HU lança edital para contratar pediatras e outros profissionais

Formulário online para a inscrição pode ser preenchido até amanhã, 22 de junho 


Até às 17 horas desta quarta-feira (22), O Hospital Univesitário de Canoas (HU) realiza o período de inscrição para o processo seletivo simplificado para a contratação de 25 médicos para o setor de pediatria, 1 médico rotineiro (citopatologista) e 1 médico do trabalho. As inscrições podem ser realizadas pelo formulário online disponível no site: (https://hucanoasfunam.com.br).

Para efeito de avaliação e classificação, serão considerados aspectos de qualificação, como títulos, e experiência profissional. O edital, que traz informações e detalhes sobre o processo seletivo, foi publicado na sexta-feira (17), no (https://hucanoasfunam.com.br). Mais informações pelo telefone: 51. 3478.8077.

O diretor técnico do HU, o pediatra Paulo Nader, lembra que essas contratações e a chegada de insumos, que estão ocorrendo desde a semana retrasada, vão possibilitar a reabertura gradual da emergência pediátrica do Hospital Universitário de Canoas.

Confira as vagas e funções disponíveis:

– Médico Rotina (UTI Neo) – 1 vaga

– Médico Plantonista (UTI Neo) – 5 vagas

– Médico Plantonista (UI Ped) – 1 vaga

– Médico Plantonista (Sala de Parto) – 1 vaga

– Médico Rotina (Emerg. Pediátrica) – 5 vagas

– Médico Plantonista (Emerg. Pediátrica) – 12 vagas

– Médico Rotineiro (Citopatologista) – 1 vaga

– Médico do Trabalho – 1 vaga

Cronograma

– Período de inscrições: 20/06/2022 a 22/06/2022

– Entrevista individual: 23/06/2022

Divulgação do Resultado: 24/06/2022

[10:55, 21/06/2022] +55 51 9207-7171: https://www.hucanoasfunam.com.br/noticia_hu-lanca-edital-para-contratar-pediatras-e-outros-profissionais

Mudanças na RBS

 Colegas, 

 

Escrevo para compartilhar com vocês, abaixo, uma notícia que terá impacto muito positivo para a continuidade e a evolução da RBS, anunciada nesta segunda-feira, pelos nossos acionistas: o início de um processo de reorganização societária, que possibilitará o ingresso de novos investidores na RBS.  

 

Além disso, tenho a satisfação de dividir com todos que Nelson Sirotsky assumirá a função não executiva de publisher da RBS, liderando o Conselho Editorial que será criado no segundo semestre. 

 

Esses movimentos demonstram a confiança depositada na RBS e reconhecem o valor para a sociedade do jornalismo, do esporte e do entretenimento que fazemos, além do potencial para desenvolver novos negócios que existe a partir das nossas marcas, líderes de mercado.  


Abraços,  

Toigo 

 


RBS apresenta reorganização societária 


Por meio da holding TKPar, inicia-se um processo de reorganização societária, que possibilitará o ingresso de novos investidores na companhia. 


Com uma visão de crescimento a partir da crença na comunicação, do desenvolvimento de novos negócios, do lançamento de plataformas de conteúdo e do fortalecimento de suas marcas líderes de mercado, a RBS encaminha iniciativa estratégica que possibilitará o ingresso de holding de investidores na companhia, assim como o início de uma reorganização societária, prevista para ser implementada nos próximos anos. A operação está sujeita à aprovação prévia do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e demais órgãos públicos. 


A TKPar holding de participações, veículo criado para investimento na RBS, é liderada pelo empresário Fernando Tornaim, empreendedor que atua nos segmentos imobiliário, comunicação e entretenimento. Fernando, que nos últimos anos desenvolveu uma série de empreendimentos com a RBS, agora, por meio da TKPar, associa-se à empresa. Além da Maromar Investimentos, empresa de participações liderada por Maurício Sirotsky Neto, outros empresários gaúchos dos setores imobiliário, agronegócio e áreas financeira e de inovação participarão da holding TKPar.  


A governança da RBS será aprimorada a partir de um Conselho de Representantes, que substituirá o atual Conselho de Acionistas. O novo Conselho terá como presidente Gilberto Meiches, atual presidente do Conselho de Acionistas da RBS e, como vice-presidente, Fernando Tornaim. Além da permanência dos conselheiros Nelson Sirotsky, Carlos Melzer, Marcelo Damasceno Ferreira (representante da JAMAH) e Luís Lima (representante de Pedro e Sônia Sirotsky), ingressarão também Maurício Sirotsky Neto e Juliano Pereira (representante da TKPar). Geraldo Corrêa participará da governança, a partir de comitês do Conselho de Representantes. Claudio Toigo permanecerá como presidente-executivo da RBS, liderando o atual comitê executivo da empresa, com a missão de continuidade, aperfeiçoamento e perpetuação do negócio de mídia. 


Nelson Sirotsky assumirá, ainda, a posição não executiva de publisher da RBS, com a responsabilidade de ser o guardião da linha editorial da empresa.  Ao longo do segundo semestre, Nelson criará o Conselho Editorial da RBS, que será integrado por profissionais da empresa e convidados externos. 


- Todo este movimento é um sinal claro de crença dos acionistas e também do mercado no negócio de comunicação e do nosso compromisso, na RBS, de assegurar ao Rio Grande do Sul um jornalismo responsável, cada dia mais contemporâneo, independente e plural, que atenda às necessidades e aos desejos dos nossos públicos - destaca Nelson Sirotsky. 


Ao longo de mais de seis décadas, a RBS vem sendo protagonista de grandes marcos da transformação da comunicação no Brasil. Por isso, a continuidade da família Sirotsky, somada ao futuro ingresso da holding de investidores, representará um movimento de evolução, ao mesmo tempo em que preservará a essência, os valores e os compromissos históricos da RBS. 


- Com muito orgulho, vamos participar deste novo ciclo da história da RBS, ampliando o foco em inovação, nas novas tecnologias e em conteúdos interativos, buscando sempre aprofundar a conexão com os diferentes públicos e marcas, por meio das plataformas atuais e dos novos negócios que serão implementados. Tenho convicção de que a RBS seguirá protagonista nesse importante papel da comunicação, apoiando o desenvolvimento do nosso Estado e do nosso país - afirma Fernando Tornaim. 


Anunciada ao mercado no início de 2022, a RBS Ventures passará a ser a plataforma que concentrará o desenvolvimento de novos negócios e investimentos da RBS em diferentes segmentos de atuação. As primeiras iniciativas desta frente serão divulgadas em breve. 


- Este ingresso de investidores na RBS preserva os propósitos claros, definidos ao longo de seus 65 anos de existência, de trabalhar pelo desenvolvimento do Rio Grande do Sul, consolidados na prática de uma comunicação responsável e no exercício da liberdade de imprensa e de expressão que tanto defendemos. Com este passo vamos além, buscando contribuições efetivas para inovar, evoluir e crescer, gerando ainda mais benefícios para toda a comunidade - ressalta Jayme Sirotsky, presidente emérito da RBS

Os ventos do exterior e a recuperação brasileira, por Rodrigo Sodré

O autor é economista e sócio da BRA 


 

A recuperação da economia, no Brasil e no mundo, tem passado por um período de sinais contrastantes. É dos Estados Unidos que vêm os principais indicadores dessa tendência -- e que mais podem nos afetar. Enquanto a economia americana gerou 390 mil postos de trabalho em maio (as previsões eram de 328 mil) e a taxa de desemprego está em um dos níveis mais baixos da história (3,6%), a inflação atingiu 8,6% no mesmo mês (considerando os últimos 12 meses), o patamar mais alto desde dezembro de 1981.


 

Que consequências esse cenário pode gerar? O Federal Reserve (Fed) encontra um ambiente em que pode e deve elevar sua taxa básica de juros. Por um lado, a persistência da alta de preços torna necessário um aperto monetário para contê-lo. Por outro, a economia vai muito bem e, portanto, a elevação dos juros não geraria tantos danos ao crescimento do país. Foi com base nessa interpretação que o mercado se comportou no fim da última semana. Assim que foi divulgado o resultado do CPI, na sexta-feira (10), bolsas de valores de todo o mundo (em especial as do Brasil e da Europa) começaram a operar em queda e fecharam o dia com resultados negativos.


 

Isso ocorre porque nesta quarta-feira (15) o Fed deverá elevar a taxa de juros em 0,50 ponto percentual, já influenciado pelos dados citados anteriormente. Há previsões, inclusive, de que esse ciclo de altas deverá se estender até setembro. Os títulos públicos dos EUA são considerados um investimento seguro pelo porte da economia norte-americana, e, com esses papéis pagando mais, eles se tornam uma espécie de centro de gravidade para o capital global, atraindo investidores de todo o mundo e provocando uma fuga de dinheiro de diversas economias, sobretudo emergentes, como o Brasil.


 

Roteiro semelhante se projeta para a Europa. A inflação na zona do euro alcançou 8,1% nos últimos 12 meses terminados em maio, valor bem acima das projeções, que cravavam 7,7%. Por isso, o Banco Central Europeu também deve elevar suas taxas de juros, que atualmente estão em 0%.


 

Essas notícias não vêm em boa hora para o Brasil. Por aqui, começamos a ensaiar uma ligeira melhora nos indicadores. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) finalmente desacelerou para 0,47% no último mês após uma sequência acima de 1% em fevereiro, março e abril. Isso pode sinalizar que o pico da inflação brasileira ocorreu em abril, porém, a alta dos preços continua disseminada por quase todos os grupos que compõem o indicador: o único a registrar queda foi habitação, graças à energia elétrica. Maio foi o primeiro mês em que a bandeira tarifária verde vigorou durante todo o período.


 

O Produto Interno Bruto, por sua vez, cresceu 1% no primeiro trimestre de 2022, em relação ao período equivalente anterior, e 1,7% na variação anual. Trata-se, portanto, do terceiro resultado positivo seguido e que está 1,6% acima do PIB registrado no quarto trimestre de 2019 (o último antes da pandemia), demonstrando que tem havido uma recuperação consistente, ainda que lenta. O emprego avança em velocidade semelhante e, em abril, caiu para 10,5%, mas a renda dos trabalhadores ainda está 7,5% abaixo dos níveis pré-pandemia, segundo o IBGE.


 

A nossa recuperação após o período mais grave da pandemia, como se vê, ainda é parcial. Agora, com a política econômica americana mais dura, virão novos desafios. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) prevê que a economia brasileira deve crescer 0,6% este ano, um quinto da média mundial, estimada em 3%.


 

Uma possível boa notícia é a retração dos casos de Covid-19 na China, que tem permitido uma flexibilização das medidas de contenção e uma reabertura da economia -- o que já reflete em alguns índices. Esse fator contribuiu bastante para a alta da inflação em diversos lugares e, com o alívio, espera-se menos um vilão pressionando os preços. Mais um dado a se acompanhar nos próximos meses.


 

Sobre o autor:

Economista formado pelo Ibmec com MBA em Investimento e Riscos pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Acumula experiência de mais de 11 anos em gestão de carteiras de renda fixa e variável, tendo atuado como gestor de investimentos responsável por ativos com patrimônio consolidado equivalente a R$ 2 bilhões.

Atualmente é sócio da BRA Investimentos, uma plataforma parceira da XP Investimentos, onde ajuda as pessoas a cuidarem melhor do seu dinheiro, produzindo resultados no curto e no longo prazos.





 


Entenda melhor a adesão ao RRF dos Estados

 Foi homologado nesta segunda-feira (20/6), pela Presidência da República, o Plano de Recuperação Fiscal do Rio Grande do Sul. O despacho, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e publicado no Diário Oficial da União, teve como referência a manifestação favorável do Ministério da Economia e a posição técnica favorável emitida em três pareceres de autoria da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e do Conselho de Supervisão do RRF do Rio Grande do Sul. A Presidência da República estabeleceu que o prazo de vigência do Regime de Recuperação Fiscal gaúcho será de 1º de julho de 2022 a 31 de dezembro de 2030. O PRF agora homologado está integralmente publicado em www.rrf.rs.gov.br.


A partir de agora, inicia-se o acompanhamento do plano propriamente dito, com a implantação de medidas de ajuste e atingimento das metas. O Estado continua obedecendo às vedações, mas, a partir de 1º de julho, elas poderão ser objeto de compensação ou afastadas, utilizando três instrumentos previstos na lei: ressalvas, compensação prévia e valor irrelevante.


Com a homologação do Plano de Recuperação Fiscal, o Estado, que já se beneficiava da suspensão do pagamento da dívida com a União desde fevereiro, reestrutura a antiga dívida com União (9.496, com vencimento em 2048), cujo pagamento, suspenso por decisão liminar entre julho de 2017 e fevereiro de 2022, será retomado gradualmente, com a quitação integral prevista para janeiro de 2031. O Regime também viabilizou a inclusão de dívidas com terceiros (BNDES, Banco Mundial, BB e BID) garantidas pela União no mesmo cronograma gradual de pagamento e, adicionalmente, o Estado poderá contratar a operação de crédito com garantia da União que vem sendo negociada com o BID desde o fim do ano passado, cujos recursos comporão o plano inédito para quitação do estoque de precatórios até 2029.


Além da suspensão do pagamento da dívida com a União desde fevereiro, viabilizado com a adesão ao Regime, o Estado, na mesma ocasião, refinanciou, em 30 anos, com encargos de adimplência e a um custo vantajoso, os R$ 14,2 bilhões correspondentes aos valores suspensos pela liminar do Supremo Tribunal Federal (STF). As parcelas desse contrato começaram a ser pagas em abril e se estenderão até 2052.


“A homologação da adesão do RS ao Regime de Recuperação Fiscal, hoje, é resultado de enorme esforço liderado pelo governo do RS, com contribuição decisiva da Assembleia. Um processo iniciado na gestão passada, acelerado e consolidado em nosso governo com importantes reformas. A adesão ao RRF é uma importante conquista para o RS, pois representa o destino mais viável para continuarmos no caminho da responsabilidade com as contas públicas", celebrou o governador Ranolfo Vieira Júnior no Twitter. "Voltamos a pagar salários e fornecedores em dia e retomamos a capacidade de investir em estradas, hospitais e escolas, por exemplo.Com mais este passo, avançamos no objetivo de solucionar um problema histórico. Este é o nosso propósito: gestão com planejamento, diálogo e transparência, resolvendo problemas do passado, investindo no presente e comprometidos com um futuro ainda melhor", acrescentou.


O secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso, também destacou os benefícios da homologação para o equilíbrio fiscal do Estado. “Trata-se de uma grande vitória para o Estado no processo de recuperação do equilíbrio fiscal após um longo processo de reformas aprovadas pela Assembleia e negociações com a União. A estratégia do Estado de enfrentar o desajuste fiscal crônico por meio de reformas estruturais viabilizou a estruturação de um plano que compatibiliza a retomada gradual do equilíbrio fiscal do Estado com a recuperação da capacidade de investimento público, preservação de gastos discricionários, valorização do servidor público e novas quedas na carga tributária. O equilíbrio é atingido por meio do ajuste estrutural das contas públicas, e não de receitas extraordinárias pontuais que, testadas no passado, falharam em promover o equilíbrio a médio e longo prazo.”, afirmou.


Resultados

A melhora nas contas públicas já trouxe resultados concretos à população gaúcha, como:

• redução do ICMS de 30% para 25% na gasolina, álcool, energia elétrica, comunicação, e de 18% para 17% nos produtos de alíquota geral;

• atendimento às demandas por recursos adicionais na Saúde, incluindo quase R$ 1 bilhão em passivos;

• devolução de parte do ICMS à população de baixa renda (Devolve ICMS beneficiando mais de 400 mil famílias);

• recuperação da capacidade de investimento público por meio do programa Avançar (R$ 6,4 bilhões);

• pagamento em dia dos salários dos servidores desde novembro de 2020 após 57 meses de atraso; 

• a revisão geral do funcionalismo de 6%, a primeira concedida desde 2006.


Com o ingresso definitivo no Regime, o Estado terá os instrumentos para consolidar o seu processo de reequilíbrio fiscal, e, com isso, atender às demandas da sociedade gaúcha de forma sustentável.


Plano inédito para quitação dos precatórios


Entre as medidas de ajuste incluídas no plano gaúcho, consta uma estratégia para quitação do estoque de R$ 15,2 bilhões de precatórios até 2029, prazo máximo concedido pela Constituição Federal. Essa estratégia será viabilizada com a captação de recursos por meio da contratação de uma operação de crédito com o BID, o que é autorizado no âmbito do Regime de Recuperação Fiscal.


Esses recursos serão canalizados para a realização de acordos diretos para quitação antecipada de precatórios pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e pelo Poder Judiciário, cujo deságio de até 40%, autorizado pela Constituição Federal, tem o potencial de alavancar as baixas do estoque. A essas baixas mediante acordos diretos seria somado um gradual aumento da contrapartida pecuniária pelo Tesouro Estadual, que atualmente corresponde a 1,5% da RCL ou cerca de R$ 700 milhões anuais.


O plano de quitação elaborado indica que, pela primeira vez, o Estado do Rio Grande do Sul dispõe de uma estratégia sustentável para honrar esses passivos até 2029, sem que seja necessário elevar desproporcionalmente o aporte do Tesouro Estadual, o que prejudicaria a prestação de serviços públicos à sociedade gaúcha.

Há candidato enganador e gente que se deixa enganar...por Renato Sant'Ana

"A primeira vez que me enganares, a culpa será tua; já da segunda vez, a culpa será minha", diz um provérbio árabe.

Num ato de campanha, em Maceió/AL, Lula contou que, em 1998, intercedeu junto a Renan Calheiros, então ministro da justiça, para libertar os dez guerrilheiros que sequestraram o empresário Abílio Diniz, os quais Lula chama de "meninos" e de "jovens que cometeram um erro".

O erro dos "meninos" foi manterem Diniz confinado por seis dias num caixote com um buraco em cima e um ventilador para jogar ar para dentro, onde ele não podia ficar de pé; e torturá-lo com música alta todo o tempo e com um dispositivo de luz que iluminava a caixa.

E qual era a idade dos meninos do Lula? Os canadenses David Robert Spencer e Christine Gwen Lamont, 38 e 41 anos, respectivamente; os irmãos argentinos Humberto Paz e Horácio Paz (que planejaram o sequestro), 34 e 39; os chilenos Ulisses Acevedo, 33; Maria Marchi Badilla, 43; Pedro Lembach, 35; Héctor Collante, 35; e Sergio Urtubia, 34. Raimundo Roselio Freire, o único brasileiro do grupo, tinha 24 anos.

Pois esses "jovens", todos guerrilheiros ligados ao MIR (Movimiento de Izquierda Revolucionaria), que, em dezembro de 1989, sequestraram e torturaram o empresário Abílio Diniz, "lutavam" pela implantação de ditaduras socialistas na América Latina.

Mas, em 09/03/2010, entrevistado pela Associated Press, Lula afirmou que greve de fome não é pretexto para libertar presos: só que aí eram presos políticos de uma ditadura socialista, a Cuba de Fidel Castro.

"(...) a greve de fome não pode ser usada como um pretexto de direitos humanos para libertar as pessoas. Imagine se todos os bandidos presos em São Paulo entrassem em greve de fome e pedissem a liberdade", disse ele.

Mais do que se contradizer, Lula deu uma de malandro e usou sua lábia para enganar, comparando presos políticos (cubanos) com presos comuns de S. Paulo que cometeram crimes apurados pela polícia e, mesmo que haja imperfeições processuais, tiveram um julgamento com direito a defesa.

Detalhe. A esquerda é formada por cabeções, que buscam o poder para implantar um Estado socialista (são os que articulam o argumento de viés populista); e pela massa que, sem compreender tais maquinações, acredita de boa-fé nas promessas falaciosas desses líderes.

Aí vem Lula e mostra que, para a esquerda, crimes úteis a seus fins são justificáveis, visão autoritária e amoral que foi defendida pelo "filósofo" György Lukács, para quem a classe revolucionária não deve obedecer à lei, mas apenas seguir as circunstâncias da luta de classe.

Fica claro que a esquerda revolucionária, hábil em adular o povo e falar o que se quer ouvir, não respeita as liberdades individuais, mas acaba com a segurança jurídica e desrespeita os direitos fundamentais.

Resta perguntar: quantos ainda se deixarão enganar com as promessas populistas de um líder que já provou desprezar a verdade, debochar da lei, rejeitar a conduta digna e tolerar o crime?

 

Renato Sant'Ana é Advogado e Psicólogo.

E-mail:  sentinela.rs@outlook.com