Polícia Federal explica como andam as investigações sobre o agressor de Bolsonaro

Cobrada por não agir com velocidade e diligência nas investigações sobre o atentado a Bolsonaro, a PF acaba de tirar uma nota:


A Polícia Federal informa que prosseguem as investigações do inquérito policial instaurado após a prisão em flagrante do autor da agressão ao candidato presidencial Jair Messias Bolsonaro. O preso foi indiciado no artigo 20 da Lei de Segurança Nacional.
Por meio do inquérito, a PF visa identificar todas as possíveis conexões e motivações do crime, além de esclarecer, em toda a sua extensão, as demais circunstâncias vinculadas ao fato criminoso. Para tal, são realizadas diversas diligências policiais como a coleta de depoimentos, a análise de dados financeiros e de outros dados existentes em imagens, mídias, computadores, telefones e documentos apreendidos.
A equipe de policiais da Delegacia da PF em Juiz de Fora/MG conta com o apoio de policiais e recursos da Superintendência Regional de Minas Gerais e também de outras unidades da PF.

Mourão assume comando da campanha de Bolsonaro


O general da reserva do Exército Augusto Heleno afirmou nesta segunda-feira à Reuters que o candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro (PSL), o também general da reserva do Exército Hamilton Mourão (PRTB), vai acabar sendo "protagonista" na atual fase da corrida eleitoral até que o cabeça de chapa se recupere do esfaqueamento e volte a participar da campanha.
"Naturalmente, o general, sendo candidato a vice, ele vai acabar sendo protagonista dessa fase da campanha até que o Bolsonaro possa participar disso aí", disse Heleno.
"Natural que o Mourão tenha participação ativa", acrescentou Heleno, que chegou a ser cotado para vice do candidato do PSL, mas atualmente tem ajudado na formulação de propostas para a campanha de Bolsonaro.
O candidato do PSL —líder das pesquisas de intenção de voto ao Palácio do Planalto nos cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, barrado pela Lei da Ficha Limpa— está hospitalizado desde quinta-feira para se recuperar das lesões que sofreu após ter sido esfaqueado em ato de campanha em Juiz de Fora (MG).
Não há previsão, entretanto, de alta médica para Bolsonaro, o que começou a suscitar discussões sobre quem vai representá-lo nas agendas de campanha.
Questionado se seria o caso de o candidato a presidente ser substituído pelos filhos em eventos, Heleno disse considerar que é "natural" alguma participação deles. Ele citou o fato de que os filhos de Bolsonaro são políticos e também foram "emocionalmente" afetados com o atentado.
"Não acho difícil administrar isso não (quem vai representar Bolsonaro). Os interesses serão conciliados", disse, ao considerar que seria "muita baixeza" haver disputa sobre essa questão no momento.
Heleno disse estar trabalhando com uma espécie de plano de intenções sobre um possível governo Bolsonaro, contendo linhas mestras sobre tópicos que poderiam ser discutidos por futuros ministros. Mas ele ressalvou que isso não vai ser imposto a ninguém. Nos próximos dias, ele deve se reunir com Mourão para discutir essas sugestão.
"HISTÓRIA NÃO FECHA"
O general da reserva afirmou que confia plenamente nas investigações que estão sendo feitas pela Polícia Federal sobre o atentado contra Bolsonaro. Disse haver indícios de que não teria sido uma iniciativa individual do autor ao exemplificar o fato de o autor ser representado por quatro advogados mesmo sem aparentar ter condições financeiras para custear a defesa.
"A história não fecha. A Polícia Federal tem todos os meios para confirmar ou não essa versão", disse Heleno, para quem, no momento, considera "especulação" a versão de que ele seria desequilibrado e agiu sozinho.

Entrevista, prefeito Daniel Guerra, Caxias do Sul - Saiba por que decidi apoiar Bolsonaro

ENTREVISTA
Daniel Guerra, prefeito de Caxias do Sul, RS

Em questão de três dias, 194 mil leitores repercutiram a notícia que passamos aqui sobre seu apoio ao candidato Bolsonaro. O número é surpreendentemente alto e inédito no caso deste blog. Vocês usaram robôs para replicar ?
Está falando sério ? Nós não fazemos isto, mas usamos muito as redes sociais para interagir com a população. É possível que seja isto.

O povo de Caxias do Sul, segundo maior município do RS, 500 mil habitantes, esperava pelo seu anúncio ?
Acho que não se surpreendeu muito, porque a população sabe que compartilho da maioria das posições do Bolsonaro.

Quais ?
Exação com o uso do dinheiro público, oposição ao aborto e à ideologia de gênero, adesão incondicional ao cristianismo, amor à Pátria, apoio à proposta de que a população que queira se armar possa fazer isto e até a exigência de que bandido trabalhe para custear as despesas com sua prisão.

Isto tudo é público ?
Desde que fui vereador. Fui eleito prefeito com propostas claras de impor autoridade e moralidade. Não queríamos mais uma mini-Brasília em Caxias. Comecei cortando 50% dos CCs. Só com a economia de R$ 20milhões no primeiro ano, reabrimos uma UPA.

Tem mais prefeito querendo apoiar Bolsonaro ?
Tem, mas preferem não tornar isto público.

E o PRB, seu Partido, que apoia Alckmin, como vê sua posição ?
O Partido sabe que não transijo com meus princípios. Eu quebrei paradigmas políticos importantes em Caxias. Bolsonaro fará isato. É preciso quebrar este sistema que corrompeu a Nação.

Bolsonaro terá competência e coragem para fazer isto ?
Já demonstrou que sim.

O atentado motivou-o a abrir o voto ?
Não foi. Eu já tinha decidido que faria isto no Dia da Pátria.


Justiça autoriza retomada da Casa Azul pela prefeitura de Porto Alegre.


A 1ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre aceitou o pedido feito pela Procuradoria-Geral do Município (PGM) e determinou que a prefeitura tome posse da Casa Azul, imóvel localizado na rua Riachuelo, esquina com a Marechal Floriano, no Centro Histórico. A decisão, em caráter liminar, foi tomada pela juíza Cristina Luisa Marquesan da Silva em 31 de agosto.

A PGM ingressou com a ação judicial no mês passado. Além da posse, para que a prefeitura possa adotar medidas necessárias à segurança do prédio, como limpeza, retirada de moradores de rua e, principalmente, a execução de obras emergenciais para assegurar a estabilidade estrutural da fachada, foi pedida a declaração de abandono e arrecadação do imóvel, que é inventariado como de interesse histórico-cultural. O pedido foi feito com base no artigo 1276 do Código Civil.

O Comitê de Gestão Orçamentária e Financeira da prefeitura autorizou, em 21 de agosto, a contratação, em caráter temporário e emergencial, das ações necessárias para garantir a segurança dos transeuntes e bens patrimoniais. A autorização foi condicionada ao ressarcimento dos valores pelos proprietários do imóvel ou abatimento em eventuais acordos junto ao Ministério Público.

Histórico - Em maio deste ano, a prefeitura interrompeu a circulação de veículos e pedestres nas imediações do imóvel em razão do que foi determinado em sentença de 2016 proferida em ação civil pública movida pelo Ministério Público contra os proprietários e o Município de Porto Alegre. A fachada tem risco de desabamento. O projeto para as medidas emergenciais está em elaboração.

Na ação 904.9433-25-2018.8.21.001, a PGM sustenta que, além dos prejuízos usuais causados pelo abandono do imóvel (risco de queda, utilização das estruturas para drogadição e esconderijo de criminosos, foco de lixo e doenças, especulação imobiliária, etc), o desinteresse dos proprietários tem causado despesas ao Município. A prefeitura já teve que intervir no imóvel, que é privado, em duas ocasiões: em 2010, quando foram empregados R$13 mil na execução de obras emergenciais, e em 2012, quando houve desabamento parcial das lajes e foi necessária a contratação de uma empresa para estabilizar as paredes. O restauro da fachada da Casa Azul está estimado em R$1,6 milhão. O imóvel acumula dívidas de IPTU e taxa de coleta de lixo que somam R$275 mil, em cobrança judicial.

De propriedade dos herdeiros de Emílio Granata, o imóvel foi classificado pela Equipe do Patrimônio Histórico e Cultural (Epahc) como Imóvel Inventariado de Estruturação, ou seja, não pode ser destruído, mutilado ou demolido. “Na década passada, havia uma ideia de proteção ao patrimônio histórico e cultural pelo uso do instrumento jurídico do inventário, limitando o direito de propriedade sem nenhuma contrapartida a essa limitação. Por ser inventariado, e não tombado, a responsabilidade de manutenção do bem é do proprietário, e não do Município”, explica o procurador-geral adjunto de Domínio Público, Urbanismo e Meio Ambiente, Nelson Marisco.

Apesar de reconhecer a importância histórica do imóvel, decisão da 3ª Vara da Fazenda Pública autorizou a demolição do bem em março de 2016, em decisão na Ação Civil Pública 001/1.05.0286206-1, promovida pelo Ministério Público estadual. A juíza condenou o Município a pagamento de multa e absolveu os proprietários do imóvel. O Município e MP recorreram, e a decisão foi reformada em segunda instância. No acórdão, a 21ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça incluiu os proprietários na condenação e determinou que a fachada do bem fosse restaurada.

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