Artigo, Francisco Ferraz - Dilma e Lula. Não há mais espaço para os dois

Lula tem motivos de sobra para aparecer abatido, deprimido, preocupado, como atestam as fotos feitas na área externa do palácio do Planalto, por ocasião da saída de Dilma.
O rastreamento de suas pegadas pela operação lava jato, a aprovação do impeachment e as nuvens ameaçadorasque pairam no seu horizonte político e no seu partido são motivos de sobra para seu estado de espírito.
Creio, entretanto que há outras razões e, provavelmente mais graves e difíceis de lidar, que passam despercebidas.
Refiro-me às relações de Lula e Dilma e, curiosamente, às condições políticas do criador e da criatura no futuropróximo.
Dilma, por uma daquelassituações imprevistas que se constituem na política ganhou com o impeachment, uma liberdade que antes não tinha: não precisa mais fazer o que não sabe e, ainda por cima, fingindo que sabe -governar.
Não corre mais o risco de presidir o país em meio ao caos econômico e político.O jogo do poder empurrou-a para a guerrilha política novamente, talvez a única forma de política que sabe jogar, restabelecendo uma continuidade que fora rompida na década de 70.
Por guerrilha política entenda-se um conflito político (não militar) feito de escaramuças pontuais para desgastar o inimigo, enfraquecê-lo e conquistar o poder.
Atente-se para o que ela ganhou com o afastamento compulsório provocado pelo processo de impeachment.

Ganhou um inimigo – Temer e seu governo;ganhou os meios de combate – veículos, casas, recursos para viajar dentro do país e no exterior, acesso aos meios de comunicação, auxiliares pagos; ganhou uma causa – lutar contra o golpe em nome da democracia que ela não precisa justificar;ganhou tambémum tema emocional para mobilizar apoio – sua vitimização; ganhou ainda aliados no Brasil e no exterior, o suficiente para produzir fatos, notícias e declarações; ganhou uma condição mais protegida que Lulaem relação à ameaça da operação lava jato; e ganhou  um partido que, goste ou não, terá que fazer dela a sua bandeira.
Lula, contrariamente à Dilma, será obrigado a “jogar na defensiva” e a ofensiva que lhe restará será apoiar Dilma...
Apoiar Dilma é o que ele tem feito, contrariando seus desejos e ambições. Apoiou de mau grado – segundo se diz -  na eleição que desejava disputar; apoiou ao oferecer seus auxiliares mais próximos (Wagner, Berzoini)para ajuda-la no governo, apoiou ao aceitar tornar-se chefe da casa civil do seu governo – uma nítida posição de inferioridade – e apoiou ao se instalar no Hotel Royal Tulip para conseguir votos para ela na Câmara e no Senado.
Ao aceitar a posição subalterna e ao pôr sua reputação, prestígio e esforço à serviço da luta contra o impeachment, Lula deu-lhe o reforço de legitimidade – dentro do PT e na esquerda – com o qual ela poderá remove-lo da liderança do partido.
Se Dilma conseguir evitar o impeachment (o que até agora parece pouco provável) não precisará mais de Lula ao seu lado e, ao contrário, Lula talvez seja então um peso a carregar. Ela terá ocupado o espaço do comando do PT, por ter logrado uma vitória em condições muito difíceis e, mais ainda, poderáherdarde Temer um Brasil certamente melhor, no rumo do crescimento e da estabilização.

Se non è vero, forzeè bene trovato.

Petrobrás recompra títulosw

A Petrobras anuncia que a sua subsidiária integral Petrobras Global Finance B.V. (PGF) planeja oferecer  títulos em uma ou mais séries ("Títulos") em dólares americanos (US$), sujeitas às condições do mercado e outras condições.  Os títulos serão emitidos com garantia total e incondicional da Petrobras. A PGF pretende usar os recursos líquidos da venda dos Títulos para recomprar Títulos validamente entregues e aceitos para compra pela PGF na ordem de prioridade descrita abaixo, e usar qualquer recurso remanescente para fins corporativos gerais. 
A Petrobras também anuncia o início das ofertas pela PGF para recomprar (i) todos e quaisquer dos Títulos da PGF com vencimento em 2018 e cupom de 8,375% ("Títulos de 2018") ("Any-and-all"), e (ii) os títulos da PGF das séries descritas na tabela abaixo na ordem de prioridade (“Waterfall Tender Notes”), até o limite de US$3 bilhões (todos esses títulos, em conjunto com os Títulos de 2018, coletivamente, "Títulos Antigos" e cada "série" de Títulos Antigos), sujeitas ao "Nível de Prioridade de Aceitação" desta série de Títulos Antigos e sujeitas à delimitação ("Ofertas" e cada "Oferta").  Em conjunto com o Any-and-all, a PGF está solicitando o consentimento dos titulares dos Títulos de 2018 para: (i) eliminar certas cláusulas e disposições da escritura, de acordo com termos da emissão dos Títulos de 2018 ("Escrituras dos Títulos de 2018") e a garantia correspondente da Petrobras ("Garantia dos Títulos de 2018") e para (ii) executar uma nova  escritura suplementar dos Títulos de 2018 e um aditamento às Garantias das Títulos de 2018, a fim de efetivar tais modificações (em conjunto com as Ofertas, "Ofertas de Compra e Solicitação de Consentimento").
O Any-and-all está condicionado ao recebimento de consentimento de pelo menos a maioria do saldo devedor dos Títulos de 2018 ("Consentimento da Maioria"), entre outras condições. Se a PGF não receber o Consentimento da Maioria, ela não vai comprar quaisquer Títulos de 2018 e as Escrituras dos Títulos de 2018 e as Garantias dos Títulos de 2018 não serão alteradas. Em relação as Waterfall Tender Offers, estas estão condicionadas à aceitação da nova oferta de Títulos, entre outras condições.
As Ofertas de Compra e Solicitação de Consentimento expirarão às 23h59, horário de Nova York, em 14 de junho de 2016, a menos que o prazo de validade seja antecipado ou prorrogado pela PGF (tais como o horário e a data no que diz respeito a cada oferta, tendo em vista que pode ser prorrogado de acordo com esta Oferta, "Data de Expiração").
Os Títulos Antigos entregues poderão ser retirados a qualquer momento antes das 17h00, horário de Nova York, do dia 31 de maio de 2016, a não ser que esse prazo seja prorrogado, mas não depois do prazo. Detentores de títulos antigos de qualquer série que forem validamente entregues e não forem validamente retiradas até as, ou antes, das 17h00, horário de Nova York, do dia 31 de maio de 2016, a não ser que esse prazo seja prorrogado (tais como o horário e a data no que diz respeito a cada Oferta, tendo em vista que pode ser prorrogado de acordo com esta Oferta, "Data de Expiração Antecipada") e aceitas para compra, serão elegíveis para receber o valor total indicado nas tabelas abaixo com relação à série correspondente de Títulos Antigos ("Pagamento Total"), que inclui um prêmio pela entrega antecipada no valor indicado nas tabelas abaixo ("Prêmio por Entrega Antecipada"). Detentores de Títulos Antigos de qualquer série que forem validamente entregues após a Data de Expiração Antecipada, mas no dia ou antes da Data de Expiração, e forem aceitos para compra, receberão apenas o pagamento correspondente da oferta de recompra, que é igual ao valor correspondente do Pagamento Total daquela série de Notas Antigas, menos o Prêmio correspondente por Entrega Antecipada ("Pagamento da Oferta de Recompra"). Além do Pagamento Total e do Pagamento da Oferta de Recompra, conforme o caso, os detentores cujos Títulos Antigos forem comprados nas Ofertas também receberão juros acruados consistindo de juros corridos e não pagos a partir da, e incluindo, última data de pagamento de juros para Títulos Antigos de qualquer série, mas não incluindo, a data de liquidação correspondente.
A PGF aceitará todos os Títulos de 2018 entregues que estão sujeitos aos termos e condições da Oferta “Any-and-all”. Em respeito aos termos e condições da Waterfall Tender Offer, caso a recompra dos Títulos Antigos validamente entregues nas Waterfall Tender Offers ("Títulos da Waterfall") fizer com que a PGF compre um montante total agregado dos Títulos da Waterfall maior que US$3,0 bilhões, somente o valor total que não exceda o Limite da Recompra em Waterfall será aceito na Waterfall Tender Offer.  A PGF vai dividir de forma proporcional (prorata) quaisquer Títulos da Waterfall aceitos na Waterfall Tender Offer na ordem do Nível de Prioridade de Recompra de cada série dos Títulos. A PGF poderá, a seu exclusivo critério e sujeita à legislação aplicável, aumentar o Limite da Recompra em Waterfall.

Ao determinar o montante dos Títulos em Waterfall comprados em relação ao Limite da Recompra em Waterfall e disponível para compras nos termos da Waterfall Tender Offer, o montante total do principal em dólar americano equivalente aos Títulos expressos em euro, de acordo com a Waterfall Tender Offer, será calculado com base na taxa de conversão cambial aplicável às 14h00, horário de Nova York, no Dia Útil anterior à data em que aceitamos a compra de todos os Títulos validamente entregues no Prazo, ou antes, do Prazo aplicável para Recompra Antecipada ou da Data de Expiração, conforme informado na página da tela "FXIP" da Bloomberg sob o título "Taxa de Câmbio vs USD", (ou, se tal tela não estiver disponível, uma fonte reconhecida para cotações de moedas, selecionada pelos Gestores das Operações, com cotações da data o mais próximo possíveis aos acima mencionados). 

Artigo, Paulo Roberto de Almeida, Estadão - Epitáfio do lulopetismo diplomático

Dois elementos são essenciais a qualquer diplomacia: credibilidade e inserção internacional. Ao se aproximar o fim de 13 anos de bizarrices na política externa, cabe rememorar como a diplomacia lulopetista, partidária por definição, sacrificou ambos os elementos no altar de posturas sectárias e de iniciativas obscuras. A deformação das mais sensatas tradições da diplomacia profissional não só retirou credibilidade ao Brasil no contexto regional, como isolou o País da economia mundial, fazendo retroceder tanto a integração no Mercosul quanto nossa inserção nas cadeias globais.
Os lulopetistas retiraram credibilidade à política externa e à própria diplomacia profissional, em primeiro lugar, pelo alinhamento canhestro a regimes de esquerda na região, numa demonstração de anti-imperialismo anacrônico e de antiamericano infantil (existiam motivos atrás disso, o Foro de São Paulo, uma organização de fachada que permite aos comunistas cubanos controlar correias de transmissão no Hemisfério). Houve um tempo em que o Brasil parecia dispor de vários ministros de Relações Exteriores, sendo um ironicamente designado de “chanceler para a América do Sul”, um apparatchik do partido, amador em assuntos externos, mas dispondo de grande poder para impor posturas contrárias ao interesse nacional, contra as opiniões mais sensatas da diplomacia profissional.
Não faltou sequer certa dose de traição aos interesses do País, como revelado em episódios lastimáveis da diplomacia partidária, como a expropriação ilegal e indevida de ativos nacionais em países vizinhos, ou até a tentativa, felizmente frustrada, de fazer organismos externos interferirem em nossa política interna, todos a partir de atropelos dos lulopetistas aprendizes de feiticeiro na agenda internacional do Brasil, que teria ficado em melhores condições nas mãos dos diplomatas profissionais.
O desmantelamento dos objetivos comerciais e econômicos do Mercosul, e sua transformação em mera tribuna política, sem nenhum efeito sobre seu fortalecimento enquanto parceiro internacional confiável, foi outra das lamentáveis “realizações” dos lulopetistas: o Mercosul se desqualificou, quando não abandonou por completo sua participação em negociações regionais ou plurilaterais em prol da abertura econômica, liberalização comercial ou inserção em cadeias mundiais de valor. O apoio concreto a duvidosos regimes esquerdistas – quando não ditaduras abertas – constituiu o aspecto mais histriônico, e nefasto, dessa política externa bizarra, aliás, em total desrespeito a normas constitucionais e em contradição completa com nossas tradições diplomáticas (como a interferência nos assuntos internos de Honduras, por exemplo). Tudo isso minou a credibilidade da nossa política externa e da diplomacia profissional.
O isolamento econômico do Brasil não foi algo improvisado, mas, sim, resultou de concepções anacrônicas em matéria de políticas industriais ou comerciais, que recendem a um bolor desenvolvimentista de décadas passadas, o qual, todavia, os lulopetistas sempre admiraram pelo seu lado estatista e dirigista, com raízes no protecionismo comercial e na proteção de uma “indústria infante” (a automobilística, por exemplo), que ainda não terminou de ser criança, mesmo passados 60 anos. Regras de conteúdo local e de discriminação tributária, como condição de acesso ao mercado interno, não estão apenas em contradição com regras do Gatt-Organização Mundial do Comércio (OMC), mas realimentam velhos sonhos soviéticos de “socialismo num só país”, no nosso caso transformado em perfeito exemplo de “stalinismo industrial”, ou seja, uma indústria isolada do mundo.
O renascimento da política externa num novo governo terá de rever todas essas posturas anacrônicas do lulopetismo diplomático, indignas de nossas melhores tradições profissionais nessa área. A restauração da credibilidade externa do Brasil começa pela dupla superação da doença infantil do esquerdismo terceiro-mundista, traduzido na míope “diplomacia Sul-Sul”, e da obsessão pela busca de “parceiros estratégicos”, um fantasmagórico grupo de “anti-hegemônicos” (na concepção dos lulopetistas), cada um, na verdade, cuidando de seu interesse próprio no cenário mundial. O fim do autoisolamento econômico e comercial passa, por sua vez, pela reversão completa das medidas adotadas nos últimos anos, começando por colocar novamente na agenda os objetivos prioritários inscritos no artigo 1.º do tratado do Mercosul, ou então a concessão de liberdade a cada membro para negociar acordos de liberalização comercial com os parceiros mais prometedores. A indústria brasileira não precisa tanto de proteção e subsídios quanto de abertura e competição, à condição que ela deixe de ser esmagada por uma carga tributária tão extorsiva quanto imoral.
A política externa lulopetista isolou o Brasil do mundo e retirou credibilidade à sua diplomacia profissional ao partir de pressupostos completamente equivocados, em alguns casos deliberadamente voltados para prestar serviço a obscuros clientes externos, que nada tinham que ver com os nossos interesses nacionais. O Itamaraty precisa ser restaurado em seu papel fundamental de assessoria competente, essencialmente técnica, na formulação das diretrizes presidenciais em matéria de política externa, sem nenhum vezo partidário ou ideológico.
Afastados apparatchiks partidários – que, aliás, romperam com métodos de trabalho obrigatórios na diplomacia profissional, como o registro documental de cada ação empreendida –, o Brasil poderá recuperar sua credibilidade externa e reinserir-se produtivamente na economia mundial.
Não era sem tempo!
*Paulo Roberto de Almeida é diplomata de carreira e é professor no Uniceub (Brasília)
Site: www.pralmeida.org
Blog: http://diplomatizzando.blogspot.com


Comunicado do Senado sobre mordomias para Dilma

Gostaria de comunicar que, em face da decisão do Plenário do Senado Federal, está convocada a reunião da Mesa do Senado Federal para hoje, mais tarde, às 16 horas, à qual comparecerá o Exmo Sr. Presidente do Supremo Tribunal Federal, para assumir a Presidência do Senado Federal, para os fins do processo de impedimento por crime de responsabilidade da Senhora Presidente da República.
Para essa reunião, gostaria de convidar os Senadores Raimundo Lira, que é o Presidente da Comissão Especial; Antonio Anastasia, que é o Relator da Comissão Especial, todos os Líderes partidários e todos os Senadores.
Comunico, ainda, que a Senhora Presidente da República será intimada do afastamento temporário de suas funções pelo Senador Vicentinho Alves, 1º Secretário do Senado Federal, ainda ao longo da manhã desta quinta-feira.
O 1º Secretário seguirá, logo após, para notificar o Vice-Presidente da República.
Da intimação da Senhora Presidente da República, constarão as prerrogativas que Sua Excelência manterá enquanto afastada do cargo, bem como a cópia, em meio digital, da integra da Denúncia nº 01, de 2016.
Aproveito a oportunidade para comunicar ao Plenário e ao povo brasileiro o texto do Mandado de Intimação:
Considerando, Senhora Presidente, que a Câmara dos Deputados autorizou, nos termos do art. 51, I e 86 da Constituição Federal, a instauração de processo contra a Presidente da República pela prática de crime de responsabilidade e considerando que o Plenário do Senado Federal, na Sessão Deliberativa Extraordinária do dia 11 de maio de 2016, admitiu o seu prosseguimento, o Presidente do Senado Federal faz saber, por este ato, que fica Vossa Excelência intimada dos termos da Denúncia autuada neste Senado Federal sob o nº 01, de 2016.
Integram o presente mandato cópia digitalizada do processo que tramitado na Câmara dos Deputados e do processo em trâmite no Senado Federal, incluído o relatório preliminar da Comissão Especial desta Câmara Alta, aprovada pelo Plenário.
Faz saber, ainda, que, a partir do recebimento desta intimação, está instaurado o processo de impedimento por crime de responsabilidade, ficando Vossa Excelência, nos termos do art. 86, §1º, II, da Constituição Federal, suspensa das funções de Presidente da República até a conclusão do julgamento no Senado ou até a decorrência do prazo fixado no §2º do referido artigo, de 180 dias, mantendo durante esse período as prerrogativas do cargo relativas ao uso de residência oficial, segurança pessoal, assistência saúde, transporte aéreo e terrestre, remuneração e equipe a serviço do Gabinete Pessoal da Presidência.

Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a sessão.

Artigo, Luís Milman - A batalha cultural

A batalha cultural

Por Luis Milman


Ganha força no Brasil o debate sobre o desmonte da hegemonia da esquerda sobre a produção de cultura, conteúdos acadêmicos e da mídia tradicional. A extinção do Minc pelo governo Temer veio em boa hora, porque pelo ministério passava boa parte do financiamento dos artistas, escritores e outros amigos amestrados do lulopetismo. Sem a fonte de financiamento, todos eles ficarão à mercê de seu próprio trabalho, sem subvenção e lançados ao seu mercado, que é onde os artistas devem estar. Mas ainda há muito a fazer. A tal arte e cultura radical de esquerda, que expressa seu modo de ver o mundo político e moral, está enraizada organicamente há pelo menos 40 anos nos chamados meios cultos (Universidade, escola, mídia), sem que tivéssemos, durante este tempo, qualquer contraponto liberal ou conservador a ela. Tanto é assim que o pensamento conservador foi identificado, pela esquerda, ao pensamento reacionário e associado à resistência ideológica de pastores evangélicos. O que importa entender é que o ethos da esquerda penetrou no cerne da nossa linguagem, por meio da qual analisamos e entendemos a política e a cultura. O debate é sempre pautado por uma normatividade esquerdista, que mobilizou minorias e compartimentou a sociedade em setores de oprimidos, a saber, os negros, os índios, os gays, as mulheres e as periferias. Esta é uma instrumentalização de natureza política porque seu propósito é duplamente político, ou seja, organizar o que se convencionou chamar de excluídos e fomentar, na consciência dos cidadãos médios, um sentimento de culpa por sua posição econômica e cultural. A esquerda - e o petismo em especial- construiu esta narrativa, que polariza a sociedade entre aqueles que querem transformar suas estruturas alegadamente reacionárias e os demais, identificados com a realidade opressiva, ainda que de modo inconsciente. O efeito resultante desta polarização foi a pauperização do debate intelectual e a criação de clichês de esquerda hiperativos na mentalidade dos brasileiros, além da progressivo avanço da permissividade nos costumes, aceita como se fosse natural em nossa sociedade. A resistência a este estado de coisas, por essas razões, adquire contornos de emergência, se quisermos passar a viver numa sociedade plural, na qual padrões de racionalidade sejam respeitados e o nível de exigência do debate intelectual venha a ser mais elevado. Se isto não ocorrer, o lulopetismo, que trabalha pelo rebaixamento da inteligência e da moralidade, terá perdido uma batalha política, mas permanecerá ativo nos meandros da vida social, pautando os debates culturais. Daí que podemos permanecer reféns de um paradoxo: a queda do lulopetismo no âmbito político e sua permanência articulada no âmbito cultural. No governo Temer, os meios de produção cultural e de informação, incluindo-se aí as escolas e a mídia, devem ser desafiados a abrir espaços para o pensamento de direita no país, primeiro para exorcizar os fantasmas que fazem uma equivalência precária entre conservadorismo e reacionarismo e, segundo, pelo estímulo à contribuição para o debate nacional em política e cultura, com a participação de estudiosos que representam posturas conservadoras e liberais no campo político, econômico e estético.

Demanda do consumidor por crédito recua 5,1% em abril, aponta

Procura por crédito caiu em todas as regiões do país em abril

São Paulo, 17 de Maio de 2016 – De acordo com o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, a quantidade de pessoas que buscou crédito em abril de 2016 caiu 5,1% em relação ao mês imediatamente anterior (março/16). Em comparação com o mesmo mês do ano passado, a procura por crédito cresceu 7,8%. No acumulado do primeiro quadrimestre do ano, a demanda do consumidor por crédito avançou 2,6% em relação ao primeiro quadrimestre do ano passado.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, a evolução da demanda por crédito pelos consumidores continua exibindo baixo dinamismo devido aos impactos da recessão econômica sobre o nível de emprego, reduzindo a capacidade de pagamento das famílias, pelo grau deprimido da confiança dos consumidores e pelas altas taxas de juros praticadas nas operações de crédito.
Análise por classe de renda pessoal mensal
Na comparação com março/16, a queda na demanda do consumidor por crédito foi de 4,6% para os que ganham até R$ 500 mensais e de 4,9% para os que recebem entre R$ 500 e R$ 1.000 por mês. Os demais recuos foram de: 5,3% para renda entre R$ 1.000 e R$ 2.000; 5,2% para a faixa de R$ 2.000 a R$ 5.000 mensais; 5,1% para os que recebem entre R$ 5.000 e R$ 10.000 por mês; e 4,6% para aqueles que ganham mais de R$ 10.000 mensais.

No acumulado do primeiro quadrimestre de 2016, com exceção da faixa de menor renda (com queda de 2,0%), a busca do consumidor por crédito subiu em todas as demais faixas de renda em relação ao primeiro quadrimestre de 2015: consumidores com renda mensal entre R$ 500 e R$ 1.000 (2,1%); renda mensal entre R$ 1.000 e R$ 2.000 (3,7%); renda mensal entre R$ 2.000 e R$ 5.000 (4,0%); renda mensal entre R$ 5.000 e R$ 10.000 (4,1%) e renda mensal maior que R$ 10.000 (3,5%).
Análise por região
Em abril/16, quando comparado com março/16, houve variações negativas na procura do consumidor por crédito em todas as regiões do país: Norte (-9,8%); Centro-Oeste (-7,6%); Sudeste (-5,4%); Nordeste (-3,8%); Sul (-2,6%).

No acumulado do primeiro quadrimestre de 2016, as demandas dos consumidores por crédito avançaram 4,4% na Região Sul, 4,6% no Sudeste e 2,2% no Centro-Oeste. O maior recuo na demanda dos consumidores por crédito ocorreu no Nordeste: baixa de 4,0% no primeiro quadrimestre de 2016 perante mesmo período do ano passado. Por fim, na região Norte, a queda na demanda dos consumidores por crédito foi de 1,3% no primeiro quadrimestre de 2016.
A série histórica deste indicador está disponível em
http://www.serasaexperian.com.br/release/indicadores/demanda_pf_credito.htm
Metodologia do indicador
O Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito é construído a partir de uma amostra significativa de CPFs, consultados mensalmente na base de dados da Serasa Experian. A quantidade de CPFs consultados, especificamente nas transações que configuram alguma relação creditícia entre os consumidores e instituições do sistema financeiro ou empresas não financeiras, é transformada em número índice (média de 2008 = 100). O indicador é segmentado por região geográfica e por classe de rendimento mensal.
Você também lê esta notícia em: http://noticias.serasaexperian.com.br/
Serasa Experian
A Serasa Experian é líder na América Latina em serviços de informações para apoio na tomada de decisões das empresas. No Brasil, é sinônimo de solução para todas as etapas do ciclo de negócios, desde a prospecção até a cobrança, oferecendo às organizações as melhores ferramentas. Com profundo conhecimento do mercado brasileiro, conjuga a força e a tradição do nome Serasa com a liderança mundial da Experian. Criada em 1968, uniu-se à Experian Company em 2007. Responde on-line/real-time a 6 milhões de consultas por dia, auxiliando 500 mil clientes diretos e indiretos a tomar a melhor decisão em qualquer etapa de negócio. É a maior Autoridade Certificadora do Brasil, provendo todos os tipos de certificados digitais ICP-Brasil, tornando os negócios mais seguros, ágeis e rentáveis.
Constantemente orientada para soluções inovadoras em informações para crédito, marketing, identidade digital e negócios, a Serasa Experian vem contribuindo para a transformação do mercado de soluções de informação, com a incorporação contínua dos mais avançados recursos de inteligência e tecnologia.
Para mais informações, visite www.serasaexperian.com.br
Experian
A Serasa Experian é parte da Experian, líder mundial em serviços de informação, fornecendo dados e ferramentas de análise a clientes ao redor do mundo. O Grupo auxilia os clientes no gerenciamento do risco de crédito, prevenção a fraudes, direcionamento de campanhas de marketing e na automatização do processo de tomada de decisão. A Experian também apoia pessoas físicas na verificação de seus relatórios e scores de crédito e na proteção a fraudes de identidade. Em 2015, a Experian foi eleita pela revista Forbes como uma das companhias mais inovadoras do mundo.
A Experian plc está registrada na Bolsa de Valores de Londres (EXPN) e compõe o índice FTSE 100. A receita total para o ano fiscal encerrado em 31 de março de 2015 foi de US$ 4,8 bilhões. A empresa emprega cerca de 17.000 pessoas em 37 países e possui sede corporativa em Dublin, na Irlanda e sedes operacionais em Nottingham, no Reino Unido; na Califórnia, Estados Unidos, e em São Paulo, Brasil.


Para mais informações, visite www.experianplc.com