Artigo, Deltan Dallagnol, X - O sistema se blinda

O corregedor nacional de justiça, Luís Felipe Salomão, arquivou hoje a representação do NOVO 30 para investigar os juízes auxiliares de Alexandre de Moraes pelas ilegalidades reveladas pela Vaza Toga.

Salomão disse não ter enxergado nenhuma irregularidade, embora os próprios juízes auxiliares de Moraes no STF e no TSE tenham demonstrado preocupação com o que faziam e atuado para ocultar suas ações, porque poderiam ser questionados se descobertos.

Salomão se apoiou na justificativa, já desmontada, de que Moraes era presidente do TSE ao mesmo tempo em que era relator do inquérito das fake news no Supremo, ignorando que esse não é o ponto central do escândalo, mas sim as evidências de que Moraes encomendou relatórios no TSE contra alvos pré-selecionados para aplicar decisões punitivas que já estavam prontas.

Salomão, que não viu nenhuma irregularidade na Vaza Toga, é o mesmo corregedor nacional que tem atuado como carrasco dos juízes da Lava Jato, que, mesmo sem prova alguma de irregularidades, estão sendo "enforcados" em praça pública no CNJ.

O sistema se blinda.

Artigo, Dora Kramer, Folha - Disfunção institucional

Ao atuar como mediador, STF enfraquece seu papel de julgador constitucional


Encontros como o que reuniu representantes dos três Poderes para tratar do uso abusivo de emendas parlamentares atendem aos ditames da civilidade e, por isso, parecem adequados. Convém, no entanto, observar o evento com olhar mais detido antes de aceitar e, sobretudo de celebrar, a versão oficial de que o problema está objetivamente bem encaminhado.


Para início de conversa, há que se observar o desacerto institucional no fato de o Supremo Tribunal Federal atuar como mediador quando seu papel é o de julgador constitucional. Ao se sentar naquela mesa, o STF flexibilizou o que decidira por unanimidade.


Mas, vá lá, estamos no Brasil, onde a relativização de conceitos é vista como qualidade. Por aqui não pareceu estranho que os ministros assumissem o lugar de "poder moderador", enquanto lhes cabia apenas aguardar o cumprimento da exigência de transparência posta na Constituição.


A fim de envernizar a coisa, saíram todos ressaltando a concordância em suspender a obscuridade das chamadas emendas Pix, que seguem impositivas, assim como permanece intocado o volume de recursos sob manejo do Congresso Nacional.


Não se recuou em relação ao poder crescentemente adquirido de 2015 para cá. Pareceu mais uma carta de intenções —daquelas que o Brasil assinava antigamente com o FMI para não cumprir— do que propriamente um compromisso sólido.


Já vimos o Parlamento contornar o veto do Supremo ao orçamento secreto e não está fora de cogitação que vejamos de novo manobras semelhantes.


Ficou acertado que os procedimentos relativos às emendas de bancada e de comissões serão negociados entre o Legislativo e o Executivo. Ou seja, entre congressistas fortalecidos, e nada dispostos a abrir mão dessa força, e um governo enfraquecido e que nesses assuntos não conta sequer com o apoio de aliados.


Portanto, não há chance de melhorar enquanto persistir a dinâmica disfuncional do sistema.

2o Congresso Cerealista Brasileiro será lançado 3a. feira na Expointer

Dirigentes da entidade estarão no Parque Assis Brasil na próxima terça-feira (27), divulgando o evento que acontece em novembro, no Vale dos Vinhedos-RS


Agora é da porteira para fora! Esta é a nova missão da Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (ACEBRA): promover a entidade para o mercado nacional, ampliando sua visibilidade e, acima de tudo, valorizando sua importância para o desenvolvimento do agro nacional. É com esse conceito e com esses objetivos que a ACEBRA promove nos dias 21, 22 e 23 de novembro, no Vale dos Vinhedos, na serra gaúcha, o 2° Congresso Cerealistas Brasileiro.


O evento será lançado na próxima terça-feira (27), durante a 47ª Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil. O presidente da ACEBRA, Jerônimo Goergen, destaca que a ideia é aproveitar a grande vitrine proporcionada pela Expointer para apresentar e detalhar o evento para os grandes players do agronegócio. “Acredito que esse é o melhor momento para consolidar nossa atuação nesse importante segmento. Queremos aumentar nossa competitividade, gerar negócios, participar dos debates e das decisões que impactam diretamente a cadeia, como as questões tributárias e as políticas públicas de desenvolvimento do setor produtivo. É por isso que estamos fortalecendo nossa atuação da porteira para fora”, destacou Goergen. 


O 2° Congresso Cerealista Brasileiro vai proporcionar três dias de debates com os maiores nomes do agronegócio, grandes expositores e novidades exclusivas do segmento

 “Estamos vivendo os 100 anos do início do plantio da soja no Brasil. É um marco histórico importante. Agora as discussões giram em torno da conectividade rural, inteligência artificial, conexões que geram muito valor. E quem for no Congresso, no Vale dos Vinhedos, terá a oportunidade de ver de perto essa agricultura 4.0”, acrescentou o presidente da ACEBRA. 


ACERGS 20 anos


Juntamente com o lançamento do 2° Congresso Cerealista Brasileiro, também será comemorado os 20 anos de atuação da Associação das Empresas Cerealistas do Rio Grande do Sul (ACERGS), uma das associadas mais antigas da ACEBRA. Por ocasião de suas duas décadas de fundação, a ACERGS será homenageada pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.


Quem são as empresas cerealistas


As cerealistas são empresas que prestam assistência técnica, fornecem insumos, produzem sementes, recepcionam, secam, limpam, padronizam, armazenam e comercializam grande parte da produção anual de soja, milho e trigo. Atende especialmente produtores rurais pessoas físicas, principalmente aqueles que não possuem condições de armazenar as suas safras em estruturas próprias de armazenagem. As empresas cerealistas exercem papel importante no apoio logístico à produção agrícola. Sem elas, muitos produtores rurais, sobretudo os pequenos, não teriam como obter assistência agronômica, acesso à tecnologia e insumos ou encaminhar a produção para os mercados interno e externo

Teste de sangue para identificar doença de Alzheimer é destaque em conferência internacional

Pesquisadores do Hospital Moinhos de Vento participaram do evento realizado na Filadélfia, nos Estados Unidos


Dentro de poucos anos, será possível identificar a doença de Alzheimer com a facilidade e a precisão com a qual, hoje, diagnosticamos índices de glicose ou colesterol. A estimativa é do médico neurologista Wyllians Borelli, coordenador de pesquisa do Centro de Memória do Hospital Moinhos de Vento. Ele foi um dos representantes da instituição na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer, realizada na Filadélfia, nos Estados Unidos.


De acordo com o médico, os marcadores plasmáticos foram um dos destaques do evento. Durante a conferência, foi divulgado um estudo realizado na atenção primária e secundária da Suécia, que mostrou que esse tipo de exame teve altíssima acurácia. "Os medicamentos disponíveis atualmente limpam todas as proteínas causadoras da doença presentes no cérebro. Entretanto, os pacientes continuam piorando. A partir desses testes, pode-se identificar antes, e propor intervenção adequada, reduzindo ou até prevenindo esse declínio", diz Borelli. 


No Brasil, 80% das pessoas com demência não têm diagnóstico e, consequentemente, não recebem tratamento. "A grande diferença é que esse teste terá um custo bem menor e será acessível à população. Pela primeira vez, tem potencial para integrar o sistema de saúde como um todo. A partir de um marcador positivo, conseguimos fazer um planejamento melhor", avalia o médico. 


Mesmo que o exame já seja comercializado, o especialista orienta que ainda não há indicação de fazê-lo no Brasil pela falta de estudos nacionais. “Nos próximos anos, em um ou dois anos talvez, teremos condições de fazer a testagem por exame de sangue. E será um grande avanço, teremos um diagnóstico confiável sem necessitar de um grande investimento, que é o maior  problema dos exames atuais”, explica. 



Artigo, Paulo Polzonoff Jr., Gazetado Povo - TSE anuncia contratação de jagunços supremos. Salários chegam a R$30 mil

 Paulo Polzonoff Jr. é jornalista, tradutor e escritor

Cármen Lúcia. A ministra e presidente do TSE, é, não se lembra dela, não?, aquela do “calaboca já morreu”, da “censura excepcionalíssima” e da “minha vingança sará malígrina”, sim, sim, essa mesma anunciou a abertura de concurso público para a contratação imediata de jagunços (ou capangas) capazes de prender os inimigos da democracia espalhados pelo mundo.


A necessidade de ter um profissional especialista nessa área foi percebida pela perspicaz ministra do STF depois que ela viu na imprensa a declaração do juiz de instrução Marco Antônio Vargas, assessor de Alexandre de Moraes, que afirmou estar com dificuldades para prender e torturar inimigos da democracia, como a pseudojuíza Ludmilla Lins Grillo e os pseudojornalistas Rodrigo Constantino, Paulo Figueiredo e ele que, além de perigoso, também toca guitarra: Allaaaaaan dos Santos!


Tudo por falta de jagunços.


Medida temporária

Questionada sobre as evidentes ilegalidades envolvendo o cúmplice colega de tribunal, Cármen Lúcia disse que não, que é isso, o Alexandre de Moraes só quer proteger a democracia, todo mundo sabe que ele é incapaz de fazer mal a uma formiga sequer. Desde que ela seja democrática, claro. Todos riram. Até que um repórter, um extremista infiltrado na imprensa, perguntou desrespeitosamente para a ministra se ela não considerava a contratação de jagunços para sequestrar brasileiros exilados no exterior assim um tantinho quanto... errada.


“É uma medida temporária para garantir o funcionamento pleno das instituições democráticas”, afirmou a ministra, com sua tradicional voz fanha que, sei não, hein? Acho que é desvio de septo isso aí. Se precisar, minha cunhada faz um desconto pra senhora. E acrescentando que “blábláblá blá blablá Estado Democrático de Direito blá blá Constituição não sei o que não sei o que lá liberdade de expressão mómómó”. Até cogitei perguntar “temporária até quando?”, mas não ganho o suficiente para fazer uma viagem só de ida para um dos campos de reeducação do regime.


Requisitos

Se você se interessou pelo cargo de jagunço supremo (cargo tecnicamente chamado de Agente de Transformação Jurídica por Meio da Violência Justificada em Nome da Manutenção da Democracia), com salários que chegam a R$30 mil, fora as mordomias e a chance de entrar para a história como um legítimo colaborador do regime alexandrino, da repressão do bem, preste atenção às exigências do cargo:


Graduação em Sociologia, História ou Jornalismo.

Não ter qualquer ligação com a extrema direita, pé de pato mangalô trêis vêis!

Certidão Positiva de antecedentes criminais.

Saber montar cavalo e usar aquele chapéu do Lampião, sabe qual? Aquele de couro com três estrelas na frente.

Conhecimentos avançados de xaxado e xiquexique são um diferencial.

Saber que xiquexique é um cacto, não uma dança. E que xaxado é uma dança, não um cacto.

Saber trabalhar em equipe e ter paciência com as cismas do ministro Alexandre de Moraes.

Muita, mas muita criatividade mesmo.

Inglês fluente o bastante para poder perguntar “Where the fuck is the Big Gums?!” sem sotaque.

Desejável estágio na Associação Ultrademocrática 1533 ou no Movimento CPX pela Liberdade.

Conhecimentos básicos de Word e Excel.

Vagas limitadas

Se você se interessou, envie já o seu currículo para o e-mail grandeirmao_1984@ciedde.stf.br, ou o entregue pessoalmente no Ministério dos Direitos Humanos, aos cuidados de Silvio Almeida. Não esqueça de anexar sua carteirinha do PT. E se apresse! Porque o que não falta no Brasil hoje é gente disposta a se sujeitar. A se submeter. A servir de jagunço para satisfazer os desejos totalitários de Alexandre de Moraes e sua esquerda amestrada.


Artigo, Silvio Lopes - Ilha de cooperação

      O meio empresarial ainda se mantém e sustenta sendo, indiscutivelmente, um ambiente hobbesiano. Às vezes, até demasiado. Portanto, é onde vicejam e sobressaem a crueldade e a torpeza, comuns à própria natureza humana, sempre prestes a explodir, sem ter hora e até razões racionais para tal.

     Criar um ambiente de felicidade nas organizações, deixou de ser, portanto, uma visão utópica de sonhadores inconsequentes. Trata-se de uma imposição fática e de estratégia organizacional capaz de solidificar laços de tolerância e boas e sadias relações, como pré condição para alcançar retorno, inclusive de lucratividade

Se, de fato, historicamente se tornaram realidade os níveis de competição nas empresas, internamente( e entre elas, do lado de fora), a segunda metade do século passado mostrou uma tendência à busca da cooperação. 

       Grandes companhias multinacionais buscando dividir custos com suas concorrentes, interagindo nas melhores e mais adequadas  estratégias e conceitos de produção, administrativos e de marketing, foi um avanço. E por aí afora. Exemplos é que não faltam. Ao contrário, são pródigos e generalizados nos mais diferentes segmentos econômicos.

     A inclusão da espiritualidade no mundo dos negócios, que abordo nas palestras sobre Economia Comportamental, é o recurso hoje mais evidente da necessidade de tornar o ambiente empresarial menos tóxico, e transformá-lo( sim, isso é possível), num ambiente acolhedor, de realização pessoal e onde a cooperação ajude e colabore, efetivamente, para um processo competitivo que seja leal e dentro das regras da civilidade.

      São fartos os exemplos de empresas que, após implantarem conceitos e formas de ação alinhados com a " espiritualidade", tornaram o seu ambiente interno em "ilha de efetiva cooperação e agradável convívio", e viram crescer seus níveis de produtividade e obtenção crescente de lucros. 

    O " Dicionário da Pessoa Espiritualizada", que organizei e serve como base indicativa para essa transformação que vem alavancando performances dentro e fora do ambiente empresarial, é indispensável para se obter o êxito que todos nós buscamos: empresários, colaboradores e sociedade em geral.

     O pós pandemia, agravado com as enchentes no nosso Estado, deixou um rastro de desconforto, abatimento e desesperança no meio empresarial. A fortaleza espiritual e seus instrumentos de percepção e enfrentamento inexpugnáveis podem e vão ajudar nessa retomada indispensável, desafiadora e gloriosa. De fato, isso vai acontecer. Creia.

Sílvio Lopes, jornalista, economista e palestrante

Vaza Toga

 Moraes investe contra Polícia de SP no caso da Vaza Toga

 No despacho, Moraes fez duas acusações diretas 1) Contra a Polícia Civil de São Paulo, que apreendeu o celular original de Taglatierro e que teria vazado tudo para a Folha. 2) Uma suposta organização para fechar o STF, da qual faria parte a deputada Carla Zambelli, que negou tudo.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, retirou o sigilo do inquérito aberto para apurar o vazamento de mensagens trocadas por assessores dele na Corte e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Novamente, o ministro acumula ilegalmente ascondições de vítima, investigador, promotor e juiz.

O inquérito foi aberto na segunda-feira, tudo depois das denúncias da Folha de S. Paulo no âmbito da Vaza Toga.

Ontem, um ex-assessor de Moraes no TSE foi ouido na PF e seu trelefone foi apreendido, num aparente jogo de cena. Eduardo Tagliaferro, que foi chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação, do TSE e foi demitido do cargo no dia 9 de maio de 2023, depois de ser preso acusado de violência doméstica e disparo de arma de fogo. O celular dele foi entregue à Polícia Civil de São Paulo.