Segundo pesquisas, a cada 100 famílias no Brasil, 79 estão inadimplentes

Especialista ensina como renegociar dívidas sem dores de cabeça

Estar endividado não é umas das situações mais confortáveis e, por muitas vezes, pode parecer que nunca será possível sair dessa situação. Nessas horas, o ideal é ter um plano para pensar como quitar todas as dívidas.

 

De acordo com levantamento mensal realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a cada 100 famílias no Brasil, 79 estão endividadas. Sendo que a grande maioria dessas dívidas não está atrelada a bancos, e sim a serviços em geral, como contas de luz, de telefone e de internet, carnês de loja e prestações de carro e casa.

 

José Augusto de Rezende Junior, sócio diretor do Instituto GEOC – Gestão de Excelência Operacional em Cobrança, acredita que muito vem sendo divulgado a respeito de condições “excepcionais”, com desconto de 90%, entre outros. “Porém, tais condições não são inéditas, pois são amplamente utilizadas pelo mercado nas renegociações das dívidas, os percentuais de desconto variam conforme o tempo de atraso e o prazo de pagamento do débito”.

 

O Instituto GEOC esclarece que o perfil desses inadimplentes são de pessoas com até 36 anos, sendo 65% delas mulheres e 80% dessas pessoas com valor de dívida inferior a R$ 2.000,00. E, acreditam que ter uma educação financeira auxilia muito para que não se tenha problemas futuros.

 

Por isso, separamos quatro dicas para quem deseja quitar suas dívidas sem ter muitas dores de cabeça:

 

Organize suas contas: É preciso conversar com a família e cortar gastos, para evitar cair em novas dívidas;

Leve em consideração imprevistos e gastos extras antes de assumir qualquer compromisso, especialmente a longo prazo;

Antes de novas compras, procure quitar e renegociar suas dívidas, pois elas podem incidir multas e juros que aumentem com o tempo, comprometendo cada vez mais sua renda;

Acompanhe de perto seus gastos e despesas: É importante conhecer melhor seus hábitos e entender onde seu dinheiro está sendo investido. Hoje existem no mercado diversas ferramentas que auxiliam nesse acompanhamento.

 

Sobre o IGEOC

Com 15 anos de atuação, o Instituto GEOC e suas associadas se diferenciam no mercado pelas soluções inovadoras, atendimento humano qualificado e pelo incessante investimento em tecnologias, na busca ininterrupta pelas melhores práticas, representando e lutando pelo segmento em diversas instâncias. As associadas do IGEOC atuam em diversos segmentos, como cartões de crédito, consórcio, educação, produtos bancários para pessoa física e jurídica, veículos, utilities, grandes redes de varejo, cobrança mercantil, com abrangência em todo território nacional

 


Artigo, Roberto Padovani - Fim do ciclo de ajustes

O Brasil deverá encerrar neste ano o longo ciclo de ajustes e reformas iniciado em 2016.


Depois de anos marcados por avanços em reformas e redução gradual do déficit público, tudo 

sugere que 2023 seja o início de um período de fraca agenda reformista e piora das contas 

públicas.

No que se refere às reformas, os anos de 2016 a 2021 foram atípicos no Congresso. A revisão 

ampla de regras não é o padrão legislativo, caracterizado por avanços marginais. A agenda de 

reformas foi explicada pela crise econômica e política de 2016, que fez a sociedade exigir 

respostas do Estado. Neste momento, no entanto, a superação das últimas recessões reduz a 

pressão por mudanças e faz com que a atividade parlamentar volte ao padrão. Em particular, 

parece pouco provável que versões amplas das reformas tributária e administrativa sejam

aprovadas.

No caso das contas públicas, é curioso que a despeito de todos os ruídos, o retrato de 2022 foi 

positivo e os indicadores do governo central, como despesa, receita, dívida bruta e resultados 

primário e nominal consolidaram a melhoria observada a partir de 2017.

De fato, apesar de todas as manobras para se contornar a regra do teto e ampliar o gasto em 

cerca de R$ 190 bilhões em um ano eleitoral, a tendência de queda da despesa do governo 

central como proporção do PIB foi preservada. De um nível próximo a 20% do PIB em 2016, os 

últimos dois anos mostraram valores ao redor de 18%. Desde 2017 há controle de salários e 

investimentos públicos, com a revisão da estrutura do Estado por meio da reforma da 

previdência, programas de concessão, privatização e devolução de recursos das estatais.

O comportamento das receitas também contribui para o bom desempenho fiscal. Além do 

crescimento econômico acima do esperado, os preços de energia subiram significativamente 

mais que o IPCA em boa parte do ano. Com isso, as receitas líquidas avançaram quase R$ 280 

bilhões e, como proporção do PIB, alcançaram patamares acima da média histórica.

Com despesas relativamente controladas e receitas em alta, o País confirmou a tendência de 

melhoria gradual do resultado primário do governo central e, depois de oito anos, voltou a 

apresentar um superávit de R$ 54 bilhões, equivalente a 0,5% do PIB. Este desempenho 

permitiu que a dívida bruta, após o salto para 87% do PIB em 2020, recuasse para o patamar 

de 74%, número bem melhor que o esperado pelos analistas.

Esta tendência recente das contas públicas, no entanto, deverá ser revertida a partir de agora. 

Com o esgotamento político da estratégia de ajuste fiscal, a demanda da sociedade por 

maiores gastos após a pandemia e a vitória nas eleições de uma visão que valoriza a presença 

do Estado na economia e na sociedade, a tendência dos próximos anos deverá ser de aumento 

de gastos. Para este ano, a expansão já anunciada deverá recolocar a despesa como proporção 

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PÚBLICO

do PIB no patamar de 19,5% do PIB. Este ambiente deverá influenciar o debate sobre regras 

fiscais e impactar o cenário para as contas públicas a partir de agora.

Da mesma forma, a desaceleração global, o aperto nas condições locais de crédito e a queda 

da inflação, principalmente nos preços de energia, devem fazer com que a receita como 

proporção do PIB reverta à média. Como resultado de mais despesas e menos receitas, o País 

deve voltar a apresentar um déficit primário do governo central da ordem de 1,0% do PIB, com 

a dívida bruta voltando para o patamar de 79% do PIB.

Mais importante, as incertezas em relação às regras fiscais e à agenda econômica dificultam a 

construção de cenários de estabilidade fiscal. A única certeza é que o desafio à frente é 

elevado. Enquanto a mediana das projeções coletadas pelo Banco Central indica a volta do 

superávit primário apenas a partir de 2028, a estabilização da dívida bruta ocorreria em 2031 e 

no elevado patamar de 92% do PIB.

O problema é que este quadro é muito sensível ao ambiente econômico. Sem um quadro de 

forte expansão global e com uma agenda econômica que leve a um equilíbrio 

macroeconômico marcado por menor crescimento, inflação mais alta e juros reais mais 

elevados, será difícil gerar superávits primários capazes de estabilizar a dívida pública.

Por último, vale lembrar que este cenário de perda de fôlego das reformas e de piora das 

contas públicas não deverá produzir impactos relevantes no curto prazo. A economia ainda 

está sendo favorecida pelas reformas trabalhista e da previdência, pela autonomia do Banco 

Central e por novos marcos regulatórios.

Isso não significa que não haja problemas. O fim do ciclo de ajustes tende a fazer com que a 

economia gradualmente volte a ficar vulnerável a choques e crie um círculo vicioso entre 

instabilidade e crescimento

Canoas

 O Plano de Modernização Administrativa (PMA) da Prefeitura de Canoas, que será apreciado na Câmara Municipal nesta semana, contempla mudanças estratégicas da atual gestão e que refletem, diretamente, na otimização de diferentes setores e busca ainda qualificar serviços. O fator econômico também está na relação de vantagens da iniciativa.


A estimativa do Governo Municipal é que a economia aos cofres públicos alcance R$ 10.224 milhões, até o final de 2024. O objetivo da gestão é reduzir a despesa atual e criar mecanismos de alteração do incremento de receita. “Além da reforma corrigir problemas estruturais da Prefeitura, com foco em qualificar a entrega dos serviços à população, também valoriza a capacidade técnica dos servidores públicos de carreira e ainda gera economia financeira ao Município. As mudanças serão extremamente importantes justamente para combater a queda dos repasses federais que recebemos e reduzir as despesas”, explica o prefeito em exercício, Dr. Nedy Marques.


O assessor jurídico do Gabinete do Prefeito, Matusalem Felipe Morales, destaca os reflexos nas contas públicas previstos em um primeiro momento. “O impacto imediato, com o Plano de Modernização, é uma redução de R$ 426 mil por mês, ou então, de R$ 5.112 milhões no ano. Em parte, a economia será possível por que, no mínimo, 40% dos cargos previstos na reforma serão ocupados por servidores de carreira. A medida reduz a despesa a 50% em relação à remuneração de um Cargo de Confiança (CC). Somente este fator gera a economia de mais de R$ 160 mil ao mês”, explica.


Extinção do Canoastec

Outra mudança em relação ao plano está relacionada ao fim da Canoastec em substituição a Secretaria Especial de Tecnologia da Informação e Comunicação. Ainda segundo o assessor jurídico, no mínimo, a economia será de R$ 8 milhões por ano. "A criação da nova pasta já está inclusa na economia dos mais de R$ 10 milhões. Somente com a extinção da Canoastec, nós deixaremos de desembolsar R$ 666 mil por mês. E o serviço continuará sendo executado pela Secretaria Especial de Tecnologia da Informação e Comunicação", destaca.


Hoje, a Canoastec está associada à administração municipal indireta, com a missão de gerenciar e prestar assessoria em relação às tecnologias da informação e comunicação. É configurada como uma fundação pública municipal de direito privado, sem fins econômicos. A proximidade maior com as pastas e setores da Prefeitura também favorecem a modernização e o gerenciamento da estrutura informatizada do Poder Público. Servidores de carreira também estarão entre postos que serão abertos com a nova pasta.

Hacker confirma que tentou hackear fones de A. de Moraes

 O hacker Walter Delgatti, que esteve preso no episódio de grampos contra autoridades, confirmou que no ano passado tentou hackear os fontes do ministro Alexandre de Moraes, visando prejudicá-lo.

Ele trabalha atualmente para a deputada Carla Zamabelli, mas diz que ela não teve nada a ver com isto;

- O pessoal da esquerda que me ajudava parou de me ajudar e eu falei: ‘Carla me ajuda aí, me dá um emprego’. E ela falou: ‘beleza, tenho um contrato aqui com o pessoal que cuida do site e das redes sociais que vai encerrar e se você cobrir, o valor eu te contrato’. E foi isso. Eu presto serviço pra ela direitinho, tem tudo detalhado.

Segundo a reportagem do The Brazilian Report, a deputada negou qualquer relação com Delgatti, mas depois de saber que o hacker gravou a informação, só disse que “​não tem qualquer relação com Walter no que tange grampear o Moraes”​.

Custo da cesta básica

  Em janeiro, o custo da cesta básica subiu em 11 das 17 capitais analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo o levantamento, que foi divulgado hoje (7), as maiores altas foram observadas na capitais nordestinas, com destaque para Recife (7,61%), João Pessoa (6,80%), Aracaju (6,57%) e Natal (6,47%).

Por outro lado, as capitais da Região Sul do país apresentaram as maiores quedas, com Florianópolis na liderança (-1,11%), seguida por Porto Alegre (-1,08%) e Curitiba (-0,50%).


Assim como ocorreu em dezembro, São Paulo continua aparecendo na pesquisa como a capital onde o conjunto de alimentos básicos apresenta o maior custo. Na capital paulista, o custo médio da cesta básica em janeiro era de R$ 790,57. Em seguida, apareceram as cestas básicas do Rio de Janeiro (R$ 770,19), Florianópolis (R$ 760,65) e Porto Alegre (R$ 757,33). Já a cesta mais barata era a de Aracaju, onde o custo médio correspondia a R$ 555,28 em janeiro.


Com base na cesta mais cara, que em janeiro foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que o salário mínimo deveria ser de R$ 6.641,58 em janeiro, o que corresponde a cinco vezes mais do que o valor vigente, que é de R$ 1.302.