Operação Lava Jato: apelação criminal de Gim Argello e
ex-dirigentes da OAS e da UTC tem pedido de vista
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) iniciou
hoje (19/10) o julgamento da apelação criminal do ex-presidente da construtora
OAS José Aldemário Pinheiro Filho, do ex-diretor da UTC Engenharia Walmir
Pinheiro Santana e do ex-senador Jorge Afonso Argello (Gim Argello), que teve
pedido de vista do desembargador federal Victor Luiz dos Santos Laus.
Também são réus nesse processo os ex-diretores da OAS
Roberto Zardi Ferreira e Dilson de Cerqueira Paiva Filho, o ex-secretário-geral
da Câmara Legislativa do Distrito Federal Valério Neves Campos, o filho de Gim
Argello, Jorge Afonso Argello Júnior, e o ex-assessor dele Paulo Cesar Roxo
Ramos. Eles foram absolvidos em primeira instância, mas o Ministério Público
Federal (MPF) recorreu contra a sentença.
Na ação, o ex-senador Gim Argello foi denunciado por
solicitar a alguns dirigentes de empreiteiras pagamento de vantagem indevida
para protegê-los, inclusive deixando de convocá-los para depoimento na Comissão
Parlamentar de Inquérito, instaurada no Senado para apurar crimes ocorridos na
Petrobras e na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, instaurada no Senado e
na Câmara para apurar esses mesmos crimes durante o ano de 2014.
Argello teria solicitado a Ricardo Ribeiro Pessoa,
dirigente da empresa UTC Engenharia (que fez acordo de colaboração premiada e
não recorreu), cinco milhões de reais, que foram pagos na forma de
doações eleitorais registradas a partidos indicados pelo ex-senador. Walmir
Pinheiro Santana, diretor financeiro da UTC Engenharia, teria auxiliado Pessoa
nos pagamentos. O réu também teria solicitado propina a outras empreiteiras,
mas estas não teriam realizado o pagamento.
Os demais réus na ação foram denunciados por fazer a
intermediação entre as empreiteiras e Argello.
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