A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou
ontem a quarta estimativa para a safra 2017/18 de grãos. O relatório indicou a
manutenção da área plantada em relação ao esperado à estimativa anterior, mas o
aumento da produtividade o fez revisar para cima a estimava de produção. A área
plantada está estimada em 61,5 milhões de hectares, alta de 1,1% ante a safra
anterior. As principais culturas com expansão prevista de área são o algodão
(11,9%) e a soja (3,2%). No sentido contrário, a área plantada de milho deverá
ser reduzida em 2,9%.
A estimativa de produção foi revisada para cima, passando
de 226,9 milhões de toneladas na estimativa anterior para 227,9 milhões de
toneladas. Essa estimava, entretanto, é 4,1% inferior à produção recorde
registrada na safra de 2016/17. Ainda em relação à safra anterior, a
produtividade estimada está em um patamar mais baixo em função principalmente
de fatores climáticos e investimentos em tecnologia, a despeito da revisão para
cima em relação ao relatório de dezembro. As produções de arroz e de feijão
devem sofrer queda de 5,7% e 2,7% em comparação com a safra de 2016/17,
respectivamente. Para o milho a produção esperada é de 92,3 milhões, caindo
5,6% ante a safra anterior, influenciada especialmente pela retração de 17,3%
da produção da 1ª safra. Já a produção de soja deve somar 110,4 milhões de
toneladas, um recuo de 3,2% na mesma base de comparação, enquanto a produção de
algodão deve subir 11,1%. Vale ressaltar que a melhor perspectiva para a
produção de grãos foi influenciada pela revisão da safra de soja, cuja
estimativa aumentou 1,1% em relação a dezembro. Embora a expectativa seja de
aumento da área plantada em todas as regiões, espera-se redução da produção por
conta da diminuição da produtividade.
Portanto, apesar da revisão altista da
safra, o menor volume produzido de grãos no país reforça a expectativa de
elevação moderada dos preços agrícolas neste ano.
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