Com mais de 60 milhões de brasileiros sem pagar dívidas, como quitá-las até o final do ano?

Walter Franco, professor do curso de Ciências Contábeis da Unicid, explica quais são os melhores caminhos para os endividados saírem do vermelho o mais rápido possível

São Paulo, 08 de dezembro de 2022 – Colocar a vida financeira em dia exige comprometimento e mudança de postura em relação à renda mensal. Não será exatamente rápido sair das dívidas, mas com um bom planejamento é possível encerrar de uma vez por todas o ciclo de endividamento. 

A falta de planejamento financeiro é um dos grandes responsáveis pelo alto índice de inadimplência no país: a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) informou que o número de famílias endividadas atingiu, em agosto, 79% do total de lares no país. Já um levantamento da Confederação Nacional de Dirigente Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que quase 40% dos brasileiros adultos, um universo de mais de 62 milhões de pessoas, estão com contas em atraso. 

O professor do curso de Ciências Contábeis da Unicid Walter Franco ressalta que sair das dívidas é tarefa difícil e que exige bastante determinação. 

“Normalmente a pessoa se torna inadimplente por manter o padrão de consumo e gastos acima de suas capacidades financeiras, nada mais que isso. Obviamente, existem exceções como gastos inesperados com doença, família, etc., mas em todos os casos, cuidar das contas e honrar seus compromissos é essencial”, considera. 

É fundamental discutir e renegociar com o banco, por exemplo, um desconto nos débitos e tentar redefinir prazos e valores conforme suas capacidades de pagamento.  

“Deve-se buscar, se possível, o corte de despesas e a reorganização das finanças de toda a família de forma a colaborar com a sobra de caixa para pagamento das parcelas em atraso”, completa. 

O aumento da renda familiar é uma saída da inadimplência. Uma pesquisa feita pela Acordo Certo que mostra que 77% dos entrevistados gostariam de ter uma atividade extra, mas não sabem como fazer. Isso prova que ainda falta conhecimento sobre a alternativa para grande parte da população. 

Assim, Walter afirma: ter uma renda extra é uma ótima alternativa. “Uma renda extra, combinada com mudança de hábitos de consumo e contenção de desejos de consumo em excesso, pode contribuir para a eliminação dos problemas financeiros da maioria da população.” 

O professor diz que conhecer quais são os tipos de dívidas mais comuns permite que a pessoa tome decisões mais assertivas e se planeje da melhor forma possível para realizar o pagamento em dia. “Vale destacar que em cenários de crise econômica e de alta inflação, o endividamento deixou de ser resultado apenas do descontrole financeiro e se tornou algo comum, causado por diversos fatores”.  

Entre os principais tipos de dívidas da atualidade, Franco destaca o cartão de crédito. “Principalmente quando não é paga a fatura do cartão na sua totalidade no fim do mês, pois os juros encontram-se bem altos atualmente. Outros fatores de endividamento são o uso indiscriminado do cheque especial e de crédito pessoal para fins pouco relevantes que, num segundo momento, acaba por onerar o consumidor. Enfim, toda dívida contraída em excesso, e a despeito de seu custo ou taxa de juros, irá se tornar um problema se não for quitada nos prazos combinados originalmente.” 

Por fim, o professor de Ciências Contábeis da Unicid salienta que para evitar novas dívidas, aulas de educação financeira são importantíssimas. “As pessoas precisam entender de juros, câmbio, custo do dinheiro, custos dos mais diferentes instrumentos de crédito e diferenças essenciais. Bem como a importância de nunca gastar mais do que recebe sob a forma de rendimentos. Dívidas novas devem ser evitadas como solução de dívidas antigas.” 

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População em situação de rua supera 281,4 mil pessoas no Brasil

Estimativa divulgada pelo Ipea aponta crescimento

de 38% desse segmento, durante a pandemia de Covid-19

 

A população em situação de rua no Brasil cresceu 38% entre 2019 e 2022, quando atingiu 281.472 pessoas. A estimativa, que revela o impacto da pandemia de Covid-19 nesse segmento populacional, consta na publicação preliminar “Estimativa da População em Situação de Rua no Brasil (2012-2022)”, divulgada nesta quinta-feira (08), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo inédito, que será detalhado posteriormente em nota técnica, atualiza a estimativa de população em situação de rua em nível nacional.

 

Em uma década, de 2012 a 2022, o crescimento desse segmento da população foi de 211%. Trata-se de uma expansão muito superior à da população brasileira na última década, de apenas 11% entre 2011 e 2021, na comparação com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “O crescimento da população em situação de rua se dá em ordem de magnitude superior ao crescimento vegetativo da população. Além disso, esse crescimento se acelerou nos últimos anos”, comentou o pesquisador do Ipea Marco Antônio Carvalho Natalino, autor do estudo que analisou a evolução no quantitativo de pessoas em situação de rua até 2022.

 

A pesquisa avalia que o Brasil ainda precisa evoluir para uma contagem censitária mais precisa e efetiva da população em situação de rua. Natalino lembrou que, em 2010, essa população foi incluída no Cadastro Único e, em 2011, passou a ter direito de acesso aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) mesmo sem comprovante de residência. Em 2012, foi regulamentado o funcionamento dos Consultórios na Rua (CnR). “Esse breve resgate histórico deixa claro o quão próximos ainda estamos de um legado de tratamento do povo da rua como, na melhor das hipóteses, cidadãos de segunda classe”, afirmou o pesquisador no estudo. Para ele, a contagem dessa população pelo poder público é estratégica, pois, do contrário, corre-se o risco de reproduzir a invisibilidade social desse segmento na gestão das políticas públicas. 

 

Na primeira estimativa nacional, feita em 2015, foram utilizados dados oficiais informados por 1.924 prefeituras. Com o início da pandemia, a estimativa foi atualizada até março de 2020, quando 1.940 municípios tinham 124.047 pessoas em situação de rua. Em 2021, 1.998 municípios reuniam 181.885 pessoas nessa situação. Para a estimativa atual, o pesquisador do Ipea na Diretoria de Estudos e Políticas Sociais também recorreu a dados oficiais informados por administrações municipais. Natalino baseou-se ainda nos dados do Censo Suas (2021), processo de monitoramento do Sistema Único de Assistência Social, no último dado disponível do Cadastro Único (CadÚnico), de julho de 2022, além de um conjunto de variáveis socioeconômicas como taxas municipais de pobreza e de urbanização.

 

Assim, para 2020 e 2021, os números estimados da população em situação de rua são, respectivamente, 214.451 e 232.147 pessoas. Entre 2021 e 2022, os dados acompanharam o crescimento acelerado nos registros do Cadastro Único. Já o aumento verificado entre 2019 e 2020 é comparativamente modesto, assinalou Natalino. “É possível que parte da explicação para esse resultado sejam os problemas relacionados aos dados de 2020, resultando em um viés de subestimação, e que o mesmo fenômeno tenha afetado, em algum nível, também os números oficiais para 2021”, ponderou o pesquisador em seu estudo.

 

Embora a contagem oficial desse segmento esteja prevista na Política Nacional para a População em Situação de Rua (PNPR) desde dezembro de 2009, os censos demográficos de 2010 e de 2022 – este ainda em andamento pelo IBGE – seguiram o método tradicional de contagem, que inclui somente dados sobre a população domiciliada. “Isso implica prejuízos para a correta avaliação da demanda por políticas públicas por parte desse segmento”, disse Natalino, ao lembrar da recente dificuldade do Ministério da Saúde em alocar um número adequado de vacinas contra a Covid-19 para essa população. 

 

Acesse a íntegra do estudo:   https://bityli.com/rbTqoBGhO

 


 

   


 



Lula já manda prender adversários. E Moraes cumpre.

 O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão do empresário Milton Baldin, de Sinop, no Mato Grosso, com base em um pedido do coordenador da equipe de segurança do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Andrei Passos Rodrigues. De acordo com o Portal UOL e Folha de S. Paulo, Andrei Rodrigues, que é delegado federal e foi “sombra” de Lula nessa campanha, tem uma ligação antiga com o PT.

Lula já manda prender adversários.

Baldin, que tem negócios em Sinop, Mato Grosso, foi praticamente sequestrado pela Polícia Federal na terça-feira 6 em Brasília, dentro da concentração garantida pelo Exército. Ele participava de manifestação pacífica em frente ao Quartel General do Exército contra o resultado do segundo turno das eleições. No mês passado, Baldin convidou caçadores, atiradores e colecionadores de armas de fogo (CACs) a participarem de atos contra Lula (PT), mas não aconselho ataque a ninguém. O que ele disse: “Gostaria de pedir ao agronegócio, a todos empresários, que deem férias aos caminhoneiros e mandem os caminhoneiros vir para Brasília, que nós estamos precisamos de peso e de força aqui”.

Em uma petição, o chefe da segurança do petista relatou os fatos ao ministro e, ao final, fez o pedido de prisão do empresário. Segundo apuração da Folha, Andrei Rodrigues cita sua condição de coordenador da segurança e aponta para a necessidade de garantir a segurança do presidente eleito.

Hospital Moinhos de Vento sedia principal evento de Blockchain empresarial do mundo

Primeiro hospital do Brasil a receber o W[3]BR, instituição abriga discussões sobre os avanços da saúde digital até esta quinta-feira 

As discussões sobre o futuro da saúde no Brasil através da interconexão de informações no ambiente virtual e a sua efetiva implementação nas corporações permearam o W[3]Br, principal evento de Blockchain empresarial do mundo. Temas como saúde digital, segurança, confidencialidade e poder dos dados, além de comunidades colaborativas e interoperabilidade permearam as palestras do primeiro dia do evento, nesta quarta-feira (7), que prossegue até esta quinta-feira (8), no auditório do Hospital Moinhos de Vento, primeira instituição hospitalar a sediar a programação na área da saúde. 

Superintendente de Estratégia e Mercado do Moinhos, Melina Schuch destacou o avanço do evento ao gerar as primeiras conversas integrando a tecnologia de blockchain com a saúde. “O Blockchain ficou muito associado à tecnologia de fintech (finanças), mas agora estamos mostrando novos horizontes, que a mesma pode ser aplicada a diversos setores, como a saúde. Assim, com as novas iniciativas de LGPD de liberação de dados, conseguimos evoluir e proporcionar novas soluções para os nossos pacientes”, relatou. 

O blockchain na área da saúde permite a concentração e a organização de dados, possibilitando o entendimento da jornada do paciente ao longo de todo o processo: pré-diagnóstico, tratamento, pós-tratamento, seguindo até desfechos desses tratamentos. “Hoje esses dados estão muito fracionados dentro do mercado da saúde. Não existe um fio condutor que una as informações envolvendo paciente, operadoras e hospitais. Com esse fio condutor, será possível diagnosticar precocemente, tratar melhor e remunerar o sistema de forma equilibrada”, esclareceu o coordenador de Inovação do Hospital, Thomas Troian.

A programação é coordenada pelo Instituto de Colaboração em Blockchain (iColab) e acontece simultaneamente em outras capitais (Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo), envolvendo temas como ativos digitais e DAOS, governo e metaverso. A presidente do instituto, Sandra Heck, destacou que o Hospital Moinhos de Vento foi o escolhido para sediar as discussões por se tratar de uma das instituições de referência do país em saúde. “Queremos promover o diálogo para fomentar e sensibilizar esse conhecimento. Como usuário e paciente, a partir da aplicação da nova tecnologia e convergência de outras tecnologias, o paciente vai ter seu prontuário em um aplicativo, independente de onde ele será atendido”, esclareceu. Para ela, o grande desafio para a implementação do blockchain não é a tecnologia, mas a colaboração dos entes envolvidos para a sua implementação.


Microentrevista, deputado Giuseppe Riesgo - Saiba como desatar o nó de 110 mil gaúchos que não conseguem tirar suas CNHs

A Comissão de Finanças, Fiscalização e Controle da Assembleia Legislativa aprovou nesta quinta-feira , por unanimidade, o relatório final da Subcomissão para fiscalizar as filas de prova prática da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Os trabalhos foram conduzidos pelo relator, deputado Giuseppe Riesgo (NOVO). 

Quantos gaúchos estão na fila para conseguir tirar suas CNHs ?
Ao todo, mais de 110 mil pessoas ainda aguardam para realizar o exame no Rio Grande do Sul.

Quais soluções principais a Comissão recomenda para resolver este gargalo ?
Perimeiro, há a necessidade de regionalização do DetranRS, tendo em vista que a maior parte dos servidores do departamento estão alocados em Porto Alegre e precisam se deslocar para aplicarem os exames práticos de direção. 

O que mais ?
Além disto, a gratificação deve ser paga conforme o número de provas aplicadas pelo examinador. 

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Produção de veículos apresentou alguma recuperação em novembro.

Segundo dados divulgados ontem

pela Anfavea, foram produzidas 215,8 mil unidades no período, o equivalente a uma alta de 4,9%

comparativamente ao mesmo período do ano passado. Descontados os efeitos sazonais, a variação foi de

5,3% em relação a outubro, primeira variação positiva após duas quedas consecutivas de 0,1% e 12,9% em

setembro e outubro, respectivamente. O desempenho negativo do setor nos últimos meses refletiu,

sobretudo, gargalos sobre as cadeias produtivas, associados à escassez de componentes eletrônicos e

semicondutores. Segundo o presidente da Anfavea, essas dificuldades devem se manter pelos próximos

meses, mas o setor se encaminha para uma normalização. Em relação à demanda, as vendas também

apresentaram uma recuperação, variando 8,4% na margem em novembro contra -14,7% no mês anterior. Por

outro lado, as exportações perderam fôlego, registrando queda de 5,7%, puxada pelo pior desempenho da

Argentina, principal mercado consumidor das exportações brasileiras de veículos.


Análise - Copom manteve a taxa básica de juros inalterada em 13,75%.

A decisão ficou em linha com o que esperávamos. Novamente, o comitê reforçou que seguirá atento à trajetória corrente e esperada da inflação, que se encontra em patamares ainda elevados, apesar de alívios observados em algumas aberturas. Observou também que o resultado do PIB do terceiro trimestre, bem como outros indicadores recentes de atividade econômica, sinalizam uma já esperada desaceleração no ritmo de crescimento. O Copom reiterou que seguirá vigilante, especialmente quanto à evolução futura da conjuntura fiscal e de seus efeitos sobre a precificação de ativos e expectativas de inflação. Repetiu que seguirá avaliando se a estratégia de manter a taxa de juros elevada por um período prolongado será adequada para assegurar a convergência da inflação em torno da meta, enfatizando que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste de juros caso o cenário de desinflação e ancoragem das expectativas em torno da meta não se confirmem. Na nossa avaliação, o comunicado reitera que o cenário base do comitê ainda não possibilita a reversão do patamar restritivo da política monetária dentro de um futuro próximo. Portanto, mantemos nossa visão de que o BC irá manter a taxa de juros inalterada até meados do ano que vem, quando dará início a um ciclo de cortes que levará a Selic a 11,75% ao final do ano.

Ospa apresenta uma das maiores obras de Villa-Lobos, “Bachiana 7”, no sábado (10/12)

A célebre “Bachiana 7”, de Heitor Villa-Lobos, dá nome ao próximo concerto da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), fundação vinculada à Secretaria da Cultura do Rio Grande do Sul. O premiado maestro Marcos Arakaki, regente associado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais por nove temporadas (2011–19), estreia como convidado da Ospa, e o pianista Ronaldo Rolim é o solista da apresentação, que ocorre no dia 10 de dezembro, às 17h, na Casa da Ospa. Os ingressos já estão à venda por valores entre R$ 10 e R$ 40, no Sympla. Às 17h, tem início também a transmissão ao vivo do concerto pelo YouTube.


Serviço

Concerto da Série Casa da Ospa – Bachiana 7


• Quando: Concerto: sábado (10/12), às 17h. Palestra Notas de Concerto: sábado (10/12), às 16h, com Olinda Allessandrini

• Onde: Casa da Ospa (CAFF – Av. Borges de Medeiros, 1.501, Porto Alegre)

• Ingressos: de R$ 10 a R$ 40 em bit.ly/ospa2022_ingresso ou na Bilheteria da Casa da Ospa (dias 9 e 10/12, das 12h às 17h)


• Transmissão ao vivo: canal da Ospa no YouTube