que Alckmin não resistiu ao assédio de quem vai notadamente usá-lo para "voltar à cena do crime"?

Fica a metáfora sobre a qual ele, que se declara cristão, deveria meditar: ninguém abraça o diabo sem sair chamuscado...

 

Renato Sant'Ana é Advogado e Psicólogo.

E-mail:  sentinela.rs@outlook.com

SOS IPE Saúde

 Os servidores públicos estaduais e municipais, cerca de um milhão de segurados do IPE Saúde, seguem na procissão dos desesperados, aguardando uma consulta, uma internação, cirurgia, um procedimento, etc. Infelizmente, o tempo de espera aumenta a cada dia e somente os que aceitam e podem “pagar por fora”, são contemplados.


A Fessergs e o Fórum Permanente em Defesa do IPE Saúde cobraram do novo Presidente do Instituto e recentemente do governador Ranolfo, uma solução para essa crise. Uma solução que seja construída com a participação dos usuários, que sustentam o Plano.


Apontamos, dentre várias causas, o prolongado e desumano congelamento de salários que por reflexo, mantém estagnadas as receitas do IPE. Assim como as sucessivas más gestões de indicados pelo governo. E a crônica falta de funcionários e auditores com salários irrisórios. Sem deixar de mencionar a entrega gratuita dos imóveis de sua reserva técnica ao governo do Estado.


Há uma penca de problemas que os segurados e suas entidades de classe conhecem e que levaram o IPE Saúde a essa situação de crônica da privatização anunciada. Quem não gostaria de assumir um Plano com este tamanho, desconto em folha e sem inadimplência?

Já os segurados, servidores públicos que vivem em 2022 com salários de 2015, tremem ao pensar na hipótese de privatização, eis que não teriam como arcar com os custos de uma possível privatização da saúde.


E esta possibilidade atingiria em cheio a saúde como um todo em nosso Estado, com o aumento das filas do SUS, onde consultas de especialidades chegam a demorar uma década, quando não após a morte do paciente.


Apelamos ao governador Ranolfo Vieira Júnior que é servidor público de carreira, para que se sensibilize com esse triste quadro. E comece com a concessão de um reajuste salarial digno que pelo menos reponha a inflação do ano passado, de 10,06%, que geraria por tabela um aumento similar no orçamento do IPE Saúde, para o qual está previsto uma diminuição de mais de 400 milhões.


A saúde é bem essencial à vida. E direito irrenunciável. Os servidores e servidoras estaduais e municipais clamam por uma solução urgente, um SOS que garanta esses direitos fundamentais.


Sérgio Arnoud – Presidente da FESSERGS e CSB RS