Nota da Farsul

 “A Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul se sente à vontade para discutir a Reforma Tributária, já que, desde abril de 2019 quando a PEC 45 foi protocolada, temos colaborado, junto a CNA, para construir um sistema que substitua o atual que é o sexto pior do mundo em um ranking de 193 países, de acordo com o Banco Mundial.


O texto que saiu da Câmara dos Deputados previa para o longo período de transição que a repartição entre os estados da arrecadação no novo imposto estadual “IBS” se desse pela participação média de cada estado no bolo tributário no período de 2024 e 2028, um critério razoável, se não tivesse sido transformado em um jogo por parte da classe política.


Imediatamente alguns estados começaram a elevar suas cargas modais de ICMS para que sua participação no período de amostragem fosse maior, fazendo com que os demais sigam na mesma direção. Atualmente já são 16 estados mais o Distrito Federal e todos os demais avaliam tal medida, inclusive o Rio Grande do Sul. O dilema é o seguinte: se aumenta a carga, sacrifica a sociedade diretamente; se não aumenta, receberá menos do bolo tributário do que estados que aumentaram. Um dilema perverso que nos causa estranheza que o Senado – casa que representa os interesses dos estados – não tenha buscado uma solução enquanto o texto por lá tramitava, do mesmo modo que os estados que não desejassem participar dessa corrida não tenham se mobilizado para tornar esse debate público quando havia mais tempo para alterações no texto.


É fato que, se todos os estados elevarem sua carga, nenhum será beneficiado pelo percentual do rateio, mas o resultado líquido será condenar a população brasileira inteira a pagar uma carga tributária maior, burlando um princípio base da reforma que é não aumentar a carga tributária, que por tantas vezes e de forma enfática foi prometido pelos deputados, mas que agora estamos na iminência de rompermos antes mesmo de sua promulgação.


A Farsul é contra o aumento das alíquotas modais e oferece como alternativa uma mudança do texto que modela a metodologia de rateio para a média dos últimos 8 anos anteriores a 2022 ao invés da média dos próximos 4 anos, pois dessa forma se retira o incentivo ao movimento individual de cada estado, seja ele pioneiro ou caudatário.


Sabemos do tamanho do desafio, mas temos confiança que se as entidades, os governadores e os parlamentares que genuinamente não desejam o aumento da carga se mobilizarem, teremos êxito. Esse desafio é muito menor do que aquele que a sociedade terá de encarar com uma carga mais elevada.”


 


Dica de saúde - Saiba por que aumentam os casos de herpes-zóster depois da pandemia

Dr. Francisco Cardoso

Os casos de herpes-zóster subiram 35% após o início da pandemia de Covid-19. Conforme os pesquisadores, a principal hipótese para a correlação entre as duas doenças é a de que o vírus varicela-zóster, que provoca a herpes, aproveita a sobrecarga no sistema imune gerada pela presença do vírus/ proteína spike.


A herpes-zóster é uma doença provocada pelo mesmo vírus da catapora. Pessoas que já desenvolveram catapora ou tiveram contato com o varicela-zóster em algum momento da vida permanecem com o vírus “adormecido” no organismo. Quando a imunidade cai, ele pode se reativar, a forma de herpes zoster, ou popularmente conhecido como cobreiro.


O principal sintoma é uma irritação dolorosa na pele que se apresenta geralmente como uma faixa de bolhas avermelhadas em um dos lados do tronco. Em casos mais graves, a herpes-zóster pode se manifestar simultaneamente em diferentes regiões do corpo.


O tratamento é geralmente realizado com antivirais, mas a dor pode persistir mesmo após o desaparecimento das erupções (caso chamado de neuralgia pós-herpética). Por isso o tratamento da dor é vital para evitar a neuralgia pós herpética.

Artigo, William Waack, Estadão - Lula arruina a credibilidade da política externa do Brasil

A política externa de potências regionais médias com escassa capacidade de projetar poder, como é o caso do Brasil, precisa de sutileza, credibilidade e reputação. No caso do conflito em Gaza, o presidente brasileiro escolheu falar grosso, arruinar a credibilidade e buscar reputação com um dos lados envolvidos.

Israel está sendo criticada com veemência, contundência e palavras duras pronunciadas por países democráticos, que consideram inaceitável a matança de civis na operação militar contra o terrorismo do Hamas. Esses mesmos países, porém, não igualam Israel ao Hamas, como Lula insiste — por mais que denunciem o sofrimento imposto aos civis em Gaza.

Ao desprezar esse tipo de sutileza, Lula perde a credibilidade de uma política externa que pretende defender princípios consagrados. Ela sofre fortemente com relativismos frente ao conceito de democracia, como ocorreu com a Venezuela, ou quando se denuncia como crime de guerra a morte de crianças em Gaza mas não quando a Rússia as deporta da Ucrânia.

Lula está assegurando uma boa reputação sobretudo junto a correntes ideológicas para as quais o tal “mundo livre” não passa de uma ficção imposta pela hegemonia americana, da qual Israel é peça fundamental. Além de alguns países, como Irã e Rússia, dedicados a combater os Estados Unidos e suas alianças.

É fato que política externa é a do presidente, e a diplomacia (entre outras ferramentas) faz o que ele quer. A de Lula é em função de sua pessoa e do papel extraordinário que ele se atribui como uma espécie de “guardião da paz” no cenário internacional, embora haja uma evidente desconexão entre o peso que ele julga ter e o peso real do Brasil.

Em relação a si mesmo, o presidente tem, como todo populista (de esquerda ou de direita) a convicção de saber melhor do que ninguém o que é bom ou desejável para o “interesse nacional”. Do qual se coloca como principal senão único intérprete.

Há também um importante fator político doméstico embutido nas posturas de Lula frente ao conflito de Gaza, mas não só. Ele escolheu trazer para a polarização política brasileira o que já sempre foi um perigoso contexto de disputa de narrativas e guerra de informação. Seu cálculo político eleitoral baseia-se na manutenção do embate com o que possa ser chamado de bolsonarismo.

Muito do que virá “depois” dependerá das operações militares israelenses neste momento, mas do jeito em que está a situação atual pode-se antecipar um esforço diplomático considerável, com endosso americano, para algum tipo de arranjo político na direção de “dois Estados”. É essa oportunidade do “depois” que Lula está desperdiçando.


Congresso poderá revogar portaria que impede trabalho nos feriados e domingos

Há fortíssima reação contra este novo ato do governo lulopetista, que só autoriza trabalhador em serviço nos casos de ferias livres. A portaria pretende revogar dispositivo da Lei da Liberdade Econômica, proposta e aprovada no Congresso por iniciativa de Bolsonaro.

Em reação ao ato, o senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, encaminhou ao Congresso Nacional, ontem,  um projeto de decreto legislativo para sustar a portaria 3.665, do Ministério do Trabalho, que muda a regra para o expediente no setor de comércio aos domingos e feriados, conforme antecipou o Poder360. 

O senador, que é ex-ministro da Casa Civil, afirma que a portaria viola a lei 13.874, de 20 de setembro de 2019, que institui a “Declaração de Direitos de Liberdade Econômica”. A legislação estabelece normas de proteção à livre iniciativa e ao livre exercício de atividade econômica.

CLIQUE AQUI para ler os fundamentos do projeto do senador.

STF mantém pensões de ex-governadores e suas viúvas

 O Supremo Tribunal Federal formou maioria para manter o pagamento de pensão vitalícia a ex-governadores e seus dependentes. 

A maioria dos ministros votou para rejeitar uma ação movida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) que pedia a derrubada do benefício no Acre, Amazonas, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe.

Quem recebe no RS:

No RS, serão beneficiados ex-governadores Alceu Collars, Germano Rigotto, Antonio Brito, Pedro Simon, Jair Soares e Ieda Crusius, além de viúvas como as dos ex-governadores Amaral de Souza, Brizola e Synval Guazzeli.

No RS, novos governadores não serão beneficiados, inclusive o atual.

Programa de Bolsonaro em Porto Alegre

 Já existem acampados no Parcão, Porto Alegre, à espera da chegada, ali, de Bolsonaro, hoje, no final da tarde.

O ex-presidente desembarcará no Salgado Filho com Michelle, 11h30min, onde será recebido por manifestantes que já se deslocam para o aeroporto.

Bolsonaro irá dali para Esteio, 20 kms adiante, onde no Parque Assis Brasil, tudo para participar de cerimônia de assinatura da ficha do prefeito Leonardo Pascoal, mas também de outras lideranças de todo o Estado. No total, 17 prefeitos ou vice-prefeitos pedirão filiação.

O ato está agendado para as 15h.

De Esteio, todos virão para Porto Alegre, participando de comício no Parcão, que promete estar lotado.

Amanhã, 10h, na Casa NTX, o dia será de Michelle, que comandará o encontro do PL Mulher. O ex-prsidente também participará da reunião, que contará com a presença de lideranças que seguem Bolsonaro no Estado, como são os casos dos deputados Tenente-Coronel Zucco (Republicanos), Bibo Nunes e Giovani Cherini (PL). Cherini é o presidente estadual do PL.

Eduardo Leite protocola projeto do Tarifaço

  O governo estadual enviou à Assembleia Legislativa uma proposta (PL 534/2023) de ajuste na alíquota básica do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O texto, que altera o percentual do tributo dos atuais 17% para 19,5%.

O governador Eduardo Leite apresentou o projeto a um grupo de jornalistas, ontem a tarde.

Há forte reação contra o tarifaço do governador, porque na campanha e fora dela, ele prometeu que não faria isto. Empresários, políticos e povo começaram os protestos ontem mesmo. O governo pediu regime de urgência para evitar a pressão política e social.

A proposta que será apresentada na Assembleia modifica apenas a alíquota básica (modal) do ICMS. Nada muda na tributação da gasolina, do diesel, do etanol e do gás de cozinha, que feita é com alíquotas específicas nominais (valores numéricos fixos em vez de percentuais).

CLIQUE AQUI para examinar a apresentação completa feita pelo governador.

Porto Alegre realiza mutirões para reduzir filas na saúde pública

 Com os esforços voltados à redução de filas de espera para consultas, exames e cirurgias, a Prefeitura de Porto Alegre já realizou 24.967 procedimentos em dois meses e meio desde o lançamento do programa Agiliza Saúde. Outras 9,6 mil consultas estão previamente agendadas até o final do ano. Só em setembro, o mutirão, voltado exclusivamente para moradores da Capital, encaminhou 545 procedimentos de alta complexidade e outros 12.727 de média complexidade.

O Hospital Banco de Olhos iniciou os atendimentos no Centro de Saúde IAPI nesta quinta-feira, 16. Quatro profissionais atenderão demandas de oftalmologia geral e pediátrica. Serão oferecidas 60 consultas oftalmológicas nesta semana, com expectativa de ampliação para as próximas semanas. Já os encaminhamentos cirúrgicos serão realizados no hospital

Mensagens - Com objetivo de reduzir o absenteísmo, pacientes que já são atendidos pela saúde na Capital e que têm consultas pré-agendadas estão recebendo uma mensagem avisando com antecedência – no momento do agendamento, quatro dias e um dia antes - sobre a especialidade, data e horário da marcação