Análise política de Erich Decat, head de Análise Política da Warren Investimentos.
Cerimônia. Medida Provisória do “Crédito do Trabalhador".
O presidente Lula usou parte do seu discurso para mandar recados para o setor financeiro e produtivo, que contou com alguns representantes no evento, realizado no Palácio do Planalto. Com a palavra, o presidente fez vários afagos ao ministro Fernando Haddad (Fazenda). Brincou ao afirmar que o ministro ainda precisa transmitir um pouco de “charme”, ao se comunicar. Destacou que neste mandato foram realizadas 24 ações no âmbito da agenda econômica. Não elencou quais, mas pontou que é preciso aguardar para que parte delas passe a ter o efeito desejado.
▪️Fiscal.
Ao falar indiretamente sobre responsabilidade fiscal e possíveis guinadas na agenda econômica, Lula voltou a dizer que o governo não vai dar nenhum “cavalo de pau”. Esse termo passou a ser utilizado com certa frequência na fala do presidente. Afirmou também que o governo é sério e não é formado por “aventureiros”. Ou seja, Lula tenta desconstruir com a retórica a desconfiança que paira sobre a possibilidade de ele, a qualquer momento, apertar o botão de gastar mais, para reverter a atual impopularidade. Chamou a atenção também a previsão feita por ele sobre o futuro de Haddad. Para Lula, se o ministro tiver ajuda do setor financeiro e produtivo, Haddad entrará para a história como o melhor ministro da História. Ao levantar esta possibilidade, Lula volta a abrir um espaço para novas especulações sobre a sucessão presidencial.
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