Meu discurso Câmara
Eu me criei em
Ilópolis, que na década de 40 do Século passado era o 3º Distrito do Município
de Encantado. A vila tinha 92 casas contadas por mim, quando eu tinha nove
anos.
No curso
primário fui um aluno razoável. Permaneci assim nos cursos Ginasial, Colegial e
até na Faculdade. Daquela época em diante, seguindo meu destino, de alguma
forma evolui para ser o livre pensador que hoje sou. Fui um homem político a
vida toda. A cidade de Encantado, no final da década de 1950, tinha quase oito
mil eleitores. Na eleição 1959 fui candidato a vereador. Afastando os brancos e
nulos fiz mais de oitocentos votos. Fui votado por, praticamente 20% dos
eleitores. Na 5ª urna eu já estava eleito. Mais tarde, numa eleição apertada,
conquistei uma vaga nesta Câmara de Vereadores. Porém, não tive êxito na
tentativa de reeleição. Por estas razões todas, em tom de galhofa, eu sempre
digo que, em matéria política estou em franca decadência.
Em 1964, a
convite do Instituto Cubano de Amistad por los Pueblos, estive em Cuba para as
comemorações do 5º aniversário da revolução socialista. Ao que parece, esta foi
a principal razão que inspirou o repórter de todas as guerras, Flávio Alcaraz
Gomes, me convidar para debater com o coronel Pedro Américo Leal, na Rádio
Guaíba, assuntos políticos de toda ordem. Eu como representante da esquerda e o
coronel Leal, representando a direita. O programa, com uma formulação atrevida,
possivelmente sem precedentes em todo o país, tinha o sugestivo nome de “Os
Guerrilheiros da Notícia”.
Ainda hoje,
nos debates da TV Pampa, o Paulo Sérgio Pinto, ao fazer as apresentações dos
convidados, refere-se a mim dizendo mais ou menos o seguinte: “e aqui do meu
lado o ex-vereador Omar Ferri, cortador de cana em Cuba. Agora, mudou de lado e
passou a ser um homem de direita”.
Por esta
razão, convido meus amigos para questionarmos as expressões abstratas de
direita e esquerda, que sob o ponto de vista sociológico se fazem presentes nos
sistemas sociais que há tempos estão a influenciar o universo das ideologias.
Estes termos
tiveram origem nas Assembléias Gerais da Revolução Francesa. Os conservadores,
favoráveis à manutenção do Sistema Feudal ocupavam os acentos situados à
direita da presidência e os que aspiravam mudanças sentavam-se à esquerda. Como
reflexo dessa particularidade surgiram os termos direita e esquerda, conceitos
que ganharam o mundo e hoje são usados para enaltecer ou estigmatizar uns e
outros, sempre dependendo do lado que cada um se encontra.
Na época do
Feudalismo, as classes representativas eram formadas pela Nobreza, pelo Clero e
pelos Exércitos. Os aldeões eram os servos da gleba e como qualquer mercadoria,
quando os latifúndios eram vendidos, eles, como gado, passavam a ser
propriedade dos novos Senhores.
Paralelamente,
com o advento da máquina à vapor, das fábricas de tecelagem, dos novos meios de
comunicação enfim, do livre comércio, a soma dessa nova ordem deu causa à
Revolução Francesa que, vitoriosa, alastrou seus postulados para a maioria das
nações, configurando destarte a moldagem do sistema Burguês/Capitalista, que
hoje comanda a orquestração industrial e gerencia o comércio pelo mundo a fora.
Entretanto, as
forças que movem a economia, com base nas concepções materialistas da história,
e embaladas pelos ensinamentos do Marxismo/Leninismo decidiram que havia
chegado o momento de libertar o povo da espoliação da mais valia, o que
deveriam conseguir através de uma revolução guerrilheira, com o objetivo de
instalar no sistema mundial a ditadura do proletariado. Alardeavam que o
comunismo estava sendo gerado no próprio seio do sistema capitalista, e por
consequência, seria impossível deter o avanço obreirista.
É evidente que
as dificuldades de vida dos obreiros, despidos de direitos, que sobreviviam das
sobras dos abastados proprietários, e que perambulavam marginalizados pelos
caminhos de muitas regiões européias foi o estopim da revolução
camponesa/obreirista, com origem na Rússia, mais tarde propagada para outras
nações como foi o caso da China, de Cuba, da Coréia do Norte, Camboja, etc..
É de minha
concepção, que nem todos os princípios da utopia socialista estejam errados,
como também, nem todos os fundamentos econômicos do sistema capitalista estejam
certos.
Não fosse a
inspiração socialista não teríamos em nossos dias educação pública, sistema de
saúde universal, jornada de oito horas e direitos trabalhistas como mediadores
dos conflitos laborais.
Inobstante, a
realidade subsequente não correspondeu ao idealismo trombeteado por seus
prosélitos. As promessas de democratização redundaram no despotismo e na
socialização da pobreza.
Quando o
Partido Bolchevique assumiu o governo, a primeira medida que tomou foi a de
substituir o poder das leis, pelo poder absoluto da casta dirigente. Em outras
palavras: com inspiração marxista/leninista estabeleceu a ditadura do partido
único. Incitado por uma brutalidade odiosa, esse mesmo espírito perverso foi
imposto aos alemães orientais, aos cubanos, aos romenos, aos chineses, aos
Cambojanos e aos Norte Coreanos, dentre outros. Milhões de pessoas foram
assassinadas nesses países e outro tanto morreu de fome. Em Cuba, Juanita
Castro, irmã de Fidel, logo se deu conta do que iria acontecer em seu país e,
para vergonha dos irmãos Castro, exilou-se nos Estados Unidos. O mesmo
aconteceu com Svetlana Stalin quando descobriu que sua mãe fora assassinada por
ordem de seu pai, um tenebroso ditador.
Como
conclusão, podemos afirmar que o comunismo não foi além de um sonho quimérico e
que o messianismo operário não passou de uma ilusão. É bem verdade, a revolução
do proletariado sedimentou uma nova estrutura sócio/econômica, todavia ela
desabou, e de cujos escombros praticamente nada se salvou.
Todos estes
fatos comprovam que nenhum país tem seu suporte econômico apenas numa classe
social.
Se os fatos
mudam, as idéias também mudam. Quando o sistema social se transforma, os
princípios do ordenamento jurídico social também se adaptam. Somente os
fanáticos e os sectários não entendem estas modificações.
Estas divagações
me fizeram esquecer que eu vivo no Brasil, um país democrático que tem os
poderes legalmente constituídos e que todos seus dirigentes cumprem suas
funções em elevadas expressões de espírito no que diz respeito à moral e à
ética política.
Meu Deus! Eu
vinha tão tranquilo na minha análise dos sistemas até agora expostos que
comecei a dizer bobagens.
Examinemos,
pois, nossa realidade.
Que democracia
e esta que nos condena a ser prisioneiros em nossas próprias casas, ao mesmo
tempo em que bandidos tomam conta de nossas comunidades espalhando terror com
suas ações bárbaras, a todos que temerosos, perdem as condições de reagir?
Que segurança
temos, frente aos violadores de nossos lares, que impunemente roubam nossos
bens, nossa dignidade, nossa honra?
Que democracia
é esta que de modo estarrecedor permite a mortalidade multiplicar defuntos nas
salas infectas de nossos hospitais públicos.
Explique quem
puder: quanto mais o contingente de doente aumenta, o número de hospitais
diminui. Esta é a tragédia de nossa
saúde pública.
Que democracia
é esta que destrói nosso Sistema educacional e nos obriga a assistir a
decadência cultural formada por analfabetos funcionais carentes da aptidão de
entenderem o que lêem?
Pior, ainda,
milhares de professores sofrem ataques de alunos desalmados com a complacência
dos responsáveis pelas instituições de ensino, e até pelos sindicatos do
magistério que, pusilanimemente, se recolhem a um assombroso silêncio. Se os
sindicatos foram criados para representar, por que se omitem?
Realmente, não
pode haver democracia em um país que é campeão mundial do contrabando, da
violação de nossas fronteiras, da devastação amazônica, do tráfico de drogas e
do consumo de crack.
Qual o país do
mundo que pode conviver com o assassinato impune de 57.000 pessoas todos os
anos? Como podemos permitir o trabalho
escravo, o trabalho infantil, a prostituição de adolescentes que campeia
livremente, aos milhões, pelo país à fora?
Não podemos
esquecer que somos um dos países mais corruptos do mundo. Que fizemos o pior
negócio do mundo quando a Dilma comprou a refinaria de Pasadena, que era
obsoleta, totalmente superada e que custou aos cofres da Nação prejuízos
aproximados a dois bilhões de dólares. (Ou mais, segundo ações em tramitação
nos Estados Unidos)
Será que a
senhora, presidenta e os demais imaculados conselheiros teriam a decência de
nos dar uma resposta plausível, tendo em vista o parecer contrário do setor
jurídico da refinaria?
A Petrobras
foi saqueada e levada às fímbrias da falência por um grupo de mafiosos,
coadjuvados por aquele, que a Dilma nomeou, simuladamente, para acabar com a
corrupção.
Foi tudo tão
espantoso o que aconteceu com a petrolífera, que um dos diretores devolveu mais
de cem milhões de reais, e outro foi pego com mais de 50 milhões encaixotados
num apartamento sob o pretexto da guarda de bens do pai que havia morrido.
Enquanto todos
estes fatos aconteciam no Brasil, a mando de Evo Morales, um dos idiotas latino
americano, as forças armadas bolivianas expropriaram uma refinaria de
propriedade da Petrobras. Ao invés de exigir a devolução com as devidas
escusas, o batráquio brasileiro recolheu-se a sua insignificância e até
concordou.
O Brasil
capitulou, nossa pátria foi desonrada. Nosso povo não merece tamanho insulto.
Empreiteiras
nacionais, capitaneadas pela Odebrecht se apropriaram de bilhões de dólares.
O Brasil tem a
maior distribuidora de carnes envolvida em fraudes de toda espécie.
Dirigida por
dois irmãos gatunos, que se beneficiaram indevidamente com bilhões de reais dos
cofres do BNDES, ajudados por mais de 1.800 políticos desprezíveis, escrotos,
picaretas, tanto no tempo do lulismo/petista quanto estes delinquentes que
agora estão no poder.
Em matéria de
política, o Brasil alcançou níveis estratosféricos de corrupção, basta
registrar que:
Tivemos um
presidente campeão mundial de corrupção.
Uma
presidenta, campeã mundial da incompetência. Ela foi a principal responsável
pela ruína de nossas instituições e pelo consequente desmantelamento do sistema
econômico nacional.
Uma caterva de
líderes políticos, tesoureiros, marqueteiros, presidentes de partidos, um
apelidado de “guerreiro do povo brasileiro”, presidentes e ex-presidentes da
Câmara e do Senado, alguns muitos crápulas e outros muito pilantras, mas, todos
seguramente gangrenosos morais e por isso punidos por formação de quadrilha,
corrupção ativa, peculato, apropriações de bens públicos, mas, que,
infelizmente, alguns deles têm conseguido o abrandamento de suas condenações
para continuar praticando atos que ultrajam a consciência dos homens de bem
desta nação.
O povo não
acredita mais numa Justiça que somente cumpre com exação seus deveres, quando
julga negros, pobres e gente miúda. Têm bandidos de toga disse Eliana Calmon
quanto era presidente do Conselho Nacional da Justiça.
Claro que é uma minoria.
.Por exemplo,
a mulher do ex-governador, Sérgio Cabral, campeão mundial de roubos e mutretas
provinciais, teve sua prisão relaxada para ir para casa cuidar dos filhos
adolescentes, enquanto mulheres pobres, negras, prostitutas e toda sorte de
pessoas marginalizadas, na maioria das vezes acusadas de pequenos furtos, são
proibidas de conviver com seus filhos, além de serem mantidas em imundas
prisões, tudo isso pelo espírito implacável da insensibilidade generalizada de
uma Justiça injusta e desumanizada.
Claro que não
é a maioria.
Não podemos
nos esquecer dos decretos secretos do honorável Sarney, ou dos extravagantes
decretos de Lulla, que em nome da Segurança Nacional, tornaram inviáveis os
esclarecimentos quanto aos gastos dos cartões corporativos realizados pelos
agentes públicos, na maioria das vezes usados em jantares nababescos, bacanais
em lupanares em hotéis de cinco estrelas, acompanhados de vinhos caríssimos,
com a conivência e participação da camarilha governamental, ao mesmo tempo em
que sobra para nós a obrigação de pagar a conta.
O Simon não
conseguiu instalar a Comissão Parlamentar para Investigar os Corruptores, e o
Lazier enfrenta objeções de toda ordem, em seu pedido para esclarecer os
empréstimos nacionais e internacionais do BNDES, embora, para tanto tenha
invocado a lei da Transparência e o direito à informação.
Quando
conseguiremos investigar o tráfico de influência e a trapaça que campeia nas
fraudulentas negociatas empresariais que ilegalmente reduzem a quase nada os
bilhões das sonegações apuradas pelo Conselho Administrativo de Recursos
Fiscais?
Que país é
este que aplica milhões e milhões de multas de toda espécie, por agressões ao
meio ambiente, pela poluição dos ares, pela contaminação das águas e que apenas
consegue cobrar dos infratores – o grande empresariado nacional comprometido -
não mais de 2%, dos valores apurados, mas ai de nós se não quitarmos uma
simples multa de trânsito, uma parcela do IPTU, ou uma prestação do imposto de
renda, certamente teremos nossos veículos confiscados ou nossa propriedade
penhorada. Nós do povo não temos escapatória.
Como a Nação
conseguirá se livrar da catastrófica dívida pública que hoje atinge a
estratosférica quantia de mais de três trilhões e trezentos bilhões de reais?
Como aceitar a
opinião daqueles que perderam a vergonha ou de doutos notáveis que dizem que
propina não é crime, quando em verdade ela é decorrente de fraudes em licitações,
de superfaturamentos, de aditamentos ilegais, e, enfim, de milhares atos de
improbidade de toda espécie.
Como podemos
conviver com estas anomalias e com uma espantosa iniquidade social, uma vez que
o peso dessas patifarias sempre é suportado pelas classes menos favorecidas e,
também por nós, que somos pessoas de bem?
Isto tudo
prova que a barbárie tomou conta da Nação.
Com podemos
aceitar que associações de criminosos incendeiem mais de 1.200 ônibus e que
apenas um grupo insignificante tenha sido identificado? Alguém foi punido? Que explicação temos para nós próprios, que
perdemos nossa capacidade de reação ao aceitarmos conviver com esta escória
política, ou melhor, dizendo, com esses excrementos sociais.
Que dizer de
partidos coniventes com a desagregação social, que ao invés de se rebelarem,
optaram em participar do saque ao erário da Nação?
Que dizer do
meu partido que ficou subserviente ao governo lulista e que por esta razão
cobre de vergonha o passado de lutas de Getúlio, Jango e Brizola? Os atuais
dirigentes não passam de cúmplices de um governo infamante que instalou no país
uma organização criminosa que se especializou em assaltar os cofres da
República.
A situação
está caótica. O Brasil virou uma espelunca de ladrões.
De alguns anos
para cá estamos enfrentando sucessivas crises institucionais.
O Brasil está
ingovernável.
Isso pode ser
tudo. Menos Democracia.
Não acreditem
na falácia das reformas. A montagem desse sistema pervertido está tão
estratificada na política governamental, que seus representantes jamais farão
qualquer reforma que contrarie seus interesses de reeleição, ou contrarie, o
evidente objetivo de continuar desfrutando das traficâncias do poder.
Que dizer do
Congresso Nacional, entidade moralmente corrompida e a maior responsável por
esta situação insuportável, que custa à Nação, mais de 1,16 milhões por hora?
Cujos membros ainda recebem, cada um, 100 milhões como reembolso para a
divulgação do exercício do mandato.
A ganância
insaciável desses aproveitadores não encontra limites. Há cinco dias eles
aprovaram o direito de surripiar do orçamento da União três bilhões de reais
que empregam no financiamento de compra de votos. O cinismo dessa malta de
sacripantas é execrável.
Isto não quer
dizer que não haja deputados e senadores honestos, mas nós não concordamos em
pagar os gastos de campanhas mercenárias.
O povo está
sentindo a dureza da vida. Temos cinquenta milhões de inadimplentes e cinqüenta
milhões vivendo das esmolas do Bolsa Família e ao redor de 14 milhões de
desempregados, e a corja se refestelando às nossas custas. Eles não estão
interessados em leis de reformas, apenas reformulações. Leis só em favor deles,
tantas quantas forem necessárias.
Gritemos com a
força de nossas convicções: nós não concordamos.
Qual a lei que
dá direito a um desembargador de São Paulo receber em um mês um salário de R$
723.474,00 e no mês seguinte 104 mil reais e de centenas de outros em todo o
país, que recebem mais de R$ 80.000,00 mensais?
Então devemos
perguntar: qual o país que aguenta?
E quais são
nossas opções ao perceber que o Socialismo corrói o tecido social e o
Capitalismo subjuga o Estado segundo seus interesses.
As leis
econômicas são implacáveis elas não têm coração e não sentem remorso.
Se isso tudo
continuar, o que será o Brasil de amanhã?
O descarado
Lulla disse que os bancos nunca ganharam tanto dinheiro como no seu governo.
Esta foi a única vez que o sapo barbudo não mentiu. Em 2012 ele afirmou em
Paris que o lucro dos bancos foi de 199 bilhões. De fato, só o Bradesco lucrou
12 bilhões em 2013 e 15 bilhões em 2014.
O Ali Baba
dizer que é o político mais honesto do Brasil atinge o patamar de um alucinado
desespero.
Safado, dedo
duro e traidor de colegas por passar informações sobre a movimentação do
Sindicato dos Metalúrgicos ao Delegado Tuma, diretor da Polícia Federal. Também negou ajuda aos exilados para
retornarem à Pátria a pedido de Cláudio Lembo, Professor Universitário e
ex-governador de São Paulo, que atuou na condição de emissário do presidente
Figueiredo. Esse lado obscuro do ex-presidente prova ser ele um homem falso.
Pior ainda,
como verdadeiro Sancho Pança e fiel escudeiro da Odebrecht, atendeu, na década
de 1970, um chamado de Emílio, praticamente o dono da empresa, para ajudá-lo a
controlar uma greve no Polo Petroquímico de Camaçari, na Bahia.
Lula é o que
não é, e não é o que diz ser!
Enquanto isso,
a Dilma concedeu 458 bilhões em benefícios e desonerações fiscais para um
montão de empresas ligadas ao passo imperial e deu à FIFA 558,83 milhões de
reais em isenções de impostos.
Nestes últimos
anos perdemos centenas de empresas privadas e públicas vendidas a poderosas
empresas multinacionais.
Estamos perdendo nossa soberania econômica.
Exportamos um
transatlântico de matérias primas denominadas de commodities e sem
contrapartida, importamos um barquinho de produtos eletrônicos, ou de
quinquilharias chinesas.
Nosso
desenvolvimento econômico imita os caranguejos, está andando para trás.
É assim que se
cria uma fantástica desigualdade. A cada temporada o país cresce em milhares de
ricos e marginaliza milhões de pobres.
Isso pode ser
tudo menos Democracia.
Junte-se a
estas anormalidades o processo anárquico dos Sem Terra, que além de
ideologizarem a reforma agrária se transformaram na gendarmeria do
Lullopetismo. O mesmo se poderá dizer da Central Única dos Trabalhadores,
responsável por atiçar um montão de arruaceiros transformados em Ton Ton
Macoutes da brigada Lullista.
Por último, há
um restolho, uma resteva intelectualoide, que chafurda na glossolalia
assembleísta dos ativistas esquerdopatas, junto ao besteirol das redes sociais
que impedem e deturpam o processo de conscientização popular, com impactante
prejuízo para a democracia.
Conclui-se,
então, que o Brasil está fora de seu eixo, que perdeu seu rumo e que por isso
estamos enfrentando um período de ingovernabilidade. O Temer tem passado os
últimos meses fazendo uma coisa só: comprando deputados.
Mas que fazer?
Ora,
necessitamos de uma nova Assembléia Constituinte eleita exclusivamente para
esta finalidade, com proibição de seus titulares concorrerem na eleição
subsequente à outorga da Constituição.
O Senador
Alberto Pasqualini tinha razão. É preciso que se harmonizem as relações entre o
capital e o trabalho. Atualmente, o sistema econômico mundial compõe-se de
patrões e operários. Um precisa do outro.
Há necessidade
de adotar o Parlamentarismo com representação unicameral, acompanhado do voto
distrital. Mais ou menos como na Alemanha.
Mas será que
esse procedimento tem condições de mudar a mentalidade do povo brasileiro, um
povo politicamente desconscientizado?
Caso não seja
possível teremos um dilema pela frente.
Esta é a
grande incógnita
Mas de uma
coisa temos certeza. Ou o Brasil faz as reformas necessárias ou em pouco tempo
nossas ruas estarão infestadas de maltrapilhos famintos, com a perda total do
sentimento de dignidade humana. Estou com 84 anos, pouco tempo de vida ainda
terei. Pelo menos não viverei a catástrofe que nos aguarda.
Mas nossos
netos? Em que droga de país viverão?
Devemos
reagir, dizer verdades aos incrédulos, mais hipócritas do que incrédulos, que
não querem acreditar na culpabilidade dos corruptos. São os insolentes
ativistas, que tem apenas dois neurônios. Um deles queimou. Tenhamos a coragem
dos rebeldes na exigência de uma mudança fundamental.
Queremos um
novo ordenamento jurídico mantenedor de um verdadeiro estado de direito e um
novo Brasil, que, sem discriminações, distribua Justiça e Bem Estar Social para
todos. Para esse desiderato precisamos derrotar essa minoria funesta que vem
infelicitando a Nação.
O Brasil tem
tudo para dar certo. É um verdadeiro gigante agrário. Temos uma produção
agrícola capaz de saciar a fome do mundo. Temos 9% de todas as reservas
minerais do mundo. Somos o segundo maior produtor de ferro do mundo. Somos
ricos em bauxita (alumínio), manganês, nióbio e outros minerais.
Não podemos perder
a fé.
Juntos haveremos de caminhar cantando a canção
de um Brasil livre do mal, onde todos serão iguais em questões de decência,
moral e caráter. O crime e os criminosos serão banidos e nós haveremos de
reconquistar as nossas ruas, as nossas praças para continuar cantando: somos
todos iguais, braços dados ou não, esperar não é saber. Não podemos recuar.
A Justiça
Federal do Rio Grande, a República de Curitiba, juntamente com juízes corajosos
e temos muitos, secundados pelos inquéritos da Polícia Federal e pelas
denúncias do Ministério Público, são penhores de nossa fortaleza. Juntos
haveremos de restaurar a ordem pública. Não vamos envergonhar nossos filhos,
muito menos levar desesperança aos nossos netos.
Este é o nosso
objetivo
Nós somos a
Nação
Nossos ideais
não morrerão.
Cantemos, pois
Nas escolas,
nas ruas
Seguindo a
canção
Caminhando e
cantando
Braços dados
ou não
Ninguém irá
embora
Esperar não é
saber
Quem sabe faz
a hora
Haverá de
acontecer.
Haveremos de
vencer.