O discurso e a história política de Lula, dos petistas e do petismo sempre foram claros no sentido de que não se transige com os valores democráticos.
A relativização defendida e declarada evidencia uma mudança de rota em direção ao fisiologismo raso que os equipara à massa política sem qualquer identidade ideológica, que simplesmente quer o poder pelo poder –leia-se fatias gordas do Fundo Eleitoral (o maior do planeta) e Fundo Partidário.
Assim, de fato se nota que é real e grave o risco de nos transformarmos em autocracia diante deste tipo de visão política e com a correspondente condução do país, frustrando os eleitores que esperavam que a experiência pudesse ensejar um 3º mandato com outro tipo de comportamento, diante dos graves problemas brasileiros.
Lula parece muito mais interessado no Nobel da Paz. A solução dos problemas mais agudos do país não é priorizada, muito menos os problemas relativos aos ministros envolvidos com milícias ou casos de corrupção.
Eles não são afastados das funções. Interesses dissociados da ética falam mais alto e tudo, absolutamente tudo se relativiza, não só a democracia.
Até onde ele deve ceder para governar? Que valores serão sacrificados em nome da governabilidade? Existem limites para o realismo político?
publicada hoje no jornal digital Poder360(https://www.poder360.com.br/opiniao/democracia-relativa/)