Alex Pipkin, PhD
Tenho denunciado há anos, sem pausa, as mazelas do intervencionismo estatal que paralisam a economia brasileira. Não é apenas um problema de política; é uma chaga estrutural que se manifesta de forma cristalina na nossa incapacidade de abrir mercados e gerar competitividade. O governo petista, em particular, transforma o país em uma fechadura econômica. São tarifas elevadas, barreiras comerciais rígidas, tributação exorbitante, subsídios seletivos a empresas nacionais e um aparato regulatório sufocante. Nesse cenário, competir, inovar e crescer não é apenas difícil — é quase impossível.
Enquanto a mídia focaliza o tarifaço de Trump — que chama de chantagem tarifária — ou outros obstáculos externos, permanece quase silenciosa sobre o tarifaço invisível que opera dentro do Brasil, estrangulando produtividade, renda e oportunidades. Economias fechadas não alcançam escala suficiente; dependem de insumos importados e, quando estes chegam tarifados, os produtos nacionais se tornam mais caros e inferiores em qualidade. Mais que um fardo sobre o consumidor, essa barreira impede indústrias e empresas de se conectarem aos fluxos tecnológicos internacionais, essenciais para inovação, novos processos e produtos competitivos. É essa fechadura que mantém a produtividade brasileira estagnada, mesmo com esforço e talento de nossos trabalhadores.
A produtividade é a verdadeira alavanca para salários reais e riqueza sustentável. O protecionismo, ao contrário, preserva setores obsoletos, mantém empregos artificiais e protege interesses privados próximos ao poder, enquanto a indústria se desindustrializa e a inovação permanece confinada. O tarifaço nacional é uma muralha invisível que condena o país ao baixo crescimento, sob o mito da “proteção à indústria nacional”.
O contraste com a Argentina é elucidativo. Além de abrir o comércio e reduzir barreiras, o país avança em disciplina fiscal, um pilar essencial para conter a inflação e gerar confiança econômica. A combinação de mercado livre, abertura comercial e responsabilidade fiscal tem produzido efeitos concretos: confiança crescente, inserção internacional e sinais claros de recuperação social e econômica. Enquanto eles desmontam o intervencionismo, nós reforçamos o tarifaço doméstico, mantendo o Brasil fechado, hiper-regulado, sem escala, sem competição real, penalizando consumidores, especialmente os mais pobres, e isolando empresas do mundo.
O verdadeiro inimigo da prosperidade não está fora do Brasil; ele reside dentro: no intervencionismo estatal, na burocracia sufocante, na regulamentação excessiva, na estrutura tributária opressiva e nas barreiras comerciais que tornam nosso país um dos mais fechados do planeta. Esse tarifaço invisível estrangula inovação, impede a participação no avanço tecnológico global e mantém o país condenado a baixos salários, produtividade limitada e crescimento tímido.
Para avançar, o Brasil precisa romper essa muralha, abrir mercados, reduzir o intervencionismo e permitir que o mercado e a iniciativa privada definam o ritmo da inovação e do crescimento. Só assim superaremos décadas de atraso e construiremos uma economia que gere riqueza, empregos e oportunidades para todos.
Enquanto a fechadura permanece, o país do futuro continua trancado — e todos pagamos o preço dessa negligência.
O Brasil precisa ser salvo de seus próprios eleitores. Kkkkkkkkkk.. enquanto p eleitor votar no populismo vai ganhar cada vez menos...o salário urbano brasileiro hoje, em termos reais , e menor que o valor de 1980... O país está paralisado.....
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