Dia da mentira

 Renato Sant'Ana é Advogado e Psicólogo.

E-mail: sentinela.rs@outlook.com

 Não, não é o 1º de abril: dia da mentira no Brasil é 31 de março. Todos os anos, nessa data, repetem-se mentiras sobre o ocorrido em 1964. E se algum desapetrechado mental acha que vou defender abusos do governo militar, pode tirar o cavalo da chuva. O que vai aqui é a denúncia de mentiras propagadas pela parasitária casta acadêmica e por uma imprensa sem credibilidade (citando só duas grandes usinas de falsificações históricas).

Quando jovem, o jornalista Fernando Gabeira foi um extremista de esquerda e militante do grupo terrorista MR-8. Inclusive, em seu livro "O que é isso, companheiro?", ele relata sua participação no sequestro do embaixador americano Charles Elbrick, em 1969. Só que, na maturidade, Gabeira foi honesto e corajoso declarando aquilo que, para a minoria informada, é óbvio: disse que eles (os militantes de esquerda nos anos 1960-70) não lutavam por democracia; o que eles queriam era implantar uma ditadura comunista no Brasil.

Pode-se discordar de muitas ideias de Fernando Gabeira. Só que, nesse caso (um genuíno exercício de autocrítica), não há como duvidar de sua sinceridade. E ninguém, sendo a um só tempo esclarecido e honesto, dirá que ele (aliás, um homem culto) interpreta erroneamente os fatos.

No entanto, uma das maiores mentiras, repetida todo tempo e com especial ênfase em 31 de março, é que os militantes de esquerda que pegaram em armas nos anos 1960-70 combatiam pela democracia.

E é mentira deslavada dizer que foi em reação ao governo militar que a esquerda pegou em armas, quando já estava armada antes da quartelada do 31 de março, que só ocorreu porque havia vários grupos (nas cidades e no campo) armados e agindo para implantar o totalitarismo no país, uns a serviço da China, outros da União Soviética (muitos treinados em Cuba).

Essa patota tinha um patrono, o colaboracionista Luís Carlos Prestes, que, um dia, teve o peito de dizer: se a União Soviética atacasse o Brasil, ele se juntaria ao Exército Vermelho para combater o nosso exército. O fato ignorado pela extrema imprensa e camuflado no meio universitário é que, seguindo a diretriz internacionalista do socialismo, essa gente - como admitiu o ex-militante Gabeira - "lutava" para tornar o Brasil mero satélite em um conglomerado comunista.

Em 31/03/1964, militares assumiram o controle do país determinados a impedir o golpe de Estado que colaboracionistas pró-Rússia articulavam. O que houve a partir daí foi a repressão estatal à ação dos extremistas. Não há dúvida de que houve crimes praticados por agentes do Estado. Mas por que falar só deles? Por que ocultar que os comunistas praticaram a mais hedionda violência? Acaso existe o "crime do bem"?

Algumas máscaras precisam cair. Desde a década de 1930, todo tipo de crime se praticou em nome do "ideal" comunista. Um dos mais chocantes, ordenado por Luís Carlos Prestes, foi o estrangulamento da adolescente Elvira Cupello Calônio, dita Elza, namorada do secretário-geral do Partido Comunista, dito Miranda. Elza era analfabeta e, provavelmente, deficiente mental. Julgada traidora pela cúpula do PCB, ela "foi estrangulada pelos companheiros com uma cordinha de varal e enterrada dentro de um saco de aniagem no quintal de uma casa erma em Guadalupe", como conta Sérgio Rodrigues no livro "Elza, a garota".

Nos anos 1960-70, em nome da verdade científica do marxismo e suas múltiplas versões, houve sequestro de autoridades; atentados a bomba; assalto a bancos, a casas comerciais e a residências; assassinatos de operários, militares, funcionários de bancos e, claro, dos próprios camaradas (os infames justiçamentos) - os maus também são maus entre si.

Findo o regime militar, todos os que praticaram crimes no período (quer agentes do Estado, quer terroristas) foram anistiados, o que significa que todos os crimes foram esquecidos. Isso permitiu a muitos extremistas chegarem ao poder político. Só que, a partir daí, eles se empenharam naquilo que petistas, na intimidade, chamam de "fazer a revolução por dentro": usar as estruturas do Estado para vinganças e para impor o seu modelo de Estado, isto é, um regime autoritário em que o poder é concentrado e no qual partido, Estado e governo se confundem. Um regime totalitário, que convém só à elite dirigente e associados.

É ilustrativa a farsa da dita Comissão Nacional da Verdade, criada no primeiro mandato de Dilma Rousseff. Ignorando a anistia e seu sentido conciliador, foi instituída para "investigar" violações dos direitos humanos por agentes do Estado, julgando de antemão inocentes aqueles que se armaram sob patrocínio de governos estrangeiros para impor uma ditadura ao Brasil. "Vítima" é uma credencial concedida apenas a quem tem afinidade ideológica. Essa farsa rendeu gordas pensões vitalícias a uns quantos "idealistas" - pensões pagas pelo contribuinte, claro.

A autocrítica de Fernando Gabeira é uma exceção. Em regra, essa gente "não aprende nada e não esquece nada" (vale o clichê). E ninguém faz revolução para ser povo, mas na expectativa de ser elite: todo revolucionário se acha merecedor de um bem remunerado emprego público e de pertencer à elite burocrática.

Só resta explicar aos nossos filhos e netos o porquê de o 31 de março ser o dia da mentira para, quem sabe, eles fazerem um futuro melhor.

Endometriose

 Desde esta quinta-feira, 28, o Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, Porto Alegre, conta com o primeiro núcleo de saúde da mulher voltado ao tratamento da endometriose. Numa primeira fase serão atendidos casos represados de pessoas que aguardam exames para diagnósticos e tratamentos cirúrgicos especializados. Uma equipe multidisciplinar já iniciou os primeiros atendimentos. Mutirões de cirurgias devem ocorrer em fins de semana e feriados, com início previsto para abril. 30 consultas e oito cirurgias mensalmente a partir da estruturação do espaço. 

A endometriose é uma doença crônica altamente prevalente em 10% das mulheres que menstruam, em 60% das pacientes que possuem dor pélvica crônica e em 50% das pacientes inférteis.

A customização do núcleo ocorre por meio de emenda parlamentar do deputado estadual Gustavo Victorino, no valor de R$ 100 mil. Ele é autor da Lei nº 16.071/23, que institui a Política Estadual de Luta Contra a Endometriose no Rio Grande do Sul, estabelecendo o atendimento multidisciplinar, formação e capacitação de profissionais especializados no acolhimento às pacientes e o estímulo a exames para diagnóstico da doença. Parte do recurso será utilizada para a gestão de órteses, próteses e materiais especiais.

O que é - A endometriose é a condição na qual o endométrio (a mucosa que reveste a parede interna do útero) cresce em outras regiões do corpo – como intestino, bexiga ou diafragma. Ela afeta 10% de mulheres em idade fértil (dos 15 aos 49 anos de idade), segundo dados do Ministério da Saúde. As dores são a reclamação mais comum, mas a endometriose também pode não apresentar sintomas.

Na grande maioria dos casos dos procedimentos cirúrgicos para endometriose profunda, uma parte do intestino é removida, e geralmente se consegue evitar a realização de uma estomia. Nesse tipo de cirurgia, é recomendado o uso da laparoscopia, técnica minimamente invasiva, que oferece menor trauma e recuperação mais rápida para a paciente.

Microentrevista, Osmar Terra

 - Osmar Terra é deputado federal do MDB do RS, médico, ex-ministro e ex-secretário gaúcho da Saúde.

O ministério da Saúde discrimina Rio Grande do Sul e não manda vacina contra a dengue.
O fato é que o ministério da Saúde incluiu mais 154 municípios no planejamento de imunização contra a dengue, mas o Rio Grande do Sul ficou fora da lista. 

Há previsão de entrega ? O RS tem grande número de casos e de óbitos.
Quando der, ou. seja, assim que o governo federal tenha mais doses disponíveis, embora o estado já tenha 35 mil casos e 45 mortes por dengue, só neste ano. 

Quais os municípios gaúchos com mais incidência de dengtue ?
Dois dos três municípios com mais casos confirmados de dengue no RS em 2024 são Novo Hamburgo (com 4.547 casos) e São Leopoldo (3.332). Ambos possuem mais de 100 mil habitantes e pertencem à mesma Região 7 (Vale dos Sinos) da 1ª Coordenadoria Regional de Saúde.

É vacina testada ?
Trata-se de uma vacina já testada por mais de 6 anos (diferente das vacinas da COVID que testaram menos de 6 meses antes de serem aplicadas), é uma vacina com possibilidade maior de eficácia para todos quatr sorotipos do vírus da dengue. Não existem desculpas razoáveis para a falta de vacinas, pois há mais de 1 ano que elas já estavam autorizadas pela ANVISA.

Venezuela

  A presença do presidente francês no Brasil parece ter produzido efeito civilizatório sobre o governo lulopetista, que ontem voltou a criticar a ditadura clepto-narcomunista da Venezuela por obstaculizar candidaturas da oposição.

O presidente Macron já tinha feito críticas. Ele foi embora, ontem.

Depois de nota surpreendente do Itamaraty, Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que ficou surpreso com o impedimento do registro da candidatura de Corina Yoris nas eleições presidenciais da Venezuela, que ocorrerão no dia 28 de julho. A declaração foi dada durante coletiva de imprensa de Lula e do presidente da França, Emmanuel Macron, após reunião bilateral no Palácio do Planalto. 

"Então, foi uma coisa que causou prejuízo a uma candidata que, por coincidência, leva o mesmo nome da candidata que tinha sido proibida de ser candidata. O dado concreto é que não tem explicação jurídica, política, você proibir um adversário de ser candidato", acrescentou.

"Eu disse ao Maduro, garanta que [a eleição] seja mais democrática, porque é importante para a Venezuela voltar ao mundo, com normalidade", reforçou Lula na coletiva de imprensa, citando uma recente reunião com o mandatário venezuelano na Cúpula da Comunidade do Caribe (Caricom), na Guiana.

Respondendo à mesma pergunta, o presidente da França também condenou o impedimento de candidatura opositora na Venezuela e endossou as palavras de Lula.

"O marco em que essas eleições estão a decorrer não pode ser considerado como democrático. Temos que fazer tudo o que o presidente Lula decidiu fazer, e nós também faremos mais esforços, para convencer o presidente Maduro e o sistema [venezuelano] para que reintegrem todos os candidatos, com observadores regionais e internacionais [nas eleições]. Condenamos firmemente terem retirado uma candidata desse processo, e espero que seja possível ter um novo marco reconstruído, nas próximas semanas, próximos meses. Não nos desesperemos, mas a situação é grave e piorou na última semana", apontou Macron.

Fiergs

 A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) encaminhou documento ao Governo do Estado e ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adolfo Brito, demonstrando que as alíquotas efetivas de ICMS sobre combustíveis já superam os limites estabelecidos nas Leis Complementares 192 e 194. Dessa forma, é possível que a arrecadação atual de ICMS já esteja compensando as perdas previstas pela Secretaria da Fazenda. Assim, há alternativas que tornam o corte de incentivos fiscais desnecessário.


A entidade mostra no texto do documento que as mudanças promovidas no modelo de tributação dos combustíveis, implementadas em maio de 2023 (de “ad valorem” para “ad rem”), elevaram as alíquotas efetivas do ICMS para 24% na gasolina (contra 17% anteriormente) e 18% no diesel (contra 12% anteriormente). Com as devidas ressalvas sobre a estrutura de mercado e alguns outros fatores que influenciam as flutuações dos preços desses dois itens, a entidade estima que essas mudanças têm o potencial de gerar uma receita adicional de R$ 2,5 bilhões por ano aos cofres públicos do Estado.


A reintegração das Tarifas de Uso dos Sistemas de Transmissão e Distribuição (TUST e TUSD) à base de cálculo do ICMS em maio de 2023 foi um fator crucial para o aumento da arrecadação do imposto. Essas tarifas respondem por grande parte do ICMS de Energia. 

Sua reintegração ampliou a base de cálculo do tributo estadual, resultando em uma elevação significativa da receita.


Existe ainda a expectativa de que a safra de grãos do Estado em 2024, que deve ultrapassar 40 milhões de toneladas, cerca de 45,7% maior do que a ocorrida no ano anterior, possa impactar positivamente a arrecadação de ICMS, ainda que a participação direta do setor no ICMS seja baixa. A safra maior está ligada diretamente à demanda por insumos agrícolas e investimentos em máquinas e equipamentos para ganhos de produtividade. Além disso, a renda gerada não beneficia apenas os produtores, mas também cria empregos na colheita, aumentando a renda das famílias e contribuindo para o comércio de diversos segmentos, impulsionando a arrecadação fiscal.

 

No documento, a FIERGS também apresenta uma série de medidas alternativas para aumentar a arrecadação de ICMS e manter a competitividade das empresas no Estado. A primeira delas é a criação de uma Câmara Técnica de Avaliação dos Incentivos Fiscais destinada a conhecer, estudar, avaliar e propor medidas. A segunda é a criação de um “REFAZ” para possibilitar a regularização de empresas que ainda convivem com o espectro das crises econômicas, restabelecendo a condição de contribuinte adimplente. São ainda sugeridos programas para compensação de débitos de natureza tributária ou de outra natureza, inscritos em dívida ativa e para transação tributária nos moldes já estabelecidos pela União.


“Então, além do crescimento da receita do Estado em função dos combustíveis, energia e da promissora safra de grãos, existem mais alternativas que, no seu conjunto, podem substituir o simples corte dos incentivos, os quais na verdade são apenas compensações fiscais para manter a nossa competitividade nos mercados”, disse o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.

Quem apoia o aumento de impostos

 Entidades que apoiam ajuste na alíquota modal do ICMS


Associação das Empresas Cerealistas do Rio Grande do Sul (Acergs)

Associação das Entidades Representativas da Classe Empresarial da Serra Gaúcha (Cics Serra)

Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil)

Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS)

Associação dos Produtores Hortigranjeiros da Ceasa/RS (Assphcergs)

Associação dos Usuários da Ceasa/RS (Assucergs)

Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav)

Associação Gaúcha de Supermercados (Agas)

Associação Gaúcha dos Produtores de Brita, Areia e Saibro (Agabritas)

Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã (Agapomi)

Associação Nacional dos Distribuidores de Defensivos e Produtos Veterinários (Andav)

Associação Rio-Grandense de Transporte Intermunicipal (RTI)

Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS)

Federação das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio Grande do Sul (Fetergs)

Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS)

Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa)

Ocergs Organização Cooperativa

Sindicato da Indústria da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Rio Grande do Sul (Sicepot-RS)

Sindicato da Indústria da Mineração de Brita, Areia e Saibro do Estado do RS (Sindibritas)

Sindicato da Indústria de Biodiesel e Biocombustíveis do Rio Grande do Sul (Sindbio-RS)

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Rio Grande do Sul (Sicadergs)

Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat)

Sindicato da Indústria do Trigo no Estado do Rio Grande do Sul (Sinditrigo-RS)

Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado do Rio Grande do Sul (Sips)

Melo chama Dnit diz que ajuda e pede que ela conclua a segunda ponte do Guaíba

O prefeito Sebastião Melo voltou a cobrar, ontem, que o governo federal conclua a segunda ponte do Guaíba. Fez isto em reunião com o Superintendente Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Hiratan Pinheiro da Silva; do Subsecretário de Sustentabilidade do Ministério de Transportes, George Yun; do defensor regional da Defensoria Pública da União (DPU), Daniel Cogoy; de promotores e procuradores de justiça estaduais, além de lideranças comunitárias.

A obra inacabada representa um passivo para a mobilidade urbana de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul, além de impossibilitar o acesso à moradia regular a famílias do território das vilas Tio Zeca, Areia e Cobal, na Zona Norte. O município quer ajudar.

A nova ponte do Guaíba é uma estrutura da União, executada via DNIT.

Histórico - Em diferentes oportunidades, o prefeito viajou a Brasília para tentar destravar a obra e defender a formação de um comitê entre os governos municipal, estadual e federal para executar o projeto. As equipes da prefeitura estão preparadas para ajudar na abordagem necessária à realocação. No dia 15 de março, o governo federal anunciou que disponibilizaria recursos para a construção de acessos à nova ponte. Na ocasião, o prefeito entregou ofício com a reivindicação de conclusão das obras.

Espionagem

 Sem explicarem o monitoramento realizado por dois satélites em cima da movimentação de Bolsonaro, 24 horas por dia, e sem explicar, também, o hackeamento criminoso realizado em cima de quatro câmeras de segurança do complexo onde funciona a embaixada da Hungria, os jornalistas Jack Nicas, Christoph Koettl, Leonardo Coelho e Paulo Motoryn voltaram, hoje ao assunto, produzindo amplo material especulativo e destinado a emparedar o ex-presidente do Brasil e o governo da Hungria. As reportagens de conteúdo político extremista, ajudam o Eixo do Mal.

A reportagem mostra vários vídeos, fotos e até um croquis detalhado das instalações da embaixada (ao lado).

As autoridades brasileiras não explicaram por que razão ainda não demonstraram preocupação com este incidente internacional, envolvendo espionagem estrangeira sobre cidadãos e ativos localizados em território  brasileiro, inclusive militares. O governo da Hungria ainda não falou, confirmando, apenas, que Bolsonaro foi convidado.

A reportagem completa está disponível no site do jornal americano, ligado à esquerda internacional e aos democratas em especial, mas também acusado muitas vezes de estar a serviço da CIA. Cinco dias antes desta reportagem, o diretor de contra-espionagem William Burns reuniu-se com autoridades brasileiras (leia nota mais abaixo). 

CLIQUE AQUI para ler toda a reportagem do New York Times (em português). 



Nota do Itamaraty

 O prazo de registro de candidaturas para as eleições presidenciais venezuelanas terminou na noite desta segunda-feira (25). Porém, a coligação de oposição ao atual presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou que não conseguiu registrar a candidatura da filósofa e professora universitária Corina Yoris.A nota do MRE destaca que o impedimento do registro da candidatura não é compatível com os acordos assinados em outubro do ano passado, em Barbados, para promoção de diálogo, direitos políticos e garantias eleitorais na Venezuela. E que até o momento, não houve explicação oficial para este impedimento.

O governo da Venezuela repudiou nesta terça-feira o comunicado divulgado mais cedo pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, que manifesta preocupação com o processo eleitoral no país vizinho. Segundo nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores venezuelano, a mensagem brasileira emite “comentários carregados de profundo desconhecimento e ignorância sobre a realidade política na Venezuela”. 

Os venezuelanos consideram que o comunicado brasileiro “parece ter sido ditado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos”.

Em nota à imprensa divulgada no início da tarde de hoje, o Itamaraty disse que o governo brasileiro acompanha com expectativa e preocupação o desenrolar do processo eleitoral na Venezuela. “O Brasil está pronto para, em conjunto com outros membros da comunidade internacional, cooperar para que o pleito anunciado para 28 de julho constitua um passo firme para que a vida política se normalize e a democracia se fortaleça na Venezuela, país vizinho e amigo do Brasil. O Brasil reitera seu repúdio a quaisquer tipos de sanção que, além de ilegais, apenas contribuem para isolar a Venezuela e aumentar o sofrimento do seu povo”, diz a nota do MRE. 

Prefeito Zafalon inautura quarta unidade de saúde da família em oito meses

 Com capacidade para 3 mil atendimentos mensais, a Unidade de Saúde da Família (USF) Aristides D’Ávila será inaugurada pelo prefeito de Gravataí, Luiz Zaffalon, nesta quarta-feira (27), às 17h. Será a quarta unidade entregue à população nos últimos oito meses na cidade, onde a prefeitura prevê a conclusão de outras seis até dezembro deste ano. O investimento em cada unidade nova é estimado em R$ 2,6 milhões.

Mais seis estão na agenda.

Situada na rua Curumim, 340, no bairro Dona Mercedes, a nova USF terá sala de vacinas, sala de curativos, sala de inalação e sala de triagem e procedimentos. Além disso, contará com consultórios para atendimento médico, odontológico e de enfermagem, bem como um espaço destinado aos profissionais de saúde. “O atendimento odontológico é a grande novidade para a comunidade a partir desta semana. Até então, moradores da região que precisavam de dentista tinham que ser encaminhados para outros postos. O novo prédio está totalmente equipado, adequado e acessível para os atendimentos. Investir em saúde é melhorar a vida do cidadão no dia a dia. Quando o atendimento é perto de casa, melhor ainda”, avalia o prefeito Zaffalon.

Com funcionamento de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h, a USF terá duas equipes de saúde da família (cada uma formada por médico, enfermeiro, auxiliar ou técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde) e uma de saúde bucal (dentista e auxiliar). Conforme o secretário municipal da Saúde, Régis Fonseca, a nova unidade de saúde era uma reivindicação antiga da comunidade porque o imóvel anterior era alugado e tinha problemas de acessibilidade. Também serão atendidos no local moradores dos bairros Parque dos Anjos, Girassol, Parque dos Ferreiros, Parque Sinimbu e Dona Idalina.

A nova unidade terá atendimentos domiciliares e atividades de prevenção e promoção à saúde num território que abrange até 8 mil pessoas. Além disso, contará com procedimentos como curativos, aplicação de medicações, vacinação e realização de testes rápidos de gravidez e para diversas doenças. 

As obras fazem parte do Qualifica Atenção Primária, programa da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) que cuida da atenção básica à saúde. Já foram entregues pela prefeitura as USFs Itatiaia, Granville e Morada do Vale. Outras seis (Cohab B, Barro Vermelho, Érico Veríssimo, Vila Branca, Nova Conquista e Centro) serão inauguradas ainda em 2024.

Fabio Branco racha o MDB em Novo Hamburgo

Num de seus últimos atos como presidente do MDB gaúcho, Fabio Branco provocou enorme racha no MDB de Novo Hamburgo. Branco decretou a intervenção no diretório municipal do partido para impor a candidatura à Prefeitura de Novo Hamburgo da ex-prefeita de Taquara, Tânia Teresinha da Silva.

Quem passa a controlar o diretório municipal é a atual prefeita Fátima Daut que em segundo mandato não pode concorrer ao cargo novamente e quer Tânia como sua sucessora.

A manobra provocou reação. Históricos nomes do partido pediram desligamento. O primeiro foi o ex-presidente da Junta Comercial do Estado, Paulo Kopschina. Mas,  afastamento mais sentido foi o de Raul Cassel, ex-vice-Prefeito; ex-presidente da Câmara Municipal; vereador por quatro mandatos; e ex-presidente do MDB/NH.

Raul Cassel fez questão de tornar públicas as razões do seu desligamento do MDB e diz que se sentiu ofendido por Fabio Branco, conforme mensagem que fez circular:

“Comunico que tive uma conversa muito áspera com o presidente estadual do M(D)B Fabio Branco ontem a noite por telefone. 

Questionei sobre os fatos de NH e eis o retorno: 

- afirmou que não houve nenhum ilícito na condução no nosso partido

- que os integrantes que saíram da executiva aconteceu por opção.

- que houve pressão do governo municipal para intervenção estadual, visto os interesses do momento.

- questionado porque não veio a NH para contornar a situação, disse que não foi convidado.

- disse que todos nós, porque teria prévias, éramos incompetentes, então ele tomou a frente e decidiu.

- quando questionei se não era uma atitude autoritária e arbitrária, disse que teve o apoio da executiva RS.

- disse que tínhamos virado um partidinho, perto da grandeza de outros tempos.

- me ofendeu pessoalmente sem me conhecer e disse que eu era mais um desses que não semana que vem ia estar em outro partido. 

- realmente fui áspero as condutas do presidente do MDB ESTADUAL, mas em nenhum momento com ofensas pessoais. 

- disse que a decisão estava tomada e fim.

- encerrei a conversa solicitando a Ata da reunião da executiva estadual que deliberou a carta que todos tivemos acesso, com os presentes, o que disse que não ia enviar, a menos que o diretório municipal solicitasse, e terminei dizendo que estava feliz porque o mandato dele estava encerrando. 

Diante do relato, não  tenho mais nada a fazer, não vou nas reuniões desta semana, e digo que estou profundamente magoado com esse partido que foi minha casa e família por muitos anos, e vou cuidar dos meus interesses. Desculpe por ocupar a paciência de vocês, e agradeço a muitos que se manifestaram pessoalmente que tem postura e princípios que diferem destas condutas.


Raul Cassel”

Há algo de podre no reino do Brasil

 Ao sair da homenagem prestada pela Câmara de São Paulo a Michele, nesta segunda-feira a noite, Bolsonaro foi assediado por uma jornalista interessada em saber por que razão ele se hospedou durante dois dias na embaixada da Hungria.

Ops !!

Vocês podem imaginar a resposta.

Bolsonaro olhou para o alto, mirou a jornalista e disparou curto e grosso:

- Não vou te dizer o que penso de ti, em respeito às senhoras aqui presentes.

É o caso.

A jornalista queria reforçara a narrativa dessa mídia podre que temos atualmente no Brasil, que continua alimentando a narrativa desvairada de que Bolsonaro buscou asilo temporário na embaixada do seu amigo Viktor Orban, primeiro-ministro da Hungria.

Asilo temporário ? Sim, depois de confiscado seu passaporte, quatro dias depois, o ex-presidente foi para a embaixada. .E dois dias depois, ele saiu para a Paulista.

Quem contou tudo isto foi o NYT. Ontem, o jornalista que produziu a reportagem ilustrada com videos e fotos pirateados através de prolongada e minuciosa ação de espionagem internacional, deu declarações públicas sobre o principal argumento usado pela PF, por A. de Moraes, pela mídia e até pelo Itamaraty, o caso de tentativa de fuga. O que ele disse:

- Não tenho prova alguma disto.

Ora, as únicas provas existentes são de que Bolsonaro foi ter na embaixada. Seus advogados emitiram nota, dizendo que Bolsonaro foi a convite, para conversar sobre assuntos de interesse político dele e da Hungria. O embaixador, chamado intempestivamente pelo Itamaraty, numa atitude infanto-juvenil e provocaroa, disse o seguinte sobre o convite a Bolsonaro:

- Fi-lo porque qui-lo.

Esta tarde, o gaoverno lulopetista vazou para o site lulopetista Brasil 247 a orientação que passou para quem de direito: "Não prendam Bolsonasro por esta razão. Ela é juridicamente insusatentável". 

Quem não sabe ? Pelo jeito, só não sabem disto o STF, a PF e seus aliados da mídia tradicional, além dos politicóides da extrema esquerda do Psol, do PCdoB e do PT.

O que é preciso investigar é o que ninguém se dispõe a fazer:

1) Que tipo de criminoso violou o sistema de segurança da representação diplomátrica da Hungria ? as embaixadas estçao sendo monitoradas de modo permanente no Brasil ?]

2) Que satélites foram usados para vigiar os movimentos de Bolsonaro na embaixada ? Estes satélites vigiam Bolsonaro o tempo todo ? Outros adversários do governo lulopetista e dos seus aliados são também vigiados por satélites ? 

O NYT e sua alinhada mídia brasileira não diz uma só palavra sobre isto, o que significa que os jornalistas amestrados também se calam.

O Brasil vai se venezuelando a passos rápidos, mas ainda restam patriotas e democratas no Brasil.

Mas que há algo de muito podre nos atuais mecanismos de poder real brasileiro, ah, isto há, sim !

Dívida dos Estados

 O Ministério da Fazenda apresentou a governos estaduais, inclusive do ]rS, proposta para reduzir os juros das dívidas dos Estados com a União, exigindo em contrapartida a criação e ampliação de matrículas em educação profissional técnica. O programa prevê que o Estado que optar por taxa real de juros de 3% ao ano terá que aplicar na ampliação de matrículas no ensino técnico ao menos 50% da economia no serviço da dívida proporcionada pelo programa.O programa também prevê juros mais baixos para governos regionais que amortizarem antecipadamente parte de seus débitos com o governo federal.

De acordo com documento divulgado nesta terça-feira, o Estado que aderir ao programa poderá optar por diferentes taxas de juros reais, de 2%, 2,5% e 3% ao ano. Cada faixa demandará contrapartidas distintas.O documento da Fazenda afirma que a redução nos juros valerá de 2025 a 2030, e menciona que em caso de cumprimento das metas de criação de vagas de ensino, a redução das taxas se tornará permanente.

Dados divulgados pelo governo mostram que a dívida dos Estados com a União alcança o montante de 740 bilhões de reais, sendo que somente São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais respondem por 90% desse estoque. O RS deve R$ 93,4 bilhões. Em 2024, segundo a Fazenda, a União prevê pagamentos de 39 bilhões de reais em prestações pelos Estados, dos quais 23 bilhões de reais são referentes a juros.

Votação sobre decreto legislativo que susta tarifaço de Eduardo Leite

  A votação desta tarde na Assembleia não será sobre o conteúdo do projeto de decreto-legislativo apresentado pelo deputado Rodrigo Lorenzoni, que visa sustar os 5 decretos estaduais que eliminam incentivos fiscais para empresas, garantindo a cobrança de mais R$ 3 bi anuais de impostos no RS.

Este FAQ-Frequently Asked Questions ou “Perguntas Frequentes”, explica a tramitação de uma proposta do gênero:

Passo 1 – O PDL passou primeiro pela Comissão de Constituição e Justiça, para receber parecer. O PDL foi distribuído à relatora, delegada Nadine. Em seu parecer, ela foi desfavorável a que o PDL seguisse tramitando na Casa.

Passo 2 - O deputado Rodrigo Lorenzoni entrou com recurso. Pelo regulamento da Assembleia, o recurso vai à votação no plenário. Isso vai acontecer. hoje, na terça-feira (26). Os deputados gaúchos que não concordam com os decretos do governador terão, assim, a possibilidade de votar favoravelmente ao prosseguimento da tramitação do PDL.

Passo 3 - Desaprovado, vale a lei do governo tucano. Em caso de aprovação pelo plenário, o recurso aprovado leva o PDL novamente à CCJ. O governo será intimado e terá a oportunidade de explicar a razão dos decretos. A mesma relatora fará então um novo parecer.

Asilo de Bolsonaro

 A Polícia Federal anunciou que abriu inquérito para saber por que razão Bolsonaro esteve na embaixada, mas não investigará as dimensões do escândalo de espionagem que violou o espaço inviolável da embaixada. Nem o Itamaraty quer saber o que explica este grave incidente internacional ocorrido em território brasileiro.


O jornal norte-americano The New York Times revelou na sua edição de hoje que Bolsonaro esteve asilado por 72h na embaixada da Hungria em Brasília, dias 12, 13 e 14 de fevereiro, quatro dias depois que o ministro Alexandre de Moraes confiscou seu passaporte.

Os advogados do ex-presidente tinham informação de que ele seria preso pela Polícia Federal, a mando do ministro.

Bolsonaro e seus advogados, até há pouco, 15h30min, nada falou sobre a informação. A embaixada também não falou nada até agora.

O jornal americano diz que examinou as imagens das câmaras de segurança da embaixada, mas não conta de que modo teve acesso a elas, mas além disto conseguiu dados de satélite, também sem informar de que satélites se refere.

CLIQUE AQUI para ler a reportagem do NYT e ver os vídeos que registrariam a passagem de Bolsonaro pela embaixada. 




Primeira Constituição faz 200 anos neste 25 de março

 Outorgada por D. Pedro I, a Carta Imperial de 25 de março de 1824 foi inspirada no constitucionalismo inglês, segundo o qual é constitucional apenas aquilo que diz respeito aos poderes do Estado e aos direitos e garantias individuais, conta, hoje, o historiador Paulo Vendelino Kons, que é de Brusque, SC. O historiador mandou dizer ao editor, hoje, que o conhecimento da nossa trajetória constitucional é indispensável para que o cidadão exearça seus direitos.

O conhecimento de nossa trajetória constitucional, de como se moldaram, nesses dois séculos, nossas instituições políticas, é indispensável para que o cidadão exerça seu novo direito, o de alargar, depois do voto, seu poder de caucionar e orientar o mandato outorgado a seus representantes.

A primeira Constituição brasileira conferiu as bases da organização político-institucional do país independente. Em 1822 D. Pedro convocou uma assembleia constituinte com a tarefa de elaborar uma Constituição para o Brasil. Instalada em 3 de maio de 1823, a assembleia foi dissolvida pelo imperador em 12 de novembro deste mesmo ano, devido ao descontentamento de D. Pedro com as propostas de limitação de seus poderes e de definição das atribuições do Poder Executivo. A tarefa de elaborar uma constituição para o Brasil foi conferida, então, ao Conselho de Estado, tomando por base o projeto que esteve em discussão na assembleia constituinte que fora dissolvida.

Apoiada numa pluralidade de matizes teóricas, como a experiência constitucional da Espanha (1812) e da França (1814), o modelo expresso na Constituição de 1824 resultou da tentativa de conciliar os princípios do liberalismo à manutenção da estrutura socioeconômica e da organização política do Estado monárquico que emergira da Independência. 

A Constituição de 1824 não serviu apenas para os momentos de estabilidade política, conseguida, no Império, a partir da Praieira (1848-1849), que foi a última rebelião de caráter político no período monárquico. Serviu, também, com a mesma eficiência, para as fases de crise que se multiplicaram numa sucessão interminável de revoltas, rebeliões e insurreições, entre 1824 e 1848. Mais do que isso: foi sob esse mesmo texto, emendado apenas uma vez, que se processou, sem riscos de graves rupturas, a evolução histórica de toda a Monarquia. Essa evolução inclui fatos de enorme relevância e significação tanto política como econômica e social. As intervenções no Prata e a Guerra do Paraguai; o fim da tarifa preferencial da Inglaterra e o início do protecionismo econômico, com a tarifa Alves Branco, de 1844; a supressão do tráfico de escravos, o início da industrialização e a própria Abolição, em 1888, são alguns desses exemplos. 

Uma série de circunstâncias, derivadas em grande parte do início do constitucionalismo moderno, contribuiu para que esse documento, ainda que outorgado, assumisse incontestável relevância em nossa história constitucional. Mais do que o julgamento de historiadores, juristas e cientistas políticos, que a esse respeito é quase unânime, vale o seguinte comparativo: É claro que temos que levar em conta que não é só sob o aspecto da durabilidade que as Constituições provam, objetivamente, a sua eficiência. O próprio conceito filosófico e doutrinário que inspira cada texto constitucional costuma emprestar-lhe esse sentido de permanência, na medida em que o concebe como um documento jurídico adaptado às condições econômicas e sociais do meio a que se destina, permitindo, em vez de travar e impedir as mudanças necessárias, acelerar a evolução de toda sociedade política. 

No caso da Carta de 1824, esse foi um requisito essencial de sua concepção. Inspirados nos princípios do constitucionalismo inglês, segundo o qual é constitucional apenas aquilo que diz respeito aos poderes do Estado e aos direitos e garantias individuais, os autores do texto outorgado por D. Pedro I transplantaram para o art. 178 o que seguramente constitui a chave do êxito e da duração da Carta Imperial: “Art. 178 – É só constitucional o que diz respeito aos limites e atribuições respectivas dos poderes políticos, e aos direitos políticos e individuais dos cidadãos; tudo o que não é constitucional pode ser alterado, sem as formalidades referidas, pelas legislaturas ordinárias.”

 Assim concebida, a Constituição, com sua única emenda, o Ato Adicional de 1834, serviu tanto às monarquias de D. Pedro I e de seu filho e sucessor D. Pedro II quanto à chamada “experiência republicana”, representada pelo período regencial que se estende do sete de abril, em 1831, à Maioridade do Imperador, em 1840. Sem que fosse necessário tocar em qualquer de seus artigos, instituiu-se, embora nela não estivesse prevista, a praxe do governo parlamentar, a partir da criação do cargo de Presidente do Conselho de Ministros, em 1847, por simples decreto do Executivo. 

Da mesma forma, passamos do voto indireto à Lei Saraiva, de 1881, matéria que, por sinal, gerou memorável polêmica, exatamente porque a escolha do sistema de eleição em dois graus, instituído em 1822, para a escolha dos Constituintes de 1823, constava expressamente do texto constitucional. Experimentamos o sistema distrital, alteramos sensivelmente a legislação eleitoral e, mantendo intocada a Constituição, realizamos, em suma, virtualmente, todas as mudanças que o País conheceu nesse período, sem que ninguém pensasse ou sentisse necessidade de reformar a velha Carta, de 65 anos de duração. 

Em síntese podemos afirmar que a Constituição de 1824 funcionou para balizar o funcionamento da recém-criada nação independente brasileira. Delimitou a unidade territorial, criou uma divisão clara entre os poderes, garantiu direitos individuais, civis e políticos. Além disso, colocou como responsabilidade do Estado brasileiro a educação e definiu o catolicismo como religião oficial e garantiu o direito de culto de outras religiões.

Saiba mais: aprovada por algumas Câmaras Municipais da confiança de D. Pedro I, a Constituição de 1824 continha 179 artigos:


“CARTA DA LEI – DE 25 DE MARÇO DE 1824 

Manda observar a Constituição Politica do Imperio, offerecida e jurada por Sua Majestade o Imperador. 

Dom Pedro Primeiro, por Graça de Deos, e Unanime Acclamação dos Povos, Imperador Constitucional, e Defensor Perpetuo do Brazil: 

Fazemos saber a todos os Nossos Subditos, que tendo-Nos requerido os Povos deste Imperio, juntos em Camaras, que Nós quanto antes jurassemos e fizessemos jurar o Projecto de Constituição, que haviamos offerecido ás suas observações para serem depois presentes á nova Assembléa Constituinte; mostrando o grande desejo, que tinham, de que elle se observasse já como Constituição do Imperio, por lhes merecer a mais plena approvação, e delle esperarem a sua individual, e geral felicidade Politica: Nós Jurámos o sobredito Projecto para o observarmos e fazermos observar, como Constituição, que d’ora em diante fica sendo deste Imperio; a qual é do theor seguinte:

 

CONSTITUIÇÃO Politica do Imperio do BRAZIL 

Em Nome da SANTISSIMA TRINDADE. 

 

TITULO 1º - Do Imperio do Brazil, seu Territorio, Governo, Dynastia, e Religião. 

Art. 1. O IMPERIO do Brazil é a associação Politica de todos os Cidadãos Brazileiros. Elles formam uma Nação livre, e independente, que não admitte com qualquer outra laço algum de união, ou federação, que se opponha á sua Independencia. 

Art. 2. O seu territorio é dividido em Provincias na fórma em que actualmente se acha, as quaes poderão ser subdivididas, como pedir o bem do Estado. 

Art. 3. O seu Governo é Monarchico Hereditario, Constitucional, e Representativo. 

Art. 4. A Dynastia Imperante é a do Senhor Dom Pedro I, actual Imperador, e Defensor Perpetuo do Brazil. 

Art. 5. A Religião Catholica Apostolica Romana continuará a ser a Religião do Imperio. Todas as outras Religiões serão permittidas com seu culto domestico, ou particular em casas para isso destinadas, sem fórma alguma exterior de Templo. 

 

TITULO 2º. - Dos Cidadãos Brazileiros. 

Art. 6. São Cidadãos Brazileiros 

I. Os que no Brazil tiverem nascido, quer sejam ingenuos, ou libertos, ainda que o pai seja estrangeiro, uma vez que este não resida por serviço de sua Nação. 

II. Os filhos de pai Brazileiro, e os illegitimos de mãi Brazileira, nascidos em paiz estrangeiro, que vierem estabelecer domicilio no Imperio. 

III. Os filhos de pai Brazileiro, que estivesse em paiz estrangeiro em serviço do Imperio, embora elles não venham estabelecer domicilio no Brazil. 

IV. Todos os nascidos em Portugal, e suas Possessões, que sendo já residentes no Brazil na época, em que se proclamou a Independencia nas Provincias, onde habitavam, adheriram á esta expressa, ou tacitamente pela continuação da sua residencia. 

V. Os estrangeiros naturalisados, qualquer que seja a sua Religião. A Lei determinará as qualidades precisas, para se obter Carta de naturalisação. 

Art. 7. Perde os Direitos de Cidadão Brazileiro 

I. O que se naturalisar em paiz estrangeiro. 

II. O que sem licença do Imperador aceitar Emprego, Pensão, ou Condecoração de qualquer Governo Estrangeiro. 

III. O que fôr banido por Sentença. 

Art. 8. Suspende-se o exercicio dos Direitos Politicos 

I. Por incapacidade physica, ou moral. 

II. Por Sentença condemnatoria a prisão, ou degredo, emquanto durarem os seus effeitos.

 

TITULO 3º. - Dos Poderes, e Representação Nacional. 

Art. 9. A Divisão, e harmonia dos Poderes Politicos é o principio conservador dos Direitos dos Cidadãos, e o mais seguro meio de fazer effectivas as garantias, que a Constituição offerece. 

Art. 10. Os Poderes Politicos reconhecidos pela Constituição do Imperio do Brazil são quatro: o Poder Legislativo, o Poder Moderador, o Poder Executivo, e o Poder Judicial. 

Art. 11. Os Representantes da Nação Brazileira são o Imperador, e a Assembléa Geral. 

Art. 12. Todos estes Poderes no Imperio do Brazil são delegações da Nação.

(...)

TITULO 8º. -  Das Disposições Geraes, e Garantias dos Direitos Civis, e Politicos dos Cidadãos Brazileiros.

(...)

Art. 179. A inviolabilidade dos Direitos Civis, e Politicos dos Cidadãos Brazileiros, que tem por base a liberdade, a segurança individual, e a propriedade, é garantida pela Constituição do Imperio, pela maneira seguinte.

I. Nenhum Cidadão póde ser obrigado a fazer, ou deixar de fazer alguma cousa, senão em virtude da Lei. 

II. Nenhuma Lei será estabelecida sem utilidade publica. 

   III. A sua disposição não terá effeito retroactivo.

(...)

Mandamos portanto, a todas as Autoridades, a quem o conhecimento e execução desta Constituição pertencer, que a jurem, e façam jurar, a cumpram, e façam cumprir, e guardar tão inteiramente, como nella se contem. O Secretario de Estado dos Negocios 88 Constituições Brasileiras do Imperio a faça imprimir, publicar, e correr. Dada na Cidade do Rio de Janeiro, aos vinte e cinco de Março de mil oitocentos e vinte e quatro, terceiro da Independencia e do Imperio. 

IMPERADOR Com Guarda. 

João Severiano Maciel da Costa.”

 

Historiador Paulo Vendelino Kons 
E-mail: bicentenariodaindependencia@gmail.com | paulo.kons@brusque.sc.gov.br


Metástases do tumor autoritário

Em fevereiro passado, um jornalista português passou por interrogatório de quatro horas ao desembarcar no Aeroporto de Guarulhos. Ele havia feito críticas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e às urnas eletrônicas em suas redes sociais. Segundo informou o diretor de Polícia Administrativa da Polícia Federal (PF), delegado Rodrigo de Melo Teixeira, à Comissão de Segurança Pública do Senado, na terça-feira passada, essa foi a razão pela qual o tal jornalista foi tratado pela PF como suspeito – sabe-se lá de que crime. Como não há delito de opinião no Brasil, ficou claro que se tratou de abuso de autoridade – que, nestes tempos estranhos, está longe de ser isolado. Ao contrário, o caso do jornalista é apenas a mais recente metástase de um tumor autoritário que se espalha em nome da defesa da democracia.


É uma célebre alegoria do autoritarismo difuso. Diz-se que em 1968, às vésperas da instauração do AI-5, o vice-presidente Pedro Aleixo teria alertado o presidente Costa e Silva: “Presidente, o problema de uma lei assim não é o senhor, nem os que com o senhor governam o País; o problema é o guarda da esquina”.


Em 2021, o Congresso aprovou a Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito para extirpar o risco pela raiz e garantir que todo presidente governará sob leis iguais para todos, criadas pelos parlamentares eleitos e interpretadas caso a caso com isonomia pelo Judiciário, tudo conforme a vontade soberana da Nação consagrada na Constituição. Mas não se defende a Constituição com armas inconstitucionais; não se fortalece o Estado de Direito atropelando o devido processo legal; e o melhor remédio contra os inimigos da democracia é mais, e não menos, democracia.


Em tempos normais, essas variações do princípio segundo o qual os fins não justificam os meios seriam platitudes ociosas. Mas estes não são tempos normais. A República ainda se recompõe após o abalo sísmico das invasões bárbaras aos Três Poderes, em janeiro do ano passado, e prepara-se para julgar um ex-presidente, provavelmente por tentativa de golpe de Estado.


Na raiz dos reveses impostos pelo Supremo Tribunal Federal à operação Lava Jato está a autoatribuição da 13.ª Vara Federal de Curitiba de uma espécie de competência universal contra a corrupção. Mas agora é o Supremo que parece se atribuir a condição de juízo universal de defesa da democracia.


Há cinco anos a Corte conduz inquéritos secretos e elásticos para apurar fake news. Nas mesmas condições, instaurou inquéritos contra milícias digitais e as manifestações golpistas. Sob a justificativa da excepcionalidade, hermenêuticas extensivas e fundamentações heterodoxas motivaram censuras, bloqueios de contas, quebras de sigilos bancários e telemáticos, multas exorbitantes e indiciamentos e prisões preventivas no atacado.


Antes mesmo da apuração de um bate-boca envolvendo o ministro Alexandre de Moraes e seus familiares em Roma, o então ministro da Justiça, Flávio Dino, hoje ministro do STF, declarou que o assédio poderia ser tipificado como crime contra o Estado Democrático de Direito. O presidente Lula sentenciou que o suspeito era um “animal selvagem” e prometeu “extirpar” essa “gente que renasceu no neofascismo”. O STF assumiu a jurisdição de um caso típico de primeira instância e despachou mandados de busca e apreensão na investigação da Polícia Federal por suposta tentativa de “abolição violenta do Estado Democrático de Direito”. Um óbvio absurdo – que ameaça se normalizar. Antes do caso do jornalista português, manifestantes contra o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo foram detidos e autuados por “abolição violenta do Estado Democrático de Direito”. Com a mesma justificativa, um juiz de Carauari deu voz de prisão a um delegado que o acusou de corrupção.


De tanto martelar que o País está à mercê de extremistas, magistrados como Alexandre de Moraes forjaram tipos penais adaptáveis sob medida para o guarda de esquina perseguir “fascistas”. Inebriados pela síndrome do pequeno poder, esses “superamigos” da democracia se proliferam. Mas com amigos assim, quem precisa de inimigos?


Marielle

 Esta ilustração do The Intercept Brasil, como matérias da mídia mainstream, incluíam mentirosamente Bolsonaro e Flávio mórbida trama.


Elevada aos píncaros da glória esquerdopata, tudo porque o lulopetismo e seus aliados atribuíram sua morte a embates políticos de caráter ideológico, finalmente o assassinato de Marielle Franco é desvendado e o caso fica resumido a uma briga política paroquial carioca.

O lulopetismo e a extrema esquerda tinham encontrado o seu cadáver e o seu culpado: Bolsonaro, que se não tinha estrangulado Marielle, com certeza era amigo do assassino, Ronnie Lessa, que mais tarde ou mais cedo contaria a verdade. 

A verdade acabou surgindo, como surgiu o caso dos móveis surrupiados por Bolsonaro do Planalto.

Era tudo mentira. Resta saber se Anielle Franco, nomeada por ser irmã do cadáver da comissária, sairá do cargo de ministra do governo do PT.

A esquerdalha e a mídia alinhada acabam de perder o seu cadáver, mas não se dará ao trablho de se desculpar formalmente com Bolsonaro. 

Leia a nota a seguir.

STF fulmina último recurso do MPE contra Jairo Jorge

 O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, negou recurso do Ministério Público Estadual do Rio Grande do Sul em processo de improbidade administrativa contra o prefeito Jairo Jorge (foto ao lado). A ação trata de recursos repassados à Associação de Pais e Amigos do Voleibol - APAV Canoas, através da Lei Pelé, durante a primeira gestão de Jairo à frente da Prefeitura de Canoas. A decisão do ministro é do último dia 14.

Mesmo com os outros recursos favoráveis ao prefeito na Justiça, em primeiro e segundo grau, o MP levou o processo à instância superior. Novamente não obteve êxito.

Entenda o caso
Em 20 de agosto de 2020, o Ministério Público ingressou com Ação Civil Pública por atos de improbidade administrativa contra Jairo Jorge, alegando violação aos princípios da legalidade, da administração pública, da moralidade e da impessoalidade, uma vez que teria permitido que somente uma determinada entidade se beneficiasse da Lei 9.615/2015 (Lei Pelé). O processo se refere a fatos ocorridos em 2012.

Mauro Cid é preso de novo

 O STF, a PF, o governo do PT, os políticos aliados e alinhados, como também a mídia tradicional, foram pegos no contrapé e tentam fazer de conta que o caso tem pouca importância, quando o caso é de enorme importância e gravidade, colocando os inquéritos do fim do mundo totalmente em xeque.


PF e Moraes, justamente os dois acusados por Cid, são justamente seus carcereiros novamente. Só a PF considerou-se sob suspeição, ontem, pedindo que o juiz instrutor do gabinete de Moraes fosse ouvi-lo, hoje, e não ela, PF, mas hoje cumpre ordem e prende Cid.

O diretor-geral da Polícia Federal, delegado Andrei Rodrigues, disse nesta sexta-feira que os áudios atribuídos ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), são “graves acusações” à corporação. Andrei confirmou ter protocolado uma representação contra Cid no STF.

O militar acusou o ministro A. de Moraes e a PF de promoverem crimes de abuso invencível de autoridade, inclusive intimidação, coação e falsidade ideológica, mas não só.

Trata-se de um gravíssimo incidente policial e judicial, colocando em xeque os inquéritos tocados pelo STF e pela PF contra Bolsonaro, tornando-os imprestáveis.

Pressão contra CPI

 A insistente recusa da maioria dos deputados estaduais gaúchos em instalar a CPI da CEEE Equatorial, mesmo depois de dois severos apagões e denúncias de maus serviços, recoloca na ordem do dia as declarações que fez na Federasul o líder empresarial e ex-vice-governador José Paulo Cairolli, que denunciou que é muito fácil para o governo comprar apoio político dos parlamentares. Ele falou isto a respeito da batalha dos empresários e da oposição para reverter o corte de incentivos fiscais promovido pelo governo tucano.

Cairolli usou o verbo "comprar" na sua expressão verdadeira e não como metáfora.

Ele falou tudo isto de público, diante dos principais líderes empresariais, na Federasul, com a presença da imprensa.

Sobre a possibilidade de obter ajuda dos deputados, disse o empresário, lembrando sua passagem pelo governo:

— Então, eu acho, primeiro: (temos que) tomar mais consciência de como é que funciona essa mecânica… e achar que a Assembleia, que é muito fácil de ser dominada… Eu participei de uma negociação, deputado por deputado, trocam por qualquer coisa. O troço não é brinquedo. Saem da sala (plenário da Assembleia) para não votar. Vocês observem como é o… Aí aparece uns malucos que votaram a favor… contra o aumento de imposto. Não saiu (aumento de ICMS) na Assembleia porque houve um movimento muito grande contra.

José Cairolli, pressionado, recuou e disse que usou palavras inadequadas, mas não se retratou.

Apagão tucano

  Nem a velha CEEE estatal produziu tanto vexame para os gaúchos.

As 17h10min, foi assim (foto ao lado) que o editor conseguiu atualizar por meia hora este blog, usando dispositivos móveis de energia e internet. Foi a segunda prolonga interrupção de fornecimento de energia elétrica do dia.

Em pleno evento internacional de inovação, milhares de cidadãos e empreendedores gaúchos precisam trabalhar com a ajuda de lampiões, velas e lanternas, como é o caso do editor deste blog, sem que este governo que entregou a CEEE para velhos conhecidos, vá para cima da concessionária para valer, impedindo até a instalação da CPI que a Assembleia não instala por submissão covarde.

Na terça-feira a noite, quando recepcionou convidados do South Summit no Piratini, tendo ao seu lado o marido Thales Bolzan, o governador Eduardo Leite ainda não tinha passado pelo vexame que desde ontem a noite a CEEE Equatorial proporciona aos participantes do evento inovador que ocorre no RS. Eduardo Leite quer atrair empreendimentos modernos para o RS, mesmo sem garantir o básico suprimento sustentado de energia elétrica

Nem a fala fluente em inglês, português e espanhol, que deslumbrou a jornalista Rosane de Oliveira, RBS, salvaria Eduardo Leite do vexame. 

É ele o responsável pelo vexame que envergonha o RS e prejudica os gaúchos.

Está na hora de Eduardo Leite falar menos e fazer mais pelo Estado - ou passar o bastão para gente com mais competência. 

Operação de criptomoedas abala investidores gaúchos

Empresa, com sede em Balneário Camboriú, tornou-se o epicentro de um grande caso de polícia, envolvendo suspeitas de operar um esquema de pirâmide financeira e de lavagem de dinheiro.

Investidores de criptomoedas no Rio Grande do Sul, especialmente das cidades de Cruz Alta, Ijuí, Santa Rosa, Frederico Westphalen, Panambi, Passo Fundo, Santa Maria, Bento Gonçalves, Lajeado, Estrela, entre outros municípios do Estado, encontram-se em uma situação delicada após aplicarem seus recursos através da Sbaraini Capital. 

Esta empresa, com sede em Balneário Camboriú, Santa Catarina, tornou-se o epicentro de um grande caso de polícia, envolvendo suspeitas de operar um esquema de pirâmide financeira e de lavagem de dinheiro. Um dos casos mais chocantes envolve um executivo gaúcho que investiu a soma impressionante de 50 milhões de reais, e que já deu início a um processo judicial buscando reparação.

O impacto dessa turbulência afetou mais de 16 mil investidores, com um valor agregado a recuperar que supera os R$2,6 bilhões. A maioria desses investidores reside na região Sul do país, tornando o caso de particular interesse para os gaúchos. Alex Gallio, especialista em ativos digitais e sócio do escritório Boschirolli e Gallio Advogados Associados, assumiu a frente legal desse embate, empenhado em restituir a justiça e os valores aos lesados.

O ponto de inflexão ocorreu em 28 de novembro de 2023, com a deflagração da Operação “Ouranós” pela Polícia Federal, que expôs as atividades ilícitas da Sbaraini Capital. A companhia oferecia rendimentos exorbitantes por meio de supostas operações de arbitragem em criptomoedas, sem qualquer respaldo ou autorização dos órgãos reguladores competentes, colocando em risco a segurança e a legalidade dos investimentos.

A situação gerou um clima de desespero e angústia generalizados entre os investidores, muitos dos quais aplicaram significativas quantias, atraídos pela promessa de rentabilidades atraentes de 2% a 3% ao mês, descontando apenas o Imposto de Renda. Gallio, diante desse cenário, recebe uma enxurrada de contatos diários de pessoas buscando amparo legal contra a empresa, evidenciando a gravidade e extensão do problema.

Conforme o especialista, este caso evidencia os riscos latentes no mercado de criptomoedas, marcado por promessas de lucratividade rápida e fácil, mas que, na realidade, podem esconder armadilhas e práticas fraudulentas. A experiência dos investidores gaúchos com a Sbaraini Capital serve como um alerta para a necessidade de maior vigilância e cuidado ao investir em ativos digitais, destacando a importância de operações transparentes e regulamentadas neste volátil setor financeiro.

 

QUEM É ALEX GALLIO?

Alex Gallio, sócio do escritório Boschirolli e Gallio Advogados Associados, atualmente presidente da OAB Subseção de Cascavel-PR, e tem uma sólida trajetória de 23 anos como advogado, durante os quais ele adquiriu uma profunda expertise em diversas áreas do direito. Sua especialização em ativos digitais e smart contracts o posiciona como uma figura de destaque no campo dos negócios e transações digitais.

Ao longo de sua carreira, Alex Gallio tem assessorado uma ampla gama de clientes, incluindo empresas, startups e indivíduos, em questões legais relacionadas à tecnologia, societário, planejamento patrimonial e tributário, além de ativos digitais. O advogado é reconhecido como uma referência em direito digital, tendo contribuído significativamente para a evolução e compreensão das questões legais emergentes no ambiente digital. Sua experiência abrange desde a regulamentação de criptomoedas até a resolução de litígios relacionados as transações online e proteção de dados.

Desenrola nos Correios

 Os Correios e a Serasa informam que o atendimento presencial para negociações de dívidas com descontos especiais está disponível em todas as agências do país nesta quinta-feira (21), o Dia D Contra as Dívidas.

Devido à alta procura nas agências centrais das capitais, principalmente, em busca de acordos de contas atrasadas de energia e dos benefícios do Programa Desenrola, há formação de filas e demora no atendimento. Os Correios reforçam que o atendimento está disponível nas mais de 6 mil agências espalhadas pelo Brasil e a renegociação de dívidas pode ser realizada presencialmente, em todos os municípios, sem taxas ou custos adicionais até o final do MegaFeirão, em 28 de março.

Negocie também pelos canais digitais da Serasa

Para aproveitar as ofertas até o final de março, consumidores de todo o país também podem consultar os canais oficiais da empresa e negociar com descontos do MegaFeirão Serasa e Desenrola de forma online:

Site: http://www.serasalimpanome.com.br

App Serasa no Google Play e App Store  

WhatsApp: 11 99575–2096

Sobre a Serasa

Com o propósito de revolucionar o acesso ao crédito no Brasil, a Serasa oferece um ecossistema completo voltado para a melhoria da saúde financeira da população por meio de produtos e serviços digitais. 

Mais informações em www.serasa.com.br e via redes sociais no @serasa.

Artigo, Luiz Coronel - Elogio a Plínio Monte da Rocha

- Texto retirado das redes sociais do autor.

Certas pessoas comparecem às nossas vidas de uma forma definitiva. Um Monte de lembranças 

sólidas qual as Rochas, digo para usufruir de seu nome.

Formamos um trio atuando na linha de frente na área da comunicação. Os anos 70 punham o 

pé na estrada e nós inaugurávamos a Exitus Publicidade.

Com textos irreverentes dominávamos a Rádio Continental, nos anos de chumbo. Ricardo 

Campos, o mais jovem do trio, trazia para nós o ritmo dos novos tempos. Plínio era o homem 

das artes. Das concepções gráficas. Eu, o inquieto e propositivo redator.

Mas não ficamos aí. Inauguramos os espetáculos de massa no Gigantinho, com shows de Billy 

Paul e Glória Gaynor. Atrevidos, encaramos a primeira campanha política nos inícios de 

democratização.

Fomos únicos, os publicitários estavam de joelhos ante o poder dominante.

Ali estava o Plinio, com suas vinte viagens à Europa.

Com sua inquietude perante inovações técnicas, sua consciência minuciosa sobre as mutações 

do poder.

Ali estava um parceiro amigo.

O tempo esparge folhas de jornal pelas calçadas e pessoas por inesperados rumos. Cada um de 

nós deu remos à sua vida.

Mas não nos dispersamos. Os fios da memória, os laços da amizade ainda e muito nos 

aproximavam.

Plinio em minha casa, em minha mesa, nos víamos em Gramado. E quando nos distanciamos, 

novamente, Ricardo me abastecia de notícias.

Hoje sabemos que nuvens plúmbeas toldam seus dias.

Sabemos ser previsível seu adeus.

Mas as pessoas deixam uma herança valiosa de impressões e só morrem quando são esquecidas.

Plínio era, foi e será um amigo para sempre. E não será esquecido. Com seus erros, seus acertos, 

suas luzes e suas sombras, viveu intensamente seu tempo.

A palavra esquecimento não encontra lugar em sua memória.

Sejamos dignos do afeto que ele nos devotou.

Luiz Coronel 15 de março 20

Artigo, Paulo Cruz, Gazeta do Povo - Ficção Americana

 Neste artigo, o filósofo Paulo Cruz, abordando o filme “Ficção Americana”, joga luzes sobre a manipulação dos negros - e não só.


"A arte negra pode, razoavelmente, ser uma moda passageira para outros; para nós ela deve ser uma religião. A beleza, porém, é o seu melhor sacerdote e os salmos serão mais eficazes que os sermões." (Alain Locke, The New Negro Aesthetics)


O leitor deve saber que sou professor de Filosofia e tenho mestrado em Ciências da Religião. Quando decidi trocar a área de tecnologia pelas humanidades, minha intenção era justamente tratar de temas relacionados à educação de maneira geral e, mais especificamente, de filosofia. Por isso minha monografia da graduação em Filosofia foi sobre a Consciência do Fundamento em Platão, Aristóteles e Eric Voegelin, um tema eminentemente filosófico; já em meu mestrado, consegui unir educação, literatura, filosofia e teologia numa dissertação sobre a Trilogia Cósmica de C.S. Lewis. Ou seja, não havia assunto mais distante de meus interesses que o racismo.

O que ocorreu é que, diante de um problema mais urgente - a completa esquizofrenia do debate sobre racismo no Brasil - e da completa ausência de um contraponto sólido sobre o assunto, lembrei-me das palavras do rabino Hilel, imortalizadas por Viktor Frankl: "se não eu, quem? Se não agora, quando?"; e me vi na obrigação de, diante não só de uma intuição que a própria experiência me dera, mas também de algum conhecimento prévio que tinha do assunto - e que ia de encontro à radicalização ideológica atual -, mergulhar na compreensão das contraditórias relações raciais brasileiras, ainda tão marcadas pela memória da escravidão e por um imaginário de subalternização do negro tão arraigado a ponto de, para muitos, ser imperceptível.

“Ficção Americana” é uma comédia dramática mordaz sobre o quanto as pessoas negras têm o seu talento estigmatizado e são usadas para justificar o que pessoas não negras e aparentemente conscientes pensam sobre elas e seus problemas.

O tema, tão candente, acabou por me dar projeção, mas não propriamente como eu desejava. Acabei por me tornar um "negro de direita" (epíteto que, como já disse, rejeito) que fala contra os movimentos negros - que, na atualidade, são fundamental e majoritariamente de esquerda. A partir daí, duas coisas ocorreram: 1. fiquei estigmatizado e quase condenado a falar somente sobre isso (exceto aqui, nessa coluna), e 2. parte da direita passou a usar o que eu dizia para menosprezar (no sentido exato do termo, de prezar menos) o problema, como se ele não existisse, como se falar sobre racismo fosse mimimi ou assunto de esquerdista, e tivessem encontrado um "negro de direita" para confirmar suas posições. Aliás, percebi até que muitos me abraçaram a fim de dar vazão, inclusive, a preconceitos e justificar atrocidades.

Já falei sobre isso em outras ocasiões, e talvez por essa razão tantas pessoas tenham vindo me perguntar se eu havia assistido ao excelente “Ficção Americana”, de Cord Jefferson (roteirista da ótima série The Good Place, sobre a qual já escrevi nesta Gazeta do Povo), uma comédia dramática mordaz sobre o quanto as pessoas negras têm o seu talento estigmatizado e são usadas para justificar o que pessoas não negras e aparentemente conscientes pensam sobre elas e seus problemas. O progressista branco (white liberal), tão furiosamente criticado por Malcolm X e ridicularizado em séries como a excepcional Atlanta, é o principal alvo de Jefferson e mostra o quanto a tentativa de limpar sua barra pode, ao fim e ao cabo, mais prejudicar do que ajudar.

Thelonious Ellison - interpretado fabulosamente por Jeffrey Wright -, apelidado de "Monk" em referência ao grande pianista de jazz, é um culto professor universitário e talentoso escritor cuja carreira está em baixa porque o público parece mais interessado em consumir lixo ideológico e mal escrito do que obras de qualidade como as de Monk. Não só o público, mas principalmente as editoras estão mais interessadas em publicar obras que sejam voltadas para a militância pura e simples, para as discussões identitárias e toda essa parafernália ideológica que, pela polêmica e pelo potencial de jogar na cara de uma sociedade branca culpada suas mazelas, acaba por fazer sucesso. Inclusive, a antagonista de Monk no filme, Sintara Golden (Issa Rae), é uma espécie de Djamila Ribeiro com um discurso, como dizem, "lacrador" e superficial, cheio de estereótipos, mas que faz o maior sucesso.

Arthur (John Ortiz) é o agente responsável por tentar vender as obras de Monk às editoras, e o fracasso de suas iniciativas se mostra logo no início do filme, num diálogo que resume bem a situação:

Monk: Alguma notícia?

Arthur: Patrick, da Echo, está morrendo. Mas quem se importa? Ele é um velho alcoólatra.

Monk: O que é aquilo? Nove agora?

Arthur: Ele diz: "Este livro é primorosamente elaborado, com personagens totalmente desenvolvidos e linguagem rica, mas fica-se perdido para entender o que é essa reformulação de Os Persas, de Ésquilo, tem a ver com a experiência afro-americana?"

Monk: Aí está, aí está.

Arthur: Eles querem um livro negro.

Monk: Eles têm um livro negro. Eu sou negro e é meu livro.

Arthur: Você sabe o que eu quero dizer.

Monk: Você quer dizer que eles querem que eu escreva sobre um policial matando um adolescente negro, ou uma mãe solteira em Dorchester criando cinco filhos...

Arthur: Dorchester está bem branca agora. Mas sim.

Monk: Jesus Cristo. Você sabe, eu nem acredito realmente em raça.

Arthur: Sim. O problema é que todo mundo faz isso.


A verdade é que Monk se enche disso e resolve, de pirraça, escrever, sob pseudônimo, um livro cheio dos clichês raciais mais óbvios, violência e discurso sentimentalista ideológico; e faz de seu alter ego um fugitivo e procurado pela polícia. Pede ao seu agente que envie o livro a uma editora para esfregar-lhes na cara a sua hipocrisia. O problema é que eles amam o livro e oferecem uma bolada de adiantamento para publicá-lo.

Ante a indignação de Monk, Arthur oferece uma metáfora etílica para convencê-lo, coloca três garrafas de uísque Johnnie Walker - uma Red, uma Black e uma Blue - na mesa e diz:

"Você vê a metáfora? Todos são feitos pela mesma empresa. O Vermelho é uma merda, o Preto é menos merda, o Azul é bom. Mas menos pessoas compram o Azul, porque é caro. E no fim das contas, a maioria das pessoas só quer ficar bêbada. Durante a maior parte de sua carreira, seus livros foram "azuis¼; são bons, complexos. Mas não são populares, porque a maioria das pessoas quer algo fácil. Agora, pela primeira vez, você escreveu um Livro Vermelho. É simples, lascivo. Não é boa literatura, mas satisfaz um desejo. E isso é valioso. O que estou tentando ilustrar é que, só porque você faz Red não significa que você também não possa fazer Blue. Você pode fazer tudo. Como Johnnie Walker. Na verdade, você derrotou Johnnie Walker, porque você nem precisa colocar seu nome verdadeiro nele."

Monk tem de assumir um papel que ele odeia, tosco, criado para fazer troça, mas que a demanda de um mundo estúpido, que deseja reduzir a tudo e a todos à unidimensionalidade da sua própria estupidez, deseja explorar.

Daí em diante, em meio a questões pessoais e familiares, Monk tem de assumir um papel que ele odeia, tosco, criado para fazer troça, mas que a demanda de um mundo estúpido, que deseja reduzir a tudo e a todos à unidimensionalidade da sua própria estupidez, deseja explorar e onde deseja escorar a sua miséria moral. Um mundo sem contradições, banal, estereotipado, eivado de determinismos que impedem as pessoas de serem elas próprias, mas são forçadas a serem personagens num grande teatro de vieses de confirmação que se retroalimenta e emburrece. E qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.

Guardadas as devidas proporções, posso dizer que, por analogia, me sinto um pouco como Monk. Não quero parecer apelativo ao leitor que tão generosamente me acompanha e lê nessa coluna artigos dos temas mais variados; mas não posso negar que, na maior parte dos casos, sinto que sou mais levado a sério quando falo sobre racismo do que quando falo sobre qualquer outro assunto; não só porque o tema é polêmico em si mesmo, mas pelos dois motivos que expus acima e dos quais ainda não consegui me livrar por completo. Meu desejo é, um dia, poder voltar a estudar Platão, Eric Voegelin e C.S. Lewis tranquilamente, produzir coisas sobre esses assuntos e ser respeitado como um professor de Filosofia que sou, e não como um mero "negro de direita".

Por fim, entendi o porquê de as pessoas associarem o filme a mim, lembrarem de mim ao vê-lo; e o caro leitor que me acompanha, se viu o filme, também entenderá. Se não viu, veja, é muito divertido e interessante - e está concorrendo a cinco Oscars: Melhor Filme, Melhor Trilha Sonora Original, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Ator (Jeffrey Wright) e Melhor Ator Coadjuvante (Sterling K. Brown).


Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos. *Paulo Cruz é professor e palestrante nas áreas de filosofia, educação e questões relacionadas ao racismo no Brasil. Formado em Filosofia e mestre em Ciências da Religião, é professor de Filosofia e Sociologia na rede paulista de ensino público. Em 2017 foi um dos agraciados com a Ordem do Mérito Cultural, honraria concedida pelo Ministério da Cultura, anualmente, por indicação popular, a nomes que se destacaram na produção e divulgação cultural./


Doutrinação política pró comunismo

http://www.polibiobraga.com.br/leticia1polibio.PDF

http://www.polibiobraga.com.br/leticia2polibio.PDF

Processo 5018173-32-2017.8.21.0001

Autora - Letícia Sorio Saraiva

Advogados - João Carlos de Oliveira Azevedo e João Paulo Martiny Milanez (Escritório Azevedo e Souza).

Réus - Polibio Braga, Facebook Serviços online do Brasil, Glauco Fonseca

Advogados - Veronica Althaus, Marcela Joelsons, Marcelo Nedel Scalzilli, Gabriela Chimelo Pereira Ronconi, e Ingrid Nedel Spohr, Camila teófilo (Polibio Braga); Celso de FarioaMonteiro (Facebook) e José Antonio Rosa e depois Píppi e D'Alló (Glauco).

Procolada em 24.2.2017
15a. Vara Cível, Porto Alegre

JUIZES - Roberto José Ludwig

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Ação de obrigação de fazer C/C indenizatória.

22 de fevereiro de 2017.

Letícia é professoira de matemática do 9o ano do Ensino Fjndamental e 3o ano do Ensino Médio do Colégio Marista Ipanema.

No dia 17 de fevereiro de 20917, Glauco postou comentários nas redes sociais, na sua página do Facebook: 1) No primeiro dia de aula do seu filho, ele ficou incomodado, pois houve "uma invasão comunalha na escola, exigindo a demissão da professora, senão retiraria seu filho do colégio. 2) Fez referencias a religião, ideologia e opção sexual diferentes da dele. 3) Que ela não foi dar aula de matemática, masjá no primeiro dia pediu video por e-mail respondendo 3 perguntas, a 3a. das quais perguntando como a matemática pode ajudar a resolver problemas como corrupção, racismo, lgbtfobia, gordofobia etc.. 4) Botou fotos da autora e locais de trabalho, Ipanema e Cursinho Pré Vestigular Território Popular, do mst.

No mesmo dia, Glauco ligou apra a escola reclamando da doutrinação marxista.

E agendaram reuniçao para o dia 20, mas no dia 18 o renomado jornalista Polibio Braga publicou a postagem por inteiro do réu Glauco. Comentários de leitores foram inúmeros e desairosos.

Na reunião do dia 20, o diretor Alexandre e o vice Fernando, não registraram acordo com Glauco, confirmaram a professora e mandarm Glauco tirar o filho da escola. Os diretores foram solidários e a diretoria gerencia educacional da Rede no RS, sr. Manoir, também apoiou-a contra o pai do aluno e o aluno.

Osa dvogados alegam que as perguntas estão de acordo comn o conceito multidisciplinar.

PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

Art. 300 do CC

Censura aos textos no Face e no blog.

Proibir Polibio de se referir à autora em qualquer publicação futura.

5 mil por dia se não tirarem.

PEDIDOS

50 mil
Retratação de Polibio e Glauco
AJG

SEGREDO DE JUSTIÇA.

......

PROVAS ELENCADAS

BOLETIM DE OCORRENCIA

Os advogados não fazem referencia ao BO, mas Letícia registrou um no dia 22 contra Glauco por difamaçao,.

Texto do Glauco, comentários no Face, no blog do Polibio e opiniões de leitores

....

No dia 24 de fevereiro de 2017

Juiz Roberto José Ludwig

Nega com fundamento "no direito fundamental da liobdrdade de expressão e de crítica, bem como no direito dos pais de acompanhartem a educação dos filhos, ambos gtarantidos pelo Estado Dempocrático de Direito".

- A intervenção gravosa nãos e justifica na ponderação entre os deveres de proteção da honra da autora e o direito à librdade de pensamento , manifestação e crítica!.

- Nega porque interferiria na libdrdade profissional e de acesso á atividade jornalística  que configuraria censura prévia das liberdades de expressão e de informação, hipótese vedada expressamento pelo artg. 5o, inciso IX da CF.

- Coincede exclusão dos comentários.

- NEGA SEGREDO DE JUSTIÇA.

....

27 de março de 2017.

Recurso ao TJR

AGRAVO DE INSTRUMENTO. (página 70).

Requer: 1) Reforma da sentença de 1o grau para a) Conceder antecipação de tutela. b) Censurar página do Glauco e proibir que volte a se referir à autora no futuro. c) Idem. 3) Facebook retirar postagem do Glauco.]

E INSISTE COM PEDIDO DE SEGREDO DE JUSTIÇA.

E AJC.

....

31 de março de 2017

Juiza Débora Kleebank mantém a decisão agravada.

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13 de abril 2017
FACEBOOK apresenta contestação. Enorme.

10 de maio
Glauco contesta. Enorme.

20 de julho de 2017. PAGINA 259.
Polibio contesta.

....

31 DE AGOSTO 2017

DESEMBARGADORES GELSON ROLIM STOCKER, LIÉGE PURICELLIPIRES E GIOVANNI CONTI.  17a Câmra Cível.

Dão parcial provimento ao agravo: 1) Manda excluir as postagens, 48h, sob pena de multa de 30mil por dia. PELO QUE VI, SÓ ÁS OPINIÕES DE OUTROS, MAS TEM QUE VER MELHOR COM OS ADVOGADOS 2) REJEITA SEGREDO DE JUSTIÇA.

10 DE OUTUBRO sw 2017
Polibio informa ao juiz singular que parágrafo 4o do asrtigo 19 do MCI o exime de responsabilidade pela opinião de terceiros.

2) Alega que quer julgamento antecipado, já que a questão é de direito, conform  355, I, do CPC....

2018

11 de janeiro 2018
Página 302 apresenbta rol de várias testemunhas. No dia 26 de abirukm juiza só admitiu 3.

11 de maio de 2018

Polibio pede cópia do BO da autora na 1a. Delegacia de Polícia, número 1870/20117

8 de junho 2018
Juiza defere AJG para Polibio, 

20 de junho de 2018
JUIZA DÉBORA KLEEBANK deffereAJG para Polibio Braga 

28 de agosto 2018
STJ Ministra Maria ISABEL GALOTTI negou agravo ao prosseguimento de recurso especial ao stj

PÁGINA 382

19 de seatembro

Delegado Christiane Ramos manda o BO. Página 333. Difamação,

25 DE SETEMBRO DE 2018

Polibio interpõe Agravo INTERNO NO STJ. agravi en recurso especial.

.......

2021

aUDIENCIA MARCADA PARA 17 DE AGOSTO, depois para 1 de setembro

Foi feito em 17.2.2017 e arquivado em 10.7.2018 sem instauraçao de ação por parte da autora.

VER BASE NACIONAL CURRICULAR

VER TEXTO DAS NORMAS DOS MARISTAS

27 de Outubro
Tozzini apesenta alegações finais

11 de novembro
Ingrid Nedel Spohr apresenta memoriaios com alegações finais

Letícia também faz isto.

2022

25 de mrço, Daniel D'Alçó de Oliveira e Patrícia Pippi apresentam razões finais pelo Glauco.


2023

23 de junho
Ver áduios das três testemunhas ouvidas.

29 de junho

Juiz Rogério Delatorre produzs a SENTENÇA
- IMPORTANTE QUE O JUIZ, NO CASO DA RESPONSABILIDADE DO PROVEDOR, CITA TEXTUALMENTE OS ARTIGOS 18, 19 E 21 DA lei 12.965/2014.

- Facebook é só provedor de internet, não funcionando função de monitoramento e fiscalização de sua plataforma, sob pena de impedir a livre manifestação de pensamento de seus usuários. O juiz invoca O marco civil da intgernet, 8, 19 e 21.

E manda excluir do polo passivo.

--- Juiz diz que a controvérsia cinge-se à existyência ou não de prática lesiva à honra da autora por parte dos réus, o que garantiria dano moral indenizável.

--- Juiz diz que para condenar é preciso que estejam presentes os pressupostos da reponsabilidade civil: a conduta culposa, o nexo causal e o dano.E tem que comprovar. E isto a autora não comprovou.ç

---- Juiz diz que a linha tênue  existente entre a liberdade de expressão e o direito à imagem/honra não foi ultrapassada por Polibio e Glauco. Além disto, material aprsentado por Glauco foi de redes públicas.

ASSIM

Com fundamento no art. 487, I, do cPC julga improcedente.

Condena ao pagamento de custas e honorários, mas suspende por causa da AJG.

.....

17 de julho

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
João Carlos Oliveira Azevedo

14 de setembro

DELATORRE NEGA EMBARGOS

17 de outubro
APELAÇÃO AO TJRS


21 denovembro
Todos apresentam contrarrazões à apelação ao TJRS

.......






Mentiras sobre atestado

 Este é um caso patético e ridículo como o da baleia jubarte, baseado em diz-que-disse e em suposições, sem prova material alguma, disseram em nota os advogados de Bolsonaro, Segundo o ofício assinado por Paulo Amador Bueno, Daniel Tesser, Fabio Wajngarten, Saulo Segall, Thais Guimarães, Clayton Soares e Bianco de Lima. CLIQUE AQUI para ler ofício enviado ao STF, reclamando da falta de acesso aos autos, divulgados para a imprensa e não para eles, advogados.

Os advogados divulgaram nota afirmando ser “público e mundialmente notório” que ele, por “convicções pessoais”, era contra o uso de qualquer imunizante contra a covid-19. 

Em nota, os advogados dizem que a PF mente e não prova que Bolsonaro mandou falsificar atestados, usou atestados ou sabia deles:

- Ao ingressar nos EUA, no final de dezembro de 2022, nenhum atestado vacinal lhe foi solicitado, visto que, na condição de presidente da República, estava dispensado de tal exigência. Ao deixar os EUA, em março de 2023, realizou teste de PCR na véspera, valendo-se de tal documento para regressar ao Brasil”.



Federasul

 Os leitores deste blog devem prestar atenção nos nomes dos patrocinadores do tradicional evento "Tá na Mesa". Ali não consta mais o nome do Banrisul, que retirou o patrocínio a mando do governador Eduardo Leite, como já tinha informado o editor. É ousada pressão financeira e política explícita sobre a entidade, visando calá-la neste caso.


Pelo menos sete lideranças do empresariado gaúcho falarão, amanhã ao meio dia, na Federasul, todos com o objetivo de detalhar por a + b o tremendo impacto fiscal que ocorrerá na vida econômica e na vida dos contribuintes, a partir do dia 1o de abril, data do início da cobrança de pesada e nova carga de impostos.

Ao assinar seu pacotaço de 5 decretos cortando benefícios fiscais de 63 setores da economia, o tucano Eduardo Leite botará a mão em mais R$ 3 bilhões por ano, inclusive em cima de produtos consumidos pela população mais pobre. 

Ontem, a secretária da Fazenda, Pricilla Santana, admitiu na Assembleia que o negócio do governo é aumentar os impostos para arrecadar mais, desconsiderando os efeitos perversos sobre o bolso dos contribuintes e sobre a competitividade das empresas do RS.

Fiergs e Fecomércio não estão na lista dos expositores, da qual constam estes nomes:

Antonio Longo, Agas; Vilson Noer, FACV; Sérgio Gabardo, Setcergs; Arcione Piva, Sindilojas Porto Alegre; Ivonei Pioner, Federação Varejista do RS;  Fernando Brtuol, Aclame; Oscar Frank, CDL de Porto Alegre e Antonio da Luz, Farsul.


O inquérito dos mil dias

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes prorrogou pela décima vez, a segunda apenas neste ano, o Inquérito 4874, que desde julho de 2021 investiga a ação das chamadas “milícias digitais” contra o Estado Democrático de Direito. Como a investigação da Polícia Federal (PF) está sob sigilo, não é possível dizer se essa nova concessão de prazo – mais seis meses – faz sentido. Razoável ela não é, definitivamente.


Tanta obscuridade dá azo à inferência de que Moraes possa estar agindo, pura e simplesmente, orientado pelo mero exercício de poder, na linha “faço porque posso” – o que seria lamentável. Outra conclusão possível, dado o alongamento inexplicado das investigações, é a incompetência dos agentes da PF incumbidos das diligências para encontrar provas irrefutáveis contra os investigados depois de tanto tempo. Seja como for, as prorrogações praticamente automáticas do Inquérito 4874 – e de outros instaurados no âmbito da Corte a fim de investigar as investidas liberticidas dos bolsonaristas – não fazem bem ao próprio STF.


Um inquérito policial que facilmente passará dos mil dias de duração é em tudo contrário ao espírito da Constituição de 1988. Em outras palavras: a pretexto de investigar a atuação das “milícias digitais”, o STF tem enfraquecido a mesma democracia que pretende defender.


Lá está, consagrado no artigo 5.º, LXXVIII, da Lei Maior, o princípio da razoável duração do processo no rol dos direitos e garantias fundamentais dos cidadãos. Inquéritos sem fim não se coadunam com o regime democrático. A razão é elementar: a mera posição de investigado já é estigmatizante por si só; ademais, não é outra coisa senão truculência estatal submeter quem quer que seja à força persecutória do Estado por tempo indeterminado.


Não há dúvidas de que a Corte esteja, de fato, imbuída da missão de resguardar a Constituição e, desse modo, zelar pela plena vigência do Estado Democrático de Direito no País – como este jornal, aliás, já sustentou não uma, mas diversas vezes. O busílis é que os excessos que foram cometidos pelo STF em nome do resguardo da democracia em tempos de ameaças excepcionais já não se justificam. As ameaças que os ensejaram, como é notório, já não existem mais. Há muito o STF já deveria ter voltado ao leito da normalidade institucional.


É dever da PF concluir, de uma vez por todas, as “diligências ainda pendentes”. E é dever de Moraes, como ministro relator do Inquérito 4874 no âmbito do STF, exigir dos policiais federais esse profissionalismo. Dessa conclusão depende o envio das provas coletadas para o Ministério Público, o eventual oferecimento da denúncia e o julgamento dos acusados.


Ao sinalizar que o Inquérito 4874 seguirá aberto, no mínimo, até setembro deste ano, às vésperas das eleições municipais, Moraes alimenta a especulação de que a PF pouco tem de concreto nas mãos e o STF, por sua vez, tem se valido dessas investigações sem fim para levar adiante uma agenda política, o que é péssimo para a Corte e pior para o País.



Oposição reúne 12 Partidos em Canoas

 Na terceira reunião do novo bloco político que tem a participação de 12 partidos, realizada nesta segunda-feira, as lideranças tentaram fechar as nominatas para prefeito, vice-prefeito e vereadores. A ideia é eleger o maior número de vereadoras e vereadores. 

O esforço comum, até o presente momento, teve êxito e as iniciativas de filiação deverão se estender até o dia 5 de abril.

A partir do próximo encontro, programado para 8 de abril, os partidos irão iniciar a segunda fase, com um cronograma de discussão para a formulação conjunta de um projeto de cidade, que busque o desenvolvimento social e econômico de Canoas.

Estiveram presentes neste terceiro encontro os presidentes do PSD, Celso Pitol; do Republicanos, Vereador Pastor Duarte; do PDT, Vereador Alexandre Gonçalves; do PT, Vitor Labes; do PV, Vereador Cris Moraes; do PC do B, Fábio Leivas; do Podemos, Mauri Grando; do Avante, Mário Cardoso; do Solidariedade, Alexandre Garcia Martins; do Agir, Pastor Éverton Soares, e do PSB, Diego Santa Helena. Também participaram os vereadores Emilio Neto, Linck, Dr. Laércio, Patricio, Bamberg, Jefferson Otto, Patteta e a Vereadora Maria Eunice. A reunião ainda contou com a ex-vice prefeita, professora Beth Colombo, e o Prefeito Jairo Jorge, bem como os advogados especializados em Direito Eleitoral, Dr. Roger Fischer e Dr. Rafael Morgental, que analisaram as principais inovações na legislação para as eleições de 2024.

Artigo, Roberto Rachewsky, Zero Hora - Dois estados, um problema.

Quando consultamos o Google Maps, observamos que no Oriente Médio, na região centro-oeste das terras que vão do rio Jordão ao Mar Mediterrâneo, há um território delimitado por fronteiras onde encontramos uma população homogênea, um governo eleito que exerce autoridade, um exército para enfrentar forças estrangeiras, uma polícia e tribunais para imporem a lei e a ordem. Ou seja, naquele lugar, há um estado, e este estado não é o Estado de Israel.  Ora, se existe um estado na região, e este não é Israel, que estado seria, já que todo mundo diz que lá, só há um estado onde deveria haver dois? 


A resposta é óbvia, o que existe ali é o Estado de Gaza, que só falta ser reconhecido. Incrustrado em Israel, fazendo fronteira com o Egito e banhado pelo Mar Mediterrâneo, existe o Estado de Gaza que todo mundo deseja. Parece incrível, mas o único país do mundo que reconhece Gaza como um estado soberano de fato, é Israel que, em 2005, retirou suas tropas de lá, junto com todos os cidadãos israelenses que ali residiam e trabalhavam, deixando para trás, intacto, tudo que eles haviam construído. 


Os fatos jogam por terra a tese de que é preciso criar um estado para o povo palestino viver em paz com Israel. Esse estado já existe, cabe reconhecê-lo. A dura realidade, é que, apesar de ele existir de fato, a paz com Israel continua sendo uma utopia. Infelizmente, o Estado de Gaza é governado por uma organização terrorista, niilista e parasitária, que segue um versão fundamentalista do Islamismo, e uma ideologia nefasta, o nazismo, que têm como objetivo varrer Israel e os judeus do mapa. Gaza é governada pelo Hamas que atua como partido político, guarda revolucionária e exército de ocupação empenhado em aterrorizar Israel, bombardeando civis, estuprando mulheres, assando bebês em fornos, jogando futebol com cabeças decapitadas, torturando e sequestrando pais, filhos e avós, além de usar sua própria população como escudos humanos. 


Em Gaza, inexiste Estado de Direito, proteção aos direitos individuais, respeito à privacidade e à justiça, nos moldes de Cuba, Venezuela, Irã, Síria ou Rússia. Exatamente o oposto ocorre em Israel, uma sociedade livre e plural, mesmo sendo governada por Benjamin Netanyahu, usado como bode expiatório pelos judeus anticapitalistas, pelos “wokes” e antissemitas em geral para condenar a única democracia liberal existente na região. Quem é verdadeiramente humanista e quer defender o povo de Gaza, deveria se opor ao Hamas e apoiar Israel até sua vitória. Não há dúvida, dois estados já existem de fato. Um deles, quer varrer o outro do mapa, e não é Israel, mas Gaza, o estado-problema que só aceita judeus por lá, se eles forem reféns.


Opinião do editor - Saiba o que o editor concluiu ao ler a íntegra dos 27 depoimentos liberados por Moraes

O brigadeiro não quis falar, mas o general e o brigadeiro falaram muito. Todos foram convocados como testemunhas apenas.

O editor leu atentamente todos os 27 depoimentos liberados de uma só vez e de forma inédita pelo ministro Alexandre de Moraes, tudo relacionado com as investigações que ele mandou a Polícia Federal realizar com vistas a apurar possível golpe de Estado promovido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

O inquérito é claramente direcionado para concluir pelo indiciamento, julgamento e condenação de Bolsonaro por parte do STF, custe o que custar.

O editor prestou atenção desmedida a respeito das insistentes inquirições feitas aos depoentes sore o Relatório de Fiscalização Eletrônica de Votação, com ênfase ao que falaram os Comandantes do Exército, general Freire Gomes, e da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior, porque o Comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, negou-se a falar na PF. O general e o brigadeiro repetiram várias vezes que as eleições foram limpas e que não houve fraude eleitoral, porque o relatório não apontou incongruências no processo. Isto não é verdade. Basta ler a íntegra do relatório assinado pelos representantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica (CLIQUE AQUI para ler).

No caso das consultas sobre a decretação de estados de exceção, de tentativa de golpe ou de golpe, vale a pena ler os depoimentos do general e do brigadeiro, para perceber que tudo ficou no âmbito de consultas sobre a eventualidade de decretação de GLO, Estado de Sítio ou Estado de Defesa, mecanismos previstos na Constituição, propostos pelo presidente, mas só possíveis com aprovação do Congresso. Mas nem isto saiu da órbita das consultas. Bolsonaro e seus mais próximos auxiliares, pensaram em usar as ferramentas constitucionais por entenderem que estava em curso um golpe de Estado.

Simples assim.

‘O STF ajudou a enterrar a Lava Jato’, diz Marco Aurélio Mello

RAYSSA MOTTA 

Em um de seus últimos julgamentos no Supremo Tribunal Federal (STF), concluído menos de um mês antes de sua aposentadoria, em junho de 2021, o ministro Marco Aurélio Mello votou contra a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro na ação do triplex do Guarujá, que levou à prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ficou vencido, como tantas vezes ao longo dos 31 anos que passou na Corte.


A decisão que declarou a parcialidade do ex-juiz da Operação Lava Jato foi um dos principais reveses impostos pelo STF aos antigos protagonistas da investigação, mas não o único. Com votos favoráveis do próprio Marco Aurélio, os ministros também barraram as conduções coercitivas, método corriqueiro empregado pela força-tarefa de Curitiba, e afirmaram a competência da Justiça Eleitoral para processar e julgar ações de corrupção relacionadas ao caixa dois de campanha, o que levou à transferência massiva de processos das varas criminais da Lava Jato.


Em uma reviravolta da operação, o Supremo mudou o posicionamento sobre a prisão de réus condenados em 2ª instância. Ao proibir a execução da pena antes do esgotamento de todos os recursos judiciais, o tribunal beneficiou diretamente Lula, que foi solto após 580 dias em uma sala especial da superintendência da Polícia Federal de Curitiba.


Outro golpe veio quando o STF concluiu que a 13.ª Vara Federal Criminal de Curitiba manteve sob sua jurisdição inquéritos e processos da Lava Jato que, na avaliação dos ministros, deveriam ter sido transferidos para outros Estados. A decisão esvaziou o berço da operação e levou à anulação das condenações de Lula. Dessa vez, o ministro aposentado foi de encontro à maioria.


Para Marco Aurélio, o STF ajudou a enterrar a Lava Jato. “O que eu acho é que houve uma concepção equivocada por parte do Supremo. Só não houve a mesma concepção quanto ao Mensalão porque foi o Supremo quem julgou, aí evidentemente o tribunal ficaria muito mal na fotografia se viesse a declarar vícios na investigação e no próprio processo-crime.”

Em entrevista ao Estadão, o ministro aposentado conta também que não vê com bons olhos a decisão de Dias Toffoli que suspendeu o pagamento das parcelas dos acordos de leniência firmados pela J&F e pela Odebrecht na Lava Jato.


“O grande problema é que nós passamos a ter, não pronunciamentos de órgão único, que seria o Supremo reunido em plenário, mas a visão individual de cada qual. Hoje a insegurança graça, o que é péssimo. E mais do que isso: graça o descrédito da instituição.”

Como um ministro que acompanhou, no Supremo Tribunal Federal, o auge e o declínio da Lava Jato, acredita que o STF ajudou a enterrar a operação?

Sem dúvida alguma. Quando se concluiu, por exemplo, que o juízo da 13.ª Vara Criminal do Paraná não seria competente, se esmoreceu o combate à corrupção. Aí talvez a colocação daquele senador da República (Romero Jucá), que disse que “precisamos estancar essa sangria”, acaba se mostrando procedente.


Por que o STF mudou o posicionamento em relação à investigação?

Estivesse vivo o relator inicial, grande juiz, Teori Zavaschi, se teria caminhado no sentido que se caminhou? A resposta, para mim, é negativa.

Mas foi simplesmente pela troca de relatoria?

O que eu acho é que houve uma concepção equivocada por parte do Supremo. Só não houve a mesma concepção quanto ao Mensalão porque foi o Supremo quem julgou, aí evidentemente o tribunal ficaria muito mal na fotografia se viesse a declarar vícios na investigação e no próprio processo-crime.


Houve prejuízo ao direito de defesa na Lava Jato?

O direito de espernear, principalmente pelos que cometeram desvios de conduta, é latente. Eles vão, evidentemente, aproveitar a onda contrária à investigação para lograr proveitos.


Então o devido processo legal foi respeitado?

O nosso sistema é equilibrado. Quando há um pronunciamento, ele é passível de impugnação junto ao órgão revisor. O Tribunal Regional Federal da 4.ª Região confirmou as decisões de primeira instância e andou, inclusive, aumentando penas.


Eu só ouço críticas quanto ao Supremo. Eu indago: hoje qualquer dos integrantes sai à rua?


A relação entre Moro e os procuradores da Lava Jato foi republicana?

Se fala em conluio entre a magistratura e o Ministério Público, julgador e acusador. Que conluio? O diálogo é saudável, o diálogo sempre existiu. O juiz sempre esteve aberto a ouvir o Ministério Público, fazendo a ponderação cabível. Colocar cada qual em uma redoma, em um isolamento de não poderem conversar é um passo demasiadamente largo e não é democrático. Na vida em sociedade, nós temos que presumir a postura digna, principalmente por aqueles que ocupam cargos públicos, e não que sejam salafrários até que provem o contrário.


Como vê o processo disciplinar aberto pelo Conselho Nacional de Justiça para investigar a conduta do ex-juiz Sérgio Moro e a gestão das multas dos acordos de colaboração e leniência?

O CNJ e o CNMP não têm crivo quanto a pronunciamentos judiciais. Eles atuam no campo administrativo e devem fazê-lo observando o figurino legal.


Concorda com a cassação de Deltan?

A meu ver, ele foi caçado com ç e não com ss. Simplesmente se presumiu que, quando ele pediu exoneração, o fez para fugir a um processo administrativo que poderia levar à declaração de inelegibilidade. É presumir o excepcional e não o corriqueiro, que é a postura digna por parte do cidadão.


Moro fez um favor para os críticos da Lava Jato ao assumir o Ministério da Justiça no governo Bolsonaro?

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Quando eu ainda integrava o Supremo, eu recebi a visita do então ministro. Ele foi me visitar para se apresentar. E eu disse a ele, com a franqueza própria dos cariocas, que ele tinha cometido um ato, a meu ver, insano. Abandonar um cargo alcançado por concurso público, uma função que o tornou herói nacional, para ser auxiliar de um presidente da República demissível a qualquer momento. Eu disse: “rapaz, como você abandona uma caneta dessa?”. Aí ele disse: “A minha caneta ainda tem muita tinta”. Ainda bem que o Estado do Paraná o elegeu senador.


Uma decisão como a que suspendeu o pagamento das multas dos acordos de leniência da J&F e da Odebrecht deveria ter sido tomada monocraticamente?

O grande problema é que nós passamos a ter, não pronunciamentos de órgão único, que seria o Supremo reunido em plenário, mas a visão individual de cada qual. Hoje a insegurança graça, o que é péssimo. E mais do que isso: graça o descrédito da instituição na qual eu estive durante 31 anos. Para mim, é uma tristeza enorme perceber isso. Avançamos assim? Como fica a sociedade? Fica decepcionada. Eu só ouço críticas quanto ao Supremo. Eu indago: hoje qualquer dos integrantes sai à rua? Eu sempre saí à rua e nunca fui hostilizado. Eu não creio que qualquer colega que tenha assento no Supremo saia sozinho hoje à rua e frequente locais públicos sem estar com uma segurança maior.’


Toffoli deveria ter se declarado impedido para julgar o pedido da J&F?

Lá atrás, acho que foi no Mensalão, ele disse que não tinha qualquer relação com a Dra Roberta. Quem sabe ele continua sem relação...


Deve haver uma ponderação dos órgãos públicos sobre a repactuação das multas dos acordos de leniência?

Paga-se um preço por se viver em um Estado de Direito, um deles é o respeito em si pelas regras estabelecidas. Acordo que resulta da manifestação de vontade só é passível de anulação se ficar comprovado vício. Para mim, esse vício fica excluído no caso. Agora, vivenciamos essa época de tempos estranhos e já se fala em repactuação do acordado, isso acaba colando a tudo uma insegurança muito grande, levando inclusive partes a concordarem para depois questionar e terem o dito pelo não dito, a transformação do certo em errado.


As defesas e os acusados sempre estiveram defendidos. Sempre foram ouvidos mediante a voz de técnicos no âmbito do Direito. As empresas que fizeram acordo foram intimidadas? Elas tiraram, por exemplo, as multas do capital de giro? Não. Foi dinheiro que entrou indevidamente na contabilidade dessas empresas. Imaginar que aqueles que formalizaram os acordos estiveram pressionados, intimidados e coagidos não se coaduna com a realidade.


O combate à corrupção avançou ou retrocedeu depois da Lava Jato?

Houve um retrocesso brutal e não continuamos a caminhar visando tornar o Brasil o que se imagina do Brasil, o Brasil sonhado. Para mim houve um grande retrocesso.


É possível ver novamente algo como a Lava Jato?

Para mim, dar-se a Lava Jato como algo sepultado é ruim até mesmo em termos de ausência de imposição de uma seriedade. A decepção é incrível. E repito que não avançamos dessa forma. Nós retrocedemos. Eu espero viver tempos em que se tenha realmente uma compenetração maior, principalmente pelos homens públicos. O cargo é para servir aos semelhantes e não para ocupantes dele se servir em benefício próprio.


Para onde o Brasil precisa olhar para avançar no combate à corrupção?

Para a percepção, pelo homem público, de que o cargo é para servir aos semelhantes e não para o ocupante se servir do próprio cargo em benefício dele e da família. Essa é a grande questão. Precisamos avançar em termos de compreensão, principalmente por aqueles que ocupam cargos públicos.