Petrobras anuncia nova política de preços de diesel e
gasolina
A Petrobras adotará a partir de amanhã uma nova política
de preços para a gasolina e o diesel comercializados em suas refinarias.
Essa política terá como base dois fatores: a paridade com
o mercado internacional - também conhecido como PPI e que inclui custos como
frete de navios, custos internos de transporte e taxas portuárias – mais uma
margem que será praticada para remunerar riscos inerentes à operação, como por
exemplo volatilidade da taxa de câmbio e dos preços, sobreestadias em portos e
lucro, além de tributos. A diretoria-executiva definiu que a Petrobras não
praticará preços abaixo desta paridade internacional.
A principal diferença em relação ao que ocorre hoje é o
prazo para os ajustes em relação ao mercado internacional. A nova política
prevê avaliações para revisões de preços pelo menos uma vez por mês. É
importante ressaltar que, como o valor desses combustíveis acompanhará a
tendência do mercado internacional, poderá haver manutenção, redução ou aumento
nos preços praticados nas refinarias.
A necessidade de ajustes nos valores dos combustíveis nas
refinarias será tomada pelo Grupo Executivo de Mercados e Preços, formado pelo
presidente da empresa, o diretor de Refino e Gás Natural e o diretor Financeiro
e de Relacionamento com Investidores.
A primeira avaliação feita pelo grupo executivo indicou a
necessidade reduzir o diesel em 2,7% e a gasolina em 3,2% na refinaria. Esses
preços entrarão em vigor para vendas realizadas a partir de zero hora de
sábado, 15/10.
Para permitir maior flexibilidade na gestão comercial de
derivados e estimular aumentos de vendas, a Petrobras também avaliará
conceder descontos pontuais para o diesel e a gasolina em mercados específicos.
Em hipótese alguma, esses descontos ficarão abaixo dos custos da empresa.
A decisão do comitê executivo levou em conta o crescente
volume de importações, o que reduz a participação da Petrobras, e também a
sazonalidade do mercado mundial de petróleo. O aumento das compras externas vem
sendo observado especialmente no caso do diesel, onde, a entrada de produtos já
responde por 14% da demanda do país. No caso da gasolina, as importações
cresceram 28% ao mês entre março e setembro desse ano.
Como a lei brasileira garante liberdade de preços no
mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas pela Petrobras nas
refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. Isso
dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de petróleo,
especialmente distribuidoras e postos de combustíveis. Se o ajuste feito hoje
for integralmente repassado, o diesel pode cair 1,8% ou cerca de R$ 0,05 por
litro, e a gasolina 1,4% ou R$ 0,05 por litro.
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