Opinião do editor - Há risco sistêmico se o Banco do Brasil for punido pela Lei Magnitsky

Eu, se fosse correntista ou acionista do Banco do Brasil, estaria mesmo muito apreensivo e assustado com a informação mais do que confirmada (leia matéria do Financial Times, abaixo) segundo a qual o banco estatal federal está trabalhando em cima de planos de contingência para o caso de ser atingido por sanções da Lei Magnitsky.

A maioria das publicações omite esta informação, com ênfase para TVs e emissoras de rádio, dos quais o Banco do Brasil é grande anunciante.

O assunto é mesmo muito sensível.

Quando o BB diz que examina um plano de contingência é porque teme de fato um leque de sanções de dimensões jamais vista e tudo porque se nega a retirar o ministro Alexandre de Moraes do seu leque de clientes. Não que a Lei Magnitsky o obrigue a fazer isto, porque lei estrangeira não se aplica aqui, mas porque lá fora os americanos mandarão fechar o BB Americas, que tem 50 mil clientes, e varrerá o Banco do Brasil de qualquer negócio financeiro internacional, o que inclui cartões de crédito de bandeiras estrangeiras e todas as operações de câmbio.

Isto pode acontecer ?

Pode, sim, segundo admite o próprio presidente nomeado Lula da Silva. É só ler ou ouvir o que é informado..

A mídia, o governo e o próprio Banco do Brasil, evitaram até mesmo comentar a carta que o banco e mais Itaú, BTG e Bradesco receberam do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, conhecido como OFAC, pedindo esclarecimentos sobre operações com A. de Moraes e seu entorno. Moraes já perdeu seus cartões de crédito, mas ainda movimenta suas contas. O BB paga a Folha do STF.

Em 2014, o banco francês BNP Parispas levou uma multa de US$ 9,2 bilhões do OFAC porque operou com sancionados pela Lei Magnitsky, ignorando os avisos e as sanções impostas contra clientes seus de Cuba e do Irã.

No caso do Banco do Brasil, há a convicção dele e do próprio governo Lula, do PT, de que a Lei Magnitsky virá com força total sobre ele, mas que será ampliada do único brasileiro enquadrado nela como violador dos direitos humanos, no caso A. de Moraes, atingindo também mais 7ministros do STF, o chefe da PGR, Paulo Gonet e até os bancos que sustentam negócios com eles.

É só aguardar pela condenação de Bolsonaro.

Ali é que a cobra vai fumar.


Dica do editor - Saiba como é este procedimento de alta complexidade para tratamento de câncer. A novidade é do Moinhos de Vento.

O Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), realizou um procedimento de alta complexidade para o tratamento de metástases hepáticas decorrentes de câncer de pulmão. A técnica utilizada foi a radioembolização hepática com microesferas de Ítrio-90 — uma forma de radioterapia intra-arterial, altamente seletiva, indicada para casos em que a cirurgia não é viável.Esta foi a segunda vez que o hospital adotou o método; a primeira aplicação ocorreu em fevereiro deste ano, em um paciente com colangiocarcinoma – tipo agressivo de tumor que se desenvolve nas células dos ductos biliares. 

Segundo o chefe do Serviço de Medicina Nuclear da instituição, Gabriel Grossman, o procedimento oferece uma alternativa segura e eficaz para casos complexos. “Esta abordagem entrega a radiação diretamente nas células doentes, com maior precisão e menor impacto aos tecidos saudáveis. O objetivo é reduzir o volume tumoral, aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida, podendo inclusive aumentar a sobrevida do paciente”, destaca o especialista.

Como funciona a radioembolização

O procedimento foi realizado no dia 3 de julho em uma paciente de 49 anos diagnosticada com adenocarcinoma pulmonar em 2023. Apesar das cirurgias e quimioterapias anteriores, o tumor não havia sido totalmente erradicado, e novas metástases no fígado foram identificadas. Por isso, foi indicada a radioembolização hepática com microesferas de Ítrio-90.

A técnica consiste na administração de microesferas radioativas diretamente na lesão tumoral por meio de uma ou mais injeções intra-arteriais. As microesferas, revestidas com Ítrio-90, liberam radiação localmente, destruindo as células cancerígenas e reduzindo o tamanho do tumor.

Antes da aplicação, o paciente passa por exames de imagem para avaliar a viabilidade do tratamento. Um radiofármaco — o macroagregado de albumina — é injetado para detectar possíveis “shunts”, ou desvios de substância no organismo. Se mais de 20% do material alcançar os pulmões, o procedimento é contraindicado.

Abordagem multidisciplinar

A realização do tratamento envolve uma equipe multidisciplinar, composta por físicos-médicos, radiologistas, radiologistas intervencionistas e médicos nucleares. Eles são responsáveis por calcular o volume do tumor, preparar e administrar as microesferas com Ítrio-90. A aplicação é feita na sala de Hemodinâmica, com o auxílio de imagens em tempo real para localizar as artérias hepáticas e liberar o material com precisão.

No dia seguinte, um exame PET-CT é realizado para verificar o local exato de depósitodas microesferas. A paciente que recebeu o tratamento apresenta boa evolução, está assintomática e segue em acompanhamento clínico.

Artigo,, especial - Renato Sant'Ana - Manipulação de palavras

Renato Sant'Ana é advogado e psicológo, Porto Alegre.

 O ex-deputado Roberto Freire, que, sabidamente, nunca foi de direita, denuncia a desonestidade do discurso esquerdista. Fazendo lembrar que Lula e Dilma governaram o Brasil por 17 dos últimos 25 anos, ele usa de ironia para criticar o lulopetismo dizendo: "E o nosso atraso é culpa, apenas, dos outros governos... isso é muito cinismo!".

Aos mais jovens convém informar: em 1989, Roberto Freire foi candidato a presidente pelo Partido Comunista. Hoje, apesar de suas raízes, só por ter ousado criticar as "trapalhadas" e a demagogia do governo, é tachado de fascista por gente que se apresenta como democrata.

A fala de Roberto Freire vem desnudar duas características da esquerda: a de reduzir a realidade a narrativas e a de transferir a culpa de seus próprios erros aos adversários.

A retórica populista não tem compromisso com a verdade. Pelo contrário, objetivando manipular a opinião pública, é articulada de modo a propagar crenças, amestrar o pensamento, ofuscar a percepção da realidade e obter uma submissão incondicional da massa para manutenção do poder.

Para o esquerdismo, a culpa de todo mal que aflige o Brasil é dos ricos, do agronegócio, dos Estados Unidos, do governo anterior e até da Odete Roitman - jamais de quem está hoje no poder.

Ora, as estatais voltaram a ser deficitárias, a dívida pública cresceu brutalmente, o desvio de dinheiro da conta dos aposentados deslanchou neste governo chegando a proporções astronômicas etc., mas toda a culpa é do governo anterior e - oh, sim! - dos conservadores.

O que vale é a retórica, a lábia, o discurso espertinho, é ter caradura para projetar suas próprias indignidades nos outros, que serão sempre culpados pelos fracassos do governo.

Domina-se o pensamento manipulando palavras. Expressões como "fascista", "conservador", "elites" etc., usadas para atacar opositores, não passam de clichês. Esvaziadas de significado, comunicam só pelo tom raivoso com que são ditas. Um exemplo gritante na história é o de Trótski, obcecado comunista-raiz: como ousou divergir de Stalin, então dono do poder, foi fichado como "fascista" e morto a golpes de picareta. (Eis, aliás, como eram as coisas na União Soviética que Putin quer ressuscitar.)

É nessa lógica absurda, sem um pingo de honestidade, que estão chamando Roberto Freire de fascista, apesar de sua trajetória política. Mas as ofensas a Freire, em verdade, mais do que atingi-lo, têm a expectativa de contar com cabeças baldias que assimilem o que vai nas entrelinhas e acreditem nas mentiras governistas. É o "vale tudo" oficial.

 


Artigo, especial, Alex Pipkin - A Perversidade das Boas Intenções e o Populismo Econômico

Alex Pipkin, PhD


Ao longo dos últimos oito anos, venho escrevendo sobre o que denomino de bommocismo destruidor. Aplicam-se políticas que soam como melodias sedutoras para a população, sobretudo para os mais pobres, mas que, no fundo, hipotecam o futuro. São medidas que encantam pela promessa imediata de alívio, mas que, no médio e no longo prazo, corroem as bases da economia, geram estagnação e atingem com brutalidade justamente aqueles que dizem proteger. Essa é a perversidade maior do populismo, ou seja, apresentar-se como bênção, quando não passa de maldição disfarçada.

A história econômica demonstra que intenções, por mais nobres que sejam, não imunizam políticas públicas contra resultados desastrosos. Como advertiram Friedrich Hayek, Milton Friedman e Thomas Sowell, a economia não se curva a discursos; responde a incentivos. Quando estes são mal desenhados, o efeito é devastador. O populismo, sobretudo o que se mascara sob slogans de “justiça social” e “igualdade”, distribui ilusões de curto prazo ao povo, mas cobra no futuro a conta da irresponsabilidade. Boas intenções não pagam dívidas.


No governo Dilma Rousseff, o represamento artificial dos preços de combustíveis e energia elétrica foi vendido como proteção ao bolso da população. O que se viu foi a Petrobras sangrar bilhões, tarifas explodirem e a confiança dos investidores evaporar. A medida que se anunciava “social” terminou por penalizar justamente os mais pobres.

No governo Lula, a redução do IPI para a linha branca foi saudada como motor do consumo popular. Geladeiras e máquinas de lavar ficaram mais baratas, é verdade, mas o ganho foi fugaz e artificial. Não houve aumento estrutural de produtividade; o que restou foi um buraco fiscal que recaiu sobre toda a sociedade.

O BNDES tornou-se um cassino estatal, onde apostas altas pagam-se com o dinheiro do povo. Nos governos Lula e Dilma, a política dos “campeões nacionais” despejou mais de meio trilhão de reais em empresas escolhidas a dedo. O discurso era de fortalecimento da competitividade global; a prática foi a concentração de privilégios e a socialização das perdas. Muitos desses “campeões” terminaram em escândalos de corrupção, enquanto o contribuinte arcava com a fatura.

Essa pedagogia perversa não terminou em 2016. Em 2023, com o retorno de Lula à cena do crime, vemos a tentativa de reedição do mesmo populismo econômico. A Petrobras voltou a priorizar a indústria naval nacional, pouco competitiva, em detrimento da eficiência. O BNDES, mais uma vez, é convocado para financiar projetos externos com o dinheiro do trabalhador brasileiro. A retórica é a mesma de sempre: desenvolvimento, empregos, justiça social. A realidade é o velho roteiro da ineficiência e da captura do Estado por interesses privados travestidos de bem comum.

A tentativa de redução da taxa de juros tornou-se a principal ferramenta desses governos populistas. Juros baixos não garantem crédito barato nem compensam políticas econômicas mal concebidas. No curto prazo, podem criar a ilusão de prosperidade e popularidade para o governo; no médio e longo prazo, resultam em inflação, distorções de preços e estagnação econômica. A prosperidade não se projeta com juros artificiais! É ilusão populista, doce aos ouvidos, amarga nos pés.

O populismo econômico sempre carrega a mesma marca. Uma promessa sedutora, mas com fatura pesada. Ao intervir de forma artificial, governos deseducam a população e criam gerações que acreditam que o Estado distribui prosperidade, quando, na verdade, só distribui dependência e estagnação.

Eis o ponto crucial e definitivo. O populismo não é apenas um erro de cálculo econômico. É uma falácia moral. Ele se apresenta como bondade, mas produz miséria. Proclama justiça, mas perpetua privilégios. Anuncia igualdade, mas entrega a desigualdade mais cruel, a do futuro sem esperança para os que mais precisam.

Ao fim, a realidade, implacável, sempre desmascara a farsa. Por mais que governos populistas maquiem o presente, a verdade econômica se impõe com dureza no longo prazo. O povo brasileiro já pagou caro por essas ilusões. A grande questão é se continuará disposto a pagar novamente pela mesma música enganosa, esse bommocismo destruidor que soa doce, mas retumba como tragédia para as próximas gerações.

Artigo, especial - Eles não querem resolver, querem dar um "jeitinho"

Este artigo é do "Observatório Brasil Soberano".

O velho "jeitinho" está no DNA da elite política. O que se desenrola nos corredo res de Brasília é a busca pelo melhor truque de ilusionismo, e não a solução para a grave crise institucional que eles fingiram não enxergar, ou acreditaram que seria apenas uma tempestade passageira. Por meses, o establishment ten tou ignorar a necessidade da anistia, como se fosse um uma crise passageira. Agora, diante da impossibilidade de ignorar o clamor por justiça e a crescente pressão, eles, mais uma vez, utilizam o famoso "jeitinho" na tentativa de enga nar a todos com uma anistia "fake", que está sendo plantada no noticiário. 

Uma pseudo anistia que não busca a justiça, muito menos a pacificação do país. Pelo contrário, o objetivo da elite política é dar a impressão de que o pro blema será resolvido, quando, na verdade, só querem escondê-lo sob o tapete – a solução de sempre. 

A carta de Donald Trump, que apontou para uma evidente perseguição po lítica e a violação dos direitos humanos em curso no Brasil, foi clara desde o início, mas eles preferiram fazer de conta que a denúncia não existia, ou que não traria qualquer consequência. Vieram as taxações, as sanções, o prejuízo ao mercado financeiro – parceiro de primeira hora – e as grandes manifesta ções populares para que eles entendessem que ignorar não é uma possibilida de. Agora resta a tentativa de reinterpretar a situação a seu favor. 

Nesse xadrez político, cada movimento é calculado para acumular poder e tentar mexer o mínimo possível em sua estrutura. Nesse sentido, figuras como Tarcísio e outros que se beneficiaram da imagem do "Capitão", não estão genuinamente preocupados com o destino de Bolsonaro. Para eles, a anis tia agora é uma moeda de troca necessária para conquistar capital político. O Centrão aproveita a oportunidade para transformar seu "ungido" em fiador dessa farsa que está sendo gestada se apropriando do tema e o sistema inun da a imprensa para que a tese de que Tarcísio está no front pela anistia ganhe visibilidade, posicionando-o como o "salvador" que trouxe a "solução". É uma jogada calculada para que ele receba os louros por algo que não repara as in justiças, é apenas um jogo de controle político. 

E para isso, vale tudo, inclusive aproveitar a oportunidade e espalhar na im prensa que ele é o escolhido de Bolsonaro para 2026. Com o Capitão preso, proibido de falar e de usar suas redes sociais—que sempre foram seu canal direto com a base de apoio—fica mais fácil plantar a narrativa. 

Uma anistia ampla, geral e irrestrita é a única resposta justa para o que está acontecendo. Ela é a condição sine qua non para o país começar a reparar as injustiças e retomar um mínimo de normalidade real. Mas eles tentam trans formar um truque em um ato de justiça, tentam dar a aparência de que a ques tão será resolvida, enquanto, nos bastidores, a perseguição continua e não vai parar. Para o establishment, eliminar Bolsonaro da vida pública é uma obses são. Para milhões de brasileiros, a reparação da injustiça cometida contra ele é imprescindível para que o Brasil possa ser chamado de democracia. 

Assim como a lei, a anistia para reparar uma injustiça deve ser aplicada de for ma igual para todos, sem exceção. Qualquer coisa menos do que isso é apenas uma nova injustiça, mais uma narrativa do sistema que vive do "jeitinho"

Nota do BRB

 "O BRB – Banco de Brasília S.A. (“BRB”; B3: BSLI3 e BSLI4) comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral que foi informado pelo Banco Central (“Bacen”) sobre o indeferimento do requerimento protocolado em 28 de março de 2025, referente à aquisição de 49% das ações ordinárias e 100% das ações preferenciais do Banco Master S.A. (“Banco Master”). O BRB apresentou solicitação de acesso à íntegra da decisão, com o objetivo de avaliar seus fundamentos e examinar as alternativas cabíveis".