O deputado federal Felipe Barros, confiando em sua imunidade parlamentar ou constitucional, declarou com imagem e voz e eu vi – que houve interferência dos EUA na democracia do Brasil. Não foi gratuita, teria sido provocada, segundo os fatos arrolados por ele.
Foram muitos, culminando com o do chamado “complexo industrial de censura”, experiência importada dos órgãos de intervenção daquele país em assuntos de outros países, com poderes “dissuasórios especiais”, possivelmente iguais aos da USAID, vindo à tona na mídia nos últimos dias.
O deputado apresentou um vídeo em que o ministro Luis Roberto Barroso declarou: “os EUA tiveram papel decisivo para evitar golpe no Brasil”. Prosseguiu: “Eu mesmo como presidente do TSE estive com encarregados dos negócios americanos em muitas vezes, mas em três vezes eu pedi apoio à democracia no Brasil.”
O que isso, no fundo, tem a ver com os seus arroubos: “eleição não se ganha, se toma”, “vencemos o Bolsonarismo e o hostil, “perdeu mané, não amola”.
Estes encontros aconteceram entre 2020 e 2022. Curiosamente, neste período iniciaram as prisões, multas impagáveis a cidadãos e a partidos políticos por petições incomodas ao TSE e STF, banimento de contas de jornalistas, por censuras explícitas provocadas por partidos da esquerda ou espontâneas segundo a vontade dos ministros. Um verdadeiro: cale-se a boca, senhores da direita.
A revista Veja chegou a publicar que o TSE iria contratar uma empresa particular com a finalidade de monitorar, com ferramenta tecnológica de última geração, as redes sociais sobre as mensagens que envolvessem o TSE e o STF. Isto é, críticas ou denúncias as suas extravagâncias judicias ou de parcialidade eleitoral, que logo ficaram exposta aos eleitores atentos a algum desvio do processo eleitoral. A tática ensinada pelos consultores estrangeiros foi a de impor o medo e nisso encontram bons alunos no STF/TSE. Mesmo assim, houve protestos.
O deputado afirmou que houve articulações para que os EUA interferissem no processo eleitoral do Brasil. Foi visível a ingerência do Partido Democrata dos EUA do presidente Biden e os métodos da força de persuasão, logo aplicados pelo TSE que foi, no dizer do deputado, obra do citado Partido Democrata norte-americano.
É certo um ministro do STF pedir, com tanta insistência, a intervenção de outro pais no processo eleitoral do Brasil, mesmo que fosse em defesa da democracia? Uma democracia que não respeita, sequer, o Devido Processo Legal dos seus cidadãos? Qual a democracia esteve ameaçada, senão pelas urnas eletrônicas sem voto impresso ou comprovação dos votos?
O PDT por muito menos, se vangloria até hoje por ter conseguido no TSE a suspensão eleitoral do Bolsonaro por oito anos, com a menção de “missão dada é missão cumprida” de um de seus ministros.
O Bolsonaro reuniu a representação diplomática de alguns países acreditados em Brasília para expor – cara a cara – sem subterfúgios a situação do país e as ações de ministros de seus tribunais judicias superiores conflitantes com a Constituição Federal. Reparem a diferença.
Os fatos essenciais são estes. Cabe aos cidadãos refletirem sobre eles.
E, os demais deputados e senadores deixarão só, sem apoio o deputado Felipe Barros nesta relevante causa? Ou, irão pedir a cassação do seu mandato?
Nada mais me surpreende diante de tanta patifaria.
Caxias do Sul, 19.05.2025
Artigo com redação coroada pela inspiração de santo Ivo, cujo aniversário se comemora hoje, especialmente na França, por ser o Patrono dos Advogados. Parabéns. Carlos Edison Domingues O.A.B/RS nº 3.626
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