Anular a "privatização" de estatais como a Vale
do Rio Doce (CVRD) não é apenas indispensável à segurança nacional. Exige-o a
honra do País, pois estão cientes da vergonha que é essa alienação todos que a
examinaram sem vendas nos olhos postas por egoísmo, ignorância ou submissão
ideológica.
A negociata causou lesões impressionantes ao patrimônio
nacional e ao Direito. Mas políticos repetem desculpas desinformadas ou
desonestas deste tipo: 1) houve leilão, e o maior lance ganhou; 2) o contrato
tem de ser respeitado; 3) o questionamento afasta investimentos estrangeiros.
Na "ordem" financeira mundial há hierarquia, e
o leilão foi de cartas marcadas. Levaria a CVRD quem "atraísse" os
fundos de pensão das estatais, através do Executivo federal e da corrupção.
José Pio Borges foi do BNDES para o Nations Bank e depois Bank of America, que
chegou a ter 20% da Valepar.
Conforme aponta Magno Mello, um dos escândalos marcantes
da história da PREVI foi o investimento na privatização Vale Rio Doce,
"quando a PREVI era gerida por uma diretoria meio petista e meio
tucana1."
Os fundos de pensão (39,3%) e o Investvale dos
funcionários da CRVD (4,5%) entraram com 44% na Valepar, a controladora da CVRD
comandada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que Steinbruch
"ganhara" de FHC, sendo empregador do filho deste. A CSN pôs 25%: 10%
vindos do exterior e 15% emprestados pelo Bradesco.
Do consórcio fizeram parte, além da CSN: Opportunity
(Citibank) com 17%; Nations Bank, então 4º maior banco dos EUA, com 9%. Outro
consórcio (Votorantim e Anglo-American) desistiu.
Não foram pagos pelo controle da VALE sequer os R$ 3,338
bilhões do lance ganhador: a) a União aceitou, pelo valor de face, títulos
comprados no mercado por menos de 10% desse valor; b) o lance mínimo era R$
2,765 bilhões, e o ágio de 20% (R$ 573 milhões), compensável por créditos
fiscais; c) o BNDES financiou parte da operação com juros preferenciais e
adquiriu 2,1% do capital votante.
A União mantinha 34,3% do capital da CVRD, mas o objetivo
era alienar o controle de qualquer jeito. Em 2001, por ordem de FHC, o Tesouro
torrou, na bolsa de Nova York, 31,17% de suas ações ordinárias com direito a
voto e a eleger dois membros do conselho de administração.
O patrimônio arrebatado ao País vale 3 trilhões de reais
(1.000 vezes a quantia do leilão) ou grandes múltiplos disso, considerando as
reservas de metais preciosos e estratégicos, muitos deles exploráveis por mais
de 400 anos, pois é impossível projetar o preço dessas riquezas sequer para um
mês. Que dizer de 5.000 meses?
Os recursos reais tendem a valorizar-se, como mostram: 1)
sua crescente escassez relativa e a alta de preços nos últimos anos; 2) a
hiperinflação de ativos financeiros em dólares e euros, a qual está detonando o
colapso das moedas. Enquanto os recursos reais são finitos e essenciais à vida,
as moedas são inflacionadas sem limites, por meio eletrônico, ao sabor do abuso
de poder de concentradores financeiros e bancos centrais.
Diz Comparato: "Ao abandonar em 1997 o controle da
Companhia Vale do Rio Doce ao capital privado por um preço quase 30 vezes abaixo
do valor patrimonial da empresa e sem apresentar nenhuma justificativa de
interesse público, o governo federal cometeu uma grossa ilegalidade e um
clamoroso desmando político3.
A relação de "quase 30 vezes", reflete o
patrimônio, em 2005, na contabilidade da empresa, mas não, a realidade
econômica, que aponta para 10.000 vezes ou mais.
Ainda, Comparato: "Em direito privado, são anuláveis
por lesão os contratos em que uma das partes, sob premente necessidade ou por
inexperiência, obriga-se a prestação manifestamente desproporcional ao valor da
prestação oposta (Código Civil, art. 157). A hipótese pode até configurar o
crime de usura real, quando essa desproporção de valores dá a um dos
contratantes lucro patrimonial "que exceda o quinto do valor corrente ou
justo da prestação feita ou prometida" (lei nº 1.521, de 1951, art. 4º,
b). A lei penal acrescenta que são coautores do crime "os procuradores,
mandatários ou mediadores".
A desproporcionalidade da prestação é colossal. Se não
estava presente a necessidade nem a inexperiência, resulta claro que os motivos
foram torpes e implicam, com mais forte razão, a anulação do negócio. Ademais,
a parte lesada, o povo brasileiro, foi traída pelos mandatários, que firmaram o
contrato e o tramaram, até mesmo ocultando dados no edital4.
Mais que anulável, o contrato é nulo de pleno direito.
Estabelece o Código Civil, no Art. 166: "É nulo o negócio jurídico quando
...III — o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito."
O que poderia ser mais ilícito que infringir a
Constituição Federal e lesar o patrimônio público, de forma deslavada? A CF, no
art. 23, I, estabelece que é da competência comum da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos municípios "conservar o patrimônio público". A
lei de licitações, 8.666/1993, subordina a alienação de bens da administração
pública à existência de interesse público devidamente justificado" (art.
17). Também torna o leilão inconstitucional não ter sido autorizada pelo
Congresso a exploração de recursos minerais na faixa de fronteira (§ 2º do Art.
20 da CF). O mesmo quanto ao controle sobre áreas maiores que 2.500 hectares
(inciso XVII do Art. 49 da Constituição).
Parabéns. Excelente Reportagem! Oxalá a nossa Imprensa, tanto apadrinhada e subsidiada pelos governos corruptos, fosse mais brasileira, e denunciasse as milhares de CAIXAS PRETAS que alimentam estes Grandes Grupos Internacionais que sigam nossas riquezas e matam nosso povo como se mata formigas!
ResponderExcluirPOR ISSO O MEDO E O TERROR QUE ELES TEM DE UM BRASILEIRO AUTENTICO COMO BOLSONARO, UM NACIONALISTA QUE QUEIRA VARRER DO PAIS ESTES RATOS QUE ROEM NOSSA VASTA RIQUEZA!
Uma Terra que é. O ELDORADO DO MUNDO! Rica em agua doce, minerais, e as maiores jazidas de Ouro, Prata e Diamantes, que permanecem ainda
Inexploradas ou nas mãos de Países Estrangeiros mas registradas em nome de Laranjas brasileiros!
DAI SE EXPLICA O FORTE LOBBY E A EXECRAÇAO PELA MIDIA DO NOME BOLSONARO!
QUANTAS MILHARES DE EMPRESAS NACIONAIS ESTARÃO RIFADAS NAS MÃOS DESTES GRUPOS, LEVANDO TRILHÕES DE DÓLARES PRA FORA DO PAÍS?
OS GLOBALISTAS - SOROS, ROTSCHILD E CATREFA SÃO MANCOMUNADOS COM OS TUCANOS FABIANOS E FIZERAM A FESTA NO BRASIL! ESSA TURMA INFLUENCIA QUASE TUDO NO MUNDO, E TEVE PAVOR QUANDO TRUMP E BOLSONARO GANHARAM, POIS SÃO ESTADISTAS PATRIOTAS, AUTÊNTICOS, E QUE NÃO OBEDECEM ORDENS DESSA MÁFIA! POR ISSO SÃO CHAMADOS DE "ERRÁTICOS", POR NÃO OBEDECEREM À MÁFIA! SÃO INJURIADOS COM ADJETIVOS FALSOS COMO " POPULISTAS", "FASCISTAS", "EXTREMA DIREITA", E MUITO MAIS!
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