Artigo, Cláudia Woellner Pereira - Tempos para valentes

- Cláudia Woellner Pereira, tradutora e redatora

Cláudio Duarte, pastor carioca, é conferencista respeitado na área de casamento e família.   A sua marca  é o humor, a leveza com que aborda assuntos complexos. Se não fosse a vocação sacerdotal, talvez desfilasse entre os talentos da comédia stand-up.

Daí a grande surpresa. Em vídeo, que viralizou na Internet e em virtude do qual recebeu ameaças, o tom do sempre divertido Cláudio Duarte é outro. Extremamente grave. Qual o tema? Nossa Pátria Amada, Brasil!

Por que um homem, cujo compromisso exclusivo é anunciar valores eternos, resolve adentrar outra seara e  expor a própria vida? O que ele denuncia? Por que sofreu  ameaças?

 No vídeo, Cláudio Duarte declara que não pode mais ficar calado. “Não dá mais! Eu prefiro que meu filho, meu neto, olhe pra mim ou pro meu nome daqui a alguns anos e diga: vovô levantou uma bandeira, lutou por ela, morreu por ela, não foi covarde”.

Quem o conhece sabe que não se trata de bravata, apelo emocional ou estímulo a qualquer tipo de conduta violenta. Medindo as palavras, pois sabe o risco que corre, Cláudio Duarte chacoalha os cristãos e a sociedade brasileira na tentativa de remover vendas que têm obscurecido o entendimento até mesmo de pessoas de boa vontade.

A ignorância é uma das vendas mais comprometedoras. Duarte afirma que, durante muitos anos, se pensou que “crente” (vamos entender aqui como todo aquele que professa uma fé) não deveria envolver-se em política. A ausência, ou o pequeno número, de homens e mulheres cristãos  nas esferas de poder  tem permitido a implantação de políticas públicas nefastas.

Como conciliar, por exemplo, as principais bandeiras do cristianismo, que são vida,  paz, amor entre todos, com luta de classes, com exaltação de uns em detrimento de outros, com aborto, com intolerância, com uniformização de ideias e de discurso que passam por cima de  liberdades individuais? 

Aqueles que entendem e praticam a fé deveriam estudar os  princípios ideológicos que sustentam os partidos de base marxista para não serem enredados por sofismas.  Na pesquisa, no conhecimento, é possível detectar a total incompatibilidade entre a concepção de homem e de mundo das duas linhas e seus respectivos desdobramentos para comportamento em sociedade e exercício de governo. 

Cláudio Duarte desafia o público a verificar na Internet o que anda acontecendo nos países vizinhos ao Brasil,  onde o tipo de projeto de governo  defendido pelo PT, por exemplo, já está em andamento. Venezuela? Chile? Argentina? Não são mencionados no vídeo. Mas há dúvidas? Três importantes centros produtores de valores intelectuais, culturais e econômicos  da América do Sul que foram e estão sendo destruídos para dar lugar a regimes totalitários.

Cláudio Duarte escolheu posicionar-se e esclarecer aqueles que estão sob sua liderança. 

Tempos para valentes.


Nota do Exército

Nota do Exército


1. O trabalho da equipe das Forças Armadas, particularmente dos representantes do Exército Brasileiro, é eminentemente técnico e realizado de forma coletiva por seus integrantes, além de ser estritamente institucional, como se supõe que devam ser os trabalhos de todas as demais equipes participantes do processo.

 2. A participação de técnicos do Exército na equipe do MD segue rigorosamente as normas e as prerrogativas legais estabelecidas e legitimadas pela própria Resolução do TSE nº 23.673, de 14 de dezembro de 2021, que dispõe sobre os procedimentos de fiscalização e auditoria do sistema eletrônico de votação. Assim, não há interferências das posições pessoais dos integrantes nas tarefas das equipes, sendo o trabalho realizado de forma profissional e isenta.


3. Especificamente em relação ao oficial, cabe destacar que foi selecionado mercê de sua inequívoca capacitação técnico-científica e de seu desempenho profissional.


4. Todavia, após tomar conhecimento das notícias veiculadas, já no final da semana passada, o Exército, como usualmente faz nesses casos, buscou esclarecer os fatos antes de tomar quaisquer providências, eventualmente precipitadas ou infundadas.


5. Baseado em “apuração da imprensa” e de forma unilateral, sem qualquer pedido de esclarecimento ou consulta ao Ministério da Defesa ou ao Exército Brasileiro, o TSE “descredenciou” o militar. Dessa forma, o Exército não indicará substituto e continuará apoiando tecnicamente o MD nos trabalhos julgados pertinentes.


6. O Exército tem consciência de suas atribuições e da isenta competência técnica, da dedicação e do comprometimento de seus profissionais.


7. Por fim, cabe ressaltar que o Exército Brasileiro, Instituição Nacional e Permanente, sempre participou nas ações de Garantia de Votação e Apuração, seja em aspectos de segurança, seja no apoio logístico, particularmente, nos rincões mais distantes do País.