Estímulos fiscais deverão adiar a desaceleração da atividade

o A economia brasileira segue surpreendendo positivamente. Os dados de arrecadação federal, emprego, crédito e utilização da capacidade instalada confirmam essa dinâmica. A esses indicadores se somarão os programas de auxílio do governo neste segundo semestre, o que nos fez revisar a projeção para o PIB deste ano de 1,8% para 2,3%.


o Para 2023, os efeitos defasados da política monetária e a desaceleração global devem levar à estabilidade do PIB. Os juros reais estão acima do nível médio observado em 2015 e o endividamento das famílias está em elevação por conta da alta de preços. Logo, é plausível esperar desaceleração do mercado de crédito e das contratações no próximo ano. 


o As desonerações de curto prazo prevaleceram em nossa revisão para o IPCA deste ano, de 7,5% para 7,1%. Para 2023, contando com os efeitos defasados dos juros e algum arrefecimento das commodities, esperamos desaceleração para 4,9%, estável em relação à nossa última projeção. 


o O balanço de riscos para o Copom se alterou desde a última reunião. Dado o estágio avançado do ciclo de aperto monetário, esperamos que o Copom encerre a alta da Selic em 13,75% e a mantenha nesse patamar por um longo período. Para o próximo ano, o grau de incerteza segue maior do que o habitual, mas, por ora, esperamos cortes de juros que levem a Selic para 11,75% ao final de 2023. 




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