A conclusão é da consulta realizada pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico do Rio Grande do Sul (SINMETAL) que congrega mais de 5 mil estabelecimentos industriais que geram 100 mil empregos diretos em 412 municípios do Estado.
Segundo o diretor executivo da entidade, José Bernardo Scapini, os segmentos menos afetados até agora incluem os fornecedores de peças e insumos para o agronegócio e maquinário agrícola e de peças para a indústria alimentícia. Já os mais prejudicados são os fornecedores para a cadeia automotiva.
É consenso geral entre os empresários sobre a falta de previsão e perspectivas para a demanda do mercado a partir de junho e julho, incluindo o comércio exterior.
Também é generalizada a queixa no tocante à obtenção de financiamentos e linhas de crédito, pois embora o governo esteja anunciando e disponibilizando recursos, estes não estão chegando na ponta ou a sua tomada não está sendo facilitada pelos bancos.
As empresas consultadas informaram que adotaram todas as medidas de prevenção, proteção e segurança exigidas quanto aos EPIs (máscaras, luvas), álcool em gel, desinfecção e limpeza do ambiente de trabalho e instalação, distanciamento no processo, adição de mais turnos de trabalho e a ampliação do transporte para aumentar o distanciamento.
Os grupos de risco foram afastados, estão em casa e vêm sendo monitorados. Igualmente, a grande maioria das empresas está utilizando o Home Office para os trabalhadores das áreas administrativa e de vendas.
Também atendendo as determinações oficiais, as empresas suspenderam suas operações em 23 de março e retornaram em 6, 12 e 20 de abril, de acordo com as regras de reabertura por municípios ou região.
Finalmente, as indústrias utilizaram o recurso de concessão/antecipação de férias, como também o Lay off, sobretudo a partir de maio. E boa parte também procedeu a redução de jornada/salário, a suspensão de contrato, estes com guarida na Convenção Coletiva Emergencial firmada entre o Sinmetal, CUT e Força Sindical, e por último as demissões criteriosas (algumas já previstas e agora foram antecipadas), principalmente em atividades ligadas ao setor automotivo e metalmecânico.
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