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CLIQUE AQUI para ler a íntegra da reportagem do Financial Times, segundo o site DefesaNet.
A mídia e os políticos brasileiros continuam ignorando solenemente as denúncias pormenorizadas feitas pelo jornal inglês Financial Times, segundo as quais o governo dos Estados Unidos interferiram de maneira criminosa nas eleições presidenciais brasileiras, tudo para beneficiar o candidato lulopetista Lula da Silva e prejudicar Bolsonaro.
Parece inacreditável, mas a reportagem do jornal cita fontes que se identificaram plenamente e que contaram a parte que mais interessa desta história escabrosa de interferência de conteúdos políticos, econômicos, militares, diplomáticos e de espionagem pura e simples.
Quem aparece muito mal na foto é o ex-vice-presidente Hamilton Mourão. O jornal relembra uma visita do ex-vice-presidente, Hamilton Mourão, a Nova York, julho do ano passado, quando Mourão recebeu indicações de funcionários americanos sobre a preocupação com as eleições. Mourão, segundo Tom Shannon, na época alto funcionário do departamento de Estado, assegurou a lisura do processo eleitoral e no dia seguinte o governo Joe Biden começou a conspirar junto a diplomatas, generais, empresários e políticos brasileiros
O Financial Times relata que conversou com "seis ex-funcionários e atuais funcionários dos EUA envolvidos no esforço, bem como com várias figuras institucionais brasileiras importantes", para reunir a história de como o governo Biden se envolveu em uma "incomum campanha de mensagens" nos meses que antecederam a votação, usando canais públicos e privados estadunidenses.
No artigo, é detalhado o "passo a passo" da investida norte-americana em querer "ajudar" o Brasil a ter eleições limpas, e que tudo começou com a visita do conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, a Brasília em 2021. "Sullivan e a equipe que o acompanhou saíram pensando que Bolsonaro era totalmente capaz de tentar manipular os resultados das eleições ou negá-los como [Donald] Trump havia feito. Portanto, pensou-se muito em como os Estados Unidos poderiam apoiar o processo eleitoral sem parecer interferir. E é assim que começa", disse Tom Shannon, ex-alto funcionário do Departamento de Estado e ex-embaixador dos EUA no Brasil, que é citado em diversos momentos do texto.Também é citado a visita do chefe da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, a uma reunião regional de ministros da Defesa em Brasília, quando "Austin e outros oficiais explicaram aos militares brasileiros as consequências de apoiar qualquer ação inconstitucional, como um golpe", relata o jornal.
Depois de mencionar diversas ações, o artigo descreve como foram o primeiro e segundo turnos no Brasil, a recepção do resultado pelo ex-presidente, Jair Bolsonaro, até chegar às invasões do dia 8 de janeiro em Brasília.
Nesta parte, é destacado que Joe Biden parou "tudo o que estava fazendo" ao ver no noticiário as invasões e imediatamente ligou ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, para apoia-lo, lançando em seguida uma declaração conjunta com México e Canadá de apoio ao Brasil.
"Com os manifestantes presos, os militares sob controle e Lula no poder, a democracia brasileira parece ter sobrevivido à ameaça potencial", diz a mídia, a qual, em seguida, descreve a opinião norte-americana sobre o resultado.
Para o governo Biden "Lula mostrou pouco reconhecimento público da campanha dos EUA para proteger a eleição", o que mostra que "as relações com o Brasil melhoraram, mas ainda há atritos com o novo governo".
"As pessoas aqui entendem que haverá diferenças políticas, mas há um tom de raiva e ressentimento subjacente a tudo isso que realmente pegou as pessoas de surpresa […]. É como se ele não soubesse ou não quisesse reconhecer o que fizemos", complementou Tom Shannon.