Os 13 anos de governo Lula-Dilma estão mais para uma
longa noite de horror do que para uma breve jornada de sol. Onde os petistas
botaram a mão, sujou. As coisas se degradaram. Combate à corrupção? A impressão
penosa que teima em permanecer é a de que nunca se roubou tanto na história
deste País.
Na oposição, o PT botava a boca no trombone e batia o
bumbo, ao menor sinal, à menor suspeita de que alguém tenha lesado os cofres
públicos. Cada petista era um implacável Sérgio Moro – que tanto detestam
- no rigor com que eles denunciavam os
desmandos, as malversações, o roubo. Os corruptos tremiam de medo. O PT era o
partido da tolerância zero com as maracutaias, a palavra mágica que Lula cunhou
e a companheirada adorava pronunciar – antes de se tornarem especialistas na
matéria.
No governo, como se tivessem chegado com a sede de quem
atravessou o deserto, foram ao pote. E que sede, companheiro, que sede! Em meses, já estava organizado o mensalão,
que acabou levando à cadeia a alta cúpula partidária, ícones e herois como José
Dirceu e José Genoíno. Começou então a
saga dos tesoureiros do PT, cargo de alta periculosidade. Depois de Delúbio
Soares, agora é a vez de João Vaccari Neto e Paulo Ferreira curtirem uma cana.
A prisão dos tesoureiros do PT mostra que a teoria da
organização criminosa não é nenhum preciosismo legal ou exagero. Parece que no
caso dos outros partidos, como o PP e o PMDB, os malfeitos eram no âmbito
individual. No caso do PT, acontecia na pessoa jurídica, com CNPJ e tudo.
Por muito pouco, o primeiro governo Lula não terminou
logo na primeira aventura no ramo dos assaltos aos cofres públicos. Mas era
apenas o começo. Já estava em curso a organização de uma rede criminosa ainda
mais sofisticada, o Petrolão.
Que ninguém afirme que o PT foi incompetente em tudo,
porque o partido era (e ainda é) imbatível em “construir a narrativa”, essa
vigarice de carimbar uma versão de sua conveniência como verdadeira e
definitiva. Assim o PT, na mesma hora em que acusava os adversários de
privatizar a Petrobras, cuidava de transformar a estatal num covil de ladrões,
de modo a servir unicamente os seus próprios interesses, e dos aliados como o
PMDB e o PP. No rolo compressor, não
faltou quem tenha embolsado por fora o pró-labore particular, pelos serviços
prestados ao partido.
Na escalada da bandalheira, não há balaio que abram de
onde não saiam, grudados, caranguejos, moluscos, cobras, lagartos, e toda a
fauna que de algum modo simbolize a linha de montagem da corrupção, o ataque
sistemático, de mão leve e de mão pesada, ao ervanário público.
E não passa dia que não se abra um novo baú, como agora
dos fundos de pensão das estatais brasileiras.
Faz tempo que a turma mama na Petrus, Previ, Funcef e Postalis. Vem chumbo grosso por aí. Desde o governo FHC
que o PT deita e rola no pedaço.
No ínterim, não me convidem para qualquer ato de “Fora
Temer”. As oposições de agora, no seu
papel, gritam nas ruas, usam camisetas e até sandálias com a inscrição “Fora
Temer”. Mas “Fora Temer” para quê? Para a volta da ladroagem? Me incluam fora
dessa.
Eu adoraria se este precioso comentário fosse urgentemente parar nas mãos daqueles líderes imbecis que hostilizaram o presidente Temer na ONU. Essa providência poderia ser tomada pelo nosso Itamaraty pois eu não sei como fazer isso.
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