Artigo, especial - O vazio da defesa: quando a classe política já enterrou Bolsonaro antes do julgamento

Este artigo é do "Observatório Brasil Soberano"

Daqui a uma semana acontecerá o julgamento de Jair Bolsonaro. Em vez de movimentos em sua defesa, Brasília respira normalidade. Os caciques partidários circulam por reuniões e jantares discutindo cargos e ministérios, como se a decisão já estivesse tomada. A sucessão ocupa o espaço que de veria ser de solidariedade política. 

O silêncio não é acaso. Ele cumpre papel estratégico: evita atritos com o Judiciário e, ao mesmo tempo, abre caminho para negociações de bastidores. É conveniência pura. A mensagem é clara — não vale gastar energia em defesa de Bolsonaro, mas vale preparar o terreno para administrar os efeitos da sua possível condenação. 

A conta é simples. Bolsonaro continua forte como ativo eleitoral, mas passou a ser tratado como risco institucional. Serve para transferir votos, não para liderar. O sistema quer a herança sem o herdeiro. Esta lógica revela como opera a engrenagem política: aproveita-se a força de uma liderança popular, mas ela mesma pode ser descartada quando se torna incômoda. 

Nesse rearranjo, ganha espaço o perfil moldado para se encaixar no sistema: gestor disciplinado, falas técnicas, discurso moderado, confiável para o mercado e inofensivo para as instituições. Tal figura é tratada como solução responsável, o sucessor aceitável que garante continuidade sem sobressaltos. O julgamento de Bolsonaro funciona, nesse sentido, como um divisor que abre espaço para esse substituto planejado. 

O contraste salta aos olhos. De um lado, a liderança que arrastou multidões, hoje cercada por um silêncio calculado. De outro, a alternativa cuidadosamente construída para não incomodar. A Justiça ou a proporcionalidade da pena quase não entram em pauta. O assunto real é a ocupação do espaço deixado. 

Essa escolha deixa claro o que move os caciques: oportunidade acima de lealda de. Bolsonaro é colocado na condição de passado antes mesmo de ser julgado. O esforço não está em defendê-lo, mas em disputar sua herança eleitoral. 

O silêncio, nesse caso, fala mais alto que qualquer discurso. Ele mostra a dis tância entre a base popular e as cúpulas partidárias. O eleitor segue vivo, mas sua representação é tratada como ativo em mesa de negociação, longe de qualquer debate público. 

Não é uma omissão inocente. É um cálculo político. Os caciques decidiram que é mais seguro deixar uma liderança incômoda ser eliminada pelo pro cesso judicial e substituí-la por alguém feito sob medida para o sistema.

Primeiro caso humano

ODepartamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) dos EUA confirmou o primeiro caso humano da infecção por Cochliomyia hominivorax, a mosca parasita conhecida como "verme-parafuso do Novo Mundo", na Flórida em 2024. As larvas do parasita se alimentam de tecidos vivos e podem causar a morte do hospedeiro, seja animal ou humano, se não tratadas. O caso humano gerou apreensão na indústria de carne bovina devido ao risco econômico de um surto em larga escala. 

Detalhes sobre o parasita e o caso: 

O parasita:

A Cochliomyia hominivorax é uma mosca parasita que deposita ovos em feridas de animais de sangue quente. Após a eclosão, centenas de larvas se alimentam da carne viva do hospedeiro.

Risco para humanos:

Embora raro, o parasita pode infestar humanos, e a infecção é fatal sem tratamento adequado.

Situação atual:

O HHS confirmou o primeiro caso humano nos Estados Unidos em 2024.

Impacto econômico:

Um surto generalizado de Cochliomyia hominivorax poderia acarretar custos bilionários para a economia, principalmente por meio da indústria pecuária, devido à perda de gado e custos de tratamento.