Bibo Nunes Convoca Flávio Dino para Prestar Esclarecimentos na Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados

O Deputado Bibo Nunes tomou uma medida contundente ao apresentar hoje um requerimento de convocação do Ministro Flavio Dino. O objetivo é obter esclarecimentos fundamentais relacionados às recentes ações do Ministério e ao envolvimento do ministro na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do dia 08 de janeiro.

O principal ponto de preocupação levantado pelo Deputado é o envio de imagens de apenas 4 das 185 câmeras existentes no Ministério. Isso ocorreu no contexto da investigação da CPMI sobre os eventos do dia 08 de janeiro, que têm implicações nacionais significativas. O Deputado enfatiza a necessidade de entender o motivo pelo qual tão poucas imagens foram disponibilizadas às autoridades.

Outra questão igualmente relevante é a explicação dada pelo Ministro sobre a exclusão das demais imagens do interior do Ministério. O Ministro alegou que a exclusão era feita periodicamente para liberar espaço para novas gravações. Essa justificativa, segundo o Deputado, é inadequada e levanta questionamentos sobre a gestão das evidências relacionadas a um assunto de tamanho destaque nacional. Bibo Nunes expressou seu descontentamento com a atitude do Ministro, classificando-a como "beirando uma brincadeira de colegial" e "de mau gosto".

A convocação do Ministro Flavio Dino visa esclarecer essas questões críticas e garantir a transparência nas investigações conduzidas pelo Parlamento e pelo Judiciário. A sociedade brasileira aguarda ansiosamente os próximos passos da investigação, em busca de respostas sobre os eventos de 08 de janeiro e a atuação do Ministério nesse contexto

As instituições estão funcionando

 Nos últimos quatro anos parcela expressiva da grande imprensa – apoiada por grupos políticos e setores da economia que vivem agarrados às gordas glândulas mamárias do governo – vendeu a ideia de que o Brasil corria perigo e que a democracia estava ameaçada. O que impressiona é que muita gente boa comprou a discurseira furada e deu vazão a uma teoria maluca, sem pé nem cabeça. Veio a eleição de 2022, Lula subiu a rampa do Palácio do Planalto e esta mesma turma respirou aliviada. Não apenas isso. Virou o disco e, além da salvação do país, fez renascer um mantra, velho e surrado: “As instituições estão funcionando”.


 


Nesta quarta-feira, o ministro José Antonio Dias Toffoli (que um dia já foi advogado do PT) anulou as provas dos acordos de leniência obtidas pela Lava Jato, na investigação contra a Odebrecht. Estamos falando de gente que em juízo, sem qualquer tipo de coerção ou tortura, admitiu que meteu a mão onde não devia. E, pasmem, muitos devolveram aos cofres da Petrobras ao menos parte do dinheiro obtido ilegalmente. Toffoli foi além: chamou a prisão do atual presidente da República de “armação”. Não satisfeito, determinou abertura de investigação contra integrantes da Lava Jato, como Sergio Moro e Deltan Dallagnol. Não se surpreendam se o ex-juiz e o ex-procurador terminarem na cadeia, a grana for devolvida aos investigados e não sejamos obrigados a indenizar réus confessos. Mas as instituições estão funcionando, eles dizem.



Em uma cerimônia recente, marcando o ingresso de novos policiais federais, o ministro da Justiça, o comunista Flávio Dino, disse com todas as letras: “Eu quero garantir ao senhor, presidente Lula, que essa Polícia Federal, hoje, toda ela está a serviço de uma única causa, que é a sua causa, a causa do Brasil”. Em qualquer país sério uma declaração assim derrubaria o ministro. Aqui, em Banânia, ouvimos um ruidoso silêncio. A PF existe para cumprir a lei (aquela que um dia vigorou no Brasil), não é órgão militante para atuar em causa alguma, nem da esquerda, nem da direita. Mas as instituições estão funcionando, dizem.


 


Aqueles que ainda debocham quando o colunista alerta sobre a censura vigente no país talvez mudem de ideia ao se depararem com a manchete: “Por piadas, Léo Lins tem redes sociais derrubadas e vira réu em processo criminal”. O humorista ainda teve R$ 300 mil bloqueados nas suas contas bancárias para pagamento de multas por descumprimento de decisão judicial. Sim, em Banânia, agora, o tacão estatal proibiu o humor. Não se viu da tão atuante, engajada e “consciente” classe artística nacional um grande levante em defesa do colega. Talvez porque as instituições estejam funcionando.


Nesta mesma semana, o STF disse que, sim, terras produtivas podem ser desapropriadas, caso não cumpram “função social” – um conceito amplo, elástico e pouco preciso, que pode variar da cabeça de um para outro juiz. Ou seja, ao produtor rural não basta mais comprar a propriedade, pagar os impostos, honrar com as obrigações ambientais e produzir alimentos (como se isso, por si só, já não configurasse a mais nobre das “funções sociais”). O mesmo Supremo, aliás, está a um passo de jogar na lata do lixo o que decidiram os constituintes, em 1988, sobre o marco temporal para demarcação de terras indígenas. O efeito imediato disso? A desvalorização das áreas rurais é um convite a produtores migrarem do Brasil rumo ao Uruguai e Paraguai, fenômeno que já ocorre e deve se acentuar. Mas, claro, o importante mesmo é que as instituições estão funcionando. E eu pergunto: funcionando para quem, cara pálida?


 


O Brasil liderado pela turma da “Carreta Furacão” é uma locomotiva sem freios, desfiladeiro abaixo. Peço desculpas ao leitor. Gostaria de transmitir algo mais animador neste 7 de Setembro, mas meu sentimento hoje é um só: o Brasil acabou.

Informações falsas do ministério da Justiça induziram Dias Toffoli a erro no caso Odebrecht. Decisão terá que ser revista.

O Ministério da Justiça encaminhou nesta terça-feira novo ofício ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli em que afirma ter localizado uma solicitação de cooperação com a Suíça para o recebimento de provas de um dos sistemas usados pela Odebrecht para pagamento de propina. O trâmite na pasta teria sido cumprido para municiar a Procuradoria-Geral da República (PGR) em acordo de leniência da empreiteira.

Hoje, o senador e ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, disse que Dino induziu a erro o ministro Dias Toffoli, que anulou o acordo de leniência fechado com a Odebrecht (CLIQUE AQUI para ler o que disse Moro, conforme a Revista Oeste). 

Em uma decisão dada na semana passada, em que determinou a anulação de todas as provas obtidas no acordo de leniência da Odebrecht, Toffoli citou o acesso clandestino dos investigadores da Lava-Jato ao sistema Drousys, e ainda a falta de formalização de acordos de cooperação jurídica internacional, que devem ser firmados pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), vinculado ao Ministério da Justiça. Era tudo mentira e isto terá que ser revisto pelo STF (CLIQUE AQUI para saber mais, conforme reportagem de hoje de O Globo).

Governo antecipará R$ 10 bi para compensar perda de ICMS

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, informou nesta terça-feira (12) que o governo federal irá antecipar R$ 10 bilhões a estados e municípios para compensar a perda com o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

A informação é da Agência Brasil de hoje. Leia toda a matéria:

O valor estava previsto para ser repassado em 2024, mas será pago ainda este ano.


De acordo com o ministro, o governo decidiu incluir a antecipação no Projeto de Lei Complementar (PLP) 136/23, que trata das perdas de ICMS e está em tramitação na Câmara dos Deputados.


“Isso significa uma compensação de R$ 2,5 bilhões a mais para os municípios brasileiros. [O presidente Lula] nos autorizou a incluir isso hoje no PLP, que já teve aprovada a urgência na semana passada, e o relatório vai ser apresentado pelo deputado Zeca Dirceu [PT-PR e relator do projeto]”, afirmou Padilha.


Outra medida acertada  é a inclusão no projeto de uma compensação aos municípios pela queda, de julho a setembro, nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Desta forma, as prefeituras irão receber um adicional de R$ 2,3 bilhões.


“Vai ter uma parcela extra do governo federal que compensa essa queda dos últimos três meses, garantindo também que os municípios tenham o FPM compensado, ajudando os municípios a tocar suas ações da saúde, habitação.”


A expectativa do governo, conforme Padilha, é que o PLP 136/23 seja aprovado nesta quarta-feira (13) na Câmara dos Deputados e, em seguida, no Senado. Assim que aprovado, o governo iniciará os repasses aos estados, municípios e Distrito Federal.


Perda de ICMS

A compensação das perdas com o ICMS, imposto administrado pelos estados, ocorre por causa de leis complementares adotadas no ano passado, na gestão de Jair Bolsonaro, que limitaram as alíquotas sobre combustíveis, gás natural, energia, telecomunicações e transporte coletivo, impactando na arrecadação dos entes federativos.


O Projeto de Lei Complementar 136/23, enviado pelo Executivo, prevê compensação total de R$ 27 bilhões em razão das mudanças nas alíquotas, que será paga até 2026. O montante foi negociado entre o Ministério da Fazenda e os governos estaduais, e homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em junho.

Eis as propostas feitas por Melo e FNP para mudanças na PEC da Reforma Tributária

O prefeito Sebastião Melo e outros 51 colegas seus, inclusive de 12 capitais, que pertencem à Frente Nacional de Prefeitos, FNP,  reuniram-se nesta terça-feira, 12, com o relator da reforma tributária no Senado Federal, senador Eduardo Braga, em Brasília. Eles apresentaram cinco emendas e levaram propostas em defesa dos interesses das cidades. 

O que disse Melo:

- Estamos buscando mitigar os danos causados pelo texto aprovado na Câmara. 

Os prefeitos defendem que parte do Imposto de Bens e Serviço (IBS) - que ficaria nos estados e seria repassado aos municípios - seja incorporado diretamente na receita municipal, sem a necessidade de aguardar as transferências. A possibilidade de reter o IBS incidente sobre as compras públicas também é uma das propostas apresentadas que garantirá mais autonomia às cidades. Da mesma forma, pedem mudanças no Conselho Federativo e a possibilidade de acompanhar a divisão dos recursos arrecadados para que municípios de grande e médio porte tenham participação efetiva. Nas propostas apresentadas no Senado, o grupo também solicitou garantia do percentual mínimo de cooperação dos municípios no bolo tributário, que corresponderia a 25% de participação na receita tributária disponível.