Artigo, Fábio Jacques, especial para este blog - Seremos múltiplos?


Se ninguém sabe explicar como é, me dou o direito de especular a respeito. Gosto de contestar o Princípio da Autoridade e pensar por mim mesmo.
O que é a vida? O que é o espírito? O espírito tem vida própria? Qual a interdependência do corpo com a mente? Será o cérebro um grande computador operado por alguma entidade espiritual?
Ninguém tem respostas definitivas para estas questões, e, portanto, qualquer elucubração sobre o tema permanece válida.
Eu tenho minhas próprias ideias a respeito, e desde já alerto que pouco estudei sobre psicologia e nada sobre psiquiatria. Minha ignorância é praticamente absoluta.
Desconheço a originalidade destas ideias porque nunca pesquisei a respeito, mas me parecem plausíveis e podem explicar muitas coisas até hoje, para mim, obscuras. Se alguém conhecer algum autor que tenha discorrido sobre o tema, por favor me indique.
Vamos lá.
O cérebro humano nada mais é que um processador altamente sofisticado com velocidade de processamento quase infinita e memória capaz de armazenar “zilhões” de informações. Para que funcione, o organismo tem que estar vivo e contar com “alguém” que o comande. A interdependência entre a máquina cérebro e o agente operador é total.
Agora a ideia, talvez um tanto quanto maluca: não há apenas um operador para cada cérebro e sim vários. Não falo de TDI, mas de entidades autônomas. Todos somos habitados por várias entidades. Na verdade, somos múltiplos.
Estes operadores disputam entre si a predominância pelo posto de controlador das ações o que leva a algumas situações peculiares:
Se um destes personagens for muito dominante, os demais não conseguem se manifestar. A pessoa habitada por esta entidade muito forte, sempre apresenta grande poder de decisão, não demonstra ter muita consciência porque nenhuma outra entidade consegue contrapô-la, não tem muitas dúvidas sobre o que faz ou decide fazer. Para ela não existem portas fechadas.
Quando duas ou mais entidades são igualmente dominantes, a pessoa se torna indecisa. Passa noites discutindo consigo mesma, condenando-se por atitudes tomadas e procurando se convencer de que agiu corretamente. Os conflitos de consciência se devem aos embates entre as entidades dominantes que ficam tentando desestabilizar umas às outras para tomar o controle das operações. – Eu não devia ter feito ou dito aquilo. – Agora está feito. – Mas não deveria ter feito. – Mas não dá mais para voltar atrás. – Mas devia ter pensado melhor. E assim por diante.
Quando duas ou mais forem extremamente dominantes, pode-se, eventualmente, observar a passagem do controle de uma para outra manifestando-se nos conflitos conhecidos como múltiplas personalidades. Ora a pessoa age de determinada maneira, ora age de forma completamente diferente. Melanie Goodwin é um exemplo de convivência com múltiplas entidades completamente diferentes entre si, com experiências próprias e até mesmo com idades diferentes.
Há inúmeros casos nos quais algum trauma transforma completamente a pessoa, mudando seu modo de agir ou revelando características completamente desconhecidas.
Derek Amato bateu com a cabeça no fundo de uma piscina e se tornou um grande pianista. Jason Padgett sofreu um golpe na cabeça em um assalto e se transformou em um gênio matemático que visualiza equações matemáticas e fractais em tudo o que olha. Ele tem uma habilidade única de desenhar à mão figuras fractais sofisticadíssimas.
Algumas pessoas simplesmente sofrem um “estalo” e passam a agir de forma diferente e a manifestar características até então desconhecidas.
Algumas vezes, frente a uma situação inusitada, a pessoa pode sofrer um bloqueio ficando como que paralisada em função da disputa entre duas entidades que pensam de forma completamente diferente sobre o tema em questão e que, não chegando a um acordo, paralisam as ações da pessoa.
Eventualmente alguma entidade externa pode passar a fazer parte da coletividade interior assumindo momentaneamente ou até permanentemente o controle das ações. São os casos de incorporações ou de possessões. Dependendo das características da nova entidade dominante, a pessoa pode passar a agir maligna ou benignamente. Às vezes é necessário praticar o ritual do exorcismo para expulsar a entidade estranha. “Como é teu nome, perguntou Jesus, e ele respondeu, meu nome é Legião, porque somos muitos”. Vade retro.
Quando nenhuma das entidades originais é predominante, a pessoa demonstra características de falta de vontade própria. O dominante é fraco, mas os demais são mais fracos ainda.
Em algumas situações é possível perceber a atuação das diferentes entidades. Uma pessoa presa em um elevador pode passar a discutir consigo mesma. Uma entidade diz que a pessoa tem que sair imediatamente do ambiente fechado enquanto outra lembra que ninguém fica eternamente preso em um elevador e que logo alguém o livrará desta situação. Pode até se ouvir uma dizendo: calma, fica frio, logo se resolverá este problema, ao mesmo tempo que outra fica insistindo que o problema é insolúvel e catastrófico.
Quando dramas de consciência assolam a pessoa, se a entidade que se achar com mais razão disser à outra para se calar, o problema se atenua e pode até ser resolvido. Dizer: agora está feito e não adianta querer voltar atrás, portanto, cale-se, pode acabar com a insônia e devolver à pessoa um sono reparador. Popularmente se diria que é ligar o “foda-se”.
Até mesmo os tratados de autoajuda parecem ser tentativas de consolidar a dominância de uma determinada entidade. Convença-se de que você pode, você é forte, você consegue alcançar tudo o que quiser. Você é o cara. Não se deixe levar por “aqueles” que tentam jogá-lo para baixo.
Tudo isto pode ser uma perfeita bobagem fruto apenas de uma mente imaginativa e ignorante, mas se olharmos sem paixão e com a liberdade de quem ousa contestar a autoridade sobre o assunto, pode até fazer algum sentido. E até mesmo apresentar uma explicação mais simples e razoável para inúmeros fenômenos muito discutidos e nunca solucionados.
E, finalmente, resta a pergunta: quem somos nós?
Somos a manifestação de alguma ou de várias destas entidades que são as operadoras do hardware que é o nosso cérebro e que, na sua essência, formam o conjunto daquilo que conhecemos como nós, seres humanos inteligentes, dotados de características peculiares e de vontade própria.
O autor é diretor da FJacques - Gestão através de Ideias Atratoras e autor do livro “Quando a empresa se torna Azul – O poder das grandes Ideias”.
http://www.fjacques.com.br -  mailto:fabio@fjacques.com.br
Whatsapp: 9725 6254


De: Fabio Jacques <fabiofjacques@gmail.com>
Enviada em: terça-feira, 12 de novembro de 2019 12:06
Para: POLIBIO BRAGA <polibioadolfobraga@gmail.com>
Assunto: Seremos múltiplos?

Olá Políbio, bom dia.
Em anexo um texto elucubrativo sobre um tema completamente diferente daqueles sobre os quais tenho escrito.
Estou entrando em uma seara que não é minha especialidade, sobre a qual tenho compilado ideias talvez até próprias, e que para mim fazem sentido. Posso estar dizendo uma grande bobagem ou até pode ser que não esteja dizendo nada de novo.
Gostaria que lesses e, se achares razoável, publique-a.
Deixo ao teu critério, uma vez que deves ter mais conhecimento sobre o tema do que eu.
Abraços.

Biografia do deputado federal constituinte Jorge Uequed será lançada na Feira do Livro de Porto Alegre


Obra conta como foi o enfrentamento à ditadura militar pela via política democrática no Congresso Nacional

Um defensor da democracia e das liberdades individuais. Assim pode ser definido Jorge Uequed, deputado federal gaúcho, cinco vezes eleito pelo Rio Grande do Sul e um dos autores da Constituição Federal de 1988, que tem sua história política contada no livro “Sem ódio e sem medo". O lançamento da obra acontece na próxima terça-feira (12), no Pavilhão de Autógrafos da 65ª Feira do Livro de Porto Alegre, às 17h30.

O livro escrito pelo historiador Douglas Souza Angeli traz um retrato de 65 anos de vida pública de Uequed, que ainda é advogado, jornalista e já foi professor. Conhecido pela luta contra a ditadura militar, Uequed foi deputado federal entre 1975 e 1993, sendo o primeiro representante de Canoas eleito para uma cadeira na Câmara dos Deputados. Uequed ainda foi vereador de Canoas aos 26 anos e exerceu dois mandatos, entre 1969 e 1974, em que cumpriu o papel de líder da oposição.

Ao longo dos mandatos, apresentou 94 projetos de lei, além de emendas, pareceres, projeto de resolução e projeto de decreto legislativo. Destacam-se os projetos de Anistia geral e irrestrita, do Seguro-Desemprego, do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e o projeto de lei que tornou permanente o registro provisório de estrangeiros no Brasil.

Uequed também apresentou projetos para retirar da Área de Segurança Nacional os municípios de Canoas, Osório, Tramandaí e Rio Grande, entre 1975 e 1983, objetivando devolver aos cidadãos o direito de eleger seus prefeitos, após período de interventores indicados pela ditadura militar. “O gosto pela política nasceu no movimento estudantil, quando eu tinha 12 anos. Ao lembrar da minha trajetória política, sinto-me realizado em poder contribuir para a manutenção da vida democrática no país”, ressalta o ex-deputado. 

Sobre o livro, Uequed afirma que é “uma modesta contribuição para as novas gerações, no sentido de que a participação na construção da paz e das liberdades exige que cada um cumpra o seu dever”. Para o autor da obra, o que mais impressiona na biografia de Uequed é a atualidade dos discursos pronunciados por ele em oposição à ditadura, contra a censura, prisões políticas e cassações de mandatos. “Suas falas em favor da democracia e de crítica ao autoritarismo estão assustadoramente atuais”, destaca Angeli.



Pesquisa internacional busca pacientes para avaliar nova terapia contra o câncer de próstata


Hospital Moinhos de Vento faz parte de estudo que reúne mais de 70 centros de todo o mundo

O Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre, está selecionando pacientes para mais um estudo internacional sobre a imunoterapia, técnica que estimula o organismo a combater células cancerosas. A instituição busca pacientes com câncer de próstata para participar da pesquisa, que reúne 70 centros médicos de excelência em todo o mundo.

Podem participar do estudo (NCT03338790) pacientes com confirmação histológica de adenocarcinoma da próstata, evidência de metástase e que estejam em uso de terapia de privação androgênica (ADT), com um análogo ao hormônio de liberação de gonadotrofina (GnHR) ou orquiectomia bilateral. Pacientes que receberam as medicações abiraterona ou enzalutamida, ou ambas, são elegíveis.

"Trata-se do tipo mais comum de câncer de próstata, que atinge mais de 95% dos pacientes", diz Pedro Isaacsson, Gerente Institucional de Pesquisa do Hospital Moinhos. O trabalho avaliará a utilização do medicamento nivolumabe. A participação no estudo, realizado em parceria com o laboratório Bristol-Myers, não terá custo para os pacientes. Aqueles que forem selecionados contarão com a infraestrutura de ponta da instituição durante todo o processo, para o acompanhamento médico e exames.

Os interessados devem entrar em contato com o Instituto de Educação e Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento pelo e-mail mailto:iep.pesquisa@hmv.org.br, ou telefone (51) 3314.2965.

Seleção para estudos sobre câncer de mama

Além da pesquisa sobre o câncer de próstata, o Hospital Moinhos também está selecionando pacientes para avaliar novos tratamentos contra o câncer de mama. Abertos em setembro, os dois estudos investigam os efeitos da imunoterapia sobre a doença, envolvendo 500 centros médicos de todo o mundo.

A primeira frente estuda a combinação da medicação atezolizumabe com a quimioterapia contra o câncer de mama triplo negativo — sem receptores de estrogênio, progesterona e HER2, um dos subtipos mais agressivos, porém altamente curável nos estágios iniciais. Já o segundo levantamento avalia a associação da imunoterapia (pembrolizumabe) no tratamento do câncer mamário com receptores hormonais positivos, tipo bastante comum.

Da mesma forma, não há custo para a participação nas pesquisas, realizadas em parceria com os laboratórios Merck e Roche. Confira os critérios do recrutamento:

Estudo 1 (NCT03498716)
- Câncer de mama triplo negativo operado recentemente (preferencialmente nas últimas quatro semanas)
- Não ter feito quimioterapia pré-operatória
- Ter tumor igual ou com até 2 cm sem linfonodos axilares comprometidos; ou de qualquer tamanho com linfonodos axilares comprometidos
- Não ter metástases à distância

Estudo 2 (NCT03725059)
- Câncer de mama com receptores hormonais positivos de grau III, com diagnóstico recente
- Indicação de quimioterapia pré-operatória (antes da cirurgia)

Novas pesquisas pela frente

Nos próximos meses, o Hospital Moinhos de Vento iniciará o recrutamento de pacientes para outros estudos internacionais, que avaliarão novas medicações para tumores da bexiga, vesícula biliar, pulmão, próstata e rins.

De acordo com Pedro Issacsson, Gerente Institucional de Pesquisa do Moinhos, a participação nesses trabalhos será grande oportunidade para descobrir novas frentes contra a doença. "Estamos ao lado de alguns dos melhores centros de saúde de todo o mundo. Esperamos, com isso, melhorar os desfechos para os pacientes, diminuindo ou eliminando ao máximo as chances de recidivas do câncer", afirma o especialista.



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