Artigo, deputado Tenente-Coronel Zucco - Para a fonte não secar

          “Só percebemos o valor da água depois que a fonte seca”. O provérbio resume o problema da seca no RS. Iniciativas duradouras esbarraram na falta de continuidade típica da política antiga. Agora a natureza cobra um alto preço.
            Desde o final de 2019 o Estado enfrenta uma estiagem com perdas estimadas em R$ 15 bilhões. É um fenômeno que desde 1979 acontece a cada dois anos. Diante da falta de sistemas de irrigação em grande escala e sem políticas continuadas protocolei com o colega deputado Vilmar Lourenço o projeto que cria o Fundo Estadual de Combate à Estiagem.
            O setor primário é a base da nossa economia. Em 150 municípios a agropecuária é a principal atividade produtiva porque interliga com o setor de fornecedores de insumos, máquinas e implementos, assistência técnica e com setores responsáveis pelo processamento e distribuição da produção. A riqueza do campo irriga a economia das cidades - no comércio e nos serviços. A seca, porém, congela este círculo virtuoso e instala o caos.
            Segundo o economista Rodrigo Feix, da Fundação de Economia e Estatística, 30% do valor da produção da indústria de transformação do RS são atribuídos ao agronegócio. Nosso projeto prevê que um conselho gestor – integrado por representantes do setor produtivo e do Executivo - administre os recursos formados por dotações orçamentárias do Estado, da União e de 30% dos repasses das compensações da Lei Kandir. Estes recursos não podem ser usados para nenhuma outra finalidade.
             O Fundo Estadual de Combate à Estiagem é um instrumento de amparo para quem gera riqueza, tributos e empregos, mas carecem de ajuda efetiva em momentos de crise hídrica. Perfuração de poços, implantação de projetos de irrigação e ações de socorro a produtores serão contempladas pelo projeto tramita na Assembleia Legislativa.
            Temos certeza do apoio de nossos colegas de Parlamento comprometidos com o setor primário, segmento fundamental para a economia do RS. As estatísticas comprovam que sete em cada dez comunidades gaúchas sofrem com a seca, drenando recursos fundamentais para investimentos em saúde, segurança e educação por parte das prefeituras. Fortalecer os municípios é prioridade. É onde a vida efetivamente acontece.
         


Artigo, Fábio Jacques - Cordeiro em pele de pitbull.


Ai, ai, ai! Estou começando a me assustar.
Quase 60 milhões de eleitores brasileiros depositamos nas urnas nossa esperança por um país melhor ou menos ruim, por respeito à família, à moralidade, à tradição, às instituições, por liberdade e progresso.
Esta esperança foi cristalizada na figura de um candidato que vociferou contra as esquerdas, que prometeu governar sem o toma lá dá cá, que prometeu criar um ministério de especialistas em contraponto aos ministérios corruptos político partidários dos últimos 30 anos que dilapidaram o erário público e jogaram a população na pobreza e na ignorância, e que garantiu que o “Brasil estava acima de tudo e Deus acima de todos”.
Conseguiu cumprir suas promessas?
Me parece que ainda não.
Pode até ter feito tudo o que prometeu no tocante às suas intenções, mas o país continua empacado no lodaçal porque quase todas as grandes forças nacionais se armaram contra ele. Congresso, STF e grande mídia. Todos preponderantemente contra.
O executivo está completamente manietado. O Congresso não aprova seus projetos e o critica compulsivamente, o STF nomeado pelos governos de esquerda e extrema esquerda o cerceia, o processa, o julga publicamente como nazista, vide Celso de Melo, e fatalmente o derrubará.
Bolsonaro parece o cordeiro poliglota que fala a língua dos cachorros. Seu discurso é canino e suas ações são ovinas. Seu latir amedrontador parece estar se transformando em balido de socorro.
O povo vai às ruas pedir que tome ações contra aquilo que Políbio Braga chama de Eixo do Mal, mas ele tem ficado apenas nas ameaças.
Latiu “esta foi a última vez” e baliu “pelo amor de Deus”.
As forças do mal se agigantam a cada dia, as críticas se avolumam e a reação continua apenas em vociferações.
Quando matilhas terroristas como os Antifas atacam manifestantes pacíficos envoltos na bandeira nacional e são glorificados pela esquerda, por personagens teoricamente de centro como Álvaro Dias e por grandes grupos de comunicação como Globo e CNN, tudo me sinaliza que a guerra está sendo perdida. Vertiginosamente.
Até quando continuaremos a ouvir o rosnar furioso do cordeiro poliglota. Até que ele seja derrubado e preso e o povo jogado na escravidão de um governo totalitário de esquerda?
Bolsonaro, meu amigo, você é realmente um cão de guarda feroz que defende o rebanho ou uma ovelha fantasiada de pitbull?
Estamos esperando que você arreganhe os dentes e parta para o ataque. Não há alternativa. Não vai ser bancando o bom menino cumpridor das leis e subserviente ao poder do mal que conseguirá cumprir aquilo pelo que votamos em você.
Ainda me resta um fio de esperança. A Constituição Federal, quase completamente esquerdista, ainda te proporciona opções legais para assumir teu papel com braço forte e mão amiga. Os canhões do inimigo estão todos assestados na tua direção e nós seremos dizimados contigo.
Haja, Bolsonaro. Ainda é tempo. Faça jus à confiança em ti depositada.
Você pode vir a ser o melhor presidente que este país já teve assim como poderá ser o mais fraco e decepcionante.
Quero acreditar em ti e te ouvir gritar os versos do Ednardo: “Não temas minha donzela nossa sorte nesta guerra. Eles são muitos, mas não podem voar”. O povo que anseia por democracia já está cantando: “Me poupe do vexame de morrer tão moço”.
Haja Bolsonaro. Selva.

Fabio Jacques - Diretor da FJacques – Gestão através de Ideias Atratoras.