Prefeito de Canoas, RS, Cris Moraes, vai a Brasília pedir liberações de verbas para obras no município

 Nesta segunda-feira, 04, o prefeito em exercício de Canoas, Cris Moraes, realizou reunião com o secretário executivo da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Ricardo Zamora. Durante o encontro, Moraes pediu celeridade em processos já firmados com a União para a realização de obras no município, que dependem apenas de liberação de recursos.


Entre os contratos, estão a pavimentação das ruas Rio de Janeiro e Amazonas, no bairro Mathias Velho, e Felipe de Noronha, no Marechal Rondon. Ambas aguardam o repasse dos créditos para que a Prefeitura efetue a Ordem de Início de Serviços (OIS).


“Viemos à capital federal onde faremos agendas em vários ministérios para pedir celeridade tanto na liberação de verbas em projetos já autorizados pela União, como também reforçar sobre os 28 projetos inscritos no Novo PAC e que estão em análise. São projetos de grande relevância para nossa cidade que trarão desenvolvimento e bem estar para nossa população”, pontuou o prefeito em exercício. 


Projetos do Novo Pac

Na oportunidade, Cris Moraes também reiterou junto ao secretário Zamora, os projetos cadastrados pelo Município no Novo PAC - Programa de Aceleração do Crescimento, lançado pelo Governo Federal. Entre os principais, o prefeito em exercício reforçou o da instalação do aeromóvel na cidade, que prevê uma via elevada exclusiva, com estações, terminal com integração ao trensurb, veículos com propulsão a ar e motores elétricos estacionários, utilizando a tecnologia Aeromovel, interligando os bairros Guajuviras ao Mathias Velho, onde se concentra mais da metade da população de Canoas.


“Eu sou um entusiasta deste meio de transporte, pois ele irá beneficiar milhares de canoenses, trazendo inovação, melhorando a mobilidade urbana e de forma sustentável. Por isto a importância de virmos reforçar sobre a instalação do aeromóvel, que foi inscrito no Novo PAC”, afirmou Cris Moraes.  


Na ocasião, o prefeito em exercício também destacou o projeto apresentado pela Prefeitura na modalidade Regularização Fundiária, que irá beneficiar diretamente 636 famílias com moradia digna, nas seguintes localidades: área verde IB e Recanto dos Seus, ambas no Guajuviras, e no loteamento Rua das Torres, no bairro Fátima.


Já no item Periferia Viva, o município cadastrou projeto para qualificar o território na rua Paulo Fonteles, na vila João de Barro, bairro Niterói, e reformar sete prédios no empreendimento Morada Cidadã, totalizando 112 apartamentos, com melhorias que atenderão 384 famílias do local.


Novos agendas

As agendas na capital federal seguem nesta terça-feira (5). O prefeito em exercício terá visitas nos Ministérios de Desenvolvimento Regional, das Cidades, do Esporte e do Meio Ambiente, além de reunião na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os encontros buscam reforçar a importância dos 28 projetos inscritos pelo município no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).


Confira os projetos cadastrados no Novo PAC aqui:

https://www.canoas.rs.gov.br/pac/ 

Roberto Rachewsky sai em defesa de Eduardo Sirotsky Melzer

  Roberto Rachewsky escreveu este texto no seu Instagram, saindo em defesa de Eduardo Sirotsky Melzer, criticado severamente por confraternizar com Lula da Silva na COP28. Eduardo, ex-CEO da RBS, um dos seus acionistas e membro do Conselho de Administração, é de descendência judaica. Na COP28, em entrevistas para a Al Jazeera e Band TV, mas também em outras falas, Lula da Silva classificou de modo criminoso o povo judeu de Israel, chamando-os de genocidas, justamente o crime de lesa humanidade de que foram vítimas seus antepassados, 6 milhões dos quais foram cruelmente assassinados pelos nazistas alemães. Leia:

Foto do perfil de rrachewsky

Não. Eduardo Sirotsky Melzer não estava lá representando a RBS. Ele estava lá porque seu fundo de investimentos, eB, tem interesses na agenda climática. Sim, Lula dá a impressão de ser antissemita e eu acredito que seja. Sim, Lula apoia os terroristas árabes pois nunca escondeu seu apreço por ditaduras como as do Irã. Sim, seu assessor para assuntos diplomáticos, Celso Amorim, prefaciou um livro em favor do Hamas. Lula é presidente do Brasil, infelizmente. Ele foi eleito com o apoio de brasileiros de todas as religiões, infelizmente. Pelo menos é o que as urnas platônicas disseram. O Brasil é uma sociedade de economia mista. O governo se intromete em tudo, o tempo todo, antes de um negócio se estabelecer, durante o seu desenvolvimento, enquanto ele durar ou depois, se vier a falir. Eduardo, e quase todo empresariado brasileiro é pragmático e corporativista. Dançam conforme a música porque, senão, perdem a cadeira e têm que abandonar o baile. O problema brasileiro e mundial é que o coletivismo estatista tomou conta da mentalidade reinante e quase todos os produtores de bens ou serviços, quase todos os criadores de valor, são vítimas que sancionam seus algozes, o que faz eles serem parte de um problema crônico, em vez de serem parte da solução ideal que eu, por exemplo, desejo. Eu não sou de passar pano. Sim, é estranho ver um judeu na fila de cumprimentos de um ser como aquele, que deveria estar na cadeia. Mas evitá-lo, talvez acabasse se tornando um exercício de auto-sacrifício. Afinal, lembrem-se das palavras de Ayn Rand: "Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em autossacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada." Sim, estamos condenados. Sim, muitos também criticam o Eduardo por inveja, porque ele é rico e judeu.

Às armas, cidadãos !

 Neste domingo, eu participei da live que faz semanalmente o deputado federal Tenente-Coronel Zucco, que é aqui do RS e foi o mais votado nas últimas eleições.

Num dos blocos, o asunto foi Flávio Dino e os protestos de rua agendados para domingo, dia 10, e que visam pressionar os senadores para que dois dias depois, no dia 12, votem contra a indicação.

O deputado confirmou o protesto para as 14, na Praça dos 3 Poderes, Brasília. Naquele momento, Zucco ainda não sabia se poderiam ocorrer outros protestos e em outras localidades.

Agora, passadas menos de 24 depois da live de ontem, posso dizer que já são dezenas e dezenas de protestos programados. A lista dos que já aderiram está no meu blog polibiobraga.com.br Em Porto Alegre, será no Parcão, 15h, mas acho que tão grande quanto o de Brasília será o da Avenida Paulista. Recebi convocatórias de cidades do interior de São Paulo, organizando-se para encher ônibus e ir para a Capital.

Este protesto pegou.

A pauta é esta:

- Tenham coragem, senadores: votem não em Flávio Dino.

Vai ser difícil conseguir maioria ? Sim, claro, mas vale a pena. Como conta o poeta português Fernando Pessoa, tudo vale a pena se a alma não é pequena.

Isto tudo é um processo político e ele se avoluma através dos discursos e das ações.

É o que estamos fazendo, mesmo debaixo do mau tempo capitaneado pelo STF.

Ora, por que vetar a indicação de Flávio Dino.

O senador gaúcho Humberto Mourão, colocado contra a parede pelos seus eleitores, gravou vídeo para explicar por que votará não. Diz Mourão, justificando seu voto, que ele não é mais magistrado. Flávio Dino foi juiz federal entre 1994 a 2006. Depois, sempre no Partido Comunista do Brasil, o PCdoB, foi deputado federal, governador do Maranhã e, agora, ministro da Justiça.

Só isto, senador Mourão ?

Afinal de contas, nenhum dos atuais 10 ministros da Corte sequer foi magistrado em algum dia da sua história. Nenhum. 

O senador em quem eu votei e com quem fiz campanha, inclusive como integrante do seu Conselho Político, poderia ter ido muito mais longe.

É só por que é comunista ?

Não é só.

Basta ficar com seu comportamento inaceitável como ministro da Justiça. Ele é um tremendo de um agente ativo da cilada política e policial, das perseguições policiais e jurídicas contra as oposições,  fazendo isto de modo prático, como esconder dezenas de vídeos dos acontecimentos do 8 de janeiro,  sempre de maneira mentirosa, ofensiva, provocativa, despudorada e cafajeste. 

E intimidou e intimida jornalistas, constrange,censura e ameaça até mesmo poderosas redes sociais, como aconteceu em maio, quando em reunião tensa com representantes de redes sociais no mês passado, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que foi “sepultado” o tempo da autorregulação no Brasil, e que a liberdade de expressão como valor absoluto é uma “falcatrua”. 

...

Não é pouco.

Flávio Dino no STF, vai reforçar o atual caráter deletério, autoritário, repressivo e ameaçador da Corte,

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Somente o povo na rua e a oposição dura e permanente pelas redes sociais é que podem fazer com que o Senado se mova e cumpra seu dever constitucional, porque somente ele, pela lei, pode conter o STF.

E a oportunidade imediata é conter a nomeação de Flávio Dino.

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Às ruas, cidadãos, no 10 de dezembro. 








C

Editorial, Estadão - O silêncio obsequioso da esquerda identitária

Ao indicar o ministro da Justiça, Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal, o presidente Lula da Silva causou considerável frustração entre os petistas, que não gostam de Dino, e, sobretudo, entre os militantes dos movimentos de esquerda que fazem das questões raciais e de gênero o centro de sua luta política – o chamado “identitarismo”. Dos petistas, é claro, não se esperam mais que queixumes, pois quem manda no PT, praticamente desde sua fundação, é Lula, e não é ajuizado enfrentar o demiurgo. Já da tal esquerda “identitária” se esperava uma reação barulhenta e raivosa, como é habitual para essa turma, mas eis que dela só temos notícia de um obsequioso silêncio.


Até a última segunda-feira, as convicções em torno da possível nomeação de uma mulher (e, preferencialmente, uma mulher negra) se ancoravam nos simbolismos da posse de Lula. Na festa organizada por Janja, sua esposa, o petista recebeu a faixa presidencial de oito brasileiros calculadamente escolhidos para representar a diversidade brasileira – estavam ali, entre outros, um indígena, um metalúrgico, uma criança, um professor, uma pessoa com deficiência e uma mulher negra. Não satisfeito com a força da imagem na subida da rampa, prometeu em discurso fazer uma convocação nacional para um “mutirão pela igualdade”.


Acostumados a interpretar como revelação mística a parolagem lulista, movimentos sociais que trabalham com causas de gênero e de raça acreditaram na promessa presidencial. Aos poucos, ao perceberem que o novo governo estava longe da prometida diversidade, passaram a empenhar-se numa campanha em favor da indicação de uma ministra negra para o Supremo. Artigos, declarações públicas, publicações nas redes sociais e até outdoors instalados em outros países, durante viagens do presidente, compuseram o arsenal da campanha, que envolveu ativistas, influenciadores digitais e personagens dedicados à causa. O primeiro desgosto logo chegaria com a nomeação de Cristiano Zanin, o ex-advogado de Lula durante o seu calvário na Lava Jato. A pá de cal veio nesta semana.


Como se sabe agora, se o recém-indicado passar pela sabatina no Senado, o STF terá somente a ministra Cármen Lúcia como mulher em sua composição. Desde a redemocratização, a Corte teve apenas três mulheres: Ellen Gracie, Cármen Lúcia e Rosa Weber, indicadas respectivamente por Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Rousseff. O STF também exibirá a segunda menor representatividade feminina na América do Sul. A própria Rosa Weber afirmou que o déficit de representatividade feminina nos espaços de poder significa “um déficit para a própria democracia”. Para porta-vozes da campanha em favor de uma mulher negra, a política e o Judiciário reproduzem atributos da sociedade brasileira, marcadamente patriarcal, machista, sexista e, em vários níveis, racista – entre 171 ministros em mais de 130 anos, houve apenas três ministros negros no Supremo.


Se depender de Lula, isso vai demorar para mudar. O presidente escolheu 11 mulheres para um Ministério de 37 pastas, mas não tardaria a rifar duas delas no primeiro estremecimento da sua base de apoio no Congresso. Parte daquelas que restaram precisou enfrentar o esvaziamento das prerrogativas de suas pastas, incluindo Marina Silva (Meio Ambiente) e Sonia Guajajara (Povos Indígenas), ou, pela falta de recursos ou de iniciativas concretas do governo, resume suas atividades a eventos, grupos de trabalho e alguns esquálidos projetos – é o caso de Anielle Franco (Igualdade Racial) e Margareth Menezes (Cultura). Não raro Lula reforça, em derrapadas retóricas, seu apego a premissas machistas, e é bom lembrar que o PT apoiou uma anistia aos partidos que não cumpriram regras de cotas de candidaturas femininas.


Ou seja, para Lula, as demandas da esquerda identitária lhe servem na exata medida de seu potencial eleitoral, seja para conquistar votos, seja para constranger adversários. No mais, Lula só tem uma causa: o poder.