Artigo, Claudia Woellner Pereira - Verdadeiras smart cities

- A autora Cláudia Woellner Pereira é tradutora e redatora


Enquanto a Agenda global aposta no uso da tecnologia para criar smart cities, cidades mais inteligentes, com mais qualidade de vida para as pessoas, outro tipo de virtualidade mostra-se mais abrangente, mais eficaz e com maior possibilidade de retorno financeiro e social.


Washington, considerada na década de 90 a capital mais violenta do mundo, foi palco de uma experiência nada convencional. Em 1994 cientistas e pesquisadores reuniram milhares de pessoas para exercitarem meditação transcendental com o objetivo de reduzir em 20% o número de crimes graves naquela cidade. CNN, Associated Press, Washington Post e Washington Times repercutiram o evento. E, apesar do ceticismo por parte das autoridades, a experiência juntou, nas duas últimas semanas da sua realização, 4 mil iogues e, realmente, foi verificada uma redução de 23% no índice de violência da capital norte-americana.


O evento escancarou, aos quatro ventos, a influência que a consciência humana exerce sobre o corpo, a matéria e o ambiente. Áreas do conhecimento, como a Física Quântica e a Neurociência, hoje têm demonstrado que não somos somente corpo físico, matéria, mas também frequências de ondas entrelaçadas que afetam umas às outras e o seu entorno. 


No mesmo ano de 1994, o ano da experiência em Washington, algo igualmente surreal acontecia em Almolonga, pequena cidade guatemalteca com apenas 15.724 habitantes (dados de 2018): as portas das suas quatro últimas cadeias eram fechadas e o prédio que as abrigava ganhou o nome de o Hall da Honra. O prédio fora condenado? Não! Simples ausência de criminalidade!


Conquista de um plano de governo, de algum programa de partido político de direita ou esquerda? Não falta vontade de dizer que sim, teríamos aí um modelo de políticas públicas a ser replicado mundo afora. Mas foi o povo que mudou. Almolonga é considerada um exemplo de transformação de uma comunidade.


No final da década de 80, início dos anos 90, Almolonga era uma das cidades mais pobres da Guatemala, com grave índice de analfabetismo, alcoolismo, violência pública e doméstica e de todas as outras sujeiras que vêm com este pacote. Hoje, uma das cidades mais limpas, mais prósperas daquele país. 


Segundo moradores de Almolonga e registros jornalísticos, as ruas da cidade eram cheias de bêbados dormindo em Almolonga. A produção agrícola local chamou a atenção de pesquisadores internacionais: os vegetais produzidos nas terras de Almolonga têm características fora do comum em tamanho, cor, sabor, nutrientes e tempo necessário para colheita.


Um fator intangível, invisível, operou toda a transformação em Almolonga. Uma cidade inteira libertou-se das amarras do vício, da violência, da pobreza. O fenômeno está atrelado à fé cristã.


Washington e Almolonga provocam questionamentos...


Se cada indivíduo tivesse consciência do que é capaz de produzir no seu entorno como nos mostra a Ciência, não teríamos milhões de Almolongas? Com gente mais saudável física, emocional e socialmente?


Um pequeno grupo de pessoas em oração e jejum mudou a história de uma cidade. Qual seria o impacto se todos os cristãos espalhados pela face da Terra fossem movidos pelo mesmo inconformismo daquela gente de Almolonga? Não teríamos milhões de Almolongas? Com cidadãos conscientes de suas responsabilidades, capazes de alçar lideranças públicas saudáveis e justas?


Absolutamente nada contra a tecnologia. Ela tem aplicações fantásticas. Mas as experiências de Washington e Almolonga estão aí para comprovar que há mais conexões entre o céu e a terra do que a vã filosofia dos homens consegue imaginar. E ainda mais, com tremendo potencial para dar conta das mazelas sociais sem orçamentos bilionários.


 



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