Dica do editor - Saiba por que Bolsonaro fez bem em não pagar as multas judiciais e investir os R$ 17,2 milhões doados via Pix

  Os advogados de Bolsonaro e o ex-ministro Admar Gonzaga, que foi do TSE, ofereceram  estes dois conselhos edificantes e instrutivos para todos os brasileiros que respondem processos judiciais com decisões judiciais para pagamentos devidos e possuírem algum recurso disponível para investimento no mercado financeiro:

Advogados
Não paguem antes da coisa julgada, podendo aguardar o início da execução.

Ministro Admar Gonzaga
O ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral Admar Gonzaga (foto) disse não estar preocupado se Jair Bolsonaro usará parte dos R$ 17,2 milhões recebidos em doação para pagar multas judiciais. Em entrevista ao Estadão, ele afirmou: “Eu não estou preocupado se ele vai pagar a multa, se não vai pagar a multa. O que eu vi foi uma pessoa ter todos os seus recursos bloqueados. De uma hora para a outra, ele não tinha mais nada na conta. Eu doei e ele faz bem em investir em renda fixa.Todo o dinheiro tem que ter remuneração. Dinheiro parado num país que está com inflação galopante e com todas essas incertezas que estão aí atormentando as pessoas, eu acho que ele fez muito bem de investir, de buscar remunerar esse dinheiro.

No total, Bolsonaro recebeu R$ 17,2 milhões em  pagamentos via Pix. Com valores entre R$ 5 mil e R$ 20 mil de 19 pessoas e empresas, de acordo com relatório do Coaf. A lista inclui o ex-ministro do TSE Admar Gonzaga, o locutor de rodeios Cuiabano Lima e o empresário Marcos Ermírio de Moraes, herdeiro do Grupo Votorantim.

Saiba como a Petrobras mudou sua política de dividendos e reduziu ganho de acionistas

A Petrobras divulgou, na noite de sexta-feira (28), a nova política de distribuição de dividendos, parcela dos lucros distribuída aos acionistas, definida após reunião do Conselho de Administração da companhia. O percentual de remuneração caiu de 60% para 45% do fluxo de caixa livre (dinheiro à disposição no caixa).

A informação é da Agência Brasil de hoje. O texto é todo do site da empresa.

O fluxo de caixa livre representa o valor que sobra no caixa após os investimentos. A nova política também ampliou a definição de investimentos para incluir a recompra de ações, quando a própria companhia adquire suas ações.


As circunstâncias em que a estatal distribuirá dividendos também mudaram. O Conselho de Administração estabeleceu a remuneração mínima de US$ 4 bilhões por ano para exercícios em que o preço médio do barril de petróleo tipo Brent for superior a US$ 40 por barril.


A distribuição de 45% do fluxo de caixa livre só será aplicada quando a dívida bruta da Petrobras for igual ou inferior ao nível máximo de endividamento definido no Plano Estratégico 2024–2028 e quando a companhia obtiver lucro em um trimestre. Os dividendos serão, portanto, pagos a cada três meses.


A política atual estava em vigor desde 2011. Na época, o modelo estabelecia que a Petrobras pagaria 60% do fluxo de caixa livre quando a companhia tivesse dívida bruta abaixo de US$ 65 bilhões. No fim de 2021, a petroleira passou a permitir a antecipação de dividendos.


Aplicação

Segundo a Petrobras, a nova política já será aplicada ao resultado do segundo trimestre de 2023, que será divulgado na próxima quinta-feira (3). No documento, a petroleira informa que as regras da remuneração aos acionistas foram aperfeiçoadas para manter “o objetivo de promover a previsibilidade do fluxo de pagamentos de proventos aos acionistas, ao mesmo tempo em que garante a perenidade e a sustentabilidade financeira de curto, médio e longo prazos”.


Em relação à recompra de ações, a Petrobras informou que a prática está alinhada à das principais companhias petroleiras internacionais, “em complemento ao pagamento de dividendos”. As mudanças na política de dividendos e de recompra de ações haviam sido pedidas pelo Conselho de Administração em maio.


Histórico

A nova política era esperada com a mudança de governo. Em 2022, a estatal distribuiu R$ 215,8 bilhões em remuneração aos acionistas, inclusive ao governo, turbinada pelos fortes lucros decorrentes da alta do petróleo após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia.


O pagamento de dividendos ocorreu três vezes no ano passado, com retorno recorde de 67,77% por ação. Quem tinha R$ 1 mil em ações da Petrobras no fim de 2021 recebeu R$ 677,70 no ano passado. No primeiro trimestre deste ano, sob o novo governo, a estatal não mudou a política e distribuiu mais R$ 24,7 bilhões aos acionistas.

Artigo, Sebastião Melo - Saiba por que é preciso desestatizar a Carris

- O autor é prefeito de Porto Alegre. 

A Carris é a maior empresa  de ônibus da Capital do RS.

Transporte público de qualidade a um preço que caiba no bolso do cidadão. Esse é o horizonte que perseguimos desde o primeiro dia à frente da prefeitura. Ainda não chegamos lá, mas avançamos muito. Porque o caminho é longo e exige medidas corajosas que quebram paradigmas históricos.


O sistema de ônibus já estava falido antes e consolidou o desequilíbrio na pandemia. Desde 2020, antes de assumirmos, o município coloca dinheiro público para manter o serviço. Não assistimos a esse cenário sem agir. Desenvolvemos o Mais Transporte, que entregou ampliação de linhas, aumento de viagens, revitalização de terminais, novos abrigos e renovação de frota. E enfrentamos debate público para rever isenções a quem efetivamente precisa, transpor gradativamente a função de cobrador, reduzir passes livres e desestatizar a Carris - que custa 20% a mais do que a operação privada e pesa na tarifa ao cidadão.


A desestatização da companhia foi firmada com a população ainda na eleição. Compromisso assumido e agora honrado de forma madura e amplamente discutida. Não é mais papel da prefeitura ter empresa de ônibus. Se queremos entregar melhores resultados, precisamos aceitar que o serviço público pode ser prestado pelo privado com mais capacidade de investimento, menos custos e mais agilidade nas transformações, sob a fiscalização do poder público.


A Carris passou por medidas de saneamento para ter atratividade. E os usuários podem ter a segurança de que as linhas serão mantidas e que não será causa de aumento da passagem. O que não acontece, aliás, desde 2021, porque tomamos a decisão de custear metade das isenções para que os passageiros que pagam não tenham aumento.


Há muitos desafios a superar, inclusive o de trazer a União e os governos estaduais para a divisão de responsabilidades. Mas adotamos as providências ao alcance da prefeitura para fazer a nossa parte nessa necessária transformação em benefício dos milhares de porto-alegrenses que todos os dias usam ônibus para ir e vir.