O PIB brasileiro cresceu 0,1% no quatro trimestre do ano
passado, em relação ao terceiro trimestre, segundo dados divulgados ontem pelo
IBGE. Esse resultado veio em linha com o esperado por nós e pelo mercado,
correspondendo a uma desaceleração ante a elevação de 0,5% registrada na
leitura anterior. Na comparação interanual, o PIB avançou 1,1%, ligeiramente
acima da nossa projeção (1,0%) e abaixo da mediana das expectativas do mercado
(1,4%). Dessa forma, a economia brasileira cresceu 1,1% em 2018, mesmo ritmo
observado em 2017, após duas fortes contrações em 2015 e 2016. É importante
destacar, contudo, que a despeito da manutenção do ritmo de expansão, a
contribuição da demanda doméstica para essa taxa, de 1,6 p.p., foi maior do que
a apurada em 2017 (1,0 p.p.).
Pela ótica da demanda, o principal destaque foi o avanço
de 4,1% da formação bruta de capital fixo, que acumulou quedas desde 2014. Com
esse avanço, a taxa de investimento como proporção do PIB atingiu o patamar de
15,8%, o maior dos últimos três anos. Já o consumo das famílias cresceu 1,9% e
os gastos do governo permaneceram estáveis, ambos acelerando ante 2017. Sob a
ótica da oferta, o setor agropecuário avançou 0,1% no ano passado, após
crescimento recorde no ano anterior (de 12,5%) , enquanto a indústria e os
serviços aceleraram o ritmo de crescimento, ao registrarem variações positivas
de 0,6% e de 1,3%, nessa ordem, após as taxas de -0,5% e de 0,5% no ano
anterior. Por fim, continuamos esperando uma retomada do ritmo da atividade
econômica, mesmo que de forma gradual, ao longo de 2019. Para o primeiro
trimestre do ano, esperamos alta de 0,3% na margem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário